Cerimónia em honra dos antigos combatentes
Hoje, dia 11 de Novembro, comemorou-se o 88.º Aniversário do Armistício da I Grande Guerra. Em Vendas Novas, teve lugar uma cerimónia comemorativa em honra dos antigos combatentes, realizada junto ao "Monumento aos Combatentes" no jardim da Escola Prática de Artilharia, em que participaram o Exército Português (elementos da EPA) e a Liga dos Combatentes em Vendas Novas.
10 comentários:
Comemorou-se hoje mais uma vez o "dia dos ex-combatentes" numa cerimónia simples de homenagem aos militares que morreram pela Pátria.
Estiveram presentes as autoridades militares e civis e os militares que prestaram a "guarda de honra" junto do monumento aos mortos da I Grande Guerra, 1914-1918.
Recentemente e por iniciativa do Núcleo de Vendas Novas da Liga dos Antigos Combatentes, foram colocadas na base do monumento três lápides com os nomes dos Vendasnovenses que morreram em Angola, Guiné o Moçambique.
Mas a cerimónia ficou incompleta. Quando os ex-combatentes pretendiam, como é hábito, dirigir-se ao cemitério, ao talhão dos ex-combatentes, o cemitério estava fechado...os coveiros estão em greve.
Mas que raio de sociedade é a nossa, em que no único dia do ano, sempre a 11 de Novembro, em que um cidadão ex-combatente, ou outro qualquer cidadão, quer homenagear os seus camaradas, e os seus amigos, que deram a vida pela Pátria, pela nossa Pátria, não pode deslocar-se junto da sua campa, para num momento de recolhimento o recordar e lhe depositar uma coroa de flores?
Que raio de sociedade e de país é este? Já nem os nossos mortos nos merecem respeito?
Eu não sei quem é que manda no cemitério, se são os coveiros ou a autarquia, mas para abrir o portão do cemitério basta alguém levar as chaves.
Desculpem o desabafo, mas estou indignado.
Mourato Talhinhas
Num país como deve ser, estas situações não aconteciam! É inconcebível!
Apenas dizer que concordo muito mais com a terminologia, mais abrangente, utilizada por Moutal no seu post, referindo-se ao dia dos “ex-combatentes”, do que àquela utilizada no post inicial de aniversário do Armistício da I Grande Guerra.
Quanto ao episódio, caricato, do cemitério, lamentar o que se passou e manifestar a minha solidariedade com todos os ex-combatentes, familiares e amigos que ficaram impossibilitados de prestar a devida homenagem aos seus mortos.
Tem razão o nosso leitor, no seu comentário aqui deixado às 23:08.
A terminologia que refere é, de facto, preferível.
Eu tive dificuldade em saber qual era a mais apropriada e, na falta de melhor, utilizei aquela que está explicitamente mencionada no próprio site da "Liga dos Combatentes", que me pareceu na altura o sítio óbvio para ficar elucidado sobre o que se comemorou (http://www.ligacombatentes.org.pt/).
Na verdade, eu estava enganado porque julgava que hoje se comemoraria o "Dia do Combatente". No entanto, quando fui confirmar, verifiquei que tal acontece em 9 de Abril (em 9 de Abril de 1918 ocorreu a Batalha de La Lys). Hoje seria, por isso, uma cerimónia com um propósito algo diferente.
Em resumo, na falta de melhor indicação e como não tive oportunidade (porque na altura não sabia) de assistir em directo à cerimónia que decorreu em Vendas Novas hoje de manhã, utilizei a terminologia mais apropriada que encontrei no referido site da Liga dos Combatentes.
A intenção do post, como compreenderão, teve a ver com o facto, sempre louvável, de se honrar a memória de ex-combatentes.
Agradeço ao nosso leitor a chamada de atenção.
Confesso não ter tido, no meu posta das 23.08h de 11 Nov, a menor intenção, expressa ou velada, de emitir qualquer espécie de crítica ao post das 01.22h de 12 Nov de “alentejodive”; fi-lo, única e exclusivamente, porque tenho um sentido mais lato do conceito de “combatente” não se confinando, de modo nenhum e em sentido restrito, apenas aqueles que lutaram, de armas na mão, na I Grande Guerra Mundial.
Se, de facto, nos devemos curvar perante a memória de todos aqueles que lutaram, alguns até à morte, ao serviço da sua Pátria durante a I Guerra Mundial, não nos poderemos esquecer de que tão bravos quanto eles e, por isso mesmo, credores de todo o nosso reconhecimento e gratidão, estão, mais recentemente, os valorosos militares que fizeram as Campanhas de África ao serviço da mesma Pátria e, muitos deles, pagaram o seu esforço com a própria vida.
