sábado, 30 de setembro de 2006

O elogio da sensatez


Coincidência ou não, a verdade é que a sinalização que delimita a supressão da berma neste troço de estrada, melhorou consideravelmente nos últimos dias, como se comprova. Abro um parêntesis para dizer que agora, com o recente enchimento, o declive ficou quase imperceptível e bem menos perigoso.

Um bem-haja ao responsável pela obra. Os automobilistas agradecem a atenção e desta forma ficamos todos bem mais aliviados.

Há chamadas de atenção que valem a pena. Para isso muito contribui o impacto das eventuais consequências e a sensatez dos destinatários, como é comprovadamente o caso.

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Amanhã, entre as 9:00h e as 18:00h
Aeródromo da EPA (Estrada para Lavre)

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Parabéns, Pedro !!!

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Foto cedida pela Rádio Granada.
Com sinceros agradecimentos ao amigo Carlos Branco.
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O Pedro Madeira está de parabéns pela sua excelente prestação no Festival da Canção Júnior 2006. Estão igualmente de parabéns todos os elementos do coro que o acompanharam neste óptimo desempenho de interpretação da Canção nº 5 - "Deixa-me sentir". O que é naturalmente extensivo ao Telmo Falcão (autor da música), e aos pais e avós do Pedro e a todos os que desde o princípio o ajudaram nesta iniciativa.

Pedro Madeira
(Vendas Novas)

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.....................................Em Outubro, no Atribulações Locais:

.....................- "Comunidade chinesa em Vendas Novas: fenómeno ou globalização?"
.....................- "Bifanas de Vendas Novas: uma instituição regional?"
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sexta-feira, 29 de setembro de 2006

É logo mais, na RTP 1

FESTIVAL DA CANÇÃO JÚNIOR 2006
29 de Setembro, 21:30


As dez canções e concorrentes apurados como finalistas do Festival da Canção Júnior 2006, a realizar no Tivoli, são:

1 - Só Eu Sei - Mariana António, 14 anos
2 - HRP (História e Rapugrafia de Portugal) - Gustavo Almeida, 12 anos, Guilherme Salgueiro, 11a anos e Diogo Farias, 12 anos
3 - Ouve o Teu Coração e Canta Trio da Pop (10, 9 e 8 anos)
4 - Só Quero um Mundo Melhor - Tiago Batista, 15 anos
5 - Deixa-me Sentir - Pedro Madeira, 13 anos
6 - Há Sempre uma Canção - Marisa Almeida, 15 anos
7 - Uma Canção Fora de Moda - Ana Rita Ribeiro, 15 anos
8 - Tudo o que Penso - Daniela Pinto, 8 anos
9 - Nas Noites de Paris - Bárbara Pinho, 14 anos
10 - Sonho de Verão - João Ferreira, 12 anos.

É importante que acreditem, vai valer a pena dar o benefício da dúvida ao nosso representante. O primeiro passo será ver o Festival. Depois, se tudo decorrer dentro da normalidade, o acto de votar na canção do Pedro Madeira será instintivo.

Força Pedro!

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quinta-feira, 28 de setembro de 2006

Festival da Canção Júnior 2006
Sexta-feira, 29.Setembro, na RTP1

Canção n.º 5 - "Deixa-me sentir"
Intérprete: Pedro Madeira (de Vendas Novas)
Letra: Pedro Madeira / Música: Telmo Falcão

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domingo, 24 de setembro de 2006

MULHER! COMO TE ADMIRO!
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Mulher! Meus olhos d'admiração p'ra ti levanto
Quando passas elegante na rua
Como quando os levanto p'ra Lua
Admirando o seu sedutor encanto
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Olhando-te inspiras meu canto
Minha poesia é inteiramente tua
Quando bela teus filhos geras seminua
Ofertando vidas à Terra com feliz pranto
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És o jardim do imenso Mundo
Donde desabrocham vidas continuamente
Que tu formas sofrendo sorridente
Com amor sincero, profundo
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És tu que dás sequência à vida
És a escultora da Humanidade
És o amor a pureza a verdade
Que esculpes em teus filhos definida
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No alto do teu sublime pedestal
O Homem te olha escarninho
Mas tu o talhas no teu ventre com carinho
És a deusa da vida superior, ele! Banal
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Minha sensibilidade em ti se encerra
Por isso te canto com amor e devoção
Clamando que tu e a criança são
Os seres mais belos que há na terra
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Jodro

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Provas de Motocross no centro urbano?

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Vou ser breve: estou absolutamente contra a realização de Provas ou Espectáculos de Motocross no centro urbano de Vendas Novas!


Hoje, Domingo, dia 24/9, vai realizar-se uma dessas provas nos Salesianos. Organizada pela Associação dos Bombeiros Voluntários e, julgo eu, autorizada pela Câmara Municipal. Acontece que, se para alguns é apenas uma prova de motocross, para os residentes na zona é uma experiência ruidosa durante todo o dia.

À atenção de quem organiza e de quem autoriza estes eventos.

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Espaço de Opinião Pública sobre "Micro-Causas"

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Hoje lanço um pequeno desafio a todos os nossos leitores. Sem necessidade de grandes explicações, deixo aqui a oportunidade para que comentem ou enviem email's sobre aqueles pequenos ou grandes aspectos do dia-a-dia em qualquer sítio no concelho de Vendas Novas, que considerem bem resolvidos ou então o contrário. Refiro dois tipos de situações, que apenas pretendem servir de exemplo:

Situações aparentemente bem resolvidas:
  • O novo Bairro José Saramago (à saída para a Afeiteira) beneficiou de um jardim/espaço verde com boas condições de utilização. Ainda bem!
  • Em Vendas Novas só não pratica desporto quem não quiser. Há várias infraestruturas à disposição da população. Ainda bem que assim é!

Situações aparentemente mal resolvidas:
  • As obras à saída de Vendas Novas para o lado de Bombel, que já duram há imenso tempo. É pena!
  • Arrastam-se no tempo situações de mau (e algo perigoso) estacionamento automóvel em determinadas zonas de Vendas Novas. Há alguns sítios já devidamente referenciados. Algo se deveria fazer para melhorar essas situações.

Se a vossa rua tem um piso óptimo, ou não, se tem ou não tem contentores de lixo em quantidade suficiente, se onde residem o estacionamento poderia ser melhorado (e como), se faltam passadeiras para peões, ou se ainda bem que já lá colocaram a passadeira que faltava, se o vosso bairro é seguro ou há algo a fazer nessa área, se a iluminação pode ser melhorada na vossa rua, ou se está óptima e ainda bem, se há empregos em Vendas Novas, ou há algo a fazer nesse aspecto, se ainda têm problemas no acesso a cuidados de saúde ou antes pelo contrário, se isto ou se aquilo, se está bem ou se está mal. Enfim, ... já perceberam o que se pretende.

Opinem, comentem, divulguem situações "boas ou menos boas", da vossa rua, do vosso bairro, de sítios por onde passem, de locais onde se dirigem, ... ... enfim, o que os amigos leitores entenderem. O espaço é vosso.

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sábado, 23 de setembro de 2006

5 - A gestão da água em Vendas Novas: deveremos estar preocupados?

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Depois da publicação dos quatro textos anteriores, contendo o essencial da minha percepção sobre esta questão da gestão da água em Vendas Novas, termino hoje esta iniciativa com a divulgação de algumas das dúvidas, sugestões ou comentários que me foram manifestadas pessoalmente, ou por email ou em comentários deixados aqui no Atribulações Locais.

