sábado, 29 de abril de 2006

É nas RAPIDINHAS que mostramos o nosso valor

Tal como foi amplamente divulgado por todos os meios ao serviço da autarquia, decorreu neste mês de Abril, um concurso para admissão de 3 Assistentes Administrativos, na Câmara Municipal de Vendas Novas.

É de enaltecer o esforço, e o empenho, do executivo, na utilização de todos os seus canais de divulgação, que com a devida antecedência, deram a conhecer, a todos os Vendasnovenses, sem excepção, que iria haver um concurso, apetecível, na Câmara Municipal. A bem, do princípio da igualdade de oportunidades, colocadas à disposição de todos os munícipes.
Primeira ilação: só não concorreu quem não quis. Estavam todos avisados.

A prova de selecção consistiu numa exaustiva entrevista de aproximadamente cinco minutos, a cada candidato.
Segunda ilação: a oportunidade estava lá. Se não conseguiu chegar-se à frente é porque os outros foram melhores, ou mais rápidos.

Presidiu ao júri o Vereador do Pelouro dos Recursos Humanos, Dr. José Afonso Alvito.

Os eleitos foram, por esta ordem:
1.ª Elisabete Cristina Pinhão Grilo Almeida
2.ª Micaela de Oliveira Dias Reto
3.ª Ana Rita Bunheira José


Parabéns aos vencedores.

A terceira ilação será vossa. Porque eu estou farto de pensar e não me ocorre mais nada.

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Associação de Jovens da Landeira


Após vários anos de adormecimento e quase extinção, a AJL (ass. Jovens da Landeira), volta a renascer tal como uma Fénix das cinzas.

No início do mês de Abril realizou-se no salão da Junta de Freguesia da Landeira a votação da nova direcção para os próximos anos. Totalmente composta por jovens de idades compreendidas entre os 16 e os 21 anos, esta direcção veio dar á AJL o rumo certo.

Iniciativas e programas não faltam. Já várias actividades foram agendadas, tais como: concursos, debates, passeios, festas variadas, etc... Enfim, a associação respira saúde.



E foi, orgulhosamente, que assisti e participei na primeira actividade promovida pela nova direcção da AJL, actividade intitulada de “á descoberta da sexualidade”. Perante uma plateia de jovens e crianças de todas as idades, foi propiciado a todos o contacto com os mais diversos métodos contraceptivos.

Seguidamente, houve também um debate dirigido por um orador especializado na matéria. E foi neste ambiente, de tertúlia, que se foi alertando e sensibilizando os mais novos para problemas que afectam diariamente a nossa sociedade. Uma iniciativa a repetir!

É ainda de louvar, o facto desta associação ter na sua direcção jovens de todas as juventudes partidárias. Um exemplo de coexistência pacífica que deveria ser seguido por alguns políticos da nossa praça…

Se é verdade que o que uma terra tem de mais valioso são os seus jovens, nesse caso Vendas Novas é um concelho riquíssimo. Os louros vão todos para eles, os nossos jovens!

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quarta-feira, 26 de abril de 2006

Credibilidade, anonimato e privacidade


Um blogue só subsiste em função da sua credibilidade. Qualquer que ele seja, independentemente de quem o criou, de quem nele colabora ou dos apoios que detém. O essencial num blogue é, portanto, a sua credibilidade. Em especial, do ponto de vista do conjunto dos consumidores dos conteúdos nele publicados. Isto é, dos seus públicos.

Este, como qualquer outro blogue é, por natureza, um espaço de liberdade de opinião. E essa liberdade pressupõe um igual nível de responsabilidade por parte, não só de quem nele escreve mas também de quem nele é aceite como comentador. Uma vez que, sendo um espaço público e um meio de comunicação, ainda que com carácter virtual, está sujeito às mesmas regras de vivência e comportamento pessoal e social que os restantes espaços.

A fase de democratização da Internet a que temos assistido nos últimos tempos, trouxe para a blogosfera toda uma diversidade de fornecedores de conteúdos e de consumidores da informação publicada. Quando assim acontece, é sabido que há do melhor e do pior. Num espaço (a blogosfera) que muitos ainda crêem, erradamente, ser de completo anonimato, deparamo-nos por vezes com atitudes de carácter duvidoso e, amiúde, algo ilícito. Não que já tenha acontecido em blogues de Vendas Novas, julgo que não, mas a verdade é que, nestas coisas, nada melhor que chamar a atenção e prevenir situações potencialmente desagradáveis.