É uma realidade que devemos assumir sem complexos ideológicos, colonialistas, fascistas ou de qualquer outra espécie; os nossos valorosos militares que combateram em África, de 1961 até 1975, ao serviço da sua Pátria, são tão merecedores do nosso profundo reconhecimento e gratidão pelo serviço prestado à Pátria como os seus antecessores da I Grande Guerra.
No limite, ainda poderemos afirmar que “combatentes” são, também, todos aqueles que, diariamente, nas suas diversas actividades, cívicas, políticas, profissionais, familiares, etc., lutam e labutam com o objectivo do engrandecimento da sua Pátria Mãe.
TODOS MERECEM O NOSSO MAIS PROFUNDO RECONHECIMENTO!
A respeito do que agora diz, as suas palavras são sábias e eu concordo plenamente consigo.
Saiba, caro leitor, que eu não vi nem senti nenhuma crítica naquilo que escreveu. No entanto, ainda que tal tivesse acontecido, eu costumo lidar bem com críticas. Acho mesmo que é salutar o exercício do espírito crítico aos mais diversos níveis.
Oxalá continue a encontrar razões para passar por aqui e deixar as suas impressões.
A propósito do dia de ontem, dia dedicado a todos os “Ex e Actuais Combatentes da Nação”, e tendo presente tudo aquilo que já aqui foi dito, com alguns episódios, verdadeiramente, lamentáveis, gostaria de aqui deixar o meu testemunho da cerimónia de exumação dos restos mortais do Marechal António de Spínola, cerimónia que teve lugar ontem, aqui bem perto do local onde resido, no cemitério do alto de S. João e que é paradigma de como o Estado e, afinal, todos nós, tratamos ou, mal tratamos melhor dizendo, um dos mais Ilustres Filhos da História recente do nosso Portugal.
A cerimónia, curta e muito pouco participada -talvez os complexos de várias índoles tenham assaltado a memória de muitos -, foi presidida pelo Bispo das Forças Armadas, estando presentes, talvez, um pouco menos de 50 pessoas, quase todas militares e incluindo os chefes dos três ramos das Forças Armadas; em representação do Governo esteve presente, apenas, o secretário de Estado da Defesa e dos Assuntos do Mar.
O Ministro da Defesa, muito provavelmente, estaria em Santarém a participar, ou a assistir não sei, ao congresso do partido tendo, por certo, considerado que aí melhor desempenharia os altos desígnios para que foi eleito pelo Povo Português.
Convenhamos que para um Homem com o perfil humano, militar e político do Marechal António de Spínola, a influência que teve antes e no pós-25 de Abril, e eu não tenho complexos de natureza nenhuma em afirmá-lo, mereciam por parte de todos nós mas, sobretudo, por parte do Estado um tratamento substancialmente diferente.
O que se passou ontem em Vendas Novas com a greve dos coveiros, ainda que se lamente e não justificando o desaparecimento das chaves do cemitério, acaba por ser um caso de somenos importância comparativamente com aquilo a que tive oportunidade de assistir e que vos acabo de descrever.
Numa adaptação, intencionalmente mal conseguida, de um famoso verso de um dos mais ilustres personagens da nossa História, direi: “ Desditosa Pátria que tais Filhos tendes e tão mal tratais…”
Os Ex-Combatentes são cidadãos como os outros com o devido respeito e como tal se o cemitério estava fechado e como vivemos em democracia não é de estranhar o acontecido.Onde páram as pensões prometidas por um senhor chamado Paulo Portas!Além da Liga quantas organizações existem? Associação dos Comandos,Associação dos Boinas Verdes,Asssociação dos Veteranos...........etc....etc...!Organizem-se e lutem !
Já agora não se esqueçam dos combatentes em Timor Lorosae,na Bósnia,no Kosovo,no Afeganistão,no Líbano.......
Apesar de terem melhores vencimentos do que os combatentes da I.ªGrande Guerra e dos que andaram na Guerra Colonial,não deixam de ter e merecer o respeito de todos nós.
Ao fim de um ano lá foi atribuída a pensão à viuva do combatente morto em combate no Afeganistão.Mais vale tarde do que nunca mas todo o processo burocrático demora e para o nosso País a demora de um ano já é muito bom!......
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