Até há cerca de um mês/mês e meio atrás, eu estava completamente por fora de toda esta problemática. Neste período, desde que comecei a tentar perceber o que se passa, fiquei com a convicção de que as populações de Vendas Novas também não têm a mínima noção sobre o que se antevê em termos de alterações neste sector. Quanto a mim próprio, tenho a perfeita noção que só agora me estou a aperceber do mundo complexo que gira à volta destas questões no nosso país. Na prática, ganhei a convicção de não ter quaisquer certezas sobre este assunto. Apesar disso, decidi que valia a pena trazê-lo para divulgação e discussão. Oxalá tenha valido a pena.

Se eu tivesse a intenção de levar por diante uma abordagem política desta questão (e, como viram, não optei por esse caminho), teria que começar por deixar aqui o ponto de vista dos partidos políticos locais. Do lado do PCP/CDU, como não obtive resposta ao email enviado, não teria essa possibilidade. No entanto, julgo não estar enganado ao dizer que o PCP defende as alterações propostas pela autarquia, no sentido de transferir a gestão do sistema para uma sociedade regional a criar para o efeito.

O PSD e a JSD, que me enviaram duas respostas diferentes, no geral manifestam-se preocupados a diversos níveis. No que se relaciona com "uma estratégia que é uma das bandeiras politicas do PCP", bem como ao nível da transparência do processo, e ainda por se "tratar de uma forma de contrapor à eventual criação de empresas de ambito privado na gestão da água", e também porque "não é viável que a gestão da água continue a ser feita como até aqui em Vendas Novas, ... pois sendo a água um bem estratégico e um factor diferenciador da qualidade de vida das populações, todas as questões que envolvam a gestão e aproveitamento dos recursos hídricos devem por isso ser tidos com elevado sentido de responsabilidade", e ainda porque têm dúvidas sobre "se o modelo proposto para gestão e participação dos diversos intervenientes no processo de constituição da empresa será ou não o mais adequado aos interesses das populações".

O PS local fez também o favor de me enviar diversas matérias para análise, incluindo os "Estatutos" da empresa a criar e a "Deliberação da criação e atribuição de competências e dos princípios de gestão". Em abono da verdade, devo dizer que foi o meu amigo Joaquim Luis, actual responsável máximo do PS em Vendas Novas, quem primeiro me chamou a atenção para estas questões. Já lhe agradeci em privado, agradeço agora publicamente. No email enviado, o PS manifesta-se igualmente preocupado a vários níveis, desde o conteúdo do artº 14º dos Estatutos (cessão de quotas/abertura do capital a outras entidades), porque do estudo técnico que suporta esta proposta não se retira que esta seja a melhor solução, porque têm dúvidas sobre o verdadeiro interesse para Vendas Novas da sua participação neste projecto e ainda, entre vários outros aspectos, porque a participação de Vendas Novas neste projecto só pode ser justificada à luz de interesses partidários.

Um pequeno áparte para referir que tanto um como outro dos partidos que fizeram o favor de responder á minha solicitação, enviaram ainda bastantes mais preocupações, aqui não evidenciadas mas com questões e argumentação que seria interessante desenvolver. Talvez os próprios o queiram fazer. O espaço fica á disposição. O que é, aliás, extensível ao PCP, sendo válido para esta ou outras questões que considerem relevantes para Vendas Novas. Fica novamente feito o desafio.

Voltando à questão da água, também gostaria de ter tido acesso ao ponto de vista da própria autarquia, mas como já aqui disse ontem, infelizmente não obtive resposta ao email enviado ao Sr. Vereador com o pelouro da Água e Saneamento. Quanto aos comentários deixados aqui no blogue pelos amigos leitores, alguns vão no sentido do que nos diz o chamado bom-senso, referindo-se ao facto de a água ser "um direito de todos e que este tema deve ser muito bem ponderado pelas autarquias, partidos, governo e movimentos de cidadãos. A água é um bem universal".

Outros defendem posições sobre aspectos específicos, alguns defendem uma gestão pública, outros uma gestão privada. Um outro leitor chamou a atenção para o facto de "a empresa intermunicipal a ser criada de acordo com a proposta existente seria destinada à gestão do sistema em alta, mantendo-se as baixas na competência directa dos municípios", o que acabou por ser uma excelente contribuição para a discussão á volta desta matéria. Ainda outros acabam por manifestar posições essencialmente políticas, mas sem aproveitarem para apresentar argumentos válidos sobre a questão em referência, o que é pena. Alguns leitores mostraram-se mais esclarecidos e tentaram ajudar a diferenciar sobre "sistemas em alta" e "sistemas em baixa". Cada um terá contribuído á sua maneira. No geral, satisfez-me bastante, muito mesmo, o facto de todas as intervenções se terem mantido num elevado nível de respeito mútuo. É sempre possível argumentar ou discutir, mesmo discordando, com respeito não só por nós próprios como pelos outros. No fundo, todos sabemos isso.

Agora, permitam-me só mais três palavras. A primeira, para agradecer a todos os que contribuiram nesta iniciativa, aos que responderam ás solicitações e mesmo os que não tiveram oportunidade de responder, seja qual for a razão. Haverá por certo mais oportunidades para isso. Obrigado em especial aos amigos leitores e aqueles que decidiram deixar as suas impressões, esclarecimentos e explicações sobre este assunto. A segunda, para agradecer a colaboração e paciência dos restantes colaboradores do Atribulações Locais, que nestes dias se abstiveram de publicar eventuais textos da sua autoria sobre outras questões de seu interesse. A última, para dizer que continua em aberto a possibilidade de todos os que queiram enviar textos para publicação sobre esta temática. Apenas se pede que façam o favor de enviar também a respectiva identificação, por motivos óbvios.

Saudações amigas e sinceros agradecimentos a todos.

João Fialho
("alentejodive")

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sexta-feira, 22 de setembro de 2006

Alguns links para saber mais sobre questões relacionadas com a água, os quais utilizei para consulta, entre outros que acabei por não apontar (além daqueles que já mencionei nos próprios textos):

Inventário Nacional de Sistemas de Abastecimento de Água
http://insaar.inag.pt/forum/faq.aspx

Associação Portuguesa de Recursos Hídricos
http://www.aprh.pt/
http://www.aprh.pt/texto/19-210905.html

Águas de Portugal / Águas do centro Alentejo, SA
http://www.adp.pt/frontend/portugues/section.asp?ids=1&ida=26&idc=370

Instituto da Água
http://www.inag.pt/
http://www.inag.pt/inag2004/port/a_intervencao/planeamento/pna/pna.html

Centre of Marine and Environmental Resarch
http://cimar.org/

Água em Revista
http://www.aguaonline.co.pt/agua.htm

Sistema de Informação Documental sobre Direito do Ambiente
http://www.diramb.gov.pt
http://www.diramb.gov.pt/data/basedoc/ANJ_25952_LN.htm

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4 - A gestão da água em Vendas Novas: deveremos estar preocupados?

