A ribeira vai cheia
Paris tem o Sena, Londres o Tamisa, Nova Iorque o Hudson. Vendas Novas podia ter a Ribeira de Canha, mas como construíram a cidade um pouco mais abaixo, não tem rio nem ribeira.
Mas tem a Estrada Nacional 4 que todos os dias nos inunda de carros.
Eu como sou um invejoso resolvi ter uma ribeira.
A minha ribeira nasce no depósito da água e desagua na Av. 25 de Abril mesmo em frente do meu portão. Tem apenas trinta metros de comprimento e só leva água quando chove, mas não deixa de ser uma linda ribeira!
Como este Outono vai chuvoso, a minha ribeira já está ao rubro! É um espectáculo ver as areias a deslizarem para a avenida, os peões a saltitarem à volta para não enlamearem os pés, e ainda terem que saltitar um pouco mais para fugirem à aproximação dos carros… não vão levar um banho de água barrenta! A sorte deles ainda vai sendo os carros estacionados que os protegem, o que como é óbvio, me estraga a mim o espectáculo.
Mas a minha ribeira no Verão também é um regalo, principalmente pelas nuvens de pó que levantam os carros que circulam pelo seu leito, que vai seco, porque os meus vizinhos se esquecem de o regar.
Um dia, por causa do pó ainda fui à Câmara pedir que alcatroassem o leito da minha ribeira, mas o Sr. Presidente, o anterior, disse-me logo que isso era uma obra de engenharia muito difícil! Acredito que sim, e uma Câmara desta envergadura deve ter bastantes dificuldades em arranjar um engenheiro hidráulico. Acatei os argumentos e tirei daí o sentido.
Mas temo que a minha ribeira esteja condenada a desaparecer. Mais ano menos ano, vai à vida.
Já ali mora há vinte anos, e qualquer dia a Câmara Municipal vai-ma roubar.
E digo isto, porque quando eles descobrirem que só atravessando a minha ribeira é que têm acesso ao depósito da água, e quando os buracos estiverem tão grandes que as viaturas deles não possam circular, aí sim, talvez desencantem dalgum lado um qualquer engenheiro que transformará a minha ribeira num caminho alcatroado, ou calcetado, e eu perdê-la-ei irremediavelmente...
Enquanto isso, vou desfrutando do prazer de ter uma ribeira só para mim.
Até esqueço o pó que me invade a casa e o quintal, e faço vista grossa às areias e às lamas que invadem a avenida.
Faço aqui um apelo para que nenhum engenheiro aceite algum dia tarefa tão difícil para ele, e que me faça a mim perder este bem tão precioso, que é a minha ribeira!
Mourato Talhinhas
MouTal
Mas tem a Estrada Nacional 4 que todos os dias nos inunda de carros.
Eu como sou um invejoso resolvi ter uma ribeira.
A minha ribeira nasce no depósito da água e desagua na Av. 25 de Abril mesmo em frente do meu portão. Tem apenas trinta metros de comprimento e só leva água quando chove, mas não deixa de ser uma linda ribeira!
Como este Outono vai chuvoso, a minha ribeira já está ao rubro! É um espectáculo ver as areias a deslizarem para a avenida, os peões a saltitarem à volta para não enlamearem os pés, e ainda terem que saltitar um pouco mais para fugirem à aproximação dos carros… não vão levar um banho de água barrenta! A sorte deles ainda vai sendo os carros estacionados que os protegem, o que como é óbvio, me estraga a mim o espectáculo.
Mas a minha ribeira no Verão também é um regalo, principalmente pelas nuvens de pó que levantam os carros que circulam pelo seu leito, que vai seco, porque os meus vizinhos se esquecem de o regar.
Um dia, por causa do pó ainda fui à Câmara pedir que alcatroassem o leito da minha ribeira, mas o Sr. Presidente, o anterior, disse-me logo que isso era uma obra de engenharia muito difícil! Acredito que sim, e uma Câmara desta envergadura deve ter bastantes dificuldades em arranjar um engenheiro hidráulico. Acatei os argumentos e tirei daí o sentido.
Mas temo que a minha ribeira esteja condenada a desaparecer. Mais ano menos ano, vai à vida.
Já ali mora há vinte anos, e qualquer dia a Câmara Municipal vai-ma roubar.
E digo isto, porque quando eles descobrirem que só atravessando a minha ribeira é que têm acesso ao depósito da água, e quando os buracos estiverem tão grandes que as viaturas deles não possam circular, aí sim, talvez desencantem dalgum lado um qualquer engenheiro que transformará a minha ribeira num caminho alcatroado, ou calcetado, e eu perdê-la-ei irremediavelmente...
Enquanto isso, vou desfrutando do prazer de ter uma ribeira só para mim.
Até esqueço o pó que me invade a casa e o quintal, e faço vista grossa às areias e às lamas que invadem a avenida.
Faço aqui um apelo para que nenhum engenheiro aceite algum dia tarefa tão difícil para ele, e que me faça a mim perder este bem tão precioso, que é a minha ribeira!
Mourato Talhinhas
MouTal
83 comentários:
Bem, ao ler isto não consegui evitar, tive mesmo que me rir. A esta hora da noite, só mesmo um texto assim...
Hoje deu-lhe para o lado poético estilo non-sense. O que é uma capacidade apreciável, a não deixar de utilizar quando se justifique.
Neste caso, e a meu ver, com excelentes resultados. Devo dizer-lhe que apreciei.
PS: vá pensando num nome para a sua ribeira. Ah, e amanhã paga a bica.
E não haverá uma forma de rentabilizar esse privilégio que é ter uma ribeira à sua porta?
Vamos ter mais um empresário de extracção de areias.Que sorte!É melhor do que o euromilhões!Boa sorte e cuidado com os fiscais.
Por alturas da FILDA ou da Feira das TASQUINHAS VAMOS aproveitar a Ribeira do Moutal para organizar um concurso de pesca desportiva. Pode ser ?
VENDE-SE PELA MELHOR OFERTA
Barco em fibra de vidro, sem quilha, com quatro remos, tudo em excelente estado de conservação; recomendado para rios, riachos, ribeiras e pequenos cursos de água.
Contactar departamento de obras da câmara, telemóvel nº. 93584810.
Pois é, meu caro Moutal, muita sorte a sua !
Eu já me contento com umas "ribeiritas" ali na Rua Joaquim Mendonça que, embora não consiga ver das minhas janelas com a comodidade com que você goza o seu espectáculo, aí do seu quintal, sempre me vão dando também algum gozo, quando os transeuntes menos prevenidos apanham aqueles valentes banhos provocados pelos carros que passam sobre as águas da chuva, depositadas nas bermas e que tudo leva a crer sejam consequência da falta de limpeza dos respectivos sumidoros, da responsabilidade, claro, dos serviços camarários.
(Só não apreciei, como é natural, quando isso se passou precisamente comigo que fiquei "num pingo" e tive de mandar a roupinha de ver a Deus para a lavandaria)
Sabe onde é ? Ali em frente às instalações da Cooperativa, do Bolo Branco, Caixa Geral de Depósitos, etc. Enfim em toda aquela zona... Isto para o caso de os competentes (ou "in"?)serviços da Câmara ainda não terem reparado, embora já se saiba também que ainda não devem ter tido igualmente disponibilidades para arranjar um engenheiro que trate daquilo. Demais a mais com os cortes agora previstos pela nova "Lei das Finanças Locais"... que é que você espera ?
Vá pois dando graças a Deus por ter o que tem e contente-se, porque outros têm muito menos !
Se até já lhe baptizaram a sua ribeira, como a Ribeira do Moutal, que mais quer ?
Por este andar, já não faltará muito para que Vendas Novas venha a ser considerada como a Veneza do Alentejo…
Alguma coisa me diz que um dia destes, quando acordar, o nosso amigo Moutal vai dar de caras com um grande quadrado de fundo amarelo do outro lado da margem da sua ribeira. Qualquer coisa como isto:
ATENÇÃO
INÍCIO DE OBRAS
PEDIMOS DESCULPA PELO INCÓMODO
PROMETEMOS SER BREVES ( lol... )
Câmara Municipal de Vendas Novas
E desta forma, lá se vai a meditação e a postura contemplativa à volta da sua ribeira. O que é chato… digo eu.
Ao Anonymous das 22,11.
Mesmo assim, se isso acontecer, ainda nos restarão, ao Moutal e a mim, as pequenas ribeirinhas da Joaquim Mendonça.
Só é pena acabar-se, de tal modo e tão tristemente, a já célebre Ribeira do Moutal.
Mas como a vida é feita destas coisas... paciência, teremos de nos conformar... Serão as tristes consequências do progresso...
Exposição Internacional - 1 comentário
Ribeira do Mutal - ) comentarios (para ja)
Realmente é muito mais facil dizer mal!
Correcção
Ribeira do Moutal - 9 comentarios
Vamos lá ver se incluimos o ancoradouro a construir na Ribeira do Moutal na Candidatura aos fundos do arranjo do Largo da Igreja . Aguentem !
Boa! Um ancoradouro e, já agora, um barco à maneira p’ra fazer a travessia!
Até lá vão usando as galochas porque a vida está má!
Vendas Novas sempre foi uma terra ligada às actividades aquáticas. Basta lembrarmo-nos dos barquinhos na iluminação de Natal, ou da "caravela do Vasco da Gama" (como alguém já lhe chamou) no nosso jardim público. Tem tudo a ver connosco!
Enfim, é o que temos...
Meus caros amigos
Quando escrevi este post, confesso, não estava à espera destas reacções.
Como a vida não está para brincadeiras, e o pessoal anda a perder o senso de humor, esperava receber umas pedradas.
Mas fico satisfeito porque agora sei que é possível passar a mensagem sem crispações e cara de pau.
Mas ainda estou à espera dos comentários habituais dos defensores do "stato quo" que são sempre tão rápidos a reagir. (Isto é só uma pequena provocação).
ehhh..ahhhhh..ihhhh...
Pelo amor de Deus! Isso aprende-se, o mais tardar, no 1º ano do Ciclo Básico,
O alfabeto è: a - e - i - o - u.
Quem não sabe isto, ou é analfabeto ou não é de cá.
Caro Moutal,
como defensor do do "stato quo" peço-lhe imensa desculpa por não ter sido rápido na resposta.
De facto, este seu texto, escrito no seu melhor estilo, revela-nos muito sobre o seu autor e sobre as suas legítimas preocupações. Palavras para quê?
Acredite que é muito difícl, quase impossível dar resposta a textos desta profundidade que levantam questões tão dramáticas da vida dos Vendasnovenses.
Certamente, a Câmara movida por um qualquer sentimento contra si ainda não tratou do problema gravissimo que se abate à sua porta.
É uma vergonha o que lhe estão a fazer.
... também quero uma ribeira à minha porta!...
Eu também sou defensor do "status quo", não deste mas doutro.
Nessa medida, atrevo-me a propor desde já a realização de uma ampla auscultação popular com o objectivo de preparar legislação e, quiçá, a apresentação de um projecto para financiamento comunitário, que almeje a resolução tão rápida quanto possível, desta terrível afronta aos moradores e passantes daquela mui nobre artéria da cidade.
Nos últimos dias nota-se uma desusada romaria ao local assinalado com um “xis”, identificando a ribeira do Moutal. Vi carros parados, transeuntes de cá para lá, olhando em todas as direcções, mas da ribeira, nada. Nem uma gota!
Interrogo-me: será que a obra já foi feita e eu nem dei por isso? Ou será que eu sonhei?
A ribeira vai cheia é o título do post. E eu pergunto: vai cheia de quê?
Deve ir cheia de nada, de vazio absoluto.
E quando transborda aquilo que vemos é inútil arrogância.
A ausência de conteúdo da ribeira só se equipara à boçal tentativa de demonstração de intelecto consubstanciada numa teoria esvaziada de prática, abstracta, limitada ao campo do hipotético.
Um abraço,
Rodrigo
Quem disse não haver filósofos em Vendas Novas?
LIÇÃO DE UM JOVEM!
Depois de, a nível nacional, o jovem Vendasnovense, Pedro Madeira, ter sido seleccionado para a final do Festival da Canção Júnior 2006, a sua prestação no Tivoli a representar-nos (Vendas Novas / Alentejo / Sul de Portugal) e a… vencer e convencer tudo e todos, deixou-nos compreensivelmente orgulhosos e com redobrada auto-estima.
O dia 29 de Setembro de 2006 ficará gravado na vida do jovem cantor. Certamente que esta data ficará também gravada na memória dos Portugueses e, mais ainda na de quase todos os Vendasnovenses. Agora, em 2 de Dezembro, cerca de 100 milhões de pessoas (é a globalização!) vão ver o Pedro defender e dignificar, o melhor que pode e sabe, o seu País.
Na nossa terra corre um são orgulho. Até que enfim, o nome de Vendas Novas chega bem longe!!! No palco, o Pedro deu espectáculo! Foi um verdadeiro bairrista! Com sinceridade, com sentimento, com orgulho, gritou bem alto o nome de Vendas Novas!
Muitos Vendasnovenses brindaram-no com o seu televoto e, após a sua vitória nacional, acarinharam-no e incentivaram-no pela sua prestação e também pela simplicidade e humildade evidenciadas no Tivoli. O Pedro é hoje, sem favor, uma referência entre os jovens da sua geração. Basta percorrermos os fóruns especializados para podermos apreciar os francos elogios dos internautas ao nosso jovem.
Perante tudo isto, é legítimo questionar qual o impacto desta vitória (que é um pouco de todos nós) junto dos legítimos representantes políticos da nossa terra (Câmara Municipal, Junta de Freguesia, Assembleia Municipal…)? Que se saiba, nenhum. Convirá não esquecer que “neste saco” cabem os representantes dos três partidos políticos com assento nesses Órgãos.
Não seria de elementar justiça enviar ao Pedro, por tudo o que se descreveu, as felicitações dos eleitos do poder local (uma carta ou um telefonema… de gratidão e incentivo)? Não se exigia um prémio, muito menos pecuniário, bastava um “obrigado” em forma de elogio. O Pedro, jovem como é, ficaria grato e honrado com esse reconhecimento público da nossa classe política.
A vitória do Pedro vai levá-lo (e mais uma vez, Vendas Novas) a dar a volta ao mundo. Em 2 de Dezembro, o País e particularmente os Vendasnovenses, estarão com o Pedro na Roménia. É uma honra para todos nós. Que o Poder Local não se destitua da obrigação do apoiar.
FORÇA PEDRO!!!
Ó meu amigo Rodrigo
Será capaz de me explicar o que quis dizer? É que apesar de eu ter um curso superior não percebi nada. Disse tanta palavra cara, mas tudo sem sentido, pelo menos para mim.
Eu também sou uma Vendasnovense que no dia 2 de Dezembro vou estar agarrada ao televisor a dar força ao Pedro.
Mas alguém estava à espera de outra reação por parte dos eleitos?? Deixem-se disso.
Será que o Jerónimo de Sousa veio hoje a Vendas Novas para se inteirar da situação da ribeira do Moutal e dar algum puxão de orelhas aos seus correligionários?
Nunca se sabe...
Gostei de ler o texto de Bruno Pereira na Gazeta de Vendas-Novas (17 Out.), referindo-se ao Pedro com um "Até à Roménia" a ocupar metade da 1ªpágina.
Penso que todos os vendasnovenses, incluindo a Autarquia, e os portugueses em geral, sentem orgulho e vaidade pelo nosso jovem representante. Se o Poder Local ainda nâo se manifestou, ou anda a dormir ou acha que este tipo de manifestação cultural é de pouca importância.
Bem, se calhar estamos para aqui a "falar de graça" e o Pedro já recebeu os parabéns de quem de direito.
Exclusivo TVI:
O Secretário Geral do PCP, Jerónimo de Sousa, deslocou-se hoje de urgência a Vendas Novas em resultado de notícias que davam como certo o transbordo da Ribeira do Moutal.
Lembre-se que a existência desta ribeira a céu aberto tinha sido ontem avançada em-absoluto-exclusivo aqui na TVI.
Tentaremos ainda neste jornal fazer uma ligação directa via satélite ao nosso enviado-muito-especial, que neste momento se desloca para Vendas Novas, essa cidade-jardim que hoje mesmo teve o imenso privilégio da visita de S.Exª o Senhor Secretário Geral.
Se a ribeira do Moutal vai seca já o mesmo não se pode dizer do lago da Igreja. E se alguém se lembra de trazer para ali um crocodilo?
...a Ribeira do Moutal vai seca qd não chove, porque qd chove, meus amigos, vai cheia e bem cheia e impede a utilização do passeio público, totalmente, aos habitantes, nomeadamente, das 2 moradias, confinadas entre a "Ribeira" e a Rua Miguel Torga.
Nessa altura só de galochas mesmo porque o leito da ribeira do Moutal está bem definido pelos muros das referidas moradias e pelo murete da floreira ali existente. E não fora um "rasgo" no caminho que origina a ribeira a água ultrapassaria o tal murete, mesmo assim as areias e lamas decorrentes de tal ribeira são uma dor de cabeça para os residentes do 5B, nesta altura, já k escorrem e provocam, melhor, impedem o escoamento das águas pluviais de parte do logradouro.
Já os ouvi queixarem-se, vi um deles numa 5.ª feira passada recente,na Câmara Municipal, no período de atendimento público e quando lhe perguntaram, para elaboração da ficha de inscrição, o que o levava ali foi bem claro e vi também um saco cheio de raízes oriundas daqueles plátanos fronteiros que lhes está a danificar o pavimento e a rebentar com a canalização de esgotos.
Pelos vistos os santos de casa continuam a não fazer milagres!
E para terminar não só os residentes no local são prejudicados como outros que tem a veleidade de andar naquele troço da Av. qd chove porque tem que circular pelo estacionamento ou pela via propriamente dita, arriscando-se a um banho de lama ou a apanhar com um carro em cima, como já alguém disse. Mas isto é de somenos importância.
Importante é que agora o nosso *Posto de Turismo", tem algo mais para aconselhar a quem nos visita, um passeio na Ribeira do Moutal!
Provavelmente não fui suficientemente claro, pelo que desde já peço sinceras desculpas.
O que pretendi afirmar é a necessidade de se ser coerente com as nossas ideias, traduzi-las na prática, demonstrar o valor das nossas opções.
Em Vendas Novas abunda uma estranha espécie de ser que tudo sabe, que tudo vê, que tudo é capaz, uma espécie de semi-deus intocável e à margem de qualquer tipo de crítica.
Esta espécie refugia-se no pedestal do imobilismo, da total ausência de acção construtiva.
Entretidos na suas ribeiras (sem dúvida interessantes) nunca compreenderão o mar.
Em filosofia há quem diga que a mesma água não passa duas vezes por debaixo da mesma ponte ou que um homem não se pode banhar duas vezes na mesma água de um rio. Em Vendas Novas há quem passe a vida a tomar banho na mesma ribeira sem ser capaz de verificar que a vida está a passar-lhe ao lado, que as dinâmicas e dialécticas próprias da urbe tornam ridiculas as mesquinhas tentativas de ficarmos presos à lama que nos atinge a porta de casa.
Um abraço,
Rodrigo
Aqui o Rodrigo é que sabe. Ele é dialécticas, ele é mesquinhez, ele é dinâmicas e provérbios para trás e para a frente. Assim mesmo é que é, camarada, ohpss, Rodrigo.
Filosofe á vontade a malta quer é filosofias. Não esquecendo as dialécticas. Um abraço camarada.
Caro Rodrigo : a mim não me enganas tu !
A autarquia CDU é responsável por todos os aspectos positivos em matéria de Ambiente, sendo completamente alheia a todos os aspectos negativos.
É impressionante como continuam a proliferar, com tendência à multiplicação, as mentalidades tacanhas e inconsequentes. Na falta de argumentos para debaterem civilmente um assunto, recorre-se ao “camarada” e ao “a mim não me enganas tu”.
Se é só isto que têm para dar é muito pouco e recomenda-se uma reciclagem urgente antes de exporem desta forma a sua pequenez.
Total solidariedade para com o Rodrigo, seja lá ele quem for, e independentemente do partido em que vote.
Pois é, afinal compreenderam muito bem as minhas palavras.
E dessa compreensão resulta um ataque feroz que se traduz na acusação: «camarada».
A esta acusação eu respondo sem problema algum - tenho na camaradagem um valor e uma prática da qual me orgulho e não abdico.
No entanto, terei de explicar, de modo a contornar as limitações existentes, que a camaradagem é um conceito transversal à vida e às relações intersubjectivas que nela têm lugar, não sendo nem de perto nem de longe um exclusivo do mundo político.
Assim, como se pode comprovar, a tal espécie que também habita a nossa terra, ataca repetindo até à exaustão as frases feitas do costume.
Eu sou treinador de bancada, tenho na crítica destrutiva o meu passatempo, sou o tal semi-deus inatacável de que falava no comentário anterior, quando alguma alma tenta contradizer-me recorro ao fundo do bau e respondo: «comuna», «camarada», «vermelho», «deves ter um tacho na Câmara», «a mim não me enganas». Conclusão - não fui informado que o muro caiu!
Os democratas da nossa praça que só admitem o pensamento único e formatado, esquecem-se que há vida para além deles, das suas querelas partidárias e das suas ambições de cacique local.
Incapazes de compreender os processos evolutivos e transformadores, incapazes de acompanharem as dinâmicas (palavra pelos vistos maldita), continuam sentados nos seus sofás a resmungar com o que se passa lá fora, sem que nunca tenham tentado de forma séria influenciar o curso dos acontecimentos.
É uma pena que assim seja, perdemos todos com isso, perde Vendas Novas acima de tudo.
A crítica - a uma qualquer realidade, a um executivo camarário, a um partido, a uma religião, a uma obra, a uma ideia, etc. - é um exercício de grande valor e criatividade, um exercício de análise fundamental à compreensão das questões.
Mas, este exercício se de facto tiver como consequência a compreensão das questões em toda a sua profundidade e extensão, só poderá conduzir a uma coisa: o impulso para a mutação do real.
A crítica quando traduzida na acção transformadora capaz de corrigir erros e suprir insufuciências é algo de extraordinário.
Limitada ao maldizer é um exercício triste, ordinário e mesquinho, enfim, vazio.
Eu quando, neste espaço, exerço a crítica faço-o na tentativa de apelar a um aprofundamento da análise das questões, que se deixe o acessório e se parta para o essencial, que não se faça do desenvolvimento desta terra e do bem estar das suas gentes uma guerra entre galos que disputam o mesmo poleiro, que não se permita que os grandes temas se transformem e se limitem à apreciação meramente partidária.
Neste espaço há quem consiga fazer a distinção entre o essencial e o acessório, outros não.
Àqueles que já o fazem dou os meus sinceros parabéns e são eles que dão interesse ao blog, aos outros peço-lhes um esforço para aprenderem e evoluírem com os primeiros.
Para isso basta descerem das suas cátedras, dos seus pedestais, admitirem a possibilidade de também poderem errar, admitirem que é fácil críticar e apontar o dedo a quem faz coisas.
Um abraço,
Rodrigo
Ó Rodrigo, e quando é que vão calcetar ou macadamizar a rua que liga o depósito da água à Av 25 de Abril?
É que isso é que está em causa.
O seu discurso político-ideológico é claro como a água, e não serei eu que o ponho em causa, porque nem sequer tenho os dotes de oratória que o Rodrigo tem.
Volto a perguntar: Quando é que vão arranjar aquele caminho, porque pelos vistos não é só o MouTal que se queixa.
Aguardo resposta e envio-lhe os meus cumprimentos.
António Teixeira.
Caro Rodrigo,
Não o conheço mas deixe-me expressar aqui e agora a minha total solidariedade pelo seu texto.
Na verdade há muita gente que se aproveita dos blogs sómente para dizer mal de tudo e de todos e não são capazes de fazer uma critica construtiva ou expressar algo de positivo para a cidade.
Cumprimentos,
Jota
Pