quinta-feira, 30 de novembro de 2006

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O Gabinete de Comunicação da Câmara Municipal de Vendas Novas solicitou-nos a divulgação desta "Informação à População", o que fazemos com o maior prazer. Aproveito para agradecer a possibilidade que é dada a este blogue, de ajudar neste tipo de divulgação.


INFORMAÇÃO À POPULAÇÃO


Desvio do Trânsito da Estrada Nacional 4
Dia 4 de Dezembro, durante a manhã



Informa-se toda a população que em virtude das Comemorações do Dia da Artilharia, que se celebra a 4 de Dezembro, o trânsito da Estrada Nacional 4 será desviado pela Av. 25 de Abril e Av. da Misericórdia, durante a manhã da próxima 2.ª feira, mais concretamente das 09h00 às 13h00. Mesmo o trânsito de residentes será condicionado junto à parada da Escola Prática de Artilharia, no centro da cidade, visto que as comemorações acontecerão nesta zona.

Vendas Novas, 30 de Novembro de 2006
A Câmara Municipal de Vendas Novas

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quarta-feira, 29 de novembro de 2006

Este post é apenas um teste ...

Olá Aurélio.


Já tentaste mais algum teste aqui no blogue?

Agora que te lembras como isto funciona, é importante que experimentes, de forma a que as coisas fiquem bem assentes.

Vou agora mesmo enviar-te outro Convite, para um outro blogue que serve apenas para fazer testes. Assim que receberes esse Convite, fazes o mesmo que ontem (alguns passos não serão necessários), e podes desde logo começar a fazer testes de funcionamento, para trabalhares com texto e com fotos.

Até já.
João

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terça-feira, 28 de novembro de 2006

Paragem de autocarros

Foi na Sexta-feira passada, o dia estava ventoso e chovia.
Cinco e meia da tarde, a pouca luminosidade anunciava a noite que estava prestes a chegar..
Cinco metros à minha frente seguiam mãe e filho, o puto tudo fazia para se libertar da mão da mãe, queria ir à frente, dar o peito ao vento e a cara à chuva.
Uma rabanada mais forte virou o chapéu da senhora, e o puto logo que sentiu a mão solta ensaiou uma corrida.
Dois metros à frente, esbarrou numa parede invisível, e foi com o cu ao chão.
Bateu de cabeça contra o vidro e o gorro de lã foi o amortecedor providencial. O puto chorava com o susto que apanhara e com as palmadas que a mãe lhe deu.
Eu tenho a impressão que a mãe se assustou mais que o filho, e que as nalgadas foram mais uma descarga de adrenalina que um castigo ao puto rabino.
Tive pena do gaiato, lembrei-me que quando tinha a sua idade também eu era assim, aliás, todos os putos normais em dia de vento e chuva gostam de correr na rua a desafiar a chuva e o vento.
O único azar do puto foi estar ali implantada aquela paragem de autocarros, a impedir a livre circulação dos passantes e a corrida que ele queria fazer.
Aquele monumento à inutilidade está ali há anos e não me lembro de lá ver alguém a apanhar um autocarro.
É o poiso de alguns velhotes que ali se protegem do sol ou da chuva e vêm o movimento rodoviário em fim de tarde.
No Domingo encontrei o puto, perguntei-lhe como estava a cabeça, que estava tudo bem, e o galo já estava a desaparecer. Já está capaz de outra.

Mourato Talhinhas
MouTal

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segunda-feira, 27 de novembro de 2006

Resultados da auscultação aos leitores

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Na última auscultação que efectuámos no "Atribulações Locais", quisemos saber quais os temas que os nossos leitores mais gostariam de ver aqui abordados. Obtiveram-se (apenas) 53 indicações, que se dividiram da forma que mostra o gráfico acima.
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De longe, os nossos leitores preferem ver abordados temas referentes a "Política Autárquica" (36%). Nenhum dos restantes temas sugeridos mereceu especial destaque. Não deixa de ser uma resposta curiosa, sobre a qual cada um fará a sua própria leitura.

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A poesia de "Jodro" no Atribulações Locais

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AVE MAGNIFICENTE


Começa novo dia a despontar
Chega o sol e a noite se vai embora
P'las árvores do meu bairro ave canora
Canta e que lindo é esse cantar

E fico embevecido a escutar
A magnificente ave cantora
Que faz mais bela a clara aurora
E harmonioso meu despertar

E a melodia da excelsa ave
Embebe-me a alma de profundo amor
E o lindo canto anseio que não mais acabe

Que me origina doce torpor
Acordar assim que bem que sabe
E cismo, são manhãs de Nosso Senhor

João M. Grazina ( Jodro )

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domingo, 26 de novembro de 2006

Jantar de Solidariedade

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A Sra. Presidente da APNF dirigindo-se
aos presentes no Jantar de Solidariedade

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Realizou-se ontem, Sábado, um Jantar de Solidariedade a favor da APNF - Associação Portuguesa de Neurofibromatose. Dito assim, até pode parecer uma coisa normal: será apenas mais um entre tantos. Pois não, não foi apenas mais um entre os muitos jantares de solidariedade que, felizmente, vão tendo lugar de norte a sul, pelas mais variadas e perfeitamente justificadas razões.

Este foi diferente. Não porque a entidade beneficiária seja mais merecedora do exercício da solidariedade que outras associações congéneres. É igualmente merecedora, como todas as que se dedicam a ajudar quem precisa. Nem sequer porque se realizou em Vendas Novas, pois é sabido e provado que a população vendasnovense é solidária quando necessário. Este Jantar de Solidariedade foi diferente por ter sido organizado por jovens. Jovens de Vendas Novas. E isso não é muito usual. E, não sendo habitual, deve ser aplaudido. É esse o objectivo principal deste texto.

Tratou-se de uma organização levada à prática por 8 (oito) jovens que frequentam o Curso de Educação e Formação de Técnicas de Organização de Eventos da Escola Secundária de Vendas Novas. Essa organização foi partilhada essencialmente com duas das suas professoras: Aurora Costa (coordenadora do curso e que apresentou a ideia) e Esmeralda Baleizão. Todo o trabalho de limpeza e preparação da sala, bem como do arranjo das mesas e de todo o espaço em que se realizou o evento, esteve a cargo dos alunos e das suas professoras.

No referido Jantar de Solidariedade estiveram presentes cerca de 80 pessoas, tendo a refeição sido servida pelos próprios alunos, os quais souberam demonstrar um à-vontade de realçar naquela sua tarefa muito especial. Entre as pessoas que quiseram estar presentes, contam-se a Presidente e a Tesoureira da APNF, as quais se mostraram extremamente reconhecidas e agradecidas pela iniciativa, tendo referido tratar-se do 1º jantar de angariação de fundos que alguém organizou a favor da associação.

A Neurofibromatose é uma doença genética, relativamente rara e muito pouco conhecida, que afecta o funcionamento do sistema nervoso central e para a qual ainda não existe um tratamento específico. Clique aqui para saber mais sobre o que é a APNF e sobre a Neurofibromatose.

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sábado, 25 de novembro de 2006

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Pelos vistos, o fim-de-semana vai ser assim ...

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sexta-feira, 24 de novembro de 2006

À Procura de um Título

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À Procura de um Título

Pretendo referir-me ao paredão que está a ser construído sobre o tecto do futuro mercado municipal. Com efeito, interrogo-me sobre a melhor maneira de designar o inclinado muro sobre uma base obtusa num desafio perturbante às leis da física.