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Nos textos anteriores, tenho tornado pública a minha percepção sobre o que me parece ser o mais relevante, no que se refere à forma como tem sido tratada a questão da água no concelho, bem como sobre as alterações propostas. Assim, em resumo:

  • Prefiro que o modelo de gestão da água se confine à esfera pública. De preferência, no âmbito do próprio município. No entanto, para que se consiga uma maior racionalidade, eficácia e eficiência de todo o sistema de captação, armazenamento e distribuição de água, bem como das prestações de serviços que lhes estão associadas, são indispensáveis diversas alterações ao nível do planeamento e, especialmente, da própria tipologia de gestão.
  • Não creio que a prevista transposição da gestão e de todo o sistema de infraestruturas existentes no concelho, para a já mencionada empresa de âmbito regional, seja a melhor solução do ponto de vista da eficiência da gestão da água. No entanto, como sou por natureza avesso a certezas absolutas, gostaria de ver divulgada e debatida publicamente informação relevante sobre estas questões, no sentido de tentar perceber melhor as razões por detrás do modelo proposto.
  • Essa alteração em análise poderia, eventualmente, trazer vantagens ao nível do financiamento de curto prazo, tendente à renovação e manutenção das infraestruturas. As quais não seriam compensadas com as desvantagens que tal alteração traria, não só do ponto de vista dos consumidores, como da quebra ou significativa limitação da relação de responsabilidade eleitor-eleito. No entanto, esta posição poderá ter que ser reequacionada se as alterações propostas não incluirem o "sistema em baixa".
  • Em alternativa ao sistema agora proposto, preferiria que fosse equacionada a possibilidade de a já citada gestão ser efectuada no âmbito do próprio município, mas em moldes diferentes dos actuais ou, quando muito, através de parcerias público-privado, se para tal houver interessados credíveis.
  • Independentemente da solução encontrada, defendo ser de evitar uma eventual privatização da gestão da água no concelho; no máximo, veria com bons olhos a abertura a uma liberalização parcial, mas apenas naqueles aspectos não directamente ligados à distribuição nem à propriedade das infraestruturas instaladas ou a instalar.
  • Preocupa-me, a vários níveis que já anteriormente referi, o sistema que se está a tentar implementar em Vendas Novas. Designadamente por as populações não estarem, mais uma vez e infelizmente, devidamente informadas nem terem, até agora, oportunidade para intervir activamente nas decisões a tomar nestas matérias tão importantes para o seu futuro colectivo.
  • Pelas razões que fui adiantando ao longo destes dias aqui no Atribulações Locais, considero que sobre esta questão deveria ser promovido um nível mais elevado de participação das populações, para o que veria com bons olhos a realização de um Referendo Concelhio sobre as alterações em análise na gestão da água, precedido de um razoável período de divulgação, análise e discussão pública de toda esta problemática.


Aproveito também para relembrar, por considerar importante em abono da credibilidade do blogue, que no âmbito da preparação desta iniciativa foram enviados emails (no dia 03 de Setembro), contendo a minha identificação, a identificação do blogue e o objectivo do envio desses emails, dirigidos aos partidos políticos locais e ao Sr. Vereador da Câmara Municipal com o pelouro da Água a Saneamento. Com isso, pretendi solicitar colaboração através das suas posições, opiniões ou esclarecimentos sobre este assunto. Até agora, apenas recebi respostas da JSD, do PSD e do PS (por esta ordem). A todos, os meus sinceros agradecimentos.

Amanhã: terminarei a publicação de textos no âmbito desta iniciativa, aproveitando para divulgar algumas das dúvidas, sugestões ou comentários manifestadas pessoalmente, ou por email ou aqui no blogue.

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quinta-feira, 21 de setembro de 2006

3- A gestão da água em Vendas Novas: deveremos estar preocupados?

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Porque tenho dúvidas, em relação ao novo (previsto) sistema de gestão da água em Vendas Novas? (... continuação)

Evolução previsível das tarifas a praticar e défice de informação aos munícipes

O segundo aspecto e que também me preocupa, é a previsível (esta é a minha leitura) evolução futura do preço da água potável para consumo humano em Vendas Novas. Sobre isso, na prática o que está escrito quanto ao sistema que agora se pretende implementar é que as tarifas a fixar levarão em conta assegurar a protecção dos municípios utilizadores, a gestão eficiente do sistema, o equilíbrio económico-financeiro da exploração e as condições necessárias para a qualidade do serviço. Ora, isto pode ser tudo e pode não ser nada. E mais preocupado fico ao ler os critérios técnicos que servirão de base ao cálculo da tarifa média anual de referência (estou a partir do princípio que se refere as tarifas/preços para os consumidoes finais). Basicamente, o que ali se institui é que a gestão do sistema não deverá ser deficitária.

E isso é que é preocupante pois, se há sistemas públicos de fornecimento de bens ou serviços à população que são deficitários, um deles é seguramente o fornecimento de água para consumo humano. Até agora, as tarifas de fornecimento de água, aquela que todos os meses pagamos em nossas casas, têm incorporada uma elevada (digamos assim) componente política, na forma de prestação pública de um serviço essencial à população. O que tem como consequência directa o facto de a sua gestão ser deficitária e, portanto, o preço a pagar pelos consumidores ser mais baixo que o respectivo “custo de produção”. Se esta preocupação social deixar de estar presente de forma significativa, isso deixa-me bastante preocupado, não necessariamente por mim, alguém ou algum grupo em particular, mas pela população do concelho.

Preocupação essa que se alarga com o facto de, em minha opinião e infelizmente, mais uma vez as populações do concelho não estarem devidamente informadas sobre o que poderá vir a acontecer com algo que lhes pertence e lhes diz directamente respeito. Continuo a pensar que fazem mal os responsáveis autárquicos que continuam, no mínimo, a não encontrar razões suficientes para melhorar os níveis e a qualidade da informação aos munícipes, sobre estas questões essenciais para o seu futuro. Anda sobre o nível de informação que as populações de Vendas Novas (não) têm sobre estas matérias, posso dizer que a maioria das pessoas com quem falei no último mês sobre isto, nunca sobre tal tinham ouvido falar. Até há cerca de um mês atrás, eu próprio desconhecia em absoluto estas alterações. Tudo isto, apesar de se tratar de decisões tomadas no plano político local há alguns anos. No seu caso, amigo leitor, já tinha conhecimento? Se não tinha, já se questionou porquê?


Extinção (?) da relação directa “eleitor-eleito”, sobre esta matéria tão importante

Outra questão mportante prende-se com a alteração prevista na gestão do sistema de abastecimento de água de uma óptica local, como actualmente acontece em Vendas Novas, para uma óptica de âmbito regional, através da mencionada empresa. A que está relacionada com o facto de se extinguir ou limitar de forma significativa, sobre esta matéria, a actual relação de responsabilização democrática entre eleitores e eleitos.

Assim, se algo correr mal, por exemplo em termos de aumentos injustificados no preço da água, da falta de uma estratégia de pedagogia tendente a um consumo mais racional, ou de diminuição da qualidade do serviço prestado, a quem peço esclarecimentos, justificações ou responsabilidades? A uma empresa que terá a sua sede em Montemor-o-Novo? Aos seus responsáveis e administradores que não elegi e que o mais certo é não conhecerem a realidade de Vendas Novas? Seja como for, sob esta perspectiva, vejo aqui mais um motivo para preocupação que só poderia ser ultrapassada se as populações estivessem informadas. E não estão.


Porque não um "Referendo Concelhio", sobre as alterações propostas na gestão da água em Vendas Novas?

Como é fácil de ver, não se pode defender a inexistência, no plano democrático, de legitimidade para as alterações que estão a ser propostas. Mas chamo também a atenção para o que em minha opinião seria mais correcto, a bem da transparência de todo o processo, em defesa dos actuais decisores políticos e, bem assim, o que eu acho especialmente importante, para que se permita que o assunto seja divulgado em níveis satisfatórios, pensado e discutido de forma mais abrangente na comunidade. Por todas estas razões, antes de serem tomadas decisões dificilmente reversíveis sobre estas matérias, julgo que haveria razões mais que suficientes para ser levado a efeito um referendo à população do concelho sobre este assunto tão relevante para o seu futuro.


