segunda-feira, 31 de julho de 2006

Dr. CUSTÓDIO CABEÇA

VENDASNOVENSE, PROFESSOR CATEDRÁTICO, CIRURGIÃO INSIGNE E CONFERENCISTA DE RENOME INTERNACIONAL, O SEU NOME FOI DADO AO ANTIGO HOSPITAL DA MISERICÓRDIA E A UMA ARTÉRIA DE VENDAS NOVAS.


Era ainda Vendas Novas uma pequena aldeia, em 04 de Agosto de 1866, há 140 anos, nasceu numa casa do Largo Serpa Pinto (na altura Largo da Estalagem), um indivíduo do sexo masculino, filho de Tiago Maria Cabeça, artífice de construção civil, e da sua mulher, Maria Rosa de Almeida Cabeça. Essa criança foi baptizada com o nome de Custódio Maria de Almeida Cabeça.
Passou a infância na aldeia. Aprendeu as primeiras letras com o “Padre” Dinis, que vinha de Cabrela a Vendas Novas, algumas vezes por semana, ensinar a ler e escrever os filhos dos que lhe podiam pagar.
O sonho dos pais do Custódio era vê-lo seguir um curso superior. O “Padre” Dinis (apenas ex-seminarista) via também na criança forte inclinação para o estudo e conseguiu a sua admissão no Colégio de Reguengos, então considerado dos melhores do Alentejo.
Assim, em 1875, com 9 anos, Custódio Cabeça deixou Vendas Novas Para frequentar o Colégio de Reguengos…Mas o seu coração ficou sempre preso á família, aos amigos de infância e á terra que o viu nascer…
De Reguengos continuou estudos em Lisboa, nos Colégios “Herculano” e “Mota”, concluindo neste o curso dos liceus.
Matriculou-se na Escola Politécnica em 1882, com 16 anos.
Por essa altura é atingido por uma grave doença nos olhos, que o obriga a interromper o estudo por dois anos.
Mas após a cura, já não é o estudo que o atrai, mas o mar, que o fascina…Quer ser marinheiro…
A influência da mãe, sempre desejosa de ver o filho com uma formatura superior, fá-lo voltar aos estudos.
Aos 21 anos – em 1887 – matricula-se na Escola Médico – Cirúrgica de Lisboa, onde logo deu nas vistas, com trabalhos excelentes e notas elevadas.
Além do estudo, o Custódio dedica-se ao exercício físico. No Ginásio pratica trapézio e paralelas, saltos e provas de equilíbrio (subia a pulso ao tecto do ginásio e aí se mantinha, firme, por 5 ou 6 minutos, um feito difícil).
Praticava também ciclismo…e gostava de touradas…
Apreciava música, sendo exímio guitarrista…Por causa da guitarra, numa rua de Lisboa, um incidente com alguns marinheiros, levou-o a agredir involuntariamente o Professor Bombarda, que não lhe perdoou, reprovando-o injustamente (a sua única reprovação) na cadeira de Fisiologia.
Ainda durante o curso, em 1881, interno no Hospital Dª. Estefânia, faz a sua primeira intervenção cirúrgica.
Forma-se brilhantemente em Medicina em 1882, com 26 anos, defendendo tese em 19 de Junho desse ano.
Começava uma importante carreira como médico-cirurgião.
Foi nomeado Lente da Escola Médico – Cirúrgica de Lisboa em 14 de Abril de 1898.
Casou em 31 de Março de 1906 com Lídia Maria Cabeça, que vem a ser a sua mais preciosa colaboradora nos trabalhos e publicações científicas que empreende, acompanhando-o e dando-lhe apoio nas suas numerosas deslocações ao estrangeiro.
Continuava o Prof. Custódio Cabeça fascinado pelo mar, por isso o casal instalou-se no Estoril…
Desempenhando cargos importantes no meio médico do país, sempre acompanhado de sua mulher, percorreu em viagens de estudo, ou para proferir conferências sempre brilhantes – ganhou rapidamente renome internacional – muitos países de todos os continentes.
Esteve, por exemplo, várias vezes na Rússia, no Egipto, nos Estados Unidos, etc…etc…
Foi Membro Honorário da Academia de Medicina do Rio de Janeiro e S. Paulo.
Foi autor de numerosas obras científicas, como, por exemplo “Tumores do Ovário” e “Cirurgia Abdominal”.
Em cirurgia foi grande a sua actividade. Realizou 7.463 intervenções cirúrgicas…Um número notável.
Consta que foi seu discípulo dilecto aquele que veio, anos depois, a receber o Prémio Nobel da Medicina, o Prof. Egas Moniz…
Doente, o Prof. Cabeça abandonou a actividade e 18 de Maio de 1936, sendo homenageado pelo Conselho de Faculdade de Medicina de Lisboa e por muitos colegas e amigos.
O Dr. Custódio Cabeça, respeitado e prestigiado internacionalmente, faleceu em Setembro de 1936, em sua casa.
Embora com uma vida profissional absorvente, o Prof. Custódio Cabeça nunca esqueceu a sua terra natal. Em 1919 apoiou a fundação da Misericórdia de Vendas Novas. Em 1928 fez parte da comissão de médicos que aprovou o terreno para o hospital da Santa Casa.
Deixou um legado de 100 contos (500 euros), quantia elevada na época, para a construção do hospital, bem como alguns dos seus livros e os instrumentos cirúrgicos para nele serem depois utilizados.
Inaugurado o Hospital em 1941, a Misericórdia de Vendas Novas, homenageando o Dr. Custódio Cabeça, deu-lhe o seu nome.
A Srª Dª. Lídia Cabeça, até falecer, continuou a auxiliar o Hospital e a Misericórdia.
No dia da inauguração do Hospital, na casa onde nasceu, foi descerrada uma lápide e há poucos anos (7 de Setembro de 2002) a Câmara de Vendas Novas, homenageando também este insigne Vendasnovense, deu o seu nome a uma artéria da cidade…


