sábado, 28 de outubro de 2006

Poeta Jodro: "Poesia Campo em Flor"

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Teve lugar esta tarde, no Auditório da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo em Vendas Novas, o lançamento de um Livro de Poemas do poeta "Jodro" - João Metelo Grazina. Esta obra, editada pela Gazeta de Vendas Novas, constitui o Volume II da obra poética de Jodro, a que o autor deu o título "Poesia Campo em Flor".

No resumo biográfico do autor constante nesta obra, pode ler-se:
João Metelo Grazina nasceu em Alter do Chão em 23/3/1934. Viveu em Vendas Novas dos 6 aos 8 anos de idade onde fez a 1ª e 2ª classes, regressando á terra de origem e aí continuou os estudos. Cumprido o serviço militar, empregou-se em Lisboa como funcionário público e depois bancário, fixando-se definitivamente em Vendas Novas reformando-se nessa profissão. (...) Colabora também na "Gazeta de Vendas Novas" graciosamente, com trabalho e poesia.

O seu pseudónimo poético é uma prova de amor pelos pais, já falecidos, que se chamavam Joana e Pedro, aos quais foi buscar a primeira sílaba do nome da mãe e a última do pai que formaram Jodro. Desde criança que vive seduzido pela poesia, tendo lido os grandes poetas portugueses, sendo Camões e Bocage os seus grandes ídolos."

António Maria Viegas de Carvalho, no prefácio desta obra, referencia o poeta como de "índole humanista", ao afirmar:
João Metelo Grazina - o Poeta Jodro - depois da publicação do seu primeiro livro - A Poesia como sei e gosto - põe ao serviço da comunidade um novo livro, onde reforça a sua índole humanista, social e de amor pelos outros, numa afirmação que cada poeta faz, a seu modo, da visão do mundo interior, das suas experiências pessoais, das suas alegrias e angústias.

Artur Aleixo Pais, na sua Nota Introdutória, defende que João Metelo Grazina é uma figura já sobejamente conhecida, pela qualidade da sua poesia, em Vendas Novas, no concelho ... e não só. (...) é um autodidacta com grande sensibilidade pelas coisas da Natureza, que capta em "instantâneos" da vida de todos os dias. É também, sem qualquer dúvida, um humanista, focando temas como a mulher, a mãe, a criança e a sua inocência, o amor, o carinho, a afectividade, que tantas vezes faltam a toda a humanidade.

Roberto Joaquim Candeias, por seu lado, deixa-nos uma nota muito pessoal a propósito de "O Homem ... O Poeta":
... observo com agrado, a maneira de estar na vida deste Ser Humano sensível às coisas que o rodeiam e que ele põe com bastante evidência na sua poesia. A sua sensibilidade e inteligência muito acima da média, está patente no seu primeiro volume (...) e agora, neste segundo volume, reforça a sua maneira de fazer poesia humanista e social, que enriquece a nossa cultura.


TAMBÉM A ALMA É NATUREZA

Na vida as pessoas aparecem
Por magia da natureza
A concebê-las com sábia destreza
Das mãos divinas sublimes obras florescem

E as põe pela Terra a andar
E de raciocínio as privilegia
Para assim as superiorizar
A tudo o que omnipotente cria

E também a fala lhes concede
Para com ela poderem exprimir
O que na vida presente sucede
Passado e futuro a discutir

E corações dentro o peito entalha
Vocacionando-os para o amor
Mas por vezes o ódio neles se emalha
Adulterando-lhes o doce sabor

A alma que em todos arde decidida
A estimular ir sempre mais além
Em luta pela complexa vida
É a natureza que a forma também

João M. Grazina (Jodro)
(não incluído na obra agora editada)

6 comentários:

João Fialho disse...

Não sou especialmente fã de poesia. É uma falha minha. Mas consigo apreciar e gostar de ler a poesia do Sr. João Grazina.

É um poeta vendasnovense, detentor de uma sensibilidade de cariz efectivamente humanista, pessoa muito sensível e atenta ao que o rodeia.

Além do mais, é também um bom conversador, senhor de uma simplicidade argumentativa desconcertante, opinativo e de relacionamento fácil. É daquelas pessoas que apetece ouvir.

Para quem ainda não se relacionou com a sua poesia, talvez esta seja uma boa oportunidade para começar. Digo eu.

bomdebola disse...

Comigo passa-se algo de diferente. Gosto de poesia mas por demérito meu não consigo fazer nada de jeito nesta área.

Fui consumidor compulsivo deste género de expressão na nossa “biblioteca-que-Deus-tem” (já morreu de vez ou foi só uma nova recaída?).

Quanto ao nosso poeta, apesar de não conhecer a sua obra em detalhe, reconheço-lhe capacidade para figurar entre os meus próximos alvos.

Anónimo disse...

Uma palavra de regozijo e de satisfação pela dedicação e pela obra do poeta.
Relativamente à foto gostaria de saber quem preside à mesa?

Anónimo disse...

Trata-se de uma presidência, democraticamente, repartida por todos os presentes na mesa.

Vanessa disse...

Tenho uma curiosidade, pq vc se intitula poeta Jodro, eu descobri este site pesquisando sobre este nome que afinal é o nome do meu falecido Pai.
Valeu!!

Vanessa disse...

Roberto Massa: Curioso, meu pai também se chamava Jodro, faleceu em 1993.