quarta-feira, 26 de julho de 2006

A propósito de Energias Alternativas em Vendas Novas

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No dia 27 de Janeiro deste ano, a propósito de "Energia Solar", escrevi no "Atribulações de um alentejano em directo" um texto que terminava assim:

"Atenção, pessoal de Vendas Novas (e não só) parece-me estar aqui uma boa oportunidade de negócio, tanto na vertente comercial como de prestação de serviços em instalação destes equipamentos. Vamos a isso, antes que se faça tarde".

Pois bem, já existe em Vendas Novas uma empresa que se dedica a estas coisas da energia solar, e que se está a instalar no Parque Industrial. Pelo que sei, será pioneira neste ramo em Vendas Novas. Desejo-lhe o maior êxito, como é natural. Embora tenha a certeza que uma coisa (aquele meu post) não tem nada a ver com a outra, a verdade é que a oportunidade existia e alguém está a tentar preencher esse espaço.

Outra área de negócio com espaço ainda em aberto em Vendas Novas, penso que com idênticas se não maiores possibilidades de êxito em termos económicos, é a da instalação de Sistemas de GPL AUTO. No ano passado, preocupei-me em estudar este mercado, embora o tenha feito essencialmente do ponto de vista do consumidor. Apesar disso, penso saber do que falo. E ao longo deste tempo, fui criando uma opinião sobre o tema.

Cheguei a uma conclusão muito simples: há um mercado em expansão no que respeita à procura de "Instalação de Sistemas GPL". Já em Setembro de 2005, quando instalei um kit GPL, o instalador que me prestou esse serviço tinha uma lista de espera de aproximadamente, um mês.

Ora, para quem não sabe, digo-vos que não existem instaladores de GPL em todo o Alentejo. Os mais próximos são em Setúbal (uma pequena oficina em que trabalham 3 pessoas ao todo, com um só instalador) e uma no Barreiro a qual, pelo que me apercebi na altura, por algum motivo não tinha clientes para este serviço. Ao sul do Tejo, quando procurei instaladores não encontrei em mais lado nenhum, embora me tenham falado num em Alhos Vedros que acabei por não encontrar. Mesmo na zona de Lisboa, contam-se pelos dedos os que existem (daí as listas e espera). Os clientes do Alentejo, ou escolhem instaladores perto de Lisboa, ou aquele de Setúbal (que eu não aconselho, mas isso é outra questão) ou então fazem como num caso recente que conheço aqui em Vendas Novas, que escolheu um instalador da zona de Leiria.

Em resumo, estou a falar do que pode ser considerado um simples nicho de mercado, mas também uma área de negócio com reais capacidades de expansão, especialmente por força do aumento da procura (que existe, por razões mais que óbvias). Portanto, caros empresários locais do ramo automóvel, olhem para o GPL, estudem o mercado, façam os vossos planos económicos e financeiros e aproveitem o que está à vista de quem quiser e souber aproveitar. Em termos de investimento, penso que a primeira e também a maior preocupação será com os recursos humanos, uma vez que se trata de um serviço que requer formação especializada. Os recursos financeiros são diminutos, em comparação com outros negócios de prestação de serviços no ramo automóvel.

Esta é, naturalmente, uma abordagem simplista e parcial. O espaço de um post não dá para mais. Razão pela qual tenham, por favor, em atenção que esta não passa de uma opinião pessoal. Nestas coisas cada um é que sabe. Quem quiser saber mais sobre esta matéria, pode começar por aqui.

12 comentários:

MouTal disse...

Parabéns pelo post.
É um verdadeiro serviço ao público.

João Fialho disse...

Agradeço o comentário, mas o meu amigo não é empresário destas matérias ....

Na verdade é um post à procura de empresários distraídos. Se os houver, claro.

Anónimo disse...

Pois é e onde temos bombas para abastecer GPL?????

Anónimo disse...

Pelo que se lê em http://forum.autogas.co.pt/abastecimento.php?mode=9&distrito=Evora , em vendas Novas existe um posto de abastecimente, que não passa de projecto.

Os nossos caros emprsários do ramo bem podem ficar à espera de clientela.

E não se esqueça de falar nos problemas que as pessoas que ulilizam estas viaturas tem no acesso a parqueamentos fechados.... é só um promenor.

Anónimo disse...

o moutal, pela amostra, revela uma boa capacidade deanálise!!!!

