quinta-feira, 31 de agosto de 2006

Afinal, como vai o serviço público de saúde por cá?

Felizmente, a generalidade dos nossos visitantes goza de uma perfeita e invejável saúde. Nem é necessário qualquer comprovativo para percebermos isso mesmo, digamos que esta é uma entre outras vantagens adquiridas por preferirem os nossos serviços. Há no entanto quem sustente que esta regra é ainda aplicável a muitos outros Vendasnovenses que do seu Centro de Saúde apenas conhecem o lado exterior do edifício. Ainda bem para eles.

Mas, como em tudo na vida, é bom não esquecermos que existe uma outra realidade, um pouco menos colorida é certo, mas inquestionavelmente presente no nosso quotidiano. Essencialmente devido à escassez de recursos, alguns de nós temos mesmo que passar por lá, entrar, tirar a senha, e esperar a nossa vez até sermos atendidos. São vários os motivos que nos obrigam a este exercício: a) uma consulta médica; b) uma vacina; c) uma simples passagem de medicamentos; d) dias depois, nova visita, para ir buscar as receitas…

Não me vou alongar muito em considerações que à partida podem pecar por distorção de uma realidade estatística que não conheço em pormenor. No entanto, parece-me que no meio de alguns indicadores positivos - como é o caso do espaço, que até é acolhedor, e da simpatia de uma ou outra funcionária - alguma coisa não funciona ali em pleno. Só assim se compreende que o tempo médio de espera do utente seja superior a uma hora para conseguir chegar ao guiché e finalmente falar com alguém que, com elevado grau de probabilidade, lhe vai comunicar, por exemplo, que afinal os medicamentos ainda não estão passados porque o médico não teve tempo.

Falta de médicos? Falta de administrativos? Organização deficiente? Fica a dúvida.


Enquanto isso, tudo indica que lá vamos nós participar com alguns milhões no esforço financeiro de reconstrução das infra-estruturas destruídas pelos bombardeamentos de Israel no Líbano. Significativo. Por mim… acho bem.

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Juventude Social Democrata de Vendas Novas

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quarta-feira, 30 de agosto de 2006

Há fotos que não gosto mesmo nada de tirar ...

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Tirei esta foto no passado dia 24 de Agosto, porque reparei que já ali não existia o ninho de cegonha.

Que eu me lembre, esta é a segunda vez em poucos anos, que alguém decide derrubar aquele mesmo ninho.
Na verdade, há poucos anos retiraram o ninho de cegonha e colocaram lá uma espécie de pirâmide em vidro ou rede ou um material do género. Imagino, sem ter a certeza, que a intenção seria a de impedir que o ninho voltasse a ser construído naquele sítio. Apesar disso, a amiga cegonha lá conseguiu refazer o seu ninho, que por ali se manteve até à passada semana. Desta vez, alguém terá decidido que estava na altura de retirar novamente o ninho. Na parte de trás da igreja, foi colocado um poste com suporte para um ninho.

Estes são os factos que conheço. Cada um julgue por si.















................ ... antes estava assim ... .......................................... ... agora está assim .....

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terça-feira, 29 de agosto de 2006

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Obras do futuro Mercado Municipal de Vendas Novas (28/8/2006, 07:53h)

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domingo, 27 de agosto de 2006

Grupo Coral "Os Ceifeiros de Cuba" em Vendas Novas

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Teve ontem lugar no Anfiteatro do Jardim Público em Vendas Novas, o último espectáculo das "Noites de Verão 2006".

Actuaram dois grupos de folclore alentejano com características bastante diferentes, o grupo folclórico "Os Reformados de Vendas Novas" (foto em baixo) e o grupo coral "Os Ceifeiros de Cuba" (foto acima), cuja história pode seguir aqui. A vila de Cuba, para quem ainda não sabe, é a minha terra de origem, onde vivi até aos vinte e poucos anos de idade, e pela qual continuo a manter um amor e carinho muito especiais.

Já neste blogue tive oportunidade de dizer que considero as "Noites de Verão" uma boa iniciativa de carácter cultural. Penso, por isso, que será de manter e, porque não? extendê-la também a outros espaços públicos de Vendas Novas.

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quinta-feira, 24 de agosto de 2006

De que falamos quando falamos de oferta cultural em Vendas Novas?