Sobre toda esta temática, ver também os trabalhos saídos do Seminário “Água: bem público, gestão privada?”, que decorreu na vila de Trancoso em Maio de 2005, designadamente as apresentações a cargo de Susana Neto e João Bau.

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quarta-feira, 20 de setembro de 2006

2 - A gestão da água em Vendas Novas: deveremos estar preocupados?

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Porque tenho dúvidas, em relação ao novo (previsto) sistema de gestão da água em Vendas Novas?

Hoje em dia, dependemos quase em exclusivo das redes de distribuição de água geridas pelos municípios ou empresas municipalizadas. Há uma tendência para que isso mude, mas por enquanto é assim na maior parte dos nossos concelhos. Em Portugal, são actualmente 25 (vinte e cinco) os municípios que já entregaram a concessão da gestão de água a privados, mas existem apenas 3 (três) casos de parcerias público-privado na gestão de águas e saneamento, sendo a mais recente no concelho de Faro. Por outro lado, em algumas regiões do país já existem sistemas de gestão colectiva da água, ao nível não de cada concelho, mas de associações ou empresas regionais criadas para o efeito. Aliás, são os próprios governos nacionais e até mesmo a União Europeia, que incentivam a criação deste tipo de sistemas e os englobam nas políticas mais gerais sobre este sector.



Situação actual em Vendas Novas

Desde há muito, as populações do concelho de Vendas Novas não têm sentido o problema da falta de água, mesmo em períodos de seca. Os sistemas existentes são abastecidos através de captações subterrâneas, as quais apresentam níveis freáticos suficientemente elevados para garantir a sua estabilidade por um período alargado de tempo.

Sendo Vendas Novas favorecida por essa autêntica benesse da natureza, tem sido ao longo dos anos, a meu ver, algo distraída no que respeita à eficiência na gestão da água. Dito de outra forma (sem querer de alguma forma ferir quaisquer susceptibilidades nem procurar polémicas estéreis), em minha opinião não tem vindo a ser dada a devida importância, ao longo dos últimos anos, à necessidade de implementar um sistema que fizesse da optimização dos recursos um ponto fulcral da estratégia de gestão da água no concelho.

Isso levou a que, hoje em dia e tanto quanto consegui apurar, não se tenha verdadeira percepção sobre as perdas e os desperdícios de água no sistema instalado, nem um conhecimento específico e detalhado sobre a estrutura do respectivo consumo em Vendas Novas. Ao mesmo tempo, o modelo de gestão da água em vigor no concelho não se alterou de forma significativa, nem mesmo em tempo de democracia, deixando para trás alguns aspectos que o evoluir dos tempos, a meu ver, aconselhariam a adoptar em prol da racionalização e da eficiência da gestão da água no concelho. Os tempos de abundância no que respeita ao acesso à água, em que a escassez não espreita, não têm sido bons conselheiros.


Tipologia do sistema agora proposto para Vendas Novas

Um dos sistemas colectivos de gestão da água acima referidos é o da AMAMB(1), no qual está prevista a criação de uma empresa(2) de que farão parte, além daquela associação, também os municípios de Vendas Novas, Montemor-o-Novo, Arraiolos, Mora, Estremoz e Vila Viçosa, e que ainda não entrou em funcionamento por dificuldades quanto ao financiamento comunitário ao nível do Fundo de Coesão e também porque, ao que julgo saber, pelo menos o município de Estremoz terá entretanto decidido afastar-se do sistema (há poucos dias, soube-se que a Assembleia Municipal de Estremoz já decidiu aderir a um outro sistema colectivo de gestão da água). Essa empresa a criar terá por objectivo a exploração e gestão do Sistema Intermunicipal de Abastecimento de Água e Saneamento, ao nível da concepção, construção e aquisição de equipamentos, bem como a sua exploração, reparação, renovação e manutenção. Vendas Novas tem directamente apenas 3,91% do respectivo capital social original, sendo que 49% pertencem ao conjunto dos referidos municípios e 51% à AMAMB. A gestão de todo o sistema passará a ser feita a partir de Montemor-o-Novo, município que detém 22,73 % da divisão inicialmente prevista do capital social e onde ficará situada a sede da empresa. É permitida a futura cessão de quotas a entidades privadas, até um determinado limite e sob certas condições.


A minha leitura sobre as alterações propostas

Sobre o assunto em apreciação, a leitura que fiz (com base apenas nos poucos documentos acessíveis ao público), deixa-me algo preocupado quanto a diferentes aspectos desta problemática. Alguns, por se referirem ao próprio funcionamento da empresa, às eventuais entradas e saídas de municípios do sistema, e à forma como se fará a “transição” do pessoal que, em cada município, está actualmente afecto às tarefas que passarão para aquela empresa, não irei aqui abordar. Mas há dois aspectos que me merecem uma preocupação acrescida. O primeiro (o segundo aspecto será abordado no próximo texto), é porque fico com a sensação de que se está a criar uma espécie de super-estrutura regional que também não estará imune, antes pelo contrário, a influências políticas ao nível dos cargos de decisão.

Faço aqui um parêntesis para dizer que, normalmente, não privilegio a abordagem destas questões pela óptica política. No entanto, neste caso em particular, ao longo dos últimos dias em que tenho tentado perceber o que se passa neste sector da água, ganhei a forte convicção de que estamos perante uma estratégia de contornos essencialmente políticos. E porque é que digo isto? Por um lado, porque se trata, a meu ver, de uma estratégia de contornos que não me convence, especialmente por não estarem esgotadas as alternativas, por exemplo ao nível da melhoria da eficiência do sistema actualmente existente em Vendas Novas o qual sofre, mais uma vez do meu ponto de vista, de alguns males nunca ultrapassados. E cujo modelo de gestão poderia, no âmbito municipal, sofrer determinadas alterações tendentes à melhoria, a vários níveis, de todo o sistema actualmente implantado. Por outro lado, porque à luz da informação disponível e da forma como entendo estas questões, em minha opinião Vendas Novas não terá, objectivamente, razões efectivas suficientemente válidas para escolher o caminho agora proposto.

Nos últimos dias, tentei pensar sobre este assunto no sentido de perceber que outras razões poderiam justificar o caminho que está a ser proposto, ou melhor, que foi escolhido para Vendas Novas, no que concerne a toda esta problemática. Concluo, segundo o que me é dado observar, que esta estratégia não teria problemas de maior, não fora o caso de se tratar de alterações significativas ao nível de um bem que é de todos e cuja importância se antevê acrescida nos tempos vindouros. Concluo também que poderia estar a ser conduzida de forma mais esclarecedora do ponto de vista das populações. Mas essa é uma outra questão, que amanhã aqui tentarei abordar.


(1) Associação de Municípios do Alto Alentejo para o Ambiente
(2) Água Bem Público – Águas do Alentejo Central, EIM


Amanhã (5ª feira): Porque tenho dúvidas, em relação ao novo sistema de gestão da água em Vendas Novas? (continuação …)

Na Sexta-feira: Porque defendo a realização de um "Referendo Concelhio" sobre as alterações propostas quanto à gestão da água em Vendas Novas?

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segunda-feira, 18 de setembro de 2006

1 - A gestão da água em Vendas Novas: deveremos estar preocupados?

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Porque prefiro uma gestão pública do sistema de abastecimento de água?