Barão da Tróia II disse...

Excelente post.

Anónimo disse...

Bombas de GPL:

Montemor-o-Novo (BP)
Évora (Galp)
Ponte V.Gama (2 sentidos)
A2, na 1ª Área Serviço (A.S.) à saída de Lisboa e em várias A.S. para o Algarve.
Em Lisboa, "n" locais (por exº na 2ª Circular).

João Fialho disse...

Aqui estão mais alguns dados sobre esta questão do GPL.

Vantagens do GPL:
- GPL custa 0,60€/litro (há sítios onde é menos)
- Menos poluente
- Menos ruidoso (?)
- Aumenta (em muito) a vida do motor

Desvantagens do GPL:
- Custo da instalação (cerca de 1.500€, incluindo Inspecção)
- Não pode estacionar em parques subterrãneos
- Tem menos locais para abastecer
- Perde espaço na mala do carro
- Perde potência (em teoria, cerca de 10 ou 15%)

O consumo a GPL depende de cada caso. No entanto aqui fica um exemplo concreto:

Veículo ligeiro de passageiros, a gasolina, com motor 1750 cc e 115 Cv. Custo instalação 1500€ (IVA incluido). Percurso essencialmente estrada (cerca de 80% estrada). Só gasolina, gastava 7,5/8,0 litros cada 100 Kms. Em cerca de 30.000 Kms já com GPL, gastou em média por cada 100 Kms, 0,80€ de gasolina + 4,60€ de GPL.

No Fórum que referi no post, estão lá imensos casos concretossobre o consumo e outras matérias. Na NET, também existe vários Foruns sobre GPL em inglês, alguns discriminados por marcas e modelos de carros.

Na importação, um carro a GPL pode ter benefício na redução do IA (Imposto Automóvel). Se for novo, a redução é de 50%. Se for usado, é de 40%.

Além disso, para um mesmo modelo, por exº um carro de "1800 cc", em novo se for a gasolina, em relação a gasóleo, custa menos (quanto...?); se for usado, essa diferença não será menor que 5.000€.

Como já disse, nestas coisas cada um é que sabe. O que é natural.

Guilherme Ferreira da Costa disse...

Há um "monstro" em volta dos GPL. E acreditem, a legislação portuguesa em nada ajuda a ultrapassar este estigma. Alem de sermos dos poucos países onde se proíbe a entrada deste género de carros em parques subterrâneos, uma medida sem fundamento algum, é também obrigatório andar com aquele autocolante horroroso e discriminatório que só falta mesmo dizer "cuidado sou uma bomba!"

Alem de mais económico, menos poluente e 100% seguro o GPL(Gás petrolífero Liquefeito) é também amigo da mecânica. Deixa menos resíduos no motor e é o combustivel mais "puro" que sai da refinação do petróleo, apesar de ser como que um excedente do processo de refinação do petróleo para obter gasolina, processo esse de onde sai também o gasóleo.
Como excedente que é, é também o mais barato.
Ao que parece os taxistas vão aderir também a este combustível!

Não sei se sabem mas no Brasil há carros movidos a álcool e a gasolina, podendo mesmo misturar-se ambos nas porções que se quiser. O estado incentiva a produção de cana-de-açúcar para posterior transformação em álcool, que por sua vez é utilizado nos carros a gasolina convencionais. Diminuem assim a dependência económica do “Pitrole”. Eu não sei se em Portugal isso é viável mas uma coisa é certa desde a maçã á uva, desde que fermente dá álcool. Uma coisa é garantida, é que o petróleo está cada vez mais caro e até o gasóleo que pomos todos os dias nos nossos carros já tem 5% de biofuel, extraído da soja, para combater esta tendência inflacionária.

Soluções precisam-se, será este o fim dos carros tal como os conhecemos? De certeza!

Guilherme Ferreira da Costa disse...

Deixo-vos aqui uma iniciativa de louvar, por parte da CM de Sintra.
Seria engraçado ver uma iniciativa destas na nossa cidade, mas duvido. Deve ser muito dispendioso.