Artur Aleixo Pais

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quinta-feira, 27 de julho de 2006

Férias em Vendas Novas!

Finalmente, já cheira a férias. Agosto está a chegar. Há que aproveitar as oportunidades que um mês de calendário nos proporciona, supostamente sem regras, sem obrigações e sem horários a cumprir. Apenas um objectivo: temos um mês só para nós, vamos esquecer os outros onze.

Sair da rotina diária é mais que uma necessidade. É quase uma obrigação. Em tese, não nos faltam projectos. Há tantos locais que cumprem todos os requisitos na perfeição. O pior é que nenhum deles fica a menos de 300 km e a permanência por duas semanas nesses “paraísos” ainda é (ou cada vez é mais) incomportável para alguns (ou será que são muitos?) de nós.

Feitas as contas, há que improvisar. Ficar por cá pode não ser a maravilha que ambicionávamos para estas férias mas não nos resta outra alternativa.

O pior é que as piscinas estão a abarrotar, a praia mais próxima fica a mais de 70 km, a biblioteca irá encerrar na primeira quinzena de Agosto, e animação à noite só mesmo ao fim de semana. Assim, a alternativa é mesmo descansar (dormir sempre ajuda a passar o tempo), ler muito (que pena a biblioteca fechar), passear (onde? se não há nada para ver), jardim público (só mesmo nas noites quentes, mas sem mosquitos), Noites de Verão (só às sextas e sábados).

Vendas Novas não é, nem será num horizonte próximo, destino procurado para passar férias. A cidade foi dimensionada para ser “apenas” local de trabalho, o que, vendo bem, não é assim tão mau.

Este post não é nem pretende ser conclusivo, muito pelo contrário. Procura sugestões, alternativas, partilha de conhecimentos… Conto com a vossa participação. Quem sabe não sairá daí uma boa proposta?

Boas férias.

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Vendas Novas, Boavista (zona dos Cafés de Bifanas)

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quarta-feira, 26 de julho de 2006

A propósito de Energias Alternativas em Vendas Novas

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No dia 27 de Janeiro deste ano, a propósito de "Energia Solar", escrevi no "Atribulações de um alentejano em directo" um texto que terminava assim:

"Atenção, pessoal de Vendas Novas (e não só) parece-me estar aqui uma boa oportunidade de negócio, tanto na vertente comercial como de prestação de serviços em instalação destes equipamentos. Vamos a isso, antes que se faça tarde".

Pois bem, já existe em Vendas Novas uma empresa que se dedica a estas coisas da energia solar, e que se está a instalar no Parque Industrial. Pelo que sei, será pioneira neste ramo em Vendas Novas. Desejo-lhe o maior êxito, como é natural. Embora tenha a certeza que uma coisa (aquele meu post) não tem nada a ver com a outra, a verdade é que a oportunidade existia e alguém está a tentar preencher esse espaço.

Outra área de negócio com espaço ainda em aberto em Vendas Novas, penso que com idênticas se não maiores possibilidades de êxito em termos económicos, é a da instalação de Sistemas de GPL AUTO. No ano passado, preocupei-me em estudar este mercado, embora o tenha feito essencialmente do ponto de vista do consumidor. Apesar disso, penso saber do que falo. E ao longo deste tempo, fui criando uma opinião sobre o tema.

Cheguei a uma conclusão muito simples: há um mercado em expansão no que respeita à procura de "Instalação de Sistemas GPL". Já em Setembro de 2005, quando instalei um kit GPL, o instalador que me prestou esse serviço tinha uma lista de espera de aproximadamente, um mês.

Ora, para quem não sabe, digo-vos que não existem instaladores de GPL em todo o Alentejo. Os mais próximos são em Setúbal (uma pequena oficina em que trabalham 3 pessoas ao todo, com um só instalador) e uma no Barreiro a qual, pelo que me apercebi na altura, por algum motivo não tinha clientes para este serviço. Ao sul do Tejo, quando procurei instaladores não encontrei em mais lado nenhum, embora me tenham falado num em Alhos Vedros que acabei por não encontrar. Mesmo na zona de Lisboa, contam-se pelos dedos os que existem (daí as listas e espera). Os clientes do Alentejo, ou escolhem instaladores perto de Lisboa, ou aquele de Setúbal (que eu não aconselho, mas isso é outra questão) ou então fazem como num caso recente que conheço aqui em Vendas Novas, que escolheu um instalador da zona de Leiria.

Em resumo, estou a falar do que pode ser considerado um simples nicho de mercado, mas também uma área de negócio com reais capacidades de expansão, especialmente por força do aumento da procura (que existe, por razões mais que óbvias). Portanto, caros empresários locais do ramo automóvel, olhem para o GPL, estudem o mercado, façam os vossos planos económicos e financeiros e aproveitem o que está à vista de quem quiser e souber aproveitar. Em termos de investimento, penso que a primeira e também a maior preocupação será com os recursos humanos, uma vez que se trata de um serviço que requer formação especializada. Os recursos financeiros são diminutos, em comparação com outros negócios de prestação de serviços no ramo automóvel.

Esta é, naturalmente, uma abordagem simplista e parcial. O espaço de um post não dá para mais. Razão pela qual tenham, por favor, em atenção que esta não passa de uma opinião pessoal. Nestas coisas cada um é que sabe. Quem quiser saber mais sobre esta matéria, pode começar por aqui.

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segunda-feira, 24 de julho de 2006

Vamos lá desenvolver a blogosfera em Vendas Novas !

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Este texto tem uma única intenção: ajudar à criação de novos blogues em Vendas Novas.

A blogosfera vendasnovense tem-se caracterizado por uma relativa apatia. Independentemente das razões que possam estar na base dessa situação, importa trazer para o seio da comunidade internauta, novos estímulos que permitam alterar essa quase letargia.

Um blogue pode servir diversas finalidades e a sua grande virtude é, a meu ver, a diversidade. Há blogues muito interessantes, alguns óptimos e outros nem por isso. Muitos são de carácter pessoal, onde o seu criador pretende relatar as suas experiências de vida. Outros são blogues colectivos. Uns e outros, podem ser intimistas, generalistas ou temáticos. Ainda me parece existir um grande vazio para preencher na área dos blogues especializados. O futuro na blogosfera pode passar também por aí.

Na fase em que estamos, o mais importante nos blogues, segundo me parece, é a credibilidade. A par da responsabilidade e do equilíbrio entre anonimato e privacidade. A forma como vejo as coisas leva-me a dizer que a tendência nos blogues é para que os mesmos sejam assinados (é a questão da credibilidade) e para que forneçam conteúdos mais alargados (texto, som, vídeo). No futuro, quem sabe? talvez surjam internautas a viver económica e exclusivamente de blogues.

Ao nível local, os blogues podem ter um importante papel a desempenhar, que passa pelas novas formas alternativas ou complementares do exercício da cidadania. Podem ajudar à divulgação de diversos tipos de conhecimento ou informação, trazendo-os para o seio da comunidade. Nessa medida, ajudam a cimentar o papel social de afirmação como cidadãos, de todos os que neles participam, a publicar ou comentar. O que pode ser entendido como uma outra espécie de afirmação cívica.

Para aqueles que já pensaram na hipótese de criar um blogue, mas que ainda não se decidiram, creiam que esta é uma das melhores formas (e também a mais fácil) de se iniciarem no fornecimento de conteúdos online. Se há milhões de pessoas que mantém blogues por esse mundo fora, pelas mais variadas razões, porque razão tu (ou você) não hás-de experimentar?

Em Vendas Novas há tanta gente com tanto para dizer e partilhar, porque não criar um blogue com esse propósito? Há tantas pessoas que gostam de escrever prosa ou poesia, de pintar, bordar, que se dedicam á fotografia amadora, à escultura ou ao artesanato, que defendem isto ou aquilo, que gostariam e não sabem como divulgar as suas mais diversas iniciativas, sejam pessoais ou de carácter associativo ..... porque não criar um blogue?

Criar um blogue é fácil, é gratuito e requer relativamente pouco tempo. E está aqui alguém que tem todo o gosto em ajudar nos primeiros passos. Só têm que dar o segundo passo. O primeiro é este texto. Espero que esta disponibilidade ajude a desenvolver a blogosfera de Vendas Novas. Não se acanhem, pois não têm nada a perder. Vá, vamos lá, comecem por escrever o que precisam aqui nos comentários ....