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Eis um exemplo do que pode ser considerado uma boa iniciativa cultural. Trata-se das "Noites de Verão", organizada pela autarquia/Câmara Municipal e que tem acontecido desde há vários anos em Vendas Novas e na Landeira. O concelho de Vendas Novas não tem uma oferta cultural por aí além. É um facto e já nos habituámos a isso. Mas nestas coisas, como em muitas outras, há que ter algum cuidado na abordagem, no sentido de sabermos do que falamos quando falamos de "oferta cultural", uma vez que a cultura é um conceito amplo, que engloba diversas vertentes da actividade humana.

Em Vendas Novas, a oferta cultural de iniciativa privada é quase inexistente. Por razões que não vêm agora ao caso, instalou-se no espírito da população a ideia de que cabe à autarquia a obrigação de organizar ou financiar tudo o que são eventos culturais. É um erro, que acaba por se estender a outras áreas de actividade com consequências algo negativas, sendo por vezes defendido mesmo por aqueles que, em face do seu pendor mais liberal, deveriam privilegiar uma maior envolvência das iniciativas privadas em detrimento dos poderes públicos.

Não tem existido, a meu ver, suficiente iniciativa privada de âmbito cultural em Vendas Novas. Nem através do chamado Mecenato Cultural, que poderia tomar a forma de parcerias entre várias entidades e/ou empresas do concelho, nem no âmbito de outras iniciativas privadas, tendo estas por objectivo uma qualquer actividade económica de cariz cultural. De que me lembre (mas posso estar naturalmente enganado), a primeira e única iniciativa que, neste contexto, teve lugar nos últimos tempos em Vendas Novas, foi a recente exposição de obras do mestre catalão Salvador Dali na Albergaria Acez. Não tenho conhecimento que aqui exista actualmente qualquer outra iniciativa não-publica de oferta cultural, por exemplo no âmbito da museologia, pintura, escultura ou actividades análogas, se exceptuarmos dois ou três artesãos que produzem artesanato em madeira e cortiça.

No que se refere ao cinema, teatro, música, pintura, escultura, aquilo a que se tem acesso em Vendas Novas é, salvo muito raras excepções, de iniciativa da própria autarquia. Algumas vezes em parceria com artistas a título individual os quais, eventualmente, também terão interesse em tornar públicas as suas obras. Noutros casos, através da organização directa de espectáculos de cinema, teatro, música, etc., ou de certames de carácter misto, em que se tenta aliar a cultura à economia. Há que valorizar estas iniciativas. Boas ou más, muitas ou poucas, tudo é relativo. O importante é que acontecem, e isso é positivo.

Deste modo, considero que dificilmente se poderá criticar, no que respeita à quantidade, a oferta cultural de iniciativa pública em Vendas Novas, atendendo aos constrangimentos financeiros com que se debatem as nossas autarquias. Já quanto à tipologia da oferta cultural, aí as opiniões divergem, o que é natural. Sobre isso, apesar de reconhecer alguma diversidade, gostaria de ver também em Vendas Novas outro tipo de eventos, embora tenha consciência de que poderá, ainda, não existir público suficiente por exemplo para espectáculos mais clássicos ou eruditos. Mas sobre isso tenho muitas dúvidas, pois como sabemos a cultura tem que ser cultivada, o que leva o seu tempo. Além de que a apetência por espectáculos ou iniciativas diferentes se ganha á medida que a eles se tem acesso. Ou não.

Embora crítico em relação à qualidade de alguma oferta cultural que tem existido em Vendas Novas, aprecio o facto de a autarquia se interessar por dinamizar alguns eventos e pessoas, no sentido de as cativar para o exercício da cultura. Aprecio, por exemplo, o acto de aqui existir uma sala de cinema, um grupo de teatro e uma biblioteca municipal. Embora também apreciasse se esta última optasse por dinamizar uma maior envolvência com a sua população-alvo. Acredito, no entanto, que no futuro os seus responsáveis acabem por se envolver numa tendência que a levará a conseguir alcançar esse desiderato, pois sobre essas matérias já são conhecidos exemplos bem sucedidos no nosso país.