O que pretendo dizer com isto é, em termos simples, que deve existir em todos nós a consciência de que um blogue não é um espaço onde possa subsistir qualquer tipo de anarquia tolerada, nem muito menos um eventual paraíso para a prática de ilícitos, em qualquer das suas diversas vertentes. Isso seria exactamente o contrário do objectivo essencial que deve presidir a um blogue do tipo do Atribulações Locais: “fornecer conteúdos credíveis”.

Naturalmente que este tipo de problemas não se coloca ao nível dos meus amigos colaboradores neste blogue. Mas pode acontecer em relação a alguns dos comentadores anónimos, uma vez que se decidiu, embora de forma provisória e com carácter experimental, e em face do tipo de matérias a abordar, abrir a possibilidade da existência de comentários anónimos.

Um blogue como este pode ser visto como uma forma emergente de exercício da cidadania. E tem, a meu ver, um importante papel social, que se reveste numa espécie de afirmação cívica dos cidadãos. Uma forma complementar de afirmação. Com a vantagem de ter acesso fácil e de abranger todos os cidadãos por igual, sem limitações nem discriminações de qualquer espécie. Razão pela qual se deve respeitar (e aqui é isso mesmo que fazemos), a intenção de permanecer anónimo.

Não se deve, no entanto, em caso algum confundir anonimato com privacidade. Qualquer um dos amigos leitores, enquanto visitante ou comentador neste espaço, tem toda a legitimidade em querer permanecer anónimo. Aliás, o mesmo acontece com alguns dos colaboradores e isso deve ser respeitado. Até porque, de certo modo, em alguns casos o anonimato pode ser uma forma de proteger a privacidade, especialmente em circulos sociais mais fechados. O que já não se pode tolerar é que alguém, ao abrigo do anonimato, e por exemplo através da caixa para comentários de um blogue, queira interferir na privacidade de outrem, seja através de difamação, da divulgação indesejada de nomes ou características pessoais ou, até mesmo, da prática de outras atitudes manifestamente ilícitas ou eticamente incorrectas como, neste último caso, já assistimos noutros espaços em relação a terceiros.

A credibilidade de um blogue passa também, a meu ver, por estas chamadas de atenção. Cuja intenção é, em simultâneo, pedagógica e preventiva.

João Fialho
("alentejodive")

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segunda-feira, 24 de abril de 2006

Lembrar o 25 de Abril de 1974


Este post é dedicado a todos os homens e mulheres da nossa terra, que pelas mais variadas razões e motivos, passados trinta e dois anos do dia que nos trouxe a LIBERDADE, ainda não gozam plenamente da liberdade de expressão, e de opinião.
Para eles vai toda a minha solidariedade.

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sábado, 22 de abril de 2006

Associação dos Dadores Benévolos de Sangue





Só nos lembramos de Santa Bárbara quando troveja.

O ditado popular aplica-se e assenta como uma luva às associações de cariz social e humanitário, que graças ao esforço e pertinácia de alguns dos melhores cidadãos, ainda vão subsistindo a nível nacional e local.

-Quando é que nos lembramos dos Bombeiros?
Quando a casa está a arder; ou quando os pais velhinhos ou acamados precisam de ir a uma consulta ao hospital ou levados para casa do outro filho que mora muito distante; ou ainda quando o carro se estampou e ficou alguém preso na chapa retorcida e é preciso que rapidamente lhe prestem os primeiros socorros e o retirem com vida.

E quando é que nos lembramos da Santa Casa da Misericórdia?
Quando já não temos condições para dar assistência aos nossos doentes, ou ao pai que precisa de cuidados especiais e permanentes.

E a Associação dos Dadores Benévolos de Sangue?
Desses só nos lembramos quando aquele nosso familiar ou amigo, que viu aquela cirurgia que espera há anos, ser mais uma vez adiada, porque o hospital não tem reservas de sangue.

Pois é desta Associação que vos quero falar, e das pessoas que em troca de coisa nenhuma, há catorze anos a fundaram e regularmente promovem e sensibilizam as pessoas para a importância social e humanista da recolha de sangue a título benévolo.

