domingo, 27 de maio de 2007

Na Natureza Manda Deus

Em vida nos formaram sem ter pedido
Foi a Natureza a decidir
A no ventre duma mãe nos esculpir
De quem passamos a ser filho querido
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Naturalmente ficou definido
Foi a Natureza a definir
À mãe só caber amamentar e sorrir
E nosso destino ser por Deus decidido
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Porque na Natureza manda Deus
Ela é naturalmente os passos seus
Que nossos tenta no bem encaminhar
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E se nascemos é a sua vontade
Para que não finde a Humanidade
A criança, o homem a terra a lavrar
««»»

João M. Grazina (Jodro)


Poema onde imagino que Deus domina
a Natureza, mas é minha convicção que
dela perdeu o domínio? E cismo que errou
ao dar a autonomia ao Homem que daí se
aproveitando coligou-se com o mal
(O Diabo) e por aí enveredou desprezando
o caminho do bem que fora, por certo, a
esperança de Deus, que parece ausente de
tudo, talvez desiludido, e, moralmente,
tantos monstros humanos pela Terra à
solta!

E cito o poeta Augusto Gil:

Mas as crianças, Senhor,
Porque lhes dais tanta dor?
Porque padecem assim?

"Jodro"

comentário:

cabecinhapensadora disse...

Olá Poeta, Bom Dia
Parabéns pelo poema. mas, àparte liberdades poéticas, permite-nos algumas considerações: um Deus com esperança nos homens?! só mesmo em poesia. Em Deus não há esperança. Porque o seu único tempo é o presente: "Deus é aquele que é". Ora, se nEle só há eterno presente, não pode esperar. Nós é que esperamos, Poeta. Porque somos mortais, frágeis e perecíveis; porque temos passado, presente e futuro. Que sentido faz a esperança num ser só com presente?!
Quanto à autonomia...é verdade que "estamos condenados à liberdade", mas isso não significa que sejamos autónomos. Ser livre é ter a possibilidade de escolher, e ainda que não escolhas o que te acontece, escolhes sempre como responder-lhe; portanto, todos somos, queiramos ou não, seres livres. Mas ser autónomo é saber escolher; é escolher sabiamente e com sageza, unindo de forma perseverante a tua decisão para o bem, com a acção; é agir bem. Mas agir bem, custa, é difícil, exigente...A nossa humanidade Poeta, é desgastável e perecível.
Cumpmts