Será um rasgo de imaginação criativa, uma ilusão óptica, uma provocação estética, um caso de poluição visual, um esbanjamento abusivo de impostos, ou simplesmente uma alegoria ao mito da queda que caracteriza a mentalidade colectiva dos portugueses?

Sarutla

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Destaque

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Agradeço o destaque que o óptimo blogue "Praça da República em Beja" deu a este nosso espaço. Conheci o seu administrador - João Espinho, num Encontro de Blogues realizado em Alvito. E fiquei logo ali com a certeza de que se trata de alguém que vale a pena conhecer. E que, além do mais, faz um excelente trabalho com o seu blogue. Passem por lá e fiquem também a conhecê-lo.

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quarta-feira, 22 de novembro de 2006

ACEITE O DESAFIO QUE COLOCÁMOS AOS NOSSOS LEITORES !!!

Escreva-nos dizendo o que pensa sobre Vendas Novas. Não se deixe ficar de fora. A sua colaboração é importante.

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"Recepção aos Professores"

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Tem-se realizado desde há vários anos em Vendas Novas, uma iniciativa do município a que prosaicamente se convencionou chamar "Recepção aos Professores". Sendo uma daquelas inovações politicamente correctas, não faltam os municípios que a ela decidiram aderir. Por todo o país e governados por pessoas de todos os partidos. Trata-se, portanto, de uma adesão (quase) generalizada.

Poderíamos, até, discutir as eventuais vantagens e desvantagens da "Recepção aos Professores". Mas sempre numa dimensão eminentemente política, pois estamos perante uma iniciativa que, em minha opinião, pouco ou nada tem a ver com Ensino ou com Educação. Embora a isso se pretenda referir.

Em Vendas Novas, essa mesma iniciativa, que no dizer do Convite é "organizada pelo município com a colaboração dos estabelecimentos de ensino", tem como consequência o não haver (algumas) aulas nesse dia, pelo menos da parte da manhã. Esse dia, neste caso em concreto, é hoje, dia 22 de Novembro.

Nos primeiros anos de realização desta "recepção", aos professores (pelo menos no caso da Escola Secundária) foi-lhes dada indicação expressa de que se tornava obrigatória a sua presença neste evento, sob pena de "terem falta". Extraordinário! Dispenso comentários.

Acontece que tal iniciativa já deixou, estranhamente ou talvez não, de constituir presença obrigatória para os professores. De tal maneira que, neste ano e tanto quanto sei, o Colégio Laura Vicuña terá decidido não interromper as suas actividades lectivas. E não terá sido caso único (!?). Estará esse facto relacionado com pressões dos pais dos alunos para que assim acontecesse? A própria Escola Secundária, a determinada altura alterou o seu procedimento e também já não induz os seus professores na obrigatoriedade de tal presença. Também na Escola C+S, não foi dada aos pais dos alunos qualquer indicação de que hoje não haveria aulas. Logo, concluo que também naquele caso não haverá interrupção das actividades lectivas.

E do ponto de vista político? Bem, aqui a minha opinião é igualmente crítica mas passa por compreender as razões que levam os nossos políticos a enveredar por este tipo de iniciativas. Compreendo-as, mas delas discordo em absoluto. E se discordo é porque, a meu ver, este evento não constitui, ou não deveria constituir suficiente justificação para que se suspendam as actividades lectivas, com todas as consequências em termos educativos e familiares que essa medida acarreta. Pelo menos, nos moldes em que tem vindo a ser realizado.

Se o município quer mesmo realizar este tipo de iniciativas, e está no seu direito querê-lo, porque não fazê-lo, por exemplo, num Sábado, quando isso já não implica com as actividades lectivas? Se a iniciativa for mesmo importante, como parece ser para quem a organiza, por certo não lhe faltará adesão, se realizada num dia em que não colida com os interesses dos intervenientes (mais) directos no processo educativo. E nós, pais, directamente interessados nestas questões, agradecíamos.


Há ainda um outro aspecto, formal e de somenos importância, que não percebo. Tem a ver com a designação encontrada e a sua relação com a iniciativa em causa. É que, na minha maneira de ver, dificilmente se compreenderá a aplicação do conceito de recepção à realização de uma "Recepção aos Professores", que se verifica cerca de oito semanas após o início das aulas.

Em minha opinião, a política atinge o seu paroxismo(*) neste tipo de iniciativas.

(*) Oxalá VGM me perdoe este abuso plagiativo.

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terça-feira, 21 de novembro de 2006

Os meus agradecimentos ao amigo
que nos enviou o cartaz para divulgação.

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segunda-feira, 20 de novembro de 2006

A poesia de "Jodro" no Atribulações Locais

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DETURPANDO O GENUÍNO AMOR

O amor já não é amor mas só sexo
Este, pérfido a delirar
No Homem que teima em adulterar,
O genuíno amor, insensato, sem nexo

O amor passou nele a pequeno anexo
Onde sua sexualidade vai dejectar
Os excrementos, restos do seu saciar,
Que expele nauseabundo, complexo

O sublime amor não cabe em sua mente
Individualmente indiferente
P'los outros, sem se preocupar,

Porque só lhe interessa o seu viver
O amor é só em sexo a converter
Para quê perturbar o seu bem estar ?

João M. Grazina ( Jodro )

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domingo, 19 de novembro de 2006

12ª Exposição Internacional de Artes Plásticas de Vendas Novas



Tal como já tinha escrito aqui no blogue, continua a não existir, a meu ver, suficiente iniciativa privada de âmbito cultural em Vendas Novas. E sobre a oferta cultural de iniciativa pública, a qual se resume à própria autarquia, cada um dos amigos leitores terá a sua opinião. Pela minha parte, sou muito crítico em relação ao nosso panorama cultural, tal como já aqui deixei expresso neste espaço.

Hoje pretendo apenas abordar, muito rapidamente, o evento cultural que dá pelo nome de "Exposição Internacional de Artes Plásticas de Vendas Novas", organizado pela autarquia e que já vai na sua 12ª edição. E se pretendo fazer uma abordagem rápida é pela simples razão de pouco ter a partilhar sobre ela. E esse pouco é para dizer que esta iniciativa me merece a maior simpatia e o meu aplauso. Não só pela qualidade das obras expostas, que considero bastante interessante, mas especialmente pela persistência na sua realização.


Esta exposição desenvolveu-se em dois espaços diferentes na cidade de Vendas Novas: o Museu da Escola Prática de Artilharia e o Centro Socio-Cultural. Em resumo, penso que estamos perante uma iniciativa louvável, a qual espero sinceramente possa manter-se em futuras edições.

Permitam-me duas pequeníssimas observações. Uma tem a ver com o horário praticado este ano, que me parece algo limitativo, especialmente para quem não está disponível antes das 17h, mesmo considerando a possibilidade de a visitar no fim-de-semana. A outra refere-se à eventualidade, que aqui deixo à consideração, de esta mesma exposição se alargar a outros espaços, designadamente fora de Vendas Novas. Estou a pensar, por exemplo, nas populações da Landeira, Piçarras e Afeiteira.

