Influências? Coincidências? ou meras Aparências?
Rebuscando memórias recentes, deixo algumas pistas conducentes a uma aparente dualidade de critérios no tratamento da mesma sintomatologia:
1. Não gostei da forma como a minha cidade foi tratada pelo Serviço Público de Televisão (RTP), no programa “Prós e Contras” de 26-02-2007. Julgo saber que este sentimento é transversal, não oferecendo motivos de controvérsia à generalidade dos vendasnovenses;
2. Os autarcas do Alto Tâmega, em protesto contra a reestruturação das urgências locais, vão ser recebidos hoje, dia 2 de Março, pelo Sr. Ministro da Saúde;
3. Uma delegação de autarcas de Vendas Novas solicitou idêntica audiência ao Sr. Ministro, sendo no entanto encaminhada para a Secretária de Estado Adjunta da Saúde. Encontro que teve lugar ontem, dia 1 de Março.
A questão que se coloca é saber até que ponto isto é natural, e não tem a ver com influências, compadrios, ou outros jogos de poder, deploráveis quando está em causa a saúde das populações.
Veremos o que nos trazem os próximos desenvolvimentos.
Manuel Filipe Quintas
13 comentários:
Se a Camara de Vendas Novas fosse de maioria do PS seria tratada de outra maneira.
Será que alguém tem dúvidas?
Eu não tenho.
Realmente os critérios não têm sido iguais. Nem pela rtp1 no (Prós e Contras) que deu 2 minutos ao representante de VN, nem pelo Sr. Ministro da Saúde que encaminha a audiência para a Secretária de Estado.
Que pena!
www.cm-vendasnovas.pt
COMUNICADO Á POPULAÇÃO
Ninguém, de boa fé, terá dúvidas de que o Ministro Correia de Campos é um muito bom técnico, particularmente na área da saúde, mas é um péssimo político; ninguém duvidará de que este ministro tem algumas boas ideias reformistas, mas tem uma dificuldade tremenda em as explicar de forma, minimamente, convincente antes de as passar à prática.
Estaremos, certamente, na presença de um excelente técnico, ninguém é perfeito, mas de um péssimo político; ao invés, tenho assistido ao longo da minha vida e em vários quadrantes da sociedade, a muitas situações em que maus técnicos têm conseguido implementar os seus maus projectos graças á sua grande capacidade de argumentação/persuasão, uma espécie de vendedores de fumos… mas que, quase sempre, resulta.
Há uma coisa, no entanto, que não poderemos exigir ao Ministro, em obediência ás leis da física: estar, simultaneamente, em dois sítios diferentes. Por outro lado, percebo que para dar cumprimento à sua, carregada, agenda e não vir a ser acusado, como já tem sido, de não dar resposta, atempadamente, ás reuniões que lhe têm sido solicitadas por alguns autarcas, se veja obrigado a delegar, e é, também, para isso que eles lá estão, nos seus Secretários de Estado. Não vejo que isto constitua algum mal e, como em tudo na vida, não podemos ter a veleidade de querer aceder, sempre e de imediato, às primeiras “figuras” de uma hierarquia, seja ela qual for. Falar, em primeira instância, com uma segunda ou terceira figura de uma hierarquia, não é desprestigiante para ninguém e, muito menos, sinónimo de que o problema não mereça a mesma atenção e de que possa vir a ter a desejada solução.
Comparar o problema do Alto Tâmega, que envolve vários hospitais com urgências cirúrgicas a funcionar do Alto Douro e Trás-os-Montes, com o SAP de Vendas Novas, mormente com a possibilidade de este vir a estar aberto durante o período nocturno, das 22 ou 24 às 8 da manhã, coisa que não tem nada a ver com os SUB e a nova Rede de Urgências, é subestimar o importante papel que aqueles hospitais têm vindo a desempenhar naquela região e ignorar as acessibilidades, particularmente, difíceis ali existentes.
Permito-me chamar à atenção para o facto de algumas autarquias deste país -menos interessadas em alimentar guerras partidárias e mais interessadas em resolver os problemas das populações - estão a estabelecer acordos com Misericórdias e entidades privadas locais no sentido de colmatarem as alterações anunciadas pelo Ministério da Saúde. É um caminho, alternativo, que não deve ser descurado pelos nossos autarcas e será, além do mais, uma oportunidade soberana para mostrar ao país a capacidade dos nossos autarcas em superar adversidades, tanto mais que as tão propaladas riqueza e desenvolvimento acima da média do no concelho assim o justificam.
Quanto à RTP, ao programa em causa e à sua apresentadora, tudo pode ser posto em causa, mas as “Regras do jogo” estavam definidas à partida, nada fazia prever que fossem alteradas a meio do “jogo” – não é bom prenúncio alterar as regras de jogo no decurso do mesmo - e, como tal, só havia uma de duas coisas a fazer: ou se aceitava, ou não se aceitava.
Eu, por mim, não teria, naquelas condições, aceitado o convite e usaria, habilidosamente, a discriminação de que estava a ser alvo como uma arma a utilizar na defesa da minha causa.
Sr. Mário Pinelas, admito que ainda reflecti se haveria de rebater as suas considerações porque não é esse o meu hábito, já que se me quero manter como anónimo, acho que devo expressar a minha opinião simplesmente, mas não resisti e aqui vai.