A melhor forma de iniciar este tema é, desde já, tornar pública a minha opinião sobre o mesmo. E ela passa por defender que a gestão da água deverá manter-se numa perspectiva pública, limitando a sua liberalização e impedindo uma eventual privatização. Devo, no entanto, esclarecer que este ponto de vista vai contra aquela que é, no geral, a minha matriz de pensamento político e económico. A qual privilegia o afastamento gradual das instituições públicas (Estado, Autarquias, etc.) do domínio puramente económico e pressupõe um equilíbrio ou complementaridade entre democracia e mercado, ou seja, entre os sistemas político e económico. Pelo que digo se depreende que o sector da água merece, na minha maneira de ver, um tratamento diferenciado.

E porque é que eu não defendo, por exemplo, a privatização da gestão da água? São várias as razões. Primeiro, porque são conhecidas algumas experiências relacionadas com a gestão privada dos sistemas públicos de abastecimento de água, por exemplo em França, Alemanha e EUA, as quais demonstraram que as águas e os serviços de saneamento podem ser geridos de forma mais eficiente na esfera pública. Isto, a julgar pelas reacções aí verificadas nas respectivas comunidades.(1)

Segundo, porque uma eventual privatização do sector, defendida por aqueles que, por enquanto, insistentemente reclamam a sua liberalização através de um determinado tipo de reestruturação do sector das águas em Portugal, tenderia a sobrepor as razões de ordem económica às razões eminentemente sociais. Foi exactamente por esta ordem ter sido invertida que, no ano 2000, na Bolívia(2), teve lugar uma verdadeira “guerra da água” em reacção a incomportáveis aumentos de tarifas decidida por responsáveis pela sua gestão privada. O mesmo tipo de reacções aconteceu no Uruguai sendo que, em ambos os casos, foi posto em causa não só o aumento do preço da água como a degradação da qualidade da água distribuída às populações. Até mesmo nos EUA (na comunidade de Atlanta) as autoridades locais denunciaram recentemente o contrato de concessão da gestão da água a privados, pelo não cumprimento dos níveis de qualidade do serviço prestado às populações.

Mas esta questão vai além de casos passados em países tão díspares, para se centrar igualmente nos pressupostos utilizados pelos defensores da gestão privada. Na prática e a meu ver, o que há de importante nessa matéria prende-se com o erro cometido por quem defende que a gestão privada desses serviços é mais eficiente que a gestão pública. Está, portanto, relacionado com o conceito de eficiência. Em alguns casos será eventualmente verdade, mas esta assumpção sofre de um pecado capital, que é o de não esclarecer que a eficiência na óptica privada tem mais a ver com os objectivos dos accionistas ou detentores do capital dessas empresas gestoras, do que propriamente com objectivos previamente definidos em termos de qualidade dos serviços prestados e de incorporação da vertente social nas tarifas a praticar. Os quais facilmente se veria serem incompatíveis.

Noutros sectores a questão poderia ser equacionada de formas diferentes, até com reduzida intervenção do sistema político. Mas considerando o sector da água, os riscos seriam elevados. Na verdade, considero extremamente importante a adopção de políticas de gestão da água que se baseiem em princípios basilares da vivência em comunidade, como sejam os da solidariedade e da ética social. E que não se baseiem apenas em aspectos técnico-economicistas, tais como uma lógica de maximização dos proveitos financeiros ou dos lucros na óptica dos responsáveis por uma eventual gestão privada, o que seria desastroso, por exemplo, ao nível do incremento dos consumos de água e dos preços a praticar.

Por último, vejo na gestão pública dos sistemas de abastecimento de água ainda uma vantagem adicional: a de ter a quem pedir directamente contas e responsabilidades, no plano democrático, se os níveis de qualidade do produto final e dos serviços prestados não forem satisfatórios, se a gestão for ineficiente por erros de planeamento ou até pela ausência de planeamento, se a manutenção do sistema não for suficientemente cuidada, se não existirem incentivos á poupança de água ou mesmo se o respectivo preço não tiver em atenção as necessárias preocupações sociais.

(1) De acordo com um trabalho desenvolvido por várias individualidades para a OMC - Organização Mundial de Comércio (http://www.wto.org), entre as quais constam Clare Joy (World Developement Movement, UK), Lori Wallach (Public Citizen, EUA) e Vincent Paolo B.You III (Friends of the Earth International).

(2) Hall, David – “Multinacionais da água em retirada – a Suez retira investimentos”, PSIRU, University of Greenwich, UK, Janeiro de 2003 e, do mesmo autor, "The water multinationals 2002 - finantial and other problems",
PSIRU, University of Greenwich, UK, Agosto de 2002 (http://www.psiru.org).


No próximo dia 20 de Setembro (4ª feira), publicarei aqui neste mesmo espaço:
“Porque tenho dúvidas em relação ao novo (previsto) sistema de gestão da água em Vendas Novas?"

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domingo, 17 de setembro de 2006

O essencial e o acessório


O protagonismo que alguns comentadores teimam em dar ao “bomdebola” já ultrapassou os limites do aceitável. Nada disto faz sentido e começa a cansar quem nos visita e não se revê nestas manobras de diversão de proveniência duvidosa, nem tão pouco no exagerado protagonismo que o “bomdebola” não justifica.

Todos os dezasseis temas até agora publicados como colaborador do AL estão à disposição dos nossos leitores. Não renego nenhum deles porque quem dá o seu melhor só pode estar satisfeito e de consciência tranquila. Se assim o entenderem façam o vosso juízo introspectivo, mas sejam breves. Concentrem a vossa atenção no essencial (há trabalho de qualidade agendado já para amanhã…) e deixem de vez o acessório.

Posts publicados por “bomdebola” de 15 de Março a 11 de Setembro de 2006:

- É bom viver em Vendas Novas?
- A hora de engolir o SAP(o)
- (Re) Apresentação
- As filhas das nossas amantes
- O Homem de(o) Betão
- A Junta Simplex
- É nas RAPIDINHAS que mostramos o nosso valor
- Aproximar as pontas
- Santa Casa da Misericórdia
- Quadro em tons de NEGRO
- Férias em Vendas Novas
- Vendas Novas, cidade segura
- A Geração (des)enrascada
- Afinal, como vai o serviço público de saúde por cá?
- O Sistema
- O abanão


Mais uma vez, obrigado pela vossa compreensão.


Manuel Filipe Quintas

(BomdeBola)

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sábado, 16 de setembro de 2006

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.......PRINCESA LUSITANA

.......Em tempo remoto esbelta princesa
.......Por Vendas Novas passou sorridente
.......A felicidade levava na mente
.......A esperança no coração acesa

.......Princesa bela aldeia beleza
.......Se beijaram carinhosamente
.......E uma ficou e outra partiu diligente
.......Para um destino que feliz se almeja

.......A esbelta princesa se transformou
.......Em deslumbrante rainha de Espanha
.......Para isso por Vendas Novas passou

.......A florescente aldeia em lida insana
.......Triunfante a cidade se elevou
.......E é, linda princesa lusitana

.......Jodro

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"Ninho de cegonha em Vendas Novas"


Eis uma excelente imagem, que vale a pena apreciar!!!
Acontece que cenas como esta, passaram a ser impossíveis de assistir
naquele local, desde Agosto passado. Penso que já saberão porquê ... ...

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A gestão da água em Vendas Novas: deveremos ou não preocupar-nos?