Independentemente de tudo o resto, aqui fica o meu sincero reconhecimento e aplauso aos responsáveis autárquicos pela continuada realização deste evento em Vendas Novas.

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sábado, 18 de novembro de 2006

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sexta-feira, 17 de novembro de 2006

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As dificuldades no acesso ao "Atribulações Locais", sentidas nos últimos dias por alguns dos nossos leitores, não afectaram quem tem instalado o Mozilla Firefox 2.0 ou o Internet Explorer 7. Pelo menos tanto quanto me consegui aperceber. O caso que teimava em ser mais problemático, referente a um dos colaboradores do blogue e que utilizava o IE6, foi ultrapassado com a instalação do Firefox 2.0 em português e de um dicionário de português, que também está disponível no mesmo site.

Agradeço a ajuda de todos os leitores que fizeram o favor de colaborar, em resposta aos emails que lhes enviei para resolução deste problema.


O administrador.

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quarta-feira, 15 de novembro de 2006

A política e os políticos, em todo o seu esplendor

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Este é um livro sobre "Política" e sobre "Políticos", cuja leitura aconselho vivamente. Não só aos nossos políticos locais como a todos os candidatos a políticos e aos que, mesmo não gostando da política, querem perceber melhor o que é, como funciona entre nós e como afecta as nossas vidas.

Lendo-o, o leitor ficará mais desperto para o que verdadeiramente pode estar por detrás das vicissitudes do exercício do poder. É um livro que nos ajuda a perceber um determinado tipo de dirigentes políticos nacionais dos últimos tempos. E que, bem vistas as coisas, em boa parte também se aplica ao nosso caso doméstico na era da democracia. É também por essa razão que aqui coloco este post.

Trata-se de um ensaio recentemente editado entre nós, da autoria de Edouard Balladur, ex-primeiro ministro francês, que nele faz uma análise e uma reflexão extremamente lúcidas sobre os métodos do poder. Permitam-me que vos tente aguçar o apetite por esta leitura, deixando aqui algumas passagens do livro:

  • "O político completo é aquele que domina melhor os impulsos do seu temperamento e que os combina com o seu carácter, de que se habituou a desconfiar por se conhecer a si próprio."
  • "Democracia ou ditadura, o objectivo é o mesmo: a conquista e a conservação do poder, sejam quais forem os meios e enquanto for possível."
  • "... a verdade é que os combates da política e os princípios da moral estiveram sempre em conflito."
  • "Perante a escolha entre seriedade e demagogia, esta será sempre escolhida mais vezes."
  • "Convirá também não se deixar ir em ilusões: é raro um programa ajudar a ganhar uma eleição e também é raro vê-lo totalmente aplicado. Serve para atrair as pessoas e para mobilizar energias num determinado momento."
  • "Os jornalistas são o pesadelo do político, que os receia a tal ponto que gosta de os bajular quando não pode dominá-los."
  • "As sondagens não são apenas uma tradução passiva do que pensa a opinião pública. Contribuem para a criar e para a orientar."
  • "O político tende a imaginar-se e a pensar-se diferente, superior ao comum dos mortais. Que o político cuide de não sobrestimar a sua importância (...) que cuide de não desprezar de forma demasiado visível aqueles que julga dominar."
  • "Não se faz com que o povo sonhe dizendo-lhe apenas a verdade; a sua adesão é da ordem dos sentimentos e não da razão."
  • "Do ponto de vista do político, a conquista e o exercício do poder justificam tudo: a dissimulação, o culto das aparências, a falta de convicções, (...) o oportunismo quartel. Enfim, o desprezo pelo povo (...) ."
  • "O egoísmo e o orgulho são indispensáveis ao político. Mas a inteligência também."
  • "O político tem de fazer tudo para dispor dos favores do maior número possível de influências, sem se preocupar muito com a coerência ..."
  • "A amizade (...) quase não existe em política. A competição pelo poder não se coaduna com ela."
  • "À volta do político há sempre pessoas com perfis diferenciados: os convictos, os sinceros, (...) os disciplinados, (...) os oportunistas, os aduladores, (...) os servidores, (...). As fidelidades são frágeis e aleatórias e os acólitos mais capazes nem sempre são os mais dignos de confiança."
  • "Nenhum político escapa a isto: o poder suja as mãos. O exercício do poder não pode ser conforme aos princípios da moral comum."

Aprendi bastante com a leitura desta obra. Serviu também para me relembrar algumas das razões pelas quais a política não me cativa. Espero que para si, amigo leitor, seja também uma boa leitura.

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Parada da E.P.A., em Vendas Novas

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terça-feira, 14 de novembro de 2006

Nos últimos dias, alguns dos nossos visitantes experimentaram dificuldades no acesso ao "Atribulações Locais". Cabe-me pedir sinceras desculpas pelos incómodos que esse facto possa ter causado.

Logo que soube dessas dificuldades, tentei perceber qual seria a sua origem. No entanto, não consegui chegar a uma conclusão que me permitisse corrigir o eventual problema. Decidi, então, retirar do blogue as últimas ferramentas que lhe tinha adicionado, as quais tinham mais a ver com a publicação de conteúdos e menos com a simples visualização do blogue por parte dos leitores. Mas que, por algum motivo que desconheço, poderiam estar a dificultar o acesso.

Espero, sinceramente, que essas dificuldades no acesso tenham desaparecido. No entanto, se persistirem, agradeço o retorno dessa informação (email na barra lateral) para averiguar melhor o que se passa.
Muito obrigado pela colaboração.

O administrador

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segunda-feira, 13 de novembro de 2006

Uma agradável surpresa

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No passado fim-de-semana (5 de Novembro) fui às Caldas da Rainha visitar um familiar, e aproveitei a viagem para parar em Óbidos onde decorre de 2 a 12 deste mês o Festival Internacional de Chocolate. Só foi pena o tempo de chuva não ajudar, mas “sol na eira e chuva no nabal” é apenas um desejo.
Andei a percorrer os stands e a ver aquelas coisas bonitas que se fazem com o chocolate, autênticas obras de arte, que até nos dá pena meter na boca e ao fim de duas dentadas estar comido, e a obra destruída. Mas o chocolate foi feito para ser comido e as obras de arte para serem admiradas.
Foi no périplo pelos stands que tive a agradável surpresa de encontrar esta menina de Vendas Novas, a Ana Rute, vestidinha a preceito, com a sua bata branca e barrete a condizer.
Eu já conheço a Ana Rute desde pequenina, sabia que tinha estudado na EPRAL em Évora e que trabalhava em Lisboa como pasteleira (ou doceira?).
Conversei um pouco com ela, e admirei os trabalhos que tinha feito no Festival. Fiquei também a saber que era uma "habitué" dos concursos desde que frequentou o Centro de Formação Profissional do Sector Alimentar da Pontinha, pois, como ela me explicou, os concursos são uma escola de aprendizagem e de aquisição de conhecimentos sobre novos produtos e novas tecnologias para um melhor desempenho profissional.