Quanto às iniciativas privadas, tenho consciência de que a mesma tem contribuido muito pouco para melhorar o actual panorama da cultura em Vendas Novas. Mas também sei que a mesma já foi mais activa, designadamente no que respeita à igreja. O que significa que poderá voltar, no futuro, a ter um papel mais activo. Oxalá.

Sobre a relação entre a política e a cultura locais, continuo a ter dúvidas quanto à forma como, em Vendas Novas, os poderes públicos apoiam, ou não, as associações concelhias de carácter cultural ou recreativo. Serão dúvidas baseadas no facto de eu privilegiar uma abordagem digamos, diferente, do que deveriam ser os critérios para atribuição dos diversos tipos de ajudas/incentivos a essas entidades. Tenho, por isso, uma maneira diferente de ver as coisas. Isto porque, em minha opinião, há formas mais eficazes de incentivar o exercício de actividades de cariz cultural, sem custos acrescidos para a autarquia, mas que ainda não terão sido tentadas em Vendas Novas. Razão pela qual, pela minha parte, continuo a não concordar com a forma como estes assuntos aqui têm sido conduzidos.

Por tudo isto, em resumo, entendo que a oferta cultural em Vendas Novas apresenta um perfil demasiado desiquilibrado em termos de público vs privado. E, consequentemente, uma relação de grande proximidade e demasiada dependência com os poderes instituídos.

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terça-feira, 22 de agosto de 2006

À conversa .... com o Dr. José Manuel Ennes Ferreira

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(Vendas Novas, Santa Casa da Misericórdia, 18.Agosto.2006.)

Há pessoas que não nos cansamos de ouvir. O que rapidamente se transforma num prazer. Cativam-nos pela simplicidade e pela sua expressiva amabilidade. Pela paixão que transmitem a cada palavra, ouvida com a maior atenção. Cada frase é uma lição, apetece-nos ficar ali, simplesmente a ouvir, a beber a história em directo, a ver passar à nossa frente cada acontecimento, relatado como se estivesse ali naquele preciso momento, a acontecer perante os nossos olhos. Há pessoas que apetece ouvir, que vale a pena escutar, que agradecemos poder conhecer. O Dr. Ennes Ferreira é um desses casos.

E quando o tema é a História, então vale mesmo a pena ouvir este amigo de Vendas Novas. Que nos fala da sua terra com enorme paixão e pela qual sente uma gratidão imensa, tal como nos confidenciou. Foi com enorme prazer que na passada sexta-feira, dia 18 de Agosto, dois colaboradores do “Atribulações Locais” se deslocaram à Santa Casa de Misericórdia de Vendas Novas para, durante cerca de uma hora, regressarem ao passado e reviverem um pouco a História de Vendas Novas, contada na primeira pessoa por quem a viveu de perto e por quem teve, reconhecidamente, um papel fundamental na promoção e desenvolvimento da sua terra.



O DR. ENNES FERREIRA, SOBRE ELE PRÓPRIO

Actualmente com 88 anos de idade, considera-se um Vendasnovense, pois apesar de ter nascido em Lisboa, veio para Vendas Novas com apenas 3 anos de idade. O seu pai era Médico Militar e com o fim da Grande Guerra (1914-1918) foi mobilizado para a Escola Prática de Artilharia, passando a adoptar esta terra como sua. Aqui nasceram mais 3 irmãos num total de 5, sendo o Dr. Ennes Ferreira o mais velho: “Toda a família criou um sentimento de gratidão para com Vendas Novas” – diz-nos.

Nos primeiros anos frequentou a escola da D.ª Maria Magalhães, uma senhora que a titulo particular ensinava os miúdos da época e os preparava para a instrução primária, nomeadamente, a ler e escrever. O Dr. Ennes Ferreira nutre por esta senhora uma enorme consideração e estima que, segundo ele, foi uma grande senhora.

Aos 7 anos, começou a instrução primária na Escola Régia, "também conhecida por Escola dos Reis, mas isso era uma deturpação do nome". Como o próprio nos explicou, designava-se Escola Régia porque vinha do tempo da monarquia, motivo pelo qual também era conhecida por “Escola dos Reis”. Trata-se do edifício onde ainda hoje funciona uma Escola Primária, junto à Casa do Povo. Mais tarde, frequentou o Colégio Militar em Lisboa, onde terminou o liceu.

