O elogio da sensatez (parte II)
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Em 18-10-2006, deixei aqui um alerta para a necessidade da C.F. da Igreja de Santo António e a nossa Câmara Municipal se entenderem de vez sobre a requalificação de todo aquele espaço que circunda a dita Igreja.
Em 18-10-2006, deixei aqui um alerta para a necessidade da C.F. da Igreja de Santo António e a nossa Câmara Municipal se entenderem de vez sobre a requalificação de todo aquele espaço que circunda a dita Igreja.Embora por confirmar, quem passou hoje pelo local, ficou com a sensação que os serviços municipais já encetaram os trabalhos de pavimentação dos passeios, no perímetro delimitador do terreno da Igreja.
Adivinha-se que esta obra uma vez concluída, acentuará pelo contraste, ainda mais, a necessidade das duas partes se sentarem à mesa das negociações, e encontrarem uma rápida solução para o diferendo que as separa. O problema existe e irá prevalecer até que haja cedências dos dois lados.
Enquanto isso, os moradores mais próximos já têm alguns motivos para sorrir. E eu, que não acredito em coincidências, apraz-me registar, pela segunda vez em menos de um mês, que tenho razões suficientes para deixar aqui um novo elogio público à sensatez dos responsáveis pelo pelouro. Afinal, o primeiro passo já foi dado.
17 comentários:
O bom senso acabou, felizmente, por ditar as suas leis!
Obrigado Senhor Presidente por ter acedido ás solicitações de muitos munícipes, fiéis devotos da igreja ou não. Se, por ventura, se tratou de uma feliz coincidência, obrigado na mesma!
Todos sabemos que o grande projecto estruturante para o adro da igreja tem de ser levado à prática mas, certamente, ainda demorará algum tempo; o diálogo entre autarcas e responsáveis eclesiásticos deve ser retomado, uns e outros terão de condescender neste ou naquele aspecto mas, estou em crer, que o consenso será possível e a obra não deixará de ser feita por falta de entendimento entre as duas partes, também era o que faltava.
Até lá, Senhores Autarcas, façam o favor de olhar e zelar pela conservação, iluminação, higiene e segurança daquela zona com o rigor e os critérios exigidos a um local, cuja propriedade sendo privada, a utilização diária e frequente pelos munícipes, particularmente os mais devotas da Fé Cristã e que, por sinal, são a maioria, a torna numa área pública.
Bem, ou estamos perante uma feliz coincidência, ou o amigo BomdeBola acertou no tempo da sua "chamada-de-atenção", ou ambas as coisas.
Para quem ainda não se apercebeu, um blogue pode ser um bom espaço público de intervenção cívica. E o caso presente pode disso ser um excelente exemplo.
Ora, numa cidade e num concelho onde não abundam as possibilidades de cada um fazer ouvir a sua voz em favor do que considera relevante, façam lá o favor de reconhecer que a blogosfera pode ajudar nesse sentido.
É também por esta razão que, insistentemente, tenho tentado ajudar ao aparecimento de mais blogues locais. Bem como, à minha medida, tenho tentado incentivar a continuação dos já existentes.
Saúde ......
Não querendo colocar em causa a importância de existência de blogosfera séria, essa sim deve-se louvar, estranho que ninguém ligado ao município venha aqui esclarecer duas dúvidas: 1º a intervenção para minorar os problemas naquela zona, já tinha sido decidida bem antes deste post.
2º as duas entidades já há algum tempo que se entenderam e ambos estão a trabalhar em conjunto, cada um apresentou um arquitecto que estão em parceria a equacionar a melhor solução para o espaço e também a forma de concorrer a apoios finaceiros para a realização da obra. Quando a informação parece que não chegou esclarecedora aos municípes, não se deve deixar alimentar algo que não está correcto, devendo vir ao terreiro explicar. Alguém está a falhar aqui.
Concordo, alguém andou a falhar durante estes 30 anos tratando a igreja como ela não merece. A igreja não é um edifício nem são as poças de água e lama ali á volta. A igreja são os munícipos que frequentam aquele templo e que muitos são também votantes nas eleições. A igreja são também os que pagam as taxas e tudo o mais que exige a autarquia; a igreja é a comunidade cristã de Vendas Novas; a igreja são aqueles que vêm como a autarquia tem desprezado as suas crenças; como encondeu a Igreja de Sta Antonio com a urbanização que aqui está; como virou as traseiras dos prédios para o templo mais visitado em Vendas Novas; como tem maltratado com desprezo a envolvente ao edificio.
Sim, alguém está a falhar aqui mas não é de agora é de há 30 anos ou mais. Não venham agora lavar o rosto, nós os cristãos perdoamos mas as acções ficam, estão lá e não se esquecem. Podem agora arranjar os terrenos mas já perderam muito tempo; já deviam ter feito há décadas; tenho dito e não sou só eu a dizer.
Pois é, era fatal como o destino que os arautos “profissionalizados” em denegrir ou, se pretenderem para ser menos agressivo, em tirar mérito a quem o tem e que, no caso vertente são o tão atacado e, quase sempre, injustamente, “bomdebola” e o Blog AL que o proporciona mas, como dizia no início, era fatal que esses arautos acabariam por vir a terreiro dizer que não senhora, que já estava tudo previsto e planeado, que estavam apenas à espera do mau tempo e da total inundação do local para iniciar a obra, etc., etc.
Tenho para mim que só a chamada de atenção feita pelo “bomdebola” e a manifestação, bastante participada, de muitos bloguistas tradicionais do AL, conseguiram alertar e sensibilizar os responsáveis, de ambas as partes, assim penso, transformando numa intervenção rápida e eficaz, aquilo que, de outro modo, se continuaria a arrastar até mais vir…
Ao “bomdebola” que levantou o problema, a todos, ou quase todos, os participantes que o apoiaram (eu sou uma excepção!), aos responsáveis da câmara e da igreja que, em boa ora, se entenderam no sentido da resolução de um problema que se arrastava há já vários anos, eu quero apresentar a todos, sem excepção, as minhas sinceras felicitações; gostaria ainda dizer, se me permitem, que este entendimento, bastante abrangente, entre a população, igreja e autoridades municipais, desprovida de quaisquer “guerrinhas” clubisticas, políticas ou religiosas, é uma prática que deve ser seguida no futuro, com estes ou outras entidades.
Obrigado a todos e que Deus, lá do Alto, vos conceda a Sua Bênção!!!
Tanto ingénuo a acreditar em coincidências. O post do bomdebola que levoua que tal e tal a importância da blogosfera e coisa e tal ai SANTA INGENUIDADE !!!
Ao anónimo 17:50 (...)como encondeu a Igreja de Sta Antonio com a urbanização que aqui está; como virou as traseiras dos prédios para o templo mais visitado em Vendas Novas(...), Resposta: o loteamento foi idealizado e desenvolvido por particulares e não pela câmara.
(...)"A igreja não é um edifício nem são as poças de água e lama ali á volta"(...),
Resposta: havia um projecto de embelazamento para aquela área que alguém rejeitou.
Todos sabemos que não se pode intervir em propriedade privada, a nosso belo prazer.
Todos nós sabemos muita coisa, mas como não nos convêm que se saiba, desvarolizamo-las, só para poder denegrir, mas as pessoas não são burras.
Ao anónimo anterior, garanto-lhe que a decisão de intervenção na zona é anterior.
Não estou a falar em nomes dos elementos da Câmara.
Falo em nome da verdade!!!
Cumprimentos a todos e boa semana
Não me custa nada a aceitar, o contrário seria impossível tendo presente o tempo que, entretanto, mediou entre uma coisa e outra, que a concepção do projecto para o adro da igreja estivesse feito e que se estivesse a aguardar, não sei de que coisa, para iniciar a execução de uma obra que já tardava há alguns anos; aquilo que eu digo e afirmo é que é minha total convicção de que os reparos aqui deixados por vários participantes, corroborando um post colocado pelo “bomdebola” sempre pouco tolerado por uma pequena faixa de bloguistas anónimos e incompetentes, acabou por fazer precipitar os acontecimentos.
A dinâmica que for imprimida à execução dos trabalhos e o tempo que mediar até à sua total conclusão, serão determinantes para daqui a algum tempo podermos concluir se, de facto, estava tudo planeado como já aqui foi afirmado ou, pelo contrário, ter-se-á tratado de uma manobra de dispersão no sentido de, temporariamente, acalmar os ânimos mais exaltados…
De uma forma ou de outra, e já alguém aqui se referiu a isso, importa dizer que a autarquia ao longo de trinta anos tem andado de “candeias às avessas” com a igreja, e o facto da urbanização envolvente ser privada, sufocando quase que por completo a igreja que deveria beneficiar de um generoso e bem arranjado espaço envolvente, a legalização desse projecto de urbanização foi da responsabilidade da autarquia, ou não?! Não nos venham agora dizer que o responsável dos “mamarrachos” envolventes são da exclusiva responsabilidade dos (naquele tempo, talvez, único e exclusivo), do construtor.
Vamos ficar a aguardar pelo desenrolar dos acontecimentos na expectativa de que tudo se irá passar a um ritmo de execução e de qualidade, incomparavelmente superiores ao do jardim/parque de estacionamento da entrada norte da cidade. Se o ritmo for idêntico, vamos mesmo ter de esperar.
Nem que seja perante Ele terão de prestar contas...
A fotografia do “camarada” Jerónimo de Sousa, com o seu, sempre, ar simpático, editada no blog, concorrente mas pouco, PROFETA e a propósito da sua recente visita “oficial” à Exposição Internacional de Cultura de Vendas Novas, trouxe-me à memória um editorial de uma revista semanal (*), publicada recentemente, e do qual eu faço questão em transcrever alguns excertos:
“Por muito que mantenha o seu ar de avô cantigas, Jerónimo de Sousa tem uma ideologia. E uma ideologia perigosa. O líder do PCP, bem como todo o Comité Central do Partido Comunista mais retrógrado da Europa, acredita que a Coreia do Norte é um modelo de sociedade invejável, um exemplo a seguir e uma “democracia” à antiga. Os comunistas pensam assim também da China, de Cuba, do Vietname e do Laos. Todos eles com um partido único, jornais e comunicação social controlada e filtrada pelo Governo, censura, repressão, tortura e perseguição política. São estes países que o PCP admira, inveja e em relação aos quais não se cansa de demonstrar solidariedade.”
E a concluir, diz o editorialista…
“ Quanto a alucinações, desvarios e tendências ditatoriais, estamos conversados. O que falta lembrar é que este partido de aspirantes a déspotas lunáticos não está na outra ponta do mundo – está em Portugal, apresenta-se como democrático e tem um líder simpático e afectuoso à frente. Só convém esclarecer estes três pontos: Portugal não quer ser a Coreia do Norte, o conceito de democracia de Jerónimo de Sousa não corresponde ao de todo o mundo livre e civilizado e o facto de se tratar de um líder simpático não invalida que seja um marxista retrógrado e um estalinista convicto.”
Porque o texto é suficientemente esclarecedor, não adiantarei absolutamente mais nada do que duas breves palavras: CONTERRÂNEOS ACORDEM!!!
(*) – SÁBADO nº 130
oh pá , anónimo anterior deixa-te de merdas se é para atacares o blog profeta porque te cheira a laranja escusas de dar esta volta
O comentário, baixo e ordinário, do anónimo anterior, não merece qualquer réplica!
independente said
Vamos lá tentar acalmar os ânimos.
Gentes, este é um "espaço" para opinarmos, num dize tu e direi eu, sem animosidades.
Sendo certo que a Câmara Municipal e a Igreja não se entenderam até uma certa altura, certo é que estão finalmente em diálogo e independentemente das nossas vontades somente depois disso, nós pobres mortais, poderemos vir a beneficiar da qualificação daquela zona.
Li na Gazeta de Vendas Novas, e não só, vários artigos sobre o assunto e as conclusões a que cheguei foram as seguintes:
1- o loteamento da Igreja foi promovido por particulares (Família Romão)
2 - cumprindo o loteamento a legislação em vigor á Câmara não restava outra alternativa senão aprovar o mesmo porque os indeferimentos tem que se basear/fundamentar técnicamente
3 - na sequência da aprovação de tal loteamento a Câmara procurou dignificar aquela zona e mandou elaborar um projecto de requalificação que mereceu a aprovação da Igreja (Evora) depois de introduzidas algumas alterações.