Quando vejo os cartazes a avisar do dia e local de recolha de sangue lembro-me logo do Sr. Virgílio e da Dona Quinita.
São o Presidente e a Tesoureira da Associação.
Sei do muito que têm trabalhado, cada um na sua área para manterem a associação em actividade regular, das portas a que batem a pedirem auxílio, das incompreensões de que por vezes são vítimas.
Mas sei principalmente que os seus trabalhos não são em vão, as dádivas de sangue recolhido têm salvo e ajudado muita gente, e que sem elas tudo seria mais difícil.
Em 2005 recolheram cerca de 220 litros de sangue, o equivalente a 554 dádivas.
Eu sei que hoje em dia, todos avançam com números para tudo e mais alguma coisa, mas há um número que nunca saberemos, quantas vidas foram salvas pelo labor da Associação.

Não posso porém esquecer os dadores, os homens e as mulheres, os que cedem benevolamente o seu sangue, e que sem eles, de nada servia a Associação.

Nestes catorze anos de existência a Associação dos Dadores de Sangue tem estado alojada numa sala do Pavilhão Gimno-desportivo cedida pela Câmara Municipal.

A futura sede social já está quase concluída e vai ser inaugurada brevemente. Espera-se que a nossa cidade contribua generosamente na ajuda financeira à Associação. Eu não sei quanto custou a obra nem de que dinheiro dispõem, mas a prática já me ensinou que o dinheiro não abunda, nem nunca abundou, nas associações humanitárias.

Eu assisti ao abrir dos caboucos e ao erguer das paredes, e via todos os dias da semana o Sr. Virgílio a trabalhar, vi-o de picareta a abrir os caboucos, de pá a retirar a terra, carregou tijolos e sacos de cimento, e deu muita serventia a pedreiro.
Também vi muitos amigos da Associação a trabalharem ao seu lado, e ainda por cima, sempre bem dispostos.

São homens como o Sr. Virgílio, a Dona Quinita e todos os que trabalham anonimamente nesta e noutras associações, que me levam a acreditar, que ainda há gente boa de quem nos devemos orgulhar.

MouTal

As fotografias foram cedidas pelo Alentejo dive.

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terça-feira, 18 de abril de 2006

"Gato escaldado de água desconhecida tem medo"

Deixo aqui a seguinte reflexão

Não pretenderia o Sr. Presidente da Câmara aquando da proposta do Sr. Vereador Luís Braga dizer “isto vai sair-nos caro!” e disse “deitar dinheiro á rua”? Até porque esta consideração já está a sair cara ao Sr. Presidente.

Porventura lembrou-se do velho provérbio “o que não mata engorda” e contagiou a reunião de câmara com esta linha de pensamento levando assim “a água ao seu moinho”. Abençoada maioria!
Quem não ficou muito convencido foi o Sr. Vereador Luís Braga que deve ter pensado com os seus botões "desta água não beberei".

Ainda assim, devemos compreender que no acto de comunicação muitas vezes, por falta de capacidade ou limitação linguística, não se diz aquilo que realmente se pretende.

Não sabemos quais destas variantes afectaram o nosso Presidente, porventura até nem foram estas, mas quero pensar “que o Sr. Pres. disse o que não queria dizer” e os restantes votaram como não queriam votar. Um erro leva a outro e isto tudo não passa dum mal entendido… afinal de contas é obrigatório por lei publicar o resultado das análises á água certo? É um direito que nos assiste correcto?

Aproveito e apresento-vos o depósito de água da Freguesia da Landeira, foi esta foto que me levou a escrever todo este texto, contudo, julgo que a foto fala por si.


Olhando á imagem julgo que os habitantes podem beber água descansados… ou talvez não!
A verdade é que quem espera 12anos espera mais 3...

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segunda-feira, 17 de abril de 2006

A Junta Simplex

Há já algum tempo que não circula do lado de cá qualquer informação sobre a Junta de Freguesia de Vendas Novas. Aparentemente, do lado de lá, está tudo sob controlo. Ainda bem.