Pese embora a sua avançada idade, é notória a boa capacidade de argumentação, tendo demonstrando uma muito boa desenvoltura ao nível da comunicação, o que se traduziu numa fácil empatia durante toda a nossa conversa. Falou-nos, por diversas vezes, da família e dos princípios da amizade “Não faças aos outros o que não gostavas que te fizessem a ti” – diz-nos que é a sua base para o bom relacionamento com as pessoas. “Durante toda a vida tentei fazer amigos com as pessoas que contactei, tanto em Vendas Novas como em Montemor-o-Novo, onde tenho grandes amigos".

Na minha vida, trabalhei, trabalhei, trabalhei … mas isso não me cansava. Canso-me mais agora que estou sozinho, pois nunca fui uma pessoa solitária. Tenho vários sobrinhos e agora nestes 15 dias de férias que não os tenho visto, faz-me diferença! Tenho uma família grande e gosto imenso de toda a minha família. De todos eles. Todos.



SOBRE A CRIAÇÃO DO CONCELHO DE VENDAS NOVAS

Tenho uma enorme gratidão para com Vendas Novas, pois deu-me a possibilidade de promover uma terra”.

Vendas Novas era na altura uma freguesia de Montemor-o-Novo, “a freguesia mais miserável e menos desenvolvida do concelho” – conta-nos. Várias tentativas de constituir o concelho esbarravam nas influências que algumas entidades montemorenses tinham junto do governo central.

Os anos foram passando e as tentativas de formar o concelho de Vendas Novas foram-se sucedendo, até que as pessoas que andavam a tratar do assunto falaram comigo. Na altura, eu trabalhava na Presidência do Conselho de Ministros, mais tarde exerci o cargo de Inspector-Geral das Actividades Económicas, e tinha por isso acesso directo ao Presidente do Conselho, Dr. Oliveira Salazar. Decidi que tinha a obrigação de ajudar, pois tratava-se da minha terra”.

Tudo isto nos é contado com uma determinação e clareza como se estivesse a viver o momento, a reviver aqueles instantes. Nessa fase, Montemor-o-Novo toma umas atitudes que o aborreceram. Entre elas “um artigo que fizeram a desancar-me”. Decidiu então: “Quem vai tratar disto sou eu, falei com o Ministro do Interior e apenas três meses mais tarde saiu o Decreto-Lei a reconhecer Vendas Novas como Concelho” – confidencia-nos com uma emoção que não engana sobre a sua paixão por esta terra. Estávamos a 7 de Setembro de 1962. Após a criação do concelho, o Dr. Ennes Ferreira foi o primeiro Presidente da Câmara Municipal de Vendas Novas, cargo que exerceu durante 2 mandatos consecutivos de 4 anos.

Por esse tempo, Vendas Novas deixa de ser a freguesia mais pobre e com maiores dificuldades do concelho de Montemor, passando a ser “o melhor concelho do Distrito de Évora”, diz-nos com evidente orgulho na sua contribuição, “ultrapassando mesmo o concelho a que antes pertencera”. Para isso, e mais uma vez, o papel do Dr. Ennes Ferreira foi preponderante. É ele que cria condições e traz para Vendas Novas uma série de indústrias, designadamente de cortiças e de vestuário, possibilitando a criação de muitos novos postos de trabalho. O novo concelho começou então a atrair pessoas das aldeias vizinhas e de outras terras, que aqui encontravam melhores condições. Como o próprio nos disse: “Vendas Novas não tinha população suficiente para os postos de trabalho entretanto criados, então começaram a chegar pessoas das aldeias vizinhas e de outros sítios para aqui se fixarem. Deu-se um crescimento significativo e a população quase duplicou”.



A ACTUALIDADE, COMO A VÊ O DR. ENNES FERREIRA

Já perto do fim deste breve encontro, o nosso amável anfitrião falou-nos da actualidade e de como vê Vendas Novas nos dias de hoje. “Vendas Novas em particular não me preocupa assim tanto como o próprio país. Vendas Novas está a seguir o seu caminho como todas as terras, o que me preocupa é o país e a actual falta de rumo. Não interessa se somos deste ou daquele partido, não é o povo que tem culpa. Não temos é tido sorte com quem tem comandado o país”. Ainda sobre este tema, defende que “temos de fazer sempre o melhor pelo nosso país”.