4 - Posteriormente, 3 pessoas ligadas á Igreja(Sr. Padre Soares, Sr. Casimiro e Sr. João Manuel)estiveram na Câmara Municipal informando que afinal já não era aceite o projecto
4 - A Câmara Municipal lamentou tal decisão mas não podia obrigar a Igreja a autorizar qualquer intervenção urbanistica
5 - A Câmara municipal executou então a qualificação dos terrenos públicos adjacentes.
6 - A Igreja não terá dinheiro para desenvolver a requalificação que pretende no seu terreno.
7- Há "boleias" que se perdem e, depois, dificilmente se apanham, mas mudam os tempos e mudam-se as vontades. Portanto, vamos esperar que do diálogo entretanto encetado surja um entendimento para bem de todos nós.
8-Quanto à execução da obra ora em curso provavelmente constará do PPI e aí estará a data de inicio e de conclusão da obra.
Disse.
Saúdam-se os participantes esclarecidos (sem qualquer ponta de ironia). Catalogo-os desta forma por me parecerem suficientemente habilitados a ajudar-nos a perceber como se chegou até este impasse.
Esta versão, ligeiramente retocada, corre por aí e não deve andar muito longe da realidade. Mas há pormenores que dificilmente serão do conhecimento público.
Porque motivo a CFI não aceitou o projecto da Câmara? Por uma questão de estética? Por exigência de contrapartidas? Por orgulho?
Mas, passado é passado e agora só importa promover a aproximação. Claro que nós não temos poderes para tanto, mas não custa tentar.
Os motivos desconhecem-se mas como disse atrás, mudam-se os tempos... esperemos que realmente impere o bom senso e todos nós, sem excepção, possamos vir a beneficiar daquele espaço meio privado/meio publico sem os nossos ricos sapatinhos todos enlameados.
VENDAS NOVAS ESTÁ A AFUNDAR-SE!!!
Sábado, dia 4 de Novembro de 2006, por volta das 15.00h, toda a cidade apresentava um aspecto de inundação geral, como que a afundar-se nos extensos lençóis de água que cobriam estradas, ruas e caminhos. Nalguns pontos da cidade, desde há muito perfeitamente identificados, e que têm merecido, repetidas, chamadas de atenção neste blog, o aspecto era deveras desolador já que a altura das águas invadia as casas circundantes e tornava aquelas zonas completamente intransitáveis a automóveis e peões.
Não sou técnico na matéria, mas pelo que me foi dado ver, não andarei muito longe da verdade se aqui afirmar que todo o sistema de drenagem das aguas pluviais é manifestamente insuficiente, em muitos casos inexistente, em, praticamente, toda a cidade; o sistema de drenagem a que me refiro não são apenas as sarjetas que, valha a verdade, se encontravam, irrepreensivelmente, limpas, são também as valas e valetas, são a inclinação e estado de conservação de ruas e estradas, tudo em perfeita articulação -ao que constatei em perfeitíssima desarticulação -, por forma a drenar as aguas pluviais, de forma rápida e eficaz.
Para um município que se arvora e até, talvez, tenha razões para isso, num dos mais ricos e desenvolvidos do Alentejo, as imagens a que ontem tive oportunidade de, tristemente, assistir, não só me preocuparam, como também me transmitiram um grande sentimento de revolta; esse sentimento tive-o porque, ao longo das últimas décadas, tenho vindo a assistir a um esbanjar de dinheiros em algumas grandes obras de fachada, perfeitamente eleitoralistas, e, no que ao básico diz respeito, e mais básico do que o saneamento que tem esse nome não pode haver, pouco tem sido feito e alguma coisa que o tem sido, tem-se vindo a revelar como, manifestamente, insuficiente e no dizer de algumas pessoas mais entendidas, de forma completamente desadequada.
Gerir bem uma autarquia é, acima de tudo, saber estabelecer e agir de acordo com as prioridades; fazê-lo ao sabor de correntes mais ou menos eleitoralistas corresponde, invariavelmente, à falência, a prazo, do sistema, penalizando, seriamente, as populações.
Nota- Se a Ribeira do Moutal, sem chuva, já fez correr muita tinta por baixo das suas pontes, agora que ela caiu, imaginem quantas paletes de tinteiros por lá ainda irão correr…
O recorde de “posts” está completamente batido, mas pressinto que ainda estamos muito longe do resultado final o qual não deverá ficar aquém da centena!
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