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Na próxima semana, dar-se-á início no “Atribulações Locais” à publicação de textos sobre a problemática da gestão da água em Vendas Novas.
  • No dia 18 (2ª feira), publicar-se-á o texto “Porque prefiro uma gestão pública do sistema de abastecimento de água?"
  • No dia 20 (4ª feira), será a vez de “Porque tenho dúvidas, em relação ao novo (previsto) sistema de gestão da água em Vendas Novas?"
  • No dia 22 (6ª feira), publicar-se-á um resumo com algumas questões sobre esta matéria.
Entretanto, foram enviados e-mails no passado dia 03 de Setembro, aos partidos políticos locais e ao Sr. Vereador da Câmara Municipal com o pelouro da Água a Saneamento, no sentido de solicitar colaboração através das suas posições, opiniões ou esclarecimentos sobre este assunto. Serão publicadas (após 23/Setº) todas as respostas/colaborações que venham a ser recebidas.

Os amigos leitores que desejem participar, poderão fazê-lo não só através da caixa de comentários como também, se o entenderem, com recurso ao envio de opiniões para o nosso endereço de e-mail (ver na barra à direita). Do conjunto de opiniões eventualmente recebidas, será efectuado um resumo e a respectiva divulgação aqui no Atribulações Locais. Por outro lado, os leitores poderão também enviar textos com indicação expressa de que pretendem a sua publicação os quais, neste caso, deverão estar devidamente identificados quanto ao seu autor.

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quarta-feira, 13 de setembro de 2006

Vendas Novas no Festival da Canção Junior 2006 (RTP1, 29.Setembro)

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Os miúdos desta nova geração estão essencialmente preocupados, ou melhor dizendo, distraídos, a viverem a sua própria vida. E fazem bem. Pode parecer que não, mas esta é uma das conquistas do nosso modelo de sociedade: proporcionar condições para que os jovens vivam despreocupadamente a sua própria vida. É no início da juventude que muitas vezes neles despertam capacidades e talentos, nem sempre aproveitadas da melhor forma, havendo mesmo casos em que as próprias famílias limitam o seu desenvolvimento, com receios os mais diversos a propósito da sua vida futura. Não é esse, felizmente, o caso do Pedro. Os pais e avós, que vêm nele um talento diferente para as coisas da música, não se negam a esforços para que desenvolva a sua personalidade também nesse sentido, se essa for a sua vontade. E parece que é.

Dito isto, já os amigos leitores perceberam que o Pedro, Madeira de seu apelido e que ainda nem chegou aos 14 anos de idade, será um rapaz de Vendas Novas com jeito para a música. É isso mesmo, tem jeito para a música e, especialmente, para cantar. Mas como estas coisas não vão lá só com jeitos e talentos, eis que ele já frequenta aulas de Música em Vendas Novas e integra o grupo coral “Oficina do Canto”, em Montemor-o-Novo, onde tem aprendido a arte de trabalhar a voz. Tudo isto em simultâneo com o prosseguimento dos seus estudos, actualmente no 9º ano. “Gosto muito da música, dos computadores e de ir ao cinema. Mas o que eu gosto mesmo, mesmo, é de sair com os meus amigos”, disse-me enquanto demonstrava como se tecla o órgão no estúdio improvisado lá em sua casa. Pelo que me apercebi, o órgão e a viola estarão, por assim dizer, entre os seus brinquedos preferidos.

Vai daí, o nosso jovem talento decidiu inscrever-se, assim como quem não quer a coisa e mais ou menos a ver no que dava, inscreveu-se, dizia eu, no Festival da Canção Júnior 2006, uma iniciativa da RTP1, que vai ser transmitida em directo a seguir ao Telejornal, já no próximo dia 29 de Setembro. O vencedor representará Portugal na cidade de Bucareste, em Dezembro. Para este festival, inscreveram-se no total setenta e dois miúdos, oriundos de todo o país, tendo para tal enviado uma maqueta e um vídeo, incluindo a música e a letra das suas canções.

Aconteceu que o Pedro Madeira foi um dos seleccionados, pelo que irá interpretar a Canção n.º 5 - "Deixa-me sentir", com letra de sua autoria (com a ajuda da mãe, diz ele) e música de Telmo Falcão, um conhecido vendasnovense que também o tem ajudado nos ensaios. Facto também interessante, é o Pedro ir ser apoiado por um coro formado por alguns dos seus amigos: o João Martins, a Beatriz Rupio, o Miguel Rupio, a Inês Rodrigues (todos de Vendas Novas) e a Marina Pereira (de Pegões).

Já tive oportunidade de ouvir uma pequena amostra da interpretação do Pedro e fiquei com a sensação de que se trata, nitidamente, de uma canção tipo-festival, que facilmente nos fica no ouvido e em que se nota uma qualidade vocal ao alcance de poucos. Boa sorte então para ti, Pedro. Oxalá essa tua capacidade seja apenas uma entre muitas, e que te ajude a continuares no bom caminho da tua formação como ser humano, pois o futuro é já ali ... ... ...

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segunda-feira, 11 de setembro de 2006

O abanão

Caros comentadores e visitantes do AL

O abanão que percorreu este blogue na última semana remeteu-me para um estudo prospectivo sobre as verdadeiras causas que estão por detrás destes comportamentos cíclicos. Procurei averiguar a dimensão dos estragos nas estruturas internas e qual a sensibilidade dos restantes colaboradores face à concentração de críticas em torno de um único personagem.

Nesta abordagem coloquei alguma ênfase em determinados princípios que desde o início nortearam o meu comportamento e que foram agora postos em causa de forma aparentemente concertada. Cito aqui alguns deles:

- o esforço e dedicação que sempre coloquei ao serviço deste projecto;
- nas minhas opiniões nunca fiz ataques pessoais, nem elegi como alvo das minhas críticas uma única força partidária ou um qualquer segmento da nossa sociedade;
- prezo muito a minha independência enquanto cidadão livre e assim quero continuar;
- entendo os comentários anónimos como uma consequência e não como um objectivo; são tão bem-vindos como os que aparecem identificados com o verdadeiro nome do seu autor; o anonimato pode e deve ser usado para salvaguardar determinadas represálias, laborais ou sociais, nunca como forma de projectar o insulto e o ataque pessoal;
- há necessariamente neste blogue espaço para o aprofundar do espírito solidário e o apontar de algumas injustiças.


Desta prospecção, registei um voto de confiança inequivocamente expresso, encorajando-me a continuar fiel aos meus princípios e a relativizar determinados comentários. É o que eu vou fazer.

Obrigado a todos os que me acompanharam e toleraram.
Viva o AL.

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domingo, 10 de setembro de 2006

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MINHA POESIA É A
QUE O CORAÇÃO ME DITA


Não tem regras minha poesia
Segue fiel o que me dita o coração
A ele submissa por afeição
Que meigamente a ampara e guia

Não se confrange nem se alia
Ao valor das leis da erudição
Só no peito com sensível emoção
O amor rumoreja todo o dia

Minha poesia é meu coração a sentir
Nuns o chorar noutros o rir
Onde há o bem e o mal que não se acalma

É um sentimento que não defino
É a estrada do meu destino
É riso é pranto em minha alma


Jodro

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quinta-feira, 7 de setembro de 2006

Decidi deixar aqui alguns esclarecimentos aos nossos amigos leitores

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Nada me fazia prever que, nesta fase de crescimento, o “Atribulações Locais” viesse a ser posto em causa por alguns dos nossos amigos visitantes. Também não esperava que se conjugassem fortemente diversos comentadores, todos convenientemente anónimos, com o nítido objectivo de fomentar divisões entre os respectivos colaboradores. Tal como não esperava, por que não está na minha matriz de comportamento, que conversas privadas entre amigos viessem parar à caixa de comentários deste blogue, mesmo que sobre o assunto em causa nada haja a esconder e tal tenha acontecido, segundo me foi dito, com o sentimento de reparar eventuais injustiças de que o blogue estaria a ser alvo. Vamos então por partes.