Salvo qualquer omissão que momentaneamente me escape, os órgãos representativos da freguesia são a assembleia de freguesia, como órgão deliberativo, e a junta de freguesia, como órgão executivo. Destes dois, apenas a assembleia está constituída, passados seis meses do acto eleitoral de 9 de Outubro.

Temos assim o órgão deliberativo da freguesia constituído. Como tal, deveria estar a funcionar na plenitude, acompanhando e fiscalizando as actividades da Junta. Mas não. Nada.

Paradoxalmente este é o único órgão que aparece esvaziado das suas competências. A Assembleia não foi até agora chamada a intervir, para além dos episódios já conhecidos, das repetidas tentativas para eleger os membros da Junta.

Aparentemente o anterior executivo ainda funciona (e bem, pois ninguém se queixa…). E sendo assim, não necessita da Assembleia para nada. Repito: “ainda bem”. Quem sabe se não é este o caminho a seguir no futuro? Há que descomplicar o sistema. Assumindo a nossa condição de pioneiros neste tipo de desburocratização improvisada, ainda vamos servir de exemplo para muitos outros. Os que não podem, ou não sabem inventar quando é preciso.

E assim, na onda “Simplex” do nosso Governo, lá vai a nossa Junta de Freguesia. Coxa? Talvez! Mas já muito à frente de todas as outras. Venha de lá o vosso aplauso que ela bem o merece.

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Qualidade da água, ou de como "deitar dinheiro à rua"




Folheto do Programa Polis Albufeira
Abril de 2006


Através do blogue "Notas do Mandato" , do Sr. Arquitecto Luis Braga, actual Vereador representando o PSD na Câmara Municipal de Vendas Novas (CMVN), ficámos a saber da rejeição de uma proposta por si apresentada na reunião de 29 de Março, daquele orgão autárquico.

Defendia essa proposta algo que, para qualquer munícipe, o que não se compreende é porque ainda ninguém tivera a iniciativa de propor. Ou seja, que a CMVN divulgasse através de meios ao seu alcance (Boletim Municipal e Site na InterNet) os resultados das análises efectuadas à água para consumo humano distribuída em Vendas Novas, acompanhado de um quadro de referência dos parâmetros indicadores de qualidade da mesma.

Refira-se que estas análises são obrigatórias por lei, designadamente em face do disposto nos Decretos-Lei nº 236/98, nº 243/2001 e demais legislação aplicável. Neste particular, os distribuidores de água estão obrigados a controlar diversos parâmetros de qualidade, microbiológicos e físico-químicos, da água que distribuem para abastecimento público, com uma frequência de análise que também se encontra legislada.

Ora, segundo esclarece o Sr. Vereador através do "Notas do Mandato", a maioria política que domina aquele orgão autárquico (CDU) rejeitou por completo a sua proposta, tendo aprovado uma (contra) proposta apresentada pelo Sr. Presidente no sentido de publicar nesses mesmos orgãos de informação que aqueles resultados estão disponíveis para consulta nos serviços municipais, no horário de expediente.

Esclarece ainda o Sr. Vereador no seu blogue, que o Sr. Presidente da Câmara considerou, por um lado, que a sua proposta seria "deitar dinheiro à rua" e, por outro lado, que os resultados das análises à água não poderiam ser colocados no site da CMVN porque a empresa responsável só fornece o respectivo relatório em suporte de papel.

Este assunto é relevante e de primordial importância para a população em causa, ou seja, todos nós, consumidores da água distribuida em Vendas Novas. E temos, também todos nós, munícipes, não só o inquestionável direito à qualidade do bem que nos é fornecido - a água para consumo humano, como também o não menos importante direito à informação.

Ora, nestas questões da informação prestada aos munícipes em Vendas Novas, já se percebeu , pelo menos essa é a minha opinião, que ainda muito está por fazer. Esperemos que estas simples chamadas de atenção ajudem no bom sentido. E o caso em apreciação parece ser disso um bom exemplo. Na verdade, também neste caso, todos temos a ganhar em que se aposte verdadeiramente no incremento da qualidade da informação disponibilizada aos munícipes. O que, desde logo, passa sem dúvida, a meu ver, por uma melhor utilização dos meios ao dispor da autarquia, como são os referidos na proposta (rejeitada) do Sr. vereador.