"O Presidente da Câmara de Sintra e o Presidente da Quercus inauguraram dia 30 de Setembro o 1º posto de biodiesel em Portugal. Uma importante contribuição para o desenvolvimento sustentável.
O óleo que utilizamos em casa para fritar os nossos alimentos é utilizado como combustível na totalidade das frotas da Câmara de Sintra, da empresa de higiene pública e dos SMAS, que já podem abastecer no primeiro posto de biodiesel de Portugal, inaugurado no passado dia 30 de Setembro, nas instalações da HPEM – Higiene Pública Municipal, localizadas na Avª 25 de Abril, nº 112, em Vila Verde (junto a Terrugem), na presença do Presidente da Câmara de Sintra e do Presidente da Quercus.
A ideia é simples: transformar o óleo que rejeitamos na nossa cozinha em combustível amigo do ambiente. Desde logo três vantagens: o óleo é reciclado e reutilizado, evita-se poluição e problemas no saneamento e, finalmente, poupa-se dinheiro.
Saliente-se que desde 2003 que a Câmara Municipal de Sintra tem vindo a recolher óleo alimentar usado (OAU) nas escolas, nas cantinas, nos restaurantes e nas juntas de freguesia para a produção de biodiesel que, agora, abastece o posto
Dentro de 15 dias irão ser instalados dezenas de “óleões” nas 20 freguesias de Sintra, onde os sintrenses podem e devem depositar o óleo alimentar usado e rejeitado.
A instalação deste posto de abastecimento insere-se no âmbito de um projecto, desenvolvido pela HPEM com a colaboração da AMES (Agência Municipal de Energia de Sintra), que visa promover a recolha de óleos alimentares usados e consequente produção de biodiesel (combustível renovável e alternativo ao gasóleo) para consumo pelas frotas de viaturas municipais (da HPEM, da Câmara Municipal de Sintra e dos SMAS - Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Sintra).
Trata-se de um passo importante para o ambiente, já que a produção de biodiesel permite dar um destino aos óleos alimentares usados que deixam, assim, de poluir a água e causar problemas nos sistemas de saneamento. O biodiesel vai permitir também reduzir a dependência dos combustíveis fósseis, como o gasóleo, e igualmente diminuir a poluição atmosférica e a emissão de gases que provocam o efeito de estufa.
Refira-se ainda que, tratando-se de um biocombustível alternativo mais barato, haverá uma diminuição das despesas associadas aos consumos de gasóleo pelas frotas municipais.
Na cerimónia de ianuguração do posto de abstecimento esteve em representação da Quercus - que teve um papel determinante na constituição da empresa que produz o biodiesel para este posto de abastecimento - o presidente, Helder Spínola."

MouTal disse...

A propósito do aproveitamento dos óleos alimentares, que, e muito bem o "sean mcbrid" refere como uns grandes poluidores, e que reciclados podem ser de grande interesse económico, transcrevo um mail que tinha aqui em arquivo a aguardar oportunidade.
Divulguem. Não custa!


Onde deitar fora o óleo dos fritos?


UTILIDADE PÚBLICA! Informações de um técnico de Saúde Ambiental, vamos colaborar.


Mesmo que não façamos muitos fritos, quando o fazemos, deitamos o óleo na pia ou por outro ralo, certo? Este é um dos maiores erros que podemos cometer. Por que fazemos isto? - Perguntam vocês. Porque infelizmente ninguém nos diz como fazer, ou não nos informamos.


Sendo assim, o melhor que temos a fazer é colocar os óleos utilizados numa daquelas garrafas de plástico (por exemplo, as garrafas de refrigerantes ou até a do próprio óleo), fechá-las e colocá-las no lixo normal (ou seja, o orgânico). Todo o lixo orgânico que colocamos nos sacos vai para um local onde são abertos e triados. Assim, as nossas garrafinhas são abertas e vazadas no local adequado, em vez de irem juntamente com os esgotos para uma ETAR – Estação de Tratamento de Águas Residuais, e ser necessário despender milhares de euros a mais para o seu tratamento.


UM LITRO DE ÓLEO CONTAMINA CERCA DE 1 MILHÃO DE LITROS DE ÁGUA equivalente ao consumo de uma pessoa no período de 14 anos. De nada adianta criticar os responsáveis pela poluição...se não fizer a nossa parte, será muito difícil.


Nalguns concelhos, há já uma espécie de óleo-ecopontos.


Obs.: Se optares por enviar para os teus amigos, o meio ambiente ficara muito grato, afinal é para o bem de todos. Só o homem degrada meio ambiente. Só o homem pode recuperá-lo

João Fialho disse...

Pelos vistos, as "gasolineiras" decidiram promover o GPL em alguma da nossa imprensa escrita.