Sem uma boa formação profissional, não lhe seria possível trabalhar num hotel de cinco estrelas, o Pestana Palace , um "hotel de charme" em Lisboa onde os preços da estadia são bastante altos, e os seus trabalhadores são altamente classificados.
Concorreu como “chocolatier”, e os bonecos das fotografias são em chocolate .
Só tive pena de não ferrar o dente no Rato Mikey, mas não podia ser, os bonecos estavam a concurso...
Quero desejar à Ana Rute as maiores felicidades, e que esteja para breve a realização do seu grande sonho…estabelecer-se profissionalmente em Vendas Novas.
MouTal

Aditamento: Já estava pronto para editar o texto quando fui informado que a Ana Rute foi classificada em 1º lugar no concurso, e teve um prémio monetário de 500 euros.
Os meus parabéns.
MouTal

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sábado, 11 de novembro de 2006

Desafio aos nossos leitores

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O “Atribulações Locais” decidiu lançar um desafio aos leitores. Trata-se de pedir a cada um que faça um exercício sobre Vendas Novas, o qual consiste em desenvolver os seguintes tópicos, da forma que entender mais conveniente:
  • Como vê a evolução de Vendas Novas desde o 25 de Abril de 1974 ou, se preferir, desde a criação do concelho? Neste nosso trajecto colectivo já percorrido, o que considera ter sido melhor ou pior resolvido? Há alguns aspectos em particular que, em sua opinião, mereçam ser realçados?
  • Como perspectiva o futuro da cidade e do concelho, designadamente no que se refere às apostas que considera essenciais em termos de políticas de desenvolvimento aos mais diversos níveis? Que futuro desejamos? Que tipo de cidade e de concelho queremos? Por que caminhos deveremos optar?

A intenção desta iniciativa passa por solicitar aos leitores que nos enviem os vossos textos para publicação aqui no blogue. Para tal, deverá ser utilizado o endereço que consta na barra lateral. (atribulacoeslocais@yahoo.com)

É absolutamente livre a forma de abordagem a estes temas. Cada leitor decidirá se pretende tratar todos os temas indicados ou apenas parte deles. Os textos poderão ser individuais ou em grupo e transmitir opiniões pessoais ou grupos, associações ou instituições. Podem ter carácter político, ou não, ou debruçar-se em especial sobre quaisquer matérias que os autores considerem mais relevantes (por exemplo, em termos de desenvolvimento económico, ou nos aspectos sociais, ou no urbanismo, trânsito, educação, saúde, desporto, etc.). Não têm que ser especialmente elaborados, nem obedecer a formalismos supérfluos. Não se pretende nenhum trabalho académico, nem qualquer relatório especializado. Apenas e tão só a opinião dos leitores sobre o que tem sido, o que é e o que pode vir a ser Vendas Novas.

Os trabalhos e opiniões que nos fizerem chegar serão publicados ao longo do mês de Janeiro de 2007. Os textos deverão ser inéditos e conter indicação do seu autor. Serão publicadas as contribuições que obedeçam a estas características, independentemente das opiniões formuladas e da sua extensão. Os autores manterão, naturalmente, todos os direitos sobre os respectivos trabalhos.

Em relação a cada texto que façam o favor de nos enviar, indiquem se pretendem que o mesmo seja ou não comentado pelos demais visitantes do blogue. Na falta de indicação, não haverá lugar a comentários. Não será divulgado, nem aqui nem por qualquer outro meio ou lugar, a identidade ou qualquer outra característica das pessoas a quem, pessoalmente ou por email, foi também solicitada esta colaboração. Agradecemos a todos os que entenderem participar nesta iniciativa.

Esta é uma iniciativa pela positiva, contra a indiferença e a excessiva acomodação em termos de participação cívica no espaço público local. É importante a contribuição de todos e de cada um dos leitores em particular. Não se auto-exclua. Não queira ficar de fora. Participe!


O administrador do blogue
João Fialho
("alentejodive")

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Cerimónia em honra dos antigos combatentes

Hoje, dia 11 de Novembro, comemorou-se o 88.º Aniversário do Armistício da I Grande Guerra. Em Vendas Novas, teve lugar uma cerimónia comemorativa em honra dos antigos combatentes, realizada junto ao "Monumento aos Combatentes" no jardim da Escola Prática de Artilharia, em que participaram o Exército Português (elementos da EPA) e a Liga dos Combatentes em Vendas Novas.

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... a poesia de "Jodro" ...

AMOR DESABROCHANDO

Amor num coração desabrochando
Como em lindo jardim meiga flor
Sempre se voltando p'rá luz em fulgor
Tal o coração ao amor se inclinando

São as forças naturais dominando
Os seres vivos à sua lei com rigor
O coração a sensibilizar ao amor
A flor à luz que vai forjando

Quando no coração amor acontece
É como estrela que nele resplandece
A iluminá-lo graciosa, bela,

É como a flor ao sol a reabrir
Diva deslumbrante a terra a colorir
De tons maviosos que de si descerra

João M. Grazina (Jodro)

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sexta-feira, 10 de novembro de 2006

À conversa com...

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Henrique Sertã, 82 anos, as palavras são sempre poucas quando se fala de um homem como este. Nascido e criado na Landeira sempre se demarcou dos demais pelo carinho especial que tem pela terra que o viu nascer, a Landeira. Fundador do Futebol Clube Agricula Landeirense, hoje Sporting Clube da Landeira. Dinamizador da recuperação da Igreja da Nossa Senhora da Nazaré e sobretudo um dos responsáveis pela muita da informação documentada conseguida sobre a Landeira. Aqui fica o registro duma tarde de domingo á conversa com Henrique Sertã.

Sr. Henrique, conte-nos a História da Landeira, uma vez que foi dos primeiros a tomar a iniciativa de procurar saber a história desta Terra.

A Landeira é uma terra muito antiga, já no ano de 1200 há registros de ter passado por aqui, em serviço, um geógrafo árabe, chamado Edrici. Nessa altura já existia uma estalagem, que era onde pernoitavam pessoas que por aqui passavam e foi por essa rua, a Rua da Estalagem, que esse dito senhor teve que passar. As pessoas pernoitavam na Landeira porque este era o único local na zona que tinha casas.

A Landeira no início tinha apenas três ou quatro casas e dessas três ou quatro casas, foi criada uma loja, o que na altura se chamava a venda, que servia só essas casas. O rei D. João I, chamou os moradores dessas casas, das quais fez escritura apenas a uma delas. O dono da casa que o rei D. João I deu a escritura, chamava-se João Lourenço.

Porquê o nome Landeira?

Tem este nome por terem sido construídas as três ou quatro casas situadas na região do montado, região com muitos sobreiros. Mas quem chamava a Landeira de Landeira eram os ingleses, porque Landeira vinha de Lande, fruto dos sobreiros.

Porque é que a chamada Estrada dos Espanhóis é tão importante na história da Landeira?

Com o passar dos tempos, a Landeira cresceu e havia duas estradas do Litoral para o Interior do país, ambas passavam por aqui, onde existia essa dita estalagem, por onde passava toda a gente com transportes a cavalo. Deste modo a Landeira começou a ter uma encruzilhada, porque aqueles que vinham de Vila Franca, passavam pela Landeira para ir para Espanha. Vindo do lado de Lisboa, quem viesse de Vila Franca, do Montijo ou do Barreiro, para ir para o lado de Espanha, passavam por aqui obrigatoriamente.