Tem a ganhar a própria autarquia, se conseguir fazer chegar às populações um melhor nível de informação nesta área. E têm a ganhar os consumidores, em face da natural preocupação quanto à qualidade da água que consomem, porque mais facilmente terão acesso à informação sobre os níveis de qualidade desse bem essencial. Aliás, isto mesmo é feito, por exemplo, no site da Câmara Municipal de Évora (CME), onde são publicados os resultados do controlo analítico de água(*).

Como se percebe, esta é uma questão que deve ser tratada com a importância que lhe é devida. Com respeito, transparência, moderação e bom senso. Não se defenda, por favor, que informar melhor os munícipes é "deitar dinheiro à rua". Não me parece que, por exemplo os responsáveis da CME, tenham a mesma opinião a este respeito. Aliás, não conheço ninguém que a tenha, a começar por si, caro(a) leitor(a).

Já quanto à questão de os resultados das análises à água não poderem ser colocados no site da autarquia, porque a empresa responsável só fornece o respectivo relatório em suporte de papel, bem, sobre isso, em face do absurdo da situação, vou fazer de conta que não li ... ... ...


(*) "http://www.cm-evora.pt/analisesdas/Boletins%20trimestrais/controlo_evora.htm"

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sexta-feira, 14 de abril de 2006

Reflexões sobre o que é este blogue


"Não há que ter medos ou receios, quando as coisas são feitas pela positiva."

Este foi um dos melhores conselhos, de entre os que me foram dados por pessoas amigas, quando comecei a pensar criar um blogue para discutir Vendas Novas. Que veio a ser este em que o amigo leitor se encontra.

De vez em quando, aparecem nos blogues locais comentários do género:

- "... será que em Vendas Novas só há coisas más?";
- "... porque é que nunca falam bem e só dizem que está tudo mal?"
- "... não passem a vida a dizer o que está mal. Digam também o que está bem, porque ou não existe nada ou por alguma força maior aqui neste blog ninguém o quer dizer....?"

A verdade é que, embora com curta existência, também o "Atribulações Locais" já presenciou este tipo de comentários. E isso fez-me reflectir. Algumas dessas reflexões estão aqui espelhadas, no texto que segue.

O aparecimento dos blogues veio colocar à disposição de todos, mas mesmo todos, uma nova ferramenta que pode ser usada das mais diversas maneiras. Além de ser gratuita e fácil de criar e utilizar, requer relativamente pouco tempo a quem a mantém activa. E, se for um blogue colectivo, ainda menos tempo retira às outras actividades pessoais, familiares ou profissionais. Neste aspecto, tudo depende das capacidades e dos objectivos de quem a mantém viva. Que, no caso deste blogue, é o conjunto de todos os seus colaboradores.

Os assuntos tratados, neste como em qualquer blogue, são em certa medida o espelho dos interesses e das aptidões de quem nele escreve. Também é assim com alguns meios de comunicação (por exemplo, jornais e revistas). Embora um blogue talvez não deva ser considerado no âmbito dos meios de comunicação (esta é uma discussão em aberto), mantêm com aqueles algumas caractaristicas em comum, pois trata-se igualmente de uma forma que pode ser usada para difundir informação e conhecimentos, com determinado tipo de objectivos.

No caso particular do "Atribulações Locais", todos os colaboradores têm uma qualquer ligação a Vendas Novas. Ou porque aqui residem ou trabalham. Ou até porque daqui são naturais. Todos têm, pelo menos, uma coisa em comum: gostam de Vendas Novas. O que já não é pouco. Só quando se gosta de alguma coisa, e neste caso é porque se está para além de gostar, é que as pessoas se preocupam. Não há grandes preocupações quando não se gosta. Mas quando a pessoa sente que tem uma forte ligação à "sua terra", não se importa de contribuir para que ela seja melhor. Não se importa, é uma forma de dizer, pois aqui o que se trata é de tentar contribuir pela escrita, da melhor forma que cada um sabe ou encontra, para que a sua terra seja ainda melhor.

É aqui que encaixam os tais comentários acima referidos. Que terão sido, igualmente, deixados por quem gosta da sua terra. Mas que talvez gostasse de ver abordados outros assuntos, ou de forma diferente, por uma ou outra razão. E faz muito bem em explicar os seus sentimentos em relação a isso. Poderá ou não ter razão naquele caso em concreto, mas isso é uma questão diferente.