Objectivo do blogue e direito á privacidade

Começando pelo mais importante: este blogue surgiu com o objectivo de ajudar a pensar e discutir sobre Vendas Novas. E assim vai continuar. No princípio foram, é verdade, efectuados convites a diversas personalidades de Vendas Novas, umas responderam outras não. Todas estão no seu direito. Ponto final. Mas ninguém deveria, seja a que pretexto for, divulgar aqui no blogue nomes de pessoas convidadas, aos quais teve acesso através de conversas privadas, ainda por cima entre amigos. Todos merecem o respeito à sua privacidade. E pretendo que esse direito, como outros, nunca aqui seja posto em causa.

Colaboradores do blogue
Sobre este assunto, não tenho dúvidas de que o mais importante é agradecer publicamente, tal como faço em privado, o relevante papel desempenhado pelos que cá estão, os que aceitaram colaborar, ajudando com as suas capacidades e o seu esforço a fazer crescer este espaço de opinião. Importantes, na verdade, são os que trabalham e colaboram. Outros, mesmo que convidados, só serão importantes para o blogue se aceitarem colaborar. Aqui, o que todos os colaboradores fazem é, nem mais nem menos, que um verdadeiro exercício de cidadania. Pelo que só vejo razões para o meu aplauso e regozijo, pois nenhum dos actuais colaboradores ganha seja o que for com a sua participação no blogue, nem se prevê que tal venha a acontecer.

Comentários anónimos: sim ou não?
Outro aspecto igualmente relevante, tem a ver com o facto de se permitirem ou não comentários anónimos. Para alguns, tal não deveria ser possível. Sendo embora uma opinião a ter em conta, foi decidido pelos colaboradores do blogue que assim deveria continuar. É também essa a minha opinião. Isso tem riscos, concerteza que sim. Mas são riscos que pode vale a pena correr, pois um blogue como este, de carácter local, deve ser um espaço vivo, que permita o exercício do contraditório, o debate e a discussão, sobre temas que interessam a toda a comunidade. Limitar o acesso aqueles que, por algum motivo, entendem não se dar a conhecer, seria negar o acesso a esses direitos. Aliás, aqueles que se aproveitam por vezes cobardemente desta possibilidade com atitudes impróprias a vários níveis, desde a falta de educação à total ausência de civismo, também o poderiam fazer se estivessem registados. No entanto,é bom que saibam que, estejam ou não registados, é sempre possível ter acesso ao “IP Adress” que corresponde ao ponto de acesso á Internet onde se encontra o computador de onde partiram esses comentários. Ou seja, mesmo os anónimos militantes talvez não sejam tão anónimos como pensam. Só que alguns, os menos atentos, talvez não o saibam. Por último, já todos percebemos que este tipo de comentários irá continuar, seja o que for que se diga, mesmo que se apele insistentemente ao bom senso, ao respeito mútuo e à educação. As razões são conhecidas e aí, a falta de educação não estará sozinha, todos percebemos porquê.

O papel de oposição
Alguns visitantes têm-se manifestado, comentando no sentido de que este blogue fará parte uma qualquer estratégia de oposição política. E até parecem convencidos desse facto, de uma forma algo estranha e que foge à minha compreensão. Este blogue não tem nem nunca teve, fixem bem: “nunca teve”, a intenção de se constituir como oposição política local. Só assim se justifica que entre as várias pessoas convidadas para serem colaboradores directos, tenham constado 3 (três) elementos que são ou já foram eleitos em listas da CDU em Vendas Novas. E foram convidados numa altura em que o “Atribulações Locais” tinha pouco mais de um mês de existência (não tenciono voltar a falar aqui sobre esta questão!). O papel de oposição política está atribuído a forças políticas locais, não a este blogue. Não é esse o seu papel.

Meio de comunicação
Já aqui deixei bem claro que este blogue não é nenhum jornal. Nem poderia ser. É um meio de comunicação no sentido mais lato, mas não é um meio de comunicação social. Nem tem jornalistas entre os colaboradores. E não aceita a imposição que alguns estranhamente lhe querem atribuir, de ter que divulgar tudo o que se passa em Vendas Novas. Eu compreendo as razões porque certos visitantes o fazem, mas esses já deviam ter percebido que essa estratégia é demasiado saloia para lhes dar resultados. Desde o princípio, o “Atribulações Locais” divulga, fala e discute sobre aquilo que o seu administrador e os seus colaboradores decidirem, cada um de per si. Cada um tem inteira liberdade para o fazer, desde o primeiro dia. Mas como quer ser um espaço dinâmico, também pretende divulgar, falar e discutir sobre outros assuntos colocados pelos seus leitores. Prova disso, é o facto de desde há meses passar na parte de cima do blogue uma mensagem que diz ”Se quiser ver aqui tratado um assunto de seu interesse, contacte-nos por e-mail”. Ora, acontece que os poucos temas que até agora nos foram propostos tinham apenas a ver com indícios de problemas ao nível do funcionamento interno de instituições locais, o que manifestamente foge ao âmbito do que aqui nos propomos. Mas o repto continua em aberto, como sempre.

Exercício da cidadania
Que eu tenha conhecimento, e perdoem-me a ignorância se existir algum outro caso, os blogues são actualmente o único espaço público que incentiva o exercício diário de cidadania em Vendas Novas. Por isso mesmo, tem sido público desde há meses, que eu próprio tenho por várias vezes incentivado a criação de mais blogues em Vendas Novas. A meu ver, quanto mais blogues falarem sobre Vendas Novas, melhor. Quanto mais espaços destes, ou doutros, existirem para que as pessoas falem, escrevam ou discutam assuntos locais, melhor. Não há que ter receios sobre os novos blogues que aparecerem, pois serão sempre complementares e nunca concorrentes aos que já existem. As características da blogosfera assim o fazem crer. O que é pena, acho eu, é que actualmente a blogosfera e a mesa-do-café são os únicos sítios em Vendas Novas de acesso generalizado onde se discutem publicamente assuntos relevantes e onde, simultaneamente, se permite de forma descomplexada o exercício do contraditório. Tudo isto, todos os dias. Para tal, muito contribui o “Atribulações Locais”. Se acham que é pouco, então se calhar estou errado. Mas então nesse caso, teria que dizer que não vejo aqui essa possibilidade em qualquer outro sítio, nem nos diversos órgãos autárquicos, nem nos órgãos de informação e comunicação social locais. E creiam que esta afirmação não pretende ser uma crítica, antes uma constatação.

Em conclusão
Posto isto, valerá a pena perguntar: faz ou não sentido existirem blogues como o “Atribulações Locais”, em Vendas Novas?
Façam a vossa própria introspecção e concluam.

Saudações amigas para todos.
João Fialho
("alentejodive")

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segunda-feira, 4 de setembro de 2006

Meio século de luta

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O Concelho de Vendas Novas foi criado há 44 anos, após uma luta de mais de meio século.

O Dec-Lei nº 44557 de 07 de Setembro de 1962, criava um novo concelho no país, o de Vendas Novas. Comemora-se portanto, agora, o 44º aniversário desse acontecimento histórico, de importância transcendente para esta terra, então vila e hoje cidade.