João Fialho
(”alentejodive”)

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Vitral da Igreja dos Salesianos, em Vendas Novas

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terça-feira, 18 de julho de 2006

Já tem 18 anos? Então isto pode interessar-lhe.

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CENTRO DE RECONHECIMENTO, VALIDAÇÃO, E
CERTIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIAS EM VENDAS NOVAS.
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"CENTRO NOVAS OPORTUNIDADES"
(R.V.C.C.)


A partir de agora, a Escola Secundária de Vendas Novas passa a disponibilizar a toda a população de Vendas Novas um sistema que permite reconhecer, validar e certificar competências, saberes e experiências que todos os cidadãos tenham adquirido ao longo das suas vidas. Em particular os jovens ou adultos sem escolaridade obrigatória.

Conhecido como um "Processo R.V.C.C.", este sistema de certificação dirije-se a todas as pessoas que, por qualquer motivo, não conseguiram alcançar um nível de escolaridade que desejavam. Tem vantagens em relação à possível continuação dos estudos, além de ser uma mais-valia social e cultural e de poder permitir uma maior facilidade de acesso ao mercado de trabalho, ou mesmo uma eventual subida de categoria profissional.

Se for o caso de o participante estar empregado, também poderá haver vantagens para a entidade empregadora, através do aumento da qualificação dos seus quadros ou dos seus colaboradores, além de uma melhoria do currículo da própia organização que poderá trazer vantagens ao nível dos processos de certificação de qualidade.

Na prática, o R.V.C.C. (Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências) traduz-se num processo que permite a cada adulto com idade igual ou superior a 18 anos, que não tenha completado o 4º ano (a antiga 4ª classe) ou o 6º ano ou mesmo o 9º ano de escolaridade, identificar, validar e certificar as competências que foi adquirindo ao longo da sua vida, mediante a apresentação de resultados da sua experiência de vida, de trabalho, ou outras.

Pelo que me tenho apercebido, trata-se de um processo relativamente simples, gratuito ou quase gratuito, de que poderão aproveitar também todos aqueles ou aquelas a quem a vida não lhes deu as oportunidades desejadas. Se o amigo leitor conhece alguém nestas condições (familiares, amigos, colegas de trabalho, etc.), poderá estar a fazer-lhes um favor se lhes der conhecimento desta oportunidade.

Para este efeito, o que têm que fazer resume-se a contactar a Escola Secundária de Vendas Novas (telefone 265 892 430), onde os responsáveis pelo Centro lhe darão todas as explicações.

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quinta-feira, 13 de julho de 2006

A auditoria


Quando há um ano, a actual direcção da Associação dos Bombeiros foi empossada, uma das primeiras decisões, senão a primeira, foi contratar uma empresa para auditar as contas da direcção que a precedeu, e da qual eu fui presidente.

Não fiquei nada receoso dos resultados da dita auditoria, sabendo da honestidade dos restantes membros da minha direcção, e principalmente dos tesoureiros que comigo trabalharam, Sr. José Leonel e Sr. Roberto Candeias.

Claro que numa terra pequena como a nossa, em que todos nos conhecemos, não faltaram as vozes maledicentes que se apressaram a espalhar boatos e tirar conclusões do género:
-Agora é que vamos saber para onde foi o dinheiro dos Bombeiros.
-Agora é que se vai saber como foram administrados e geridos os Bombeiros.
E outras que por pudor me escuso de referir.

Soubemos ontem, em Assembleia-geral, pela boca dos Auditores, que todos os procedimentos e gestão dos capitais da Associação foram correctos, não foram desviados dinheiros, nem encontrados quaisquer indícios de gestão danosa.

Os que iam à espera de outros resultados devem ter saído desapontados, e com alguma azia no estômago.

Só não compreendi, porque é que tendo a Direcção os resultados da Auditoria desde finais de Dezembro de 2005, só agora, passados seis meses, os torna públicos. Mas isso é do foro íntimo de cada um, e como o povo diz, “Deus escreve direito por linhas tortas”, e “a verdade é como o azeite, vem sempre à tona da água”.

O que mais me custou em todo este folhetim, não foram as dúvidas lançadas sobre a minha honestidade e dos meus companheiros de Direcção, e sobre a qual, repito, nunca tive qualquer dúvida, o que mais me custou, foi saber o preço da Auditoria.

1.500 Contos, em moeda actual 7.500 Euros.

É muito dinheiro para uma Associação que luta com tantas dificuldades.
Cada um de tire as suas conclusões.