Ora, esta coisa das razões particulares de cada visitante de blogues, ou da forma como cada um de nós encara os assuntos tratados e os que deixaram de o ser (o chamado "custo de oportunidade"), encarna uma elevada dose de subjectividade. Isto porque o que para mim é importante para o leitor poderá não o ser. Ou, sendo-o, a forma que escolho para abordar a questão poderá, para mim, ser a correcta e para o leitor antes pelo contrário. Nestes casos, como é que se pode medir o que está certo e errado? Ou será que, nestas coisas, é melhor não entrarem esses conceitos algo castradores de certo e errado? Quem é que decide? Onde é que está o equilíbrio?

É por saber da existência desta elevada dose de subjectividade quando se escreve sobre temas locais, que foi decidido, desde o primeiro dia de existência do "Atribulações Locais", criar uma espécie de "contraditório". O qual tem várias formas. Desde logo, o próprio espaço para comentários aberto ao universo dos visitantes do blogue que, pelo que se tem visto, merece e pretende-se que continue a merecer resposta por parte dos colaboradores. Por outro lado, através da indicação explícita na faixa que corre na parte de cima do blogue, de que serão tratados ou publicados os assuntos remetidos ou sugeridos pelos nossos visitantes. Também, ainda, pela indicação expressa da existência de um "Livro de Reclamações" o qual, como se compreende, utiliza um determinado email. Por outro lado ainda, na tentativa, que tenho mantido e pretendo continuar a desenvolver, de auscultar com a finalidade de enviar possível convite para colaboração directa no blogue, personalidades que manifestamente tenham diferentes formas de ler Vendas Novas.

Pelo exposto, facilmente se depreende que este não pretende ser, exclusivamente, um espaço de oposição. Nem nenhum "velho do Restelo" de carácter local. E muito menos um desconstrutor ou desincentivador de qualquer tipo de iniciativas. Mas também não se espere que seja um local deserto de ideias, comentários ou sugestões. Nem de falta de liberdade criativa. E ainda menos, que seja um espaço a qualquer título limitativo da importante e absolutamente imprescindível liberdade de opinião. Seja ela usada para louvar ou criticar. Isso apenas depende do seu autor. Como, aliás, não podia deixar de ser.

Não se tenha, portanto, a ilusão, de que este é um blogue do contra. É, sim senhor, simultaneamente do contra e do a-favor. Mas especialmente, é um espaço para trabalhar em prol de Vendas Novas. De que todos gostamos e queremos ver ainda melhor.

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terça-feira, 11 de abril de 2006

Fotografias


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Atribulações de um munícipe

Mais uma zona desleixada

As duas fotos falam por si, observe-as, leia o texto e tire as suas conclusões. Se quiser e assim o entender, faça o seu comentário.

A zona situa-se no início da Av. 25 Abril, e é contígua à Praceta Pedro Benito Garcia (reinaugurada a 27 de Agosto de 2005, vésperas da última campanha para as Autárquicas) e traseiras dos prédios que dão para a EN4.

O guindaste que está na fotografia foi retirado na semana passada, mas esteve ali abandonado durante vários anos.

As traseiras dos prédios não têm passeios e não foram acabadas. Segundo explicação da Câmara Municipal, as soleiras ficaram muito altas, e enquanto o empreiteiro não acabar a obra não há passeio para ninguém.

E aqui pergunto eu:

-Será que o empreiteiro termina as obras num prédio que já vendeu?

E se o não fizer, quem o pode obrigar à conclusão dos trabalhos?

-Encontra alguma razão plausível para que ao fim de sete anos um prédio já vendido e habitado, ainda não esteja concluído e urbanizado?

Você gosta de ver “a cidade jardim” com estes canteiros?

Eu não.

MouTal

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quinta-feira, 6 de abril de 2006

Estação de Camionagem com défice de informação


“Tem existido em Vendas Novas um défice de informação, com referência à nova Estação Central Rodoviária.”



Vamos por partes. Há alguns anos, foi decidido pelos responsáveis autárquicos locais, iniciar o processo que levaria á construção do edifício e espaços anexos, destinadas a albergar a futura Estação Central de Camionagem, também conhecida como Estação Central Rodoviária de Vendas Novas.