A autonomia administrativa constituiu uma viragem, também ela histórica, no desenvolvimento de Vendas Novas, nessa altura praticamente estagnada e que a partir daí avançou definitivamente, rumo ao progresso há muito desejado – e merecido – pela sua população. Não foi um processo fácil, a criação do Concelho, mas uma conquista, corolário de uma luta de mais de meio século.

A ideia da autonomia administrativa surgiu no espírito dos vendasnovenses no início do século passado, como o último meio para resolver, de modo eficaz, os muitos problemas e carências que afligiam a terra e que a Câmara Municipal (a de Montemor-o-Novo) não queria, ou não tinha possibilidade de solucionar, e de trazer à povoação o merecido desenvolvimento. Com a opção autonómica identificava-se inteiramente a população de Vendas Novas. A terra, apesar de tudo, foi elevada a vila em 1913…

A primeira exposição solicitando a criação do Concelho (elaborada pelo Dr. Artur Aleixo Pais), foi entregue ao Governo em 1926. O movimento era liderado por muitas individualidades influentes no meio local os “pioneiros da primeira hora da luta pelo Concelho”, entre os quais recordamos, como exemplo: João António de Almeida, Joaquim Martins Mendonça, Dr. Artur Aleixo Pais, Adolfo da Fonseca, Ten.Coronel Reis Fisher, António Joaquim Valadas, Estêvão de Almeida, António Coelho de Oliveira, José Lopes dos Santos, Manuel Alves de Paiva (muitos deles e dos seus sucessores na luta, não têm ainda o merecido reconhecimento de Vendas Novas, com, pelo menos, o seu nome atribuído a uma artéria da cidade) e esse movimento era apoiado por toda a população, que pondo de lado divergências políticas e outras, se uniu, no anseio comum da emancipação concelhia. Mas de Montemor veio a total oposição à desanexação de Vendas Novas do seu grande Concelho… e a justa aspiração dos Vendasnovenses não foi atendida. Vendas Novas perdia a sua primeira batalha pela autonomia …

Porém a luta ia continuar… em 1933 forma-se uma grande comissão pró–Concelho, integrada pelos “pioneiros da 1ª hora” e por muitos outros Vendasnovenses, dos quais recordamos como exemplo, o Capitão Joaquim de Oliveira Leite e Alves Gago (autores, com o apoio do Dr. Aleixo, de nova exposição pró–Concelho). Essa exposição foi entregue ao Governo pela comissão, que se deslocou a Lisboa em comboio especial, acompanhada por várias centenas de Vendasnovenses esperançados, vibrantes e entusiastas, e pela imprensa local, a “Gazeta do Sul”… mais uma vez essa esperança foi defraudada. Movimentaram-se de novo, os influentes opositores de Montemor e o concelho não foi criado… Vendas Novas perdia a sua segunda batalha autonómica…

Em 1951 surgiu outro ponto alto da luta pela autonomia administrativa, com a entrega ao Ministro do Interior da 3ª exposição de Vendas Novas (da autoria de Carvalho da Encarnação) solicitando a criação do Concelho. Essa exposição foi elaborada em nome da Junta de Freguesia de Vendas Novas e o movimento tinha como principal dinamizador, Manuel Varela Cid, acompanhado por Armindo de Jesus, António Coelho de Oliveira e muitos outros, sendo totalmente apoiada pela população e imprensa local, a “Voz de Vendas Novas”… Ainda dessa vez, montemorenses influentes se opuseram, com êxito, à criação do novo Concelho… Vendas Novas perdia a sua terceira batalha pela autonomia administrativa… Seria o último insucesso… A luta continuou… eram perseverantes os Vendasnovenses… Em 1961, a Junta de Freguesia entrega ao Governo a 4ª exposição solicitando a criação do Concelho de Vendas Novas.

Essa 4ª exposição, bem fundamentada, ficou a dever-se ao Dr. José Manuel de Castro Ennes Ferreira, que foi também o grande e esclarecido dinamizador da iniciativa. Ele foi, de facto, o grande obreiro da criação do Concelho. Com ele colaboraram estreitamente, Manuel Coelho de Oliveira e António José da Silva, além de outras individualidades locais. Incondicional foi, como sempre, o apoio da população.

Apesar da fortíssima oposição que veio de Montemor, a exposição de 1961 foi a última, a vitoriosa, pois finalmente, em 7 de Setembro de 1962, era publicado o Decreto que criava o Concelho de Vendas Novas!... não era um favor político, mas um acto de justiça!... Refira-se que a luta não foi entre Vendas Novas e Montemor, mas entre alguns montemorenses influentes, irredutíveis e ciosos da integridade do seu grande concelho e os Vendasnovenses, pressionados pelas carências da sua terra…. as populações (com famílias divididas por uma e outra localidade) essas sempre se compreenderam…

O dia 7 de Setembro é Feriado Municipal. O Dr. José Manuel de Castro Ennes Ferreira, por vontade popular, veio a ser o 1º Presidente da Câmara Municipal de Vendas Novas. A “grande festa do Concelho”, em que os Vendasnovenses deram largas à sua imensa alegria, teve lugar em 14–10–1962, com a presença do Ministro do Interior Dr. Santos Júnior, e culminou com um “banquete gigante”, para mais de 20.000 pessoas… longas faixas sobre as extensas mesas diziam “DE TODOS PARA TODOS”… foi o maior momento festivo jamais vivido em Vendas Novas!...

A Câmara Municipal, comemorando a data histórica da criação do Concelho, promove anualmente, com a colaboração das Juntas de Freguesia, instituições, colectividades e elementos da população, as “festas do Concelho”, sempre eventos importantes no âmbito cultural, recreativo e desportivo local… festas que constituem uma tradição na Cidade e no Concelho…

Artur Aleixo Pais.

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domingo, 3 de setembro de 2006

VENDAS NOVAS ALEGÓRICA FLOR
Vendas Novas alegórica flor pequenina
Aldeia quando monarquia a reinar
A desenvolver-se com graça se atina
Botão em flor a desabrochar

E pujante encorpando se definia
Já bela, já republicana a florir,
Pétalas multiplicando a abrir
Em metamorfose qu'em vila convertia

Naturalmente crescendo
Nos campos alentejanos já liberdade
Sempre mais linda foi sendo
Originando deslumbrante flor cidade

Se ramificou encantadora florindo
Ao prateado luar ao doirado sol
Que seu povo olha e admira sorrindo
A passar de malmequer a girassol

Foi realista aldeia graciosa
Republicana vila semeando amor
Agora cidade fulgurante airosa
Nas três fases sempre alegórica flor

João M. Grazina (Jodro)

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sábado, 2 de setembro de 2006

O Sistema



Também por cá, esta forma de luta sofreu mutações. Digamos que na prática se tornou mais refinada e restritiva, estando agora confinada aos funcionários públicos, e dentro destes, são as classes “topo de gama” que mais aparecem a contestar. Tudo na defesa dos seus legítimos direitos e interesses.

Já pensaram no que aconteceria hoje às trabalhadoras da Karmann Ghia se expusessem desta forma o seu descontentamento?

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sexta-feira, 1 de setembro de 2006

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No próximo dia 18 de Setembro, neste blogue: "Água e Saneamento em Vendas Novas, que futuro?"
Pretende-se ajudar ao nível da informação e divulgação das alterações que estão previstas no modelo de gestão da água e saneamento em Vendas Novas.

Os amigos leitores poderão colaborar, enviando textos para publicação sobre esse mesmo assunto, desde que devidamente identificados. Aqui, a opinião conta e a participação é importante! Não fiquem de fora. Opinem! Comentem! Colaborem!

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