Viessem de que lado fosse, tinham que passar pela Landeira, ou seja, quem partisse do Barreiro, fazia o trajecto para o lado de Espanha do seguinte modo: Barreiro, Landeira, Cabrela, Montemor, Évora, Elvas e Espanha. Por outro lado, quem viesse da Moita fazia o trajecto para o lado de Espanha, passando por Moita, Palmela, Landeira, Beja, Mértola, passava pelo Guadiana, Algarve, Andaluzia (Espanha). Estes eram os caminhos que passavam pela Landeira, com destino a Espanha. Foi o eborense Mário Sá que pôs o nome à hoje chamada Estrada dos Espanhóis.

Dizem que o rei D. João II pernoitou aqui na Landeira. É verdade?

Passou por aqui o rei D. João II. Este tinha um cunhado, o Duque de Viseu, que era primo e cunhado ao mesmo tempo. O D. João II partiu de Setúbal com destino a Alcácer do Sal e passou pela Landeira, uma vez que veio por terra de charrete e cavalos. Quando o rei já ia de regresso, de Alcácer para Setúbal, ele era para ter ido pelo mar, mas foi avisado que o primo e cunhado Duque de Viseu o queria matar quando ele saísse da barca. Então, o rei voltou por terra e passou outra vez aqui pela Landeira, mas não dormiu aqui, como muita gente pensa. Quem dormiu aqui foi a Rainha mãe de D. Sebastião.

Qual a data de construção da Igreja de Nossa Senhora da Nazaré, a construção mais antiga do concelho?

Não se encontra em nenhum lado uma era concreta da construção da igreja da Landeira. Dizem que terá sido mais ou menos em 1400, porque as igrejas deste modelo, desta planta, foram todas feitas na era de 400. Em várias freguesias existem igrejas do mesmo estilo da Landeira. Quando ruíam pedaços da igreja, as pessoas não faziam nada. Hoje, só resta a fachada da igreja correspondente àquela época, o resto foi tudo reconstruído. Dentro da igreja existem azulejos da era manuelina.

A Nossa senhora da Nazaré, foi reconstruída duas vezes. A primeira foi no ano de 1906 e esta última vez, foi quando a igreja foi restaurada e a Santa também o foi, isto no ano de 1980. Da primeira vez que se restaurou a Igreja, para arranjarmos dinheiro suficiente levou cerca de dez anos. Eu bati à porta de toda a gente da aldeia, para eles me darem o que podiam. Até que eu fui à casa de um senhor, o fazendeiro do Zambujal, que logo se disponibilizou para dar o que os outros não podiam dar. Entretanto, veio o 25 de Abril e foi o que veio ajudar a Igreja e a Landeira. Foi no ano de 1976, que eu, as minhas duas filhas e com o Henrique Rosa, o Luís Caramelo e o Manuel Melo, fomos até Cabrela e fizemos um peditório, na altura deram-nos 25 escudos.

Como é que a Nossa Senhora da Nazaré se tornou padroeira da Aldeia?

Ninguém sabe como é que a Nossa Senhora da Nazaré apareceu na Landeira nem como ela começou a ser a padroeira da aldeia. Quando eu era rapaz, para mim todas as Santas eram a Nossa Senhora. Eu lidei muito com os padres, mas nunca estudei para ser padre, mas um dia, eu falava com o padre José Maria e perguntei-lhe qual a razão de cada terra ter uma Santa como padroeira. Então ele explicou-me que uma pessoa com genica e que se ajeitasse a fazer curativos com ervas ou coisas do género, quando morriam eram consideradas Santas, dando-lhes o nome das ditas curandeiras.

A fonte, a igreja e o cemitério têm algo em comum?

Naquele tempo, o que havia para as mulheres lavarem a roupa era o chamado pego, que era na fonte velha. A fonte velha e o cemitério foram construídos no mesmo ano, tem a mesma idade, foi no ano de 1897. A Landeira pertencia a Alcácer do Sal quando estas duas coisas foram construídas. Até lá, as pessoas eram enterradas no cemitério à volta da igreja. O crânio que se encontra dentro da igreja foi encontrado quando se canalizou a água junto desta.

As pessoas entendidas dizem que a caveira era de uma senhora talvez vinda desse cemitério à volta da igreja. Foram encontradas, também, várias ossadas no local.

Landeira, terra lusófona, o que me diz disto?

(RISOS) Existe o caso do Sr. Grilo entre mais uma mão-cheia deles. Chamavam-no assim por ele ser negro, semelhante a um grilo na cor. Um senhor de apelido Telha, disse-me que os pais do Grilo eram de Cabo Verde. Eles vieram para Portugal, como vieram muitos mais homens, para o trabalho do arroz, na Ribeira do Sado, em Alcácer do Sal. Foi o Marquês de Pombal, no reinado de D. José, que mandou vir a mão-de-obra de Cabo Verde, pois ao longo do rio Sado, morreram quase todos os trabalhadores com a Febre Tifóide e Meningite. Como existiam correntes de ar muito quentes no Sado, o clima era igual ao do país dos Cabo Verdianos. Como estavam habituados a este clima, aguentavam mais trabalhar nestas condições.

Na minha juventude, morreram muitas crianças, filhos de trabalhadores do arroz, com doenças. Tantos morreram que tiveram que criar u
m talhão no cemitério só para aquelas crianças. Este senhor Grilo, desceu de Alcácer para Setúbal para a Landeira e aqui ficou. Mais tarde veio a casar-se com a senhora Maria Custódia, que na altura era viúva onde nasceram seis filhos. Esta é uma família muito antiga da Landeira.

Espero que tenham gostado, na continuação deste mês mais postagens acerca da Landeira e das suas gentes serão publicadas. Muitas surpresas…

Ao Sr. Henrique Sertã o meu profundo agradecimento por esta tarde muito bem passada e acima de tudo por tudo o que fez pela Landeira, estas palavras devem ser tambem as palavras de todos os Landeirenses.



“Minha Terra”

“ É a minha terra a Landeira
Que tem a sua ribeira
Que vem do Sado a Cabrela
Esta aldeia tão catita
Cada vez está mais bonita
Por isso gosto mais dela...
Tem suas ruas empredadas
As casinhas bem caiadas
À volta umas florzinhas
Com os largos enfeitados
Os rapazes bem casados
Com as moças bonitinhas...
Também tem supermercados
E dois cafés asseados
Uma taberna, com fé
Ó minha querida Landeira
Tens por mote a Padroeira
A Senhora da Nazaré...”

Henrique Sertã, 1986

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quarta-feira, 8 de novembro de 2006

Os plátanos da minha rua

Os plátanos, cuja classificação científica nos diz pertencerem ao reino plantae; divisão – magnoliophyta; classe da magnoliopsida; ordem dos proteales; família dos platanaceae e género dos plátanus, são umas árvores muito simpáticas. Pudera! com uma linhagem destas, outra coisa não seria de esperar.
Não sei bem donde é originária, se da Eurásia se da América do Norte, mas sei que compreende dez espécies e vários híbridos e os exemplares mais antigos datam do Cretácico, 115 milhões de anos. ( Li na Wikipédia)
Os plátanos como árvore de ornamentação são muito apreciados.
Chegam a atingir trinta metros de altura e a sua copa tem uma grande envergadura. É a árvore por excelência dos parques de automóveis, tal como na minha rua, de tal maneira que no Verão, os lugares de estacionamento estão todos ocupados pelos turistas que lá deixam o pópó todo o dia à sombra.


Como os plátanos crescem muito, têm de ter umas raízes muito grandes, primeiro porque para se agarrarem ao chão precisam de raízes fortes, e segundo porque para darem de beber àquelas folhas todas têm de ir à procura da água, onde ela houver.
Como aqui no Alentejo não chove durante o Verão (não sei se já haviam reparado nesse fenómeno...) e os passeios e o alcatrão não deixam a água entrar no solo, as raízes vão crescendo, crescendo e vão furando tudo à sua passagem, à procura desse bem cada vez mais escasso, que é a água. Então o que é que acontece? Partem os muros, levantam os pavimentos dos quintais, entram pelos canos de esgoto, etc…e depois entopem tudo…e o pessoal fica chateado…claro que fica, chateado!
Quando chega o Outono é que verdadeiramente se aprecia a beleza dos plátanos.
É no Outono que caiem as folhas (outro fenómeno que não sei se já haviam reparado...).
São milhares delas que formam um tapete nos passeios, que se espalham pelos quintais, entopem os ralos, e todos os dias vão caindo, caindo, parece que nunca mais acabam de cair, as chatas!
Quase todos os dias de manhã aparecem as cantoneiras municipais (antigamente chamadas as varredoras da câmara), uma vem de vasculho a outra traz um motor às costas e um canhão de ar, e atrás delas vem um carro, com umas vassouras rotativas, que varre e aspira as folhas que as cantoneiras vão empurrando para a estrada.
O pessoal que aqui mora não consegue dar conta de tantas folhas, e em vez de as apanhar para o latão do lixo, (há que admitir que dá uma grande trabalheira), passa o dia a varrer as folhas para a estrada. (Porque a limpeza da rua é responsabilidade da Câmara…percebem?).
A coisa que me faz mais confusão nesta história dos plátanos, são as folhas. Já as enterrei, já as meti um mês dentro de água, e elas não apodrecem. Parecem de plástico. Disseram-me que quando a árvore veio para cá não trouxeram a bactéria que as decompõem. Alguém me é capaz de explicar o porquê? Agradecia. É que com tanta coisa que conseguiram trazer, e afinal de contas, nem uma simples bactéria...
E pronto(s), já disse tudo sobre as árvores da minha rua, agora digam vocês qualquer coisinha.
Ah! Mas já me esquecia do principal.
Que nunca passe pela cabeça dos senhores da Câmara Municipal substituírem os plátanos por outras árvores que não sujem tanto, que não rebentem com os quintais e entupam os esgotos.
Aí, ia eu ficar chateado…claro que ia ficar chateado!

MouTal

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segunda-feira, 6 de novembro de 2006

"A todo o vapor"

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COM A CHEGADA DO CAMINHO DE FERRO, VENDAS NOVAS DESENVOLVE-SE A “ TODO O VAPOR “

Comboio a vapor!... o grande avanço tecnológico em matéria de transportes terrestres, de meados do século XIX…

O caminho de ferro trouxe um contributo decisivo ao desenvolvimento de Vendas Novas, então aldeia já com alguma relevância pela sua situação geográfica, ponto de passagem quase obrigatório dos caminho de e para sul da capital.

A PRIMEIRA INFLUÊNCIA POSITIVA
Curiosamente, o caminho de ferro fez-se sentir de modo positivo no povoado, pela primeira vez, quando D. Pedro V recusou ceder o “ Palácio das Passagens “ (actual sede da E.P.A.) à Companhia de Caminho de Ferro que nela se pretendia instalar. O Rei, por sua vontade e petição dos vendasnovenses, que queriam para o Palácio uma mais nobre utilização, decidiu instalar nele (Portaria de 18-03-1861), a unidade militar que é hoje a E.P.A. (que, ela própria, viria a ser um dos mais importantes factores de desenvolvimento de Vendas Novas.


A LINHA DO SUL É CONSTRUIDA ATÉ VENDAS NOVAS
O documento mais antigo que conhecemos sobre a Linha do Sul é a “consulta” proferida pelo Conselho de Obras Públicas, em 19-04-1854, sob proposta do marquês de Fialho e de Eugénio de Almeida, representantes da “Companhia dos Caminhos de Ferro ao Sul do Tejo”, que se propunha construir a linha de Aldegalega (Montijo) a Vendas Novas. A companhia assinou em 24-07.1854 o contrato de construção dessa linha e sua exploração, depois de transferida a origem da mesma para o Barreiro, votando o Parlamento a confirmaçã
o do contrato nesse mesmo dia (Carta de Lei de 07-08-1854). O concurso para a construção foi adjudicado com a subvenção de 7 Contos e 900 mil Reis por quilómetro, à sociedade de Tomás Ramos, tendo a linha a bitola de 1,44m. Em Maio de 1858 os comboios já circulavam até Bombel.

UMA EPIDEMIA DE FEBRE AMARELA
Com a obra da linha perto de Vendas Novas, surgiu entre os trabalhadores uma epidemia de febre amarela. Para os tratar foi improvisada uma enfermaria no “Palácio das Passagens”… mas os trabalhos não foram interrompidos…

AS ACÇÕES DA COMPANHIA DO CAMINHO DE FERRO
Para financiar a sua actividade, a “Companhia dos Caminhos de Ferro ao Sul do Tejo” emitiu 14.000 acções nominais (em francês, português e inglês). Recordamos o registado numa
delas: “Companhia dos Caminhos de Ferro ao Sul do Tejo – caminho de ferro Barreiro – Vendas Novas com ramal para Setúbal – capital de 1.4000.000 Reis, dividido em 14.000 acções de 100 mil Reis – este título de 100 mil Reis, pertence ao Ilmo. Sr. Francisco Melo Soares de Freitas. Por conta tem pago até esta data 80%, assim tem recebido os juros vencidos até esta mesma data. O possuidor deste título tem direito aos juros e lucros que lhe pertencem, conforme o Artº 14º dos Estatutos da Companhia – Lisboa, 31-12-1858 – os Directores: Costa Ramos, António Gomes, João Pedro Costa”.

É INAUGURADA A LINHA BARREIRO – VENDAS NOVAS
Em “Correio Português – Um Guia Sentimental”, Francisco Viegas e Maurício Abreu, referem: “Em 1861 inaugurou-se a linha Barreiro – Vendas Novas… só em 1863 a linha do sul arrancou até Évora e no seguinte até Beja…” A linha até Vendas Novas teve inauguração oficial em 23-01-1861 e terá sido então também inaugurada a Estação de Vendas Novas.

A VIAGEM DE COMBÓIO BARREIRO – VENDAS NOVAS, NOS SEUS PRIMEIROS TEMPOS…

Para os viajantes que vinham da capital, a travessia do Tejo, nesses tempos pioneiros, era demorada. O barco a vapor que levava os passageiros ao Barreiro não podia atracar – não havia cais adequado – e fundeava a alguma distância. Fazia-se o transbordo dos passageiros, bagagens e mercadorias, para a margem do rio em pequenos barcos. Com mau tempo tudo se complicava… Depois tomava-se finalmente o comboio a vapor… a viagem Lisboa – Vendas Novas fazia-se “no tempo incrivelmente curto – dizia-se na época – de cerca de quatro horas e meia… se tudo corresse pelo melhor…

A LINHA AVANÇA; MAS EM BITOLA DIFERENTE…
O prolongamento da linha de Évora e Beja – proposta de lei do governo, de Junho de 1858 – foi aprovado pelo Parlamento e esse prolongamento foi contratado com J. Valentine, representante da “Companhia Inglesa” de Mengles, Chapman, Netman e Towsend. Mas a nova linha foi construída na bitola de 1
,66m, imposição de D. José Salamanca, por ser essa a bitola espanhola. Com a bitola de 1,44m do Barreiro a Vendas Novas e de 1,66m a partir daqui, era necessária a mudança de comboio na estação de Vendas Novas, com transbordo de passageiros, bagagens e mercadorias, tornando-a numa das mais importantes ao sul do Tejo… Em 1867 um litígio entre o Estado e a Companhia levou o tribunal arbitral a dar razão ao Estado, que entrou na posse do património da companhia inglesa por 2.376 contos e 653 mil Reis. Só então foi unificada a bitola da linha…

QUAL A PRIMITIVA LOCALIZAÇÃO DA ESTAÇÃO DE VENDAS NOVAS?
Existiam indicações que situavam a primitiva estação de Vendas No
vas na Boa Vista… teria sido assim?... Escreve em 23-09-1987, Rosa Marques, Vendasnovense e ferroviário: “O caminho de ferro do Setil a Vendas Novas só aqui chegou em 1904, quando se fez o apeadeiro do Vidigal. Morreu o rei, fechou o apeadeiro. Isto contado por pessoas desse tempo. Porém é do meu tempo que a sede da Casa de Bragança era na na rua da Estação de Caminho de Ferro, com costas para o quartel da E.P.A. Era dali que partiam as locomotivas para a Boavista, esperar o rei, para o conduzir ao palácio do Vidigal, pois era na Boavista que o comboio parava para desembarcar a família real…Depois de construídos os apeadeiros de Bombel e Vidigal acabou esse serviço…”

Assim, a estação de Vendas Novas sempre se terá situado no local onde hoje se encontrahavia até a chamada “rotunda das máquinas”. Mas quando o rei e sua família se dirigiam ao Vidigal, existia um local mais discreto, na Boavista, que servia de “estação” ou “apeadeiro real”, longe de eventuais olhares da população e de eventuais demonstrações de desagrado para com a monarquia…

A CASA DE BRAGANÇA E A LINHA DO SUL
Quando da construção da Linha do Sul, o rei D. Luís, que administrava a Casa de Bragança, de seu filho, menor, Duque de Bragança e futuro rei D. Carlos I, como a referida casa era um morgado, via-se impossibilitado de oferecer o terreno para a linha, entre Bombel e Vendas Novas. Procedeu-se, então, a uma permuta e o terreno foi cedido em troca da construção pela companhia, da estação de Bombel, que iria servir a “sereníssima casa”.

Em 1904, quando foi construída a linha do Setil, sendo já D. Carlos, rei e administrador da sua casa, verificou-se situação idêntica. Nessa altura os terrenos foram cedidos em troca da construção, pela companhia, nas propriedades da Casa de Bragança, de várias passagens de nível (algumas com casa e guarda de linha), como a dos Caminhos e Vale de Boi, Vale de Pegas, Bica Fria e Quinta do Pessegueiro. A companhia teve também de construir o apeadeiro do Vidigal, para serviço da Casa de Bragança, e um cais na estação de Vendas Novas para escoamento dos produtos agrícolas da “sereníssima casa”.

A LINHA DO SETIL

Com o comboio a chegar a Vendas Novas e depois a seguir para o sul, a terra entra numa fase de grande desenvolvimento. Muitas empresas, em especial da área corticeira, interessam-se pela aldeia, pois o caminho de ferro era um meio rápido e fiável para a recepção de matérias primas para as suas fábricas e de exportação de produtos manufacturados para o país e estrangeiro, dada a proximidade e ligação aos portos de Setúbal e Lisboa.

Essas empresas começaram a instalar as suas fábricas em Vendas Novas, originando um surto industrial sem precedentes na região. Com as fábricas (tal como acontecera com a E.P.A. com a vinda dos militares) vieram os dirigentes, os técnicos, os operários e seus familiares…alguns constituíram mesmo as suas famílias na aldeia… a população aumentou rapidamente, bem como o comércio local. Abriram-se novas ruas, construíram se novas casas. Surgiram as primeiras colectividades, incrementou-se a instrução… surgiram novos hábitos… Vendas Novas, embora de modo desordenado e com muitas carências (não havia apoio suficiente do município – Montemor), tornou-se um importante centro industrial e comercial ao sul do Tejo…

CAMINHO DE FERRO E VENDAS NOVAS – UMA COEXISTÊNCIA DE 150 ANOS…
Passou o tempo… o caminho de ferro continuou a servir Vendas Novas… e se a terra beneficiou com o advento do comboio, também alguma coisa deu à exploração do caminho de ferro… Uma situação geográfica privilegiada para estação terminal da linha e depois ponto de transbordo entre caminhos de bitolas diferentes…e continuou a ser estação importante de entrada e saída de passageiros e mercadorias, de abastecimento das locomotivas em água e carvão e de pequenas (algumas talvez maiores) reparações de material rolante… Vendas Novas acolheu também, de braços abertos o pessoal ferroviário – dos chefes de estação ás guardas de passagem de nível – e as suas famílias, muitas constituídas no povoado… a todos Vendas Novas fez sentir que estavam na sua terra e em sua casa…

ARTUR ALEIXO PAIS
14-10-2006

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sexta-feira, 3 de novembro de 2006

Imprensa local em Vendas Novas: que realidade?

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Imprensa local na generalidade

No total, publicar-se-ão regularmente cerca de mil jornais em Portugal, embora apenas entre 600 a 700 estejam registados no Instituto da Comunicação Social. Os jornais, especialmente os de carácter local, assumem um importante papel em termos de informação de proximidade e são, além do mais, uma fonte de primordial importância e de transmissão de informação credível, que muito contribuem para um melhor (auto-re)conhecimento das comunidades que servem. A isso acresce o facto de os jornais locais, no seu todo, serem mais lidos que a imprensa nacional.

Muitos são os obstáculos com que actualmente se deparam os jornais locais. Desde logo, o facto de o seu desenvolvimento estar algo limitado atento o seu reduzido âmbito geográfico e, na maior parte dos casos, a consequente dimensão da comunidade que servem e do respectivo público-alvo. Em termos futuros, o panorama também não se adivinha famoso, em face da recentemente anunciada “redução drástica do porte-pago”, o que vai obrigar muitos jornais locais a encontrarem alternativas ao financiamento do custo associado à sua distribuição. Esta realidade, juntando o facto de termos em Portugal baixos índices de leitura de jornais, não fazem adivinhar tempos risonhos para a imprensa local, a qual vai ter que se confrontar com verdadeiros desafios de inovação e criatividade empresarial.


Evolução recente da nossa imprensa local

Quando há cerca de 23 anos cheguei a Vendas Novas, só existia um jornal local: o “Notícias de Vendas Novas”. O qual foi publicado ao longo de vários anos, creio que de forma ininterrupta. Tanto quanto me consegui aperceber, a sua existência devia-se no essencial a alguns, poucos, vendasnovenses que nele encontravam um misto de teimosia e orgulho, para que Vendas Novas continuasse a desfrutar de imprensa local. Era então, e foi-o durante muitos anos, o único órgão de imprensa escrita existente em Vendas Novas. O seu director era na altura o Sr. Cadete Madeira, tendo posteriormente sido substituído pelo Sr. Lino Alves, aos quais aproveito aqui para enviar amigas e cordiais saudações.