Essas instalações, entretanto já construídas e prontas há alguns meses, situam-se numa zona muito movimentada da cidade e irão, em princípio, servir uma população que tem mostrado tendência de crescimento, ao contrário do que tem acontecido com a maior parte dos concelhos alentejanos.

Aquela estrutura foi já oficialmente inaugurada, o que aconteceu antes das últimas eleições para os órgãos autárquicos. Faz hoje, exactamente, duzentos e um dias. No entanto, e apesar disso, ainda não está a funcionar nem terá sido indicada uma qualquer data para o início da sua utilização. Continua encerrada. Inexplicavelmente. E é exactamente isto que eu não entendo.

Quando digo “inexplicavelmente”, digo-o porque ainda não me apercebi que alguém responsável por estas questões se tenha dignado explicar, informar ou esclarecer os munícipes, das razões que estarão por detrás da falta de (início de) utilização daquela importante estrutura. É também isso que não entendo. A ausência de informação. Ora, como sabemos, a falta ou défice de informação em relação a estas questões, pode levar, e neste caso tem levado, a que comecem a circular as mais diversas razões para o facto, sem que se saiba ao certo a sua origem. Ora, ninguém ganha com esta situação.



Não ganham, desde logo, os responsáveis autárquicos. Que vêm, sem necessidade, politicamente posta em causa a sua actuação imediata, por não esclarecerem os munícipes em tempo útil. E não ganham, antes pelo contrário, as populações locais. Que se sentem invadidos por um natural sentimento de frustração, ao verem desnecessariamente desaproveitada uma infraestrutura essencial ao bem-estar dos inúmeros potenciais utentes, designadamente a população estudantil. Sentimento esse que é agravado pelo facto de não se vislumbrar no horizonte próximo, algum indício que traga esperança a quem se sente, também neste particular, desconsiderado pelo inexistente esclarecimento.

Claro que, em face desta situação de completa falta de informação, já começaram a circular as inevitáveis pseudo-razões para que aquela estrutura se mantenha encerrada. Como, por exemplo, que o edifício teria sido inaugurado sem estar devidamente concluído na sua plenitude, ou seja, pronto a funcionar. Ou que teria sido inaugurado apenas por razões de eleitoralismo político, em altura de Eleições Autárquicas.

Como se vê, tudo ideias avançadas sem justificação e, a meu ver, desprovidas de qualquer verdade. Pois ninguém de bom senso iria pensar que os responsáveis pudessem inaugurar aquela estrutura, ou qualquer outra, sem a certeza de que a mesma estivesse em plenas condições de funcionamento. Não iriam inaugurar algo que não estivesse pronto a ser utilizado. Eu, pela minha parte, não acredito que o fizessem. Por certo, o caro amigo leitor também não. Logo, para mim, se inauguraram é porque estava pronto. Em tudo o resto, não acredito. A não ser que me convençam do contrário.

Outra pseudo-razão que também parece circular, a qual poderá igualmente ter por base a mesma falta de esclarecimento público, seria que a nova Estação Central de Camionagem ainda não estaria a funcionar porque não teria havido acordo prévio (nem até agora!?) entre o dono da obra e a Rodoviária do Alentejo, ou qualquer outro operador rodoviário eventualmente interessado. Claro que também não acredito em nada disso.

E não acredito, porque essas hipóteses são normalmente precavidas por quem de direito. Não acredito que os responsáveis por aquela estrutura, atentas as suas obrigações para com os munícipes que tanto estimam, estivessem na disposição de correr o risco de a construir sem que tudo fizessem para que se garantisse a sua utilização, em tempo útil, pelas populações a que se destina. Como disse, não acredito nessa razão da falta de acordo.

Alguma outra razão existirá, mais lógica, sei lá. Talvez ainda não seja a altura certa. Ou talvez seja uma questão de agenda. Ou de falta de oportunidade. Ou a meteorologia não tem deixado. Qualquer coisa assim realmente impeditiva. Agora, a falta de acordo, isso não acredito.


Por esta altura, imagino que o amigo leitor estará, no mínimo, a apelidar-me de céptico. Talvez, não sei. Sei é que há muita coisa em que não acredito. Por exemplo, que a falta de informação e de esclarecimento aos munícipes seja uma boa solução. Não é!