Mourato Talhinhas
(MouTal)

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quarta-feira, 12 de julho de 2006

IMPRENSA LOCAL

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Tive acesso à última edição (nº 7, Julho de 2006) da revista "Porta do Alentejo".

Trata-se de uma publicação do Município de Vendas Novas, com redacção, fotografia e concepção gráfica a cargo do chamado Gabinete de Comunicação da Câmara Municipal de Vendas Novas.

Há diversas maneiras de abordar este tema. Hoje, decidi optar por aquela que me parece a mais ajustada a esta rubrica "Imprensa Local" (abordagens diversas ficarão, eventualmente, para outra altura). Desse ponto de vista, vejamos então o que nos traz esta edição da Porta do Alentejo.

E ela traz-nos, desde logo, uma muito boa qualidade gráfica, a par da excelente e mais que evidente qualidade fotográfica. Outra coisa não seria de esperar, pois estamos em presença de um fotógrafo dotado de grande sensibilidade para estas coisas de retratar pessoas e situações. Os textos apresentam-se igualmente muito cuidados e suficientemente claros quanto aos temas abordados. Neste particular, seria talvez conveniente, digo eu, deixar uma maior margem de liberdade em termos de tratamento e enquadramento literário aos responsáveis desses mesmos textos. Com isso, a revista sairia a ganhar.

Entre os diversos artigos publicados, para os quais será conveniente uma leitura atenta por parte dos amigos leitores, destaco as que se referem ao associativismo, a propósito do Desportivo Clube das Piçarras, "... uma colectividade onde se fomenta o desporto, a cultura e o lazer para os seus sócios e população...", bem como o referente ao Espaço Etnográfico do Rancho Folclórico da Landeira, "... espaço recente mas com muitos anos de pesquisa e recolha de material ...".

Igualmente numa abordagem em termos de Antropologia Humana, esta edição da Porta do Alentejo dá-nos a conhecer quatro exemplos dessa extraordinária e antiga arte de saber tratar da aparência masculina (os barbeiros, pois então). Considero muito oportuna e interessante esta breve reportagem sobre os barbeiros em Vendas Novas.

Quanto aos restantes assuntos tratados nesta edição, de que se pode ainda destacar pela sua sua relevância social, o artigo sobre o Centro de Saúde de Vendas Novas, aconselho os amigos leitores a fazerem a sua própria leitura.

Apesar de algumas críticas de que me tenho apercebido em relação a esta publicação, a verdade é que ela se insere numa estratégia perfeitamente delineada e ajustada aos tempos que correm, que tem muito a ver com a concorrência entre espaços territoriais e económicos. Razão pela qual, praticamente todos os municípios do país aderiram a esta forma de divulgação. É um sinal dos tempos.

Por último, uma segunda questão marginal a esta edição da revista, a propósito da sua divulgação. Em termos puramente locais, quer-me parecer que a divulgação desta revista se está a fazer de uma forma tendencialmente correcta, através de recentes "pontos de distribuição", pela disponibilização nos locais públicos e ainda com recurso ao envio pelos correios a quem se mostrar interessado. Desta forma, quem a ela quiser ter acesso, tem todas as possibilidades de o fazer. Parece-me bem.

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terça-feira, 11 de julho de 2006

IMPRENSA LOCAL

Recebi hoje o meu exemplar quinzenal da "Gazeta de Vendas Novas". Nesta última edição (nº 305), é dado especial relevo ao "4º Concurso de quadras populares alusivas a Santo António, promovido pela Gazeta de Vendas Novas".

Além dessa iniciativa, e das habituais rubricas deste quinzenário local, a presente edição inclui também uma extensa e interessante reportagem sobre o "Museu Etnográfico do Rancho Folclórico das Piçarras".

Destaca ainda o facto de a própria "Gazeta de Vendas Novas" ter cumprido o seu 13º aniversário, bem como os 15 anos dos "Dadores de Sangue de Vendas Novas" e a inauguração da sua nova sede.

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sexta-feira, 7 de julho de 2006

A propósito de um livro


No passado mês de Maio foi apresentado no Auditório Municipal o 1º volume da obra intitulada - Rumo ao Futuro – Vendas Novas a caminho da liberdade, da autoria (concepção, investigação e textos) de Filipe Jorge Chinita.

Não estive presente na sessão de lançamento, não sabia da mesma, vim posteriormente a saber que foi pública.

Li uma primeira notícia deste lançamento, aqui no Atribulações, e procurei saber mais sobre o livro, que entretanto me chegou às mãos por empréstimo de pessoa amiga.

Li e devolvi ao seu dono, e vi que na ficha técnica não consta o nome do editor.

Já estava quase esquecido do assunto quando li num dos blogues de Vendas Novas, “naesquina”, o seguinte texto, que com a devida vénia transcrevo:

«ASSEMBLEIA MUNICIPAL dia 20/06/06 … a intervenção de uma deputada municipal da C"D"U acusando os eleitos das outras forças de "não gostarem de Vendas Novas porque não estiveram presentes no lançamento do livro "Rumo ao Futuro" (editado/pago pela Câmara Municipal e que mais não é do que propaganda ao Partido Comunista em Vendas Novas conforme se conclue após respectiva leitura).»

Também estive presente na referida assembleia, e achei um pouco descabida a observação feita aos membros da oposição porque não acredito que algum deles “não goste de Vendas Novas”.

Vamos agora recuar catorze anos.

Em Janeiro de 1992, era Presidente da Câmara Municipal o Dr. Teresa Ribeiro, foi feita a apresentação pública e lançamento da obra intitulada – VENDAS NOVAS - HISTÓRIA E PATRIMÓNIO- do Professor Borges Coelho e Gustavo Marques com edição da Câmara Municipal de Vendas Novas.

Conheci e colaborei com os autores, particularmente com Gustavo Marques, que acompanhei algum tempo, e com o Prof. Borges de Carvalho aprendi um pouco sobre como se trabalha em pesquisa histórica.

No que concerne à história de V.N. desde as suas origens até à actualidade, em minha opinião, nada veio acrescentar o autor de “Rumo ao futuro”, ao que foi escrito por Borges de Carvalho.
Embora Jorge Chinita refira esta obra na bibliografia consultada, estranhamente ninguém a parece conhecer, porque ninguém em qualquer dos comentários que li, a refere, ficando o leitor menos atento a pensar que nada tinha sido escrito do antecedente.

O autor apresenta o livro duma forma que facilita a leitura e a sua consulta, mas de substancial, nada de novo.

Considero que a obra de Borges de Carvalho e Gustavo Marques me merece maior credibilidade, pelos seus trabalhos na pesquisa histórica editados, e particularmente o Prof. Borges de Carvalho, um dos mais laureados historiadores e professor universitário com um curriculum académico invejável.

(Ambos são militantes do PCP e pagaram cara a sua militância nos tempos da ditadura.)

Considero menos credível “Rumo ao futuro”, porque me parece haver uma colagem politica e ideológica, que o autor subtilmente vai colando á história recente de Vendas Novas, particularmente nas três / quatro décadas anteriores a Abril de 1974.

As consultas e transcrição da imprensa, clandestina (ou oficial), sem outro recorte documental, ensinou-me o Professor Borges de Carvalho, não é fazer história.

Este modo de reescrever a história vem sendo utilizada por todos os partidos políticos nas suas áreas de influência, não é apenas prática do partido A ou B, infelizmente é prática comum a todos.

E agora um pequeno aparte: diz o autor a determinado passo do texto “Pena que Saramago não se tenha, também, interessado por este memorial…
Não concordo, Saramago dedica algumas páginas do seu Memorial do Convento (de Mafra) a descrever a passagem do rei D. João V e da rainha Dª Maria Ana e Infanta Maria Bárbara, por Vendas Novas, até descreve a obra de construção do Palácio das Passagens pelo relato feito pelo fidalgo amigo a João Elvas, e o verdadeiro temporal de água que se abateu sobre a comitiva, atascando carros e carretas, de tal modo que foi preciso mobilizar homens e animais para libertar toda aquela gente da lama.
Salvaguardadas as devidas proporções dos edifícios, o nosso palácio não ficou a perder, e Vendas Novas também não, não tirou ainda “partido” desta publicidade e notoriedade que o nosso Nobel lhe proporcionou.

Gostaria agora que os leitores lessem as duas obras, que as comparem, e depois as ajuízem.
Esta é apenas a minha opinião.
Mourato Talhinhas (MouTal)

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quarta-feira, 5 de julho de 2006

Atribulações Locais - cento e treze dias a escrever sobre Vendas Novas e Landeira


"Este blogue tem contribuido para que se pense mais sobre Vendas Novas."


"... contando actualmente o "Atribulações Locais" com 10 colaboradores, e depois de ter sido visitado cerca de 4500 vezes, de aqui terem sido publicados até hoje 70 posts sobre os mais variados temas, que mereceram cerca de 550 comentários escritos, continuo a acreditar que esta iniciativa tem condições para consolidar o seu espaço próprio na blogosfera vendasnovense."
Na verdade, pese embora a sua breve existência (pouco mais de cem dias), já aqui se focaram as atenções sobre diversos assuntos de interesse local. Uns mais pertinentes que outros, o que me parece normal, uns mais de interesse geral, outros nem tanto, uns mais actuais, outros menos. Mas todos eles com os mesmos denominadores comuns: com absoluta liberdade (como não podia deixar de ser) na escolha dos temas e na forma de os abordar, por parte de cada um dos colaboradores.

Já aqui se escreveu sobre a qualidade de vida em Vendas Novas, em que se manifestaram salutares divergências de opiniões, tal como sobre esta moda dos blogues e a sua importância na abordagem sistemática de um alargado leque de assuntos de interesse para a comunidade local. Também se escreveu sobre temas de actualidade, como sejam a questão do hipotético encerramento do SAP (no Centro de Saúde) e a falta de informação à população, neste caso em relação à qualidade da água distribuída em Vendas Novas e na Landeira para consumo humano e no que respeita à situação da Central de Camionagem, a qual esteve nove meses encerrada depois de ter sido oficialmente inaugurada.

Realçou-se o importante papel desempenhado pelo associativismo local e concelhio (tema a que pretendemos voltar), a propósito da Associação de Jovens da Landeira, da Casa do Benfica e do Núcleo Sportinguista de Vendas Novas, bem assim como se destacou a relevância social do papel desempenhado pela Associação de Dadores Benévolos de Sangue de Vendas Novas. Ainda em termos pessoais e sociais, destacou-se o papel de algumas personalidades (tema que pretendemos igualmente voltar a abordar), a propósito do SAP e do Lar e Centro de Dia em construção na Afeiteira. Ainda no que respeita ao vasto tema que constitui a "solidariedade", efectuou-se uma primeira abordagem ao papel da Santa Casa da Misericórdia e da sua intenção de construir uma nova "Creche".Actividades como o Aeromodelismo, o Motociclismo ("Clube Motard") e o Escutismo em Vendas Novas, tiveram igualmente o seu espaço, o mesmo acontecendo em relação ao "Dia do Combatente", promovido pela Liga dos Combatentes em Vendas Novas. Além disso, este espaço tem sido aproveitado para chamar a atenção em relação a questões ambientais, como sejam os autênticos e injustificados e, pior que isso, sem que alguém tenha sido responsabilizado, abusos verificados no corte de eucaliptos na urbanização à saída para o Bairro Lizardo.

O conhecimento de locais e situações características de Vendas Novas tem igualmente aqui o seu espaço de fotografia, que se pretende seja uma constante, e para o qual todos os leitores podem também contribuir, enviando as suas fotos. O lançamento do livro "Rumo ao Futuro, Vol I - Vendas Novas, a Caminho da Liberdade", foi também devidamente mencionado aqui no Atribulações Locais (este é mais um dos temas a que pretendemos voltar), tendo o mesmo acontecido em relação à iniciativa da "Feira de Tasquinhas e Artesanato".

Um papel de relevo tem sido dado à Literatura ("O hóspede de Job", de José Cardoso Pires) e à História ("General Humberto Delgado na EPA, em Vendas Novas"). Sobre esta matéria, tem este blogue envidado esforços para conseguir aumentar a sua capacidade de tratar estes temas, através de convites endereçados a personalidades de Vendas Novas. Em face de algumas das respostas obtidas, que muito agradecemos, estamos esperançados em consegui-lo.
De facto, pensamos que haverá vantagens em que este e outros aspectos histórico-culturais da cidade e do concelho, possam ter aqui o seu espaço próprio. Nesse sentido vai também o texto publicado a propósito do Teatro em Vendas Novas, tema a que voltaremos sempre que se justifique. Tem sido também dado destaque à imprensa local, através da divulgação efectuada em relação à "Gazeta de Vendas Novas". Ainda no campo da cultura, efectuámos esforços junto do respectivo promotor, por duas vezes via email mas infelizmente sem respostas, no sentido de divulgar a exposição de obras do mestre catalão do Surrealismo "Salvador Dali", actualmente a decorrer em Vendas Novas.

A propósito desta questão, volto a referir que o "Atribulações Locais" está sempre disponível e terá muito gosto em contribuir para a divulgação de tudo o que, em termos de cultura, tiver lugar no concelho de Vendas Novas. Estão, deste modo, todos os respectivos promotores, privados ou instituicionais, convidados a fazer-nos o favor de enviarem material para divulgação cultural das suas iniciativas.

A problemática em redor da Junta de Freguesia de Vendas Novas também já teve o seu espaço de discussão neste blogue. Neste particular, ficou patente a dificuldade em ultrapassar essa questão, o que nada abona em favor de vários dos intervenientes na política activa local. Aliás, em termos de política local, este tem sido um espaço relativamente activo, por exemplo quando debateu a questão "Não é fácil ser oposição em Vendas Novas!?", bem como outro assunto do mesmo género, sob o lema "Há défice democrático em Vendas Novas?". Em ambos os casos, a exemplo que também aconteceu na discussão sobre a Junta de Freguesia, verificou-se que existe uma grande apetência por parte dos leitores, em debater estas matérias de carácter mais político.
Por tudo isto, contando actualmente o "Atribulações Locais" com 10 colaboradores, e depois de ter sido visitado cerca de 4500 vezes, de aqui terem sido publicados até hoje 70 posts sobre os mais variados temas, que mereceram cerca de 550 comentários escritos, continuo a acreditar que esta iniciativa tem condições para consolidar o seu espaço próprio na blogosfera vendasnovense.