Há 14 anos, começou a publicar-se a “Gazeta de Vendas Novas”. Durante bastante tempo, estes jornais coexistiram localmente, o que seria ou deveria ser, por si só, uma factor de regozijo para uma comunidade da dimensão de Vendas Novas. E constituiria, em minha opinião, um factor acrescido para que se conseguisse manter ambas as publicações em actividade. Infelizmente, por motivos que desconheço, tal não aconteceu. Pelo que sei, o mentor e incentivador do nascimento da “Gazeta de Vendas Novas” foi o Sr. Cadete Madeira, que durante algum tempo foi também seu director. O director actual da Gazeta de Vendas Novas, e desde há cerca de 11 anos, é o Sr. Artur Aleixo Pais, a quem aproveito igualmente para enviar as minhas cordiais e amigas saudações e felicitar pelo seu continuado esforço em prol da manutenção deste periódico, juntamente com toda a sua actual equipa.


Desafios à imprensa local em Vendas Novas

Do que me é dado observar, e esta é apenas e tão só uma opinião pessoal, a “Gazeta de Vendas Novas” sofre de certas limitações que acabam por limitar o seu desenvolvimento, sem que isso se deva a falta de empenho dos seus responsáveis. Uma das dificuldades estará assente num relativo distanciamento que ainda persiste entre o jornal e a comunidade local. Desde logo porque, apesar de continuados esforços levados a efeito pela actual equipa, persiste uma evidente dificuldade em conseguir colaboradores para ali publicarem textos de sua autoria. E ainda porque, apesar de em cada uma das edições quinzenais existir um espaço à disposição dos partidos políticos locais para ali publicarem conteúdos de sua autoria, o certo é que essa facilidade parece não estar a ser aproveitada. Uma terceira ordem de razões para este relativo afastamento entre o jornal e a população que serve, e eventualmente a mais visível mas não a mais importante, estará relacionada com o próprio formato e a tipologia dos conteúdos publicados.

Sobre a questão da dificuldade em aumentar o número de colaboradores, ou melhor, da falta de predisposição para que as pessoas colaborem no jornal, o que persiste apesar da disponibilidade sucessivamente manifestada pelo seu director, várias coisas se poderiam dizer. Mas o mais importante será realçar o facto de tal se dever, no meu entendimento, a receios os mais diversos em aceitar publicar opiniões ou outros conteúdos de forma assumida e responsável. E não tanto à eventual ausência de capacidades, muito pelo contrário. Vejo esta realidade como fruto de uma exagerada acomodação e um acentuado sentimento de “deixa-andar”, que acaba por limitar a intervenção cívica e o exercício da cidadania de uma parte significativa da população de Vendas Novas.

Sobre o formato do jornal e o tipo de conteúdos publicados, reconheço sentir dificuldade em manifestar-me objectivamente, o que se deve à minha impreparação para este tipo de análise mais técnica, no caso específico em apreciação. Penso, no entanto, que a equipa gestora do jornal fará bem em ouvir, analisar e equacionar algumas das críticas que lhe têm sido dirigidas quanto a esse particular, designadamente as que respeitam à paginação, aos tamanhos de letra utilizados, à estrutura do próprio jornal (no que respeita à divisão dos espaços e da informação pelas diversas páginas) e ao espaço dedicado a cada tipo de conteúdos publicados.

Quanto á linha editorial seguida pela “Gazeta de Vendas Novas”, noto uma evidente preocupação em mantê-lo um jornal isento e relativamente neutro. Esta isenção vejo-a na perspectiva de se manter equidistante em relação aos partidos políticos locais, o que de certa forma tem conseguido. Já a neutralidade, tenho-a como uma determinada forma de lidar com assuntos polémicos ou controversos. No caso da Gazeta de Vendas Novas, tal neutralidade tem-se manifestado por uma tendencial ausência de publicação dessas questões de carácter local.

Sem querer de forma alguma por em causa o caminho seguido ou melindrar quem tem essa responsabilidade, era só o que faltava e nem isso está nas minhas preocupações, gostaria de salientar o seguinte: se é perfeitamente justificável, a bem da sua credibilidade e da preocupação pelo futuro do jornal que a isenção seja, em si mesma, um bem a preservar, já o mesmo não se passa com este tipo de abordagem ao carácter de neutralidade. No entanto, compreendo as razões para esta situação e saliento que, apesar de tudo, revejo no jornal, desde o princípio, a preocupação em
reger-se por princípios de verdade, de respeito e credibilidade. Em resumo, se ganha em manter a sua isenção, perderá em querer ser neutro, pois corre o risco de ser pouco interventivo em relação ao que são alguns dos assuntos relevantes da comunidade. Mas como disse, compreendo as razões e respeito o mais possível o caminho escolhido.


Reconhecimento do importante papel desempenhado pelo nosso jornal local

Por último, quero deixar aqui bem expressas mais duas coisas. Em primeiro lugar, manifestar um grande sentido de respeito e reconhecimento por quem se dispõe a administrar e/ou gerir um jornal local, como é o caso da Gazeta de Vendas Novas. Por todos os motivos, mas especialmente por desempenharem um relevante papel para a auto-estima dos vendasnovenses, além de se constituírem como possível pólo de união da comunidade. Neste sentimento acho por bem incluir todos aqueles que, de alguma forma, contribuem para a elaboração e manutenção do jornal. A isto acresce a evidência de que o nosso jornal local não navega em terrenos férteis em facilidades, tantas são as críticas manifestamente injustas que lhes são dirigidas, a juntar à já de si relativamente débil estrutura que o suporta, tanto em termos financeiros como de instalações, equipamento e recursos humanos. Vale-lhe a vontade e a perseverança de quem lhe dá vida, ainda por cima de forma totalmente gratuita.

Em segundo lugar, que a existência de um ou mais jornais locais é, em si mesmo, um bem para toda a comunidade. Um jornal pode e deve ser um bom veículo de transmissão de diversos tipos de informação, especialmente informação de proximidade, um meio privilegiado de divulgação aos mais diversos níveis e uma forma de potenciar a abordagem e discussão de questões pertinentes para a comunidade que constitui o seu público-alvo. No qual não se poderão esquecer os vendasnovenses que vivem e trabalham no estrangeiro e para os quais a Gazeta de Vendas Novas constituirá uma óptima forma de manter a ligação à sua terra.

Por tudo isso, tal deveria conduzir a que os jornais existentes (hoje, apenas um) fossem acarinhados por todos os vendasnovenses. Sob pena de corrermos o risco de um dia destes deixarmos de ter imprensa escrita no concelho. O que seria extremamente negativo para Vendas Novas.

João Fialho
02.Nov.06

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quarta-feira, 1 de novembro de 2006

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... lido no "Alentejanices":
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"Os weblogs não destroem as publicações locais, mas divulgam notícias que não cabem naquelas, muitas vezes por estarem comprometidos politicamente com o poder local"

"Os bloggers, com a sua discussão própria, conseguem promover e fortalecer a comunidade local, despertar consciências e intervir civicamente na comunidade de uma forma assertiva e eficaz"


Catarina Rodrigues - "Blogues regionais como espaços de cidadania e participação"

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