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segunda-feira, 3 de abril de 2006

O Homem de(o) Betão!


Pequena nota prévia: Um pouco na linha do que já vem sendo hábito, não fiz o sempre recomendável trabalho de prospecção directa antes de me atirar a este tema. Corro assim o risco de incorrer em omissões ou em excessos, na apreciação do valor e da personalidade riquíssima deste vendasnovense. Conto com a vossa colaboração para as eventuais correcções.


Há dias, alguém com ligações a este vosso amigo, revelou-me uma conversa recente que teve com o Sr. Teotónio Pintor, actual Presidente da Casa do Povo de Vendas Novas. Uma frase deste tinha-lhe tocado a alma. Um pouco pela afirmação e outro tanto pela transbordante sinceridade que não admitia dúvidas: “só quero que Aquele lá de cima me dê mais dois anos de vida e saúde. É o que me basta para concluir esta obra e a próxima que se segue!”. Referia-se ao Lar para a 3.ª idade da Afeiteira - cuja inauguração está prevista para Setembro - e à que já se anuncia: em terreno anexo, doado à Casa do Povo, irá nascer em parceria com a CERCI de Montemor, um Centro de Reabilitação destinado a deficientes profundos. Este é um projecto social inovador no nosso concelho e será certamente mais um motivo de grande orgulho para todos nós.

A personalidade deste vendasnovense que nos habituámos a identificar como o Presidente da Casa do Povo, ou mais remotamente como o Presidente do Estrela, suscita também alguma saudável controvérsia. Um pouco na linha do que é hábito nestes casos de inequívoco sucesso. A sua tenacidade e a capacidade de sonhar alto já produziram resultados. Há obra feita nas colectividades por onde passou.

A história da nossa cidade escreve-se também com homens desta estirpe, os verdadeiros homens de betão, que vão à luta e não se acomodam perante as dificuldades.

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sábado, 1 de abril de 2006

O caminho.

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Atribulações de um munícipe

O caminho para o depósito da água.



A Av. 25 de Abril não será a mais importante ou a mais bonita da nossa cidade, mas é certamente a mais comprida e das mais novas.
No início da avenida, entre os nº5 e 5ªA situa-se a passagem para o depósito da água. Essa passagem ou caminho do depósito, como vulgarmente é chamado, vai atingir a idade adulta, 18 anos, tantos como o nº5 da avenida.
O piso é de terra batida e regularmente quando os buracos quase impedem o acesso das viaturas, a Câmara Municipal manda espalhar saibro no pavimento. No tempo seco as viaturas que por ele circulam, e são muitas ao longo do dia, levantam nuvens de poeira que incomodam os moradores adjacentes, e no tempo de chuva comporta-se como um leito de aluvião, isto é, arrasta para a avenida o saibro, as lamas e a areia, e entra pelos quintais adentro de quem mora para jusante.
Há pouco mais de uma semana, choveu torrencialmente durante uma hora, e vi uma das minhas vizinhas, descalça e à chuva, de sacho na mão a abrir uma vala para canalizar as águas pluviais para a avenida. Já tinha o quintal invadido pelas lamas e areias provenientes do dito caminho, e bastas vezes mandou desentupir a fossa de escoamento das águas pluviais.
Espero há quase 17 (dezassete) anos que a Câmara Municipal execute esta (pequena para mim, grande para a Câmara) obra, e muitas vezes me interrogo:
- Porque é que este caminho ainda não foi pavimentado?
- Será uma obra muito cara?
- Será de tão difícil execução que é preciso consultar o L.N.E.C.?
- Será inércia?
- Será outra qualquer coisa que eu não consigo descortinar?
Ó senhor Presidente da Câmara, eu sei que o senhor está atento e até costuma ler os blogues cá da terra.
- Quando é que isto tem solução?

Quero esclarecer os leitores que este problema já há muitos anos vem sendo posto à Câmara Municipal. Eu próprio o coloquei pessoalmente em reunião de quarta-feira, pouco antes das últimas autárquicas, ao anterior Presidente e onde estava presente o nosso actual Presidente da Câmara.

Será que vamos ter inauguração no próximo dia 25 de Abril?
A ver vamos, como diz o cego.
MouTal

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