Primeiro quero-lhe dizer que para mim, contrariamente às suas filosofias, acima do País, está Venda Novas e a forma injusta como é tratada. É para mim um trauma que o Sr. considere mais importante uma certa zona do País, por isto ou por aquilo. Quem governa é para todos “de igual modo”, não tem o direito de fazer distinções.
Se o Ministro tinha mais gente para atender nesse dia, marcava para outro, quem esperou praticamente um mês, podia esperar mais alguns dias, e não ignorar as palavras do nosso presidente, como o fez na televisão, só porque não lhe agradavam.
Quando os que estavam previstos falar, se pronunciavam prestando vassalagem, aquilo eram só sorrisos do ministro e acenando com sinal positivo, quando não lhe agradou, simplesmente ignorou, porquê? PORQUE NÃO FAZIA PARTE DAS REGRAS DO JOGO.
Se se informou, o presidente só soube que não era para falar, quando a apresentadora o disse em directo. Deslocou-se mais cedo que os outros convidados para o estúdio, foi à caracterização, foi anunciado no início do programa, e ninguém lhe disse antes que não falaria….
Os acordos que se estão a fazer são um branqueamento do papel que confere ao estado com o Serviço Nacional de Saúde, - Saúde como direito tendencialmente gratuito - , como diria num dos filmes de Vasco Santana “Aí não se toca!!!”.
Por último, um técnico que não repara nas condições que o País tem de diferente em relação aos países-modelo que quer implementar, é certamente alguém sem visão. Primeiro dá-se “verdadeiras condições” e depois ajusta-se, e não ao contrário.
Sr. Anónimo,
Compreenderá que muitas coisas teria para lhe dizer, nem todas, seguramente, lhe agradariam, mas porque me recuso a falar para a “parede”, isto é, com anónimos e, eventualmente, anónimos com algumas responsabilidades políticas, coisa que não é, de todo, o meu caso, remeter-me-ei, com o devido respeito, ao silêncio e total indiferença que a sua atitude, cobarde, me merece.
Se, entretanto, vier a reconsiderar a sua posição, isto é, estiver na disposição de tirar a “mascarilha” sob a qual, incompreensivelmente, ou não, esconde a sua cara, terei muito gosto em dialogar consigo, neste ou noutro local, a pretexto deste ou de qualquer outro assunto, mas sempre frente a frente, olhos nos olhos, e com a lealdade que me caracteriza.
Sou Vendasnovense por nascimento, criação e profunda convicção, amo a terra que me viu nascer, lá espero voltar tão brevemente quanto possível para viver os anos que Deus ainda me quiser dar, mas o meu País, desculpe que lhe diga, não está acima da minha terra, é a minha Pátria e isso tem, como compreenderá, outra dimensão!
Deve ser daqueles que ainda pensa que Olivença é nossa...Lol, Lol.
Sr. Mário Pinelas,
Com o devido respeito, os seus argumentos já não fazem o mínimo sentido e a sua participação, nestes moldes, é perfeitamente dispensável.
Dizer que “Sou Vendasnovense por nascimento, criação e profunda convicção, amo a terra que me viu nascer…”, dá para desconfiar! Depois, também não lhe fica bem, e já não é a primeira vez que o faz, tentar adivinhar quem está do outro lado, conotando-o com alguém com “responsabilidades políticas”, numa clara alusão a algum dos nossos autarcas.
Pior ainda, fica-lhe muito mal, usar essa denominação “atitude cobarde”, quando alguém educadamente discorda de si, e não se identifica. Que eu saiba o Sr. Pinelas não tem assento no grupo dos colaboradores do blogue. Se eles decidiram abrir a caixa de comentários a todos, incluindo os não identificados, cabe-lhe a si respeitar as regras e se não estiver bem – como diz o povo - mude-se. Se por outro lado quer contribuir para melhorar esta cidade, onde não reside, mas que diz amar, então deixe de lado a intolerância, a agressividade, e o secretismo partidário, e junte-se àqueles que estão a tentar vencer esta luta já de si desigual, porque as armas são diferentes.
Quanto às autarquias que como diz “já estabeleceram acordos com Misericórdias ou outras entidades privadas locais, no sentido de colmatarem as alterações anunciadas pelo Ministério da Saúde”, isso é um perfeito disparate. Nenhuma destas autarquias tem condições para financiar um serviço nocturno de atendimento como o que temos. Muito menos as Misericórdias e as entidades privadas.
Já não restam dúvidas, não há lugar para dois SUBs. Vendas Novas ou Montemor? Enquanto não houver uma decisão, eu luto para que ele fique por cá.
"Já não restam dúvidas, não há lugar para dois SUBs. Vendas Novas ou Montemor? Enquanto não houver uma decisão, eu luto para que ele fique por cá"
E esta é que é a questão !
E também acho inteiramente dispensável as "opinadelas do pinelas"
Srs.anónimos envergonhados,
Façam o favor de ler o post que coloquei em solidariedade com a iniciativa dos jovens de Vendas Novas e vejam de que lado estou.
Quanto ao resto NI!!!
Oh homem! use a sua valentia noutros ringues! basta.
Queria dizer "sectarismo partidário"
(anónimo 03 Março, 2007 22:10)
Lindas fotografias que nos são mostradas pelo Exmo. administrador deste blog, sobre o eclipse da lua, pessoa a quem muito agradeço tê-las partilhado connosco.
Para além da sua inegável beleza, poderão constituir um óptimo sedativo para ajudar a acalmar alguma excitação que por aí começava a grassar.
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