Para tal, muito contará a sua já devidamente esclarecida intenção de abranger um leque de opiniões o mais abrangente possível. E para que não restem dúvidas sobre isso poderei dizer que, entre os seus actuais colaboradores constam 2 pessoas filiadas no PSD e, que eu saiba, nenhuma em qualquer dos outros partidos representados em Vendas Novas. Mas sobre isso, não tenho certezas.

Ainda sobre esta temática volto a referir que, em devido tempo e em relação a todos os partidos políticos representados em Vendas Novas, este blogue endereçou convites para que os mesmos pudessem aqui estar devidamente representados. Obtivemos resposta por parte do PSD, mas não da parte do PS nem do PCP/CDU. Em relação a este último partido, foram efectuados três convites a três personalidades de Vendas Novas que representam o PCP/CDU ao mais alto nível na Câmara Municipal e na Assembleia Municipal de Vendas Novas. Um dos convites efectuei-o pessoalmente há cerca de 2 meses (talvez um pouco mais) e os outros dois, há pouco mais de um mês, por carta endereçada pessoalmente (não aos cargos que exercem), assinada por vários colaboradores do blogue e enviada pelos CTT em correio azul. Até hoje, nenhum dos três convidados respondeu.

Como é evidente, tenho pena que este blogue não conte, em simultâneo, com pessoas directamente ligadas aos 3 partidos aqui representados, mas a verdade é que considero ter feito o que deveria em relação a essa matéria. A minha leitura sobre isso é que tanto o PS como o PCP/CDU não encontram neste blogue razões suficientes para aqui exprimirem e tornarem públicas as suas opiniões. São opiniões. Impõe-se respeitá-las. De qualquer forma, como é natural, todos os convites já efectuados se irão manter até que os convidados se permitam fazer o favor de responder.

Por último, duas pequenas chamadas de atenção para alguns dos nossos amigos visitantes. Uns, porque teimam em confundir "Informação" com "Opinião". Este espaço não é um jornal online, pelo que não se pode dizer que produz informação, no sentido em que a mesma é tida nos meios de comunicação social. O Atribulações Locais é muito mais um espaço de produção de conteúdos que têm a ver com opinião. Com opiniões livres. Que não se pretendem isentas, apenas opiniões. Outros, para que não insistam em dizer que, aqui, as opiniões se escondem no anonimato ou em pseudónimos. Se é verdade que quatro dos colaboradores escolheram e pretendem continuar anónimos, os restantes seis já partilharam explicitamente a sua identidade aqui no blogue. Ainda que, em alguns casos, mantenham os respectivos "nicknames". E dão a cara pelo que opinam, quando escrevem o que pensam sobre os mais variados temas. Portanto, não há justificação para se generalize a ideia contrária, pois tal não corresponde à verdade.

Quero também deixar um agradecimento especial a todos os colaboradores, extensível aos nossos ilustres visitantes e aos comentadores que fazem o favor de nos visitarem. Oxalá continuem a encontrar razões para aqui voltarem.

Saudações amigas a todos.

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terça-feira, 4 de julho de 2006

Mais informação

É certo e sabido que a Internet é dos meios mais utilizados por nós, Vendasnovenses, para ficarmos informados sobre as últimas do nosso concelho.

Partindo deste pressuposto julgo que o sítio da CMVN, tendo em conta as suas potencialidades, presta um mau serviço a todos nós, seus visitantes.



Se graficamente é bom, em conteúdos é fraco. Este sítio não pode ser, ou não deveria ser, uma mera versão digital do Notícias municipais.

Ao navegarmos nos conteúdos deveríamos ter acesso, por exemplo, ás actas das reuniões de câmara, ás actas da assembleia municipal, aos resultados das analises da água do concelho ou mesmo até aos protocolos estabelecidos entre o município e outras entidades, á semelhança do que é disponibilizado em sítios de outras câmaras municipais.

Sou da opinião que o exercício da política deve ser o mais transparente possível, e sem dúvida que a Internet poderá ajudar a que a relação munícipe/poder autárquico se torne menos opaca, desta feita através do sítio da CMVN.

Tudo isto para que no futuro “desinformações”, como a de que fomos vítimas durante nove meses em relação á estação de camionagem, não aconteçam mais.



*Não foi inocentemente que pus "resultados das analises da água do concelho" a negrito.

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sábado, 1 de julho de 2006

VIVA PORTUGAL !

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