Já sobre questões de política internacional, frisou, sobre uma das questões que fazem parte das suas preocupações: “esta situação no Líbano preocupa-me, estamos a metermo-nos em guerras alheias, não temos autoridade para isso”. A propósito da actual geração dos mais novos, tem a opinião que “os mais novos não me conhecem, pois vivem a história do seu próprio tempo, o que é normal, foi assim também no meu tempo. Os mais antigos, sim, porque viram os benefícios da criação do concelho.”

Com o aproximar do fim desta breve mas elucidativa e entusiasmante conversa, quase nem nos apercebemos do tempo passar. Ao longo de pouco mais de uma hora, tivemos o prazer de assistir na primeira pessoa, à descrição apaixonada de uma importante parcela da história de Vendas Novas.

Sempre com bom poder comunicativo, o Dr. Ennes Ferreira falou-nos da sua vida, do passado e do presente de Vendas Novas. Sobre o país, manifesta-se preocupado com a actual situação, essencialmente por aquilo que referiu como sendo “uma falta de rumo”. Notámos, em toda a conversa, uma enorme dedicação e amor à sua família, a Vendas Novas e aos amigos. Aos seus muitos amigos. Falou-nos igualmente com preocupação do actual momento na política internacional, num discurso ponderado e bem fundamentado. Evidenciou por diversas vezes o amor que sente por Vendas Novas e o sentimento de gratidão, que ele e a sua família têm por esta terra. A sua terra.

Como dissemos, foi um enorme prazer partilhar estes momentos com o Dr. Ennes Ferreira. Estamos-lhe, também por isso, sinceramente agradecidos. Bem haja, caro amigo.

Marco Alves e João Fialho

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segunda-feira, 21 de agosto de 2006

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O "Atribulações Locais" está na blogosfera há cerca de 5 meses e conta actualmente com 6400 visitas no total. Na última semana contabilizou 321 visitantes, que por aqui se demoraram, em média por cada um, pouco mais de 9 minutos. Em termos de "Page Views", contabiliza 10655 (média de 138 por dia e 968 por semana).

As visitas têm-se verificado de forma sustentada ao longo do dia, sendo que a maior afluência é entre as 22h e as 24h, com um pico também significativo por volta das 18h. Os dias com mais visitas têm sido a 4ª, 5ª e 6ª feira, embora nos restantes dias da semana esse número seja apenas ligeiramente menor. Aproximadamente 76% dos visitantes chegam aqui através de ligações da Telepac.pt (Sapo), sendo que 97% usam o Windows XP. Os dois browsers utilizados pelos nossos amigos visitantes foram o Internet Explorer (84%) e o Mozzila Firefox (14%).

A todos os que têm colaborado connosco, tanto ao nível de leitura dos textos publicados como através de comentários e sugestões, deixo aqui uma palavra de apreço e gratidão. Esperamos sinceramente que continuem a encontrar razões para aqui passarem.

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domingo, 20 de agosto de 2006

A Geração (des)enrascada!

Nota Prévia:
A abordagem superficial feita há dias por um dos nossos comentadores às qualidades e defeitos da actual geração jovem serviu de motivo de inspiração deste meu novo post.
Na linha do que já vem sendo hábito, este é um tema bem mais interrogativo do que afirmativo, o que equivale a dizer que as minhas certezas, à partida, são bem menores que as dúvidas. Para as dissipar conto mais uma vez com a vossa participação.


O que valem afinal os nossos jovens de hoje? Certamente que bem mais do que se vai ouvindo e lendo por aí.

Em matéria de valores morais e sociais e de consciencialização do que é certo e do que é errado, mau seria se a evolução se não fizesse sentir. O acesso aos canais de informação é cada vez mais diversificado e difundido. Temos uma juventude bem informada, consciente dos problemas globais e seguramente mais solidária. Os jovens de hoje são dinâmicos, polivalentes, prezam a liberdade, cultivam a auto-estima e detestam a subserviência. Foram preparados para viver em sociedade, enfrentar desafios e aproveitar as oportunidades. Estão cientes de que a competitividade entre eles cresceu paralelamente com a globalização da economia. É positivo e o País agradece mas nem todos vão saber lidar com isso.

É neste cenário, aparentemente favorável, que despontaram novos e temíveis fantasmas. O desemprego é o grande papão do momento. Com ele tudo o que é preocupante se desenvolve à sua volta: a marginalidade, o pessimismo e a descrença no futuro. Depois, há ainda o subemprego e a precariedade das relações laborais. Os cada vez mais difundidos “recibos verdes” estão definitivamente institucionalizados no nosso mercado de trabalho.

Neste contexto, o deserto de oportunidades concedidas aos jovens é assustador. Ora, acompanhem-me lá nesta pesquisa: Quantos indivíduos com menos de 30 anos ocupam um lugar chave numa empresa de Vendas Novas? Quantos licenciados nesta faixa etária exercem a sua profissão nesta cidade? E quantos auferem um rendimento mensal superior a 1.000 euros? O resultado fica abaixo das expectativas tendo em conta que vivemos numa localidade referência do emprego alentejano.

As dificuldades não acabam aqui. O recurso ao crédito para a habitação ou para fomentar a criação de novas empresas está cada vez mais condicionado pela subida da taxa de juro, o preço dos combustíveis é incompatível com as necessidades primárias de evasão e divertimento, a economia não arranca, os salários não sobem e a inflação não pára. Urge esvaziar o estigma desta carga negativa que cada vez mais asfixia a nossa sociedade em geral e os jovens em particular. Difícil é saber como.

Mas nem tudo é mau. As nossas jovens, que cresceram à frente do computador, que sacam músicas da net e que usam e abusam do Messenger, estão cada vez mais agradáveis à vista e ao tacto. Definitivamente, são lindas de morrer! Há quem defenda que eles também, mas sobre essa matéria tenho alguma dificuldade de avaliação.

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quinta-feira, 17 de agosto de 2006

Município de Vendas Novas apoia EFC ...

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Gostaria de saber se os amigos leitores têm, ou não, opinião sobre o conteúdo desta pequena notícia veiculada hoje através do site da Rádio Granada:

"Município de Vendas Novas apoia EFC na aquisição de equipamentos
O município de Vendas Novas aprovou ontem em reunião de câmara, a atribuição a título excepcional, de um apoio ao Estrela Futebol Clube para a aquisição de equipamentos para a equipa sénior. Inclui o equipamento principal, o alternativo, fatos de treino e kispos. O apoio vem na sequência de uma reunião realizada entre o presidente da autarquia, José Figueira e os novos corpos gerentes do clube."

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quarta-feira, 16 de agosto de 2006

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quinta-feira, 10 de agosto de 2006

Vendas Novas, cidade segura!

É notícia nos jornais de hoje. A criminalidade violenta e organizada, envolvendo sequestros, raptos e roubos da grande monta, registou um significativo aumento no primeiro semestre deste ano, com especial incidência em Lisboa e Setúbal. Cerca de 45 % de acréscimo em relação a igual período anterior. Preocupante, se pensarmos que estamos apenas a 50 km do epicentro da crise.

A maioria destes crimes terá sido cometida por estrangeiros, que se encontravam em situação irregular no país, sendo que uma boa parte deles é proveniente da América do Sul.

Paralelamente, o Governo aprovou hoje a nova Lei da Imigração, que vai permitir que as autarquias locais renovem as autorizações de residência aos estrangeiros que vivem em Portugal sem que para o efeito lhes seja exigido um contrato de trabalho, como até aqui acontecia.

Esta faculdade permite que cada vez mais os ditos “imigrantes” se instalem no nosso País, aparentemente sem a obrigatoriedade de desenvolveram qualquer tipo de actividade lícita. A consequência lógica desta medida será previsível a curto prazo, sendo de esperar uma maior difusão deste tipo de criminalidade nas grandes cidades e suas proximidades.

Infelizmente, Vendas Novas não está imune a este problema. A sua localização e as facilidades concedidas à integração de hábitos e culturas diferentes, concorrendo paralelamente com a crescente instabilidade económica e o desemprego, propiciam necessariamente o aumento deste tipo de ocorrências.

Na minha perspectiva, será aconselhável que as autoridades, regionais e locais, se consciencializem do perigo e atempadamente tomem as devidas precauções.

Até lá, que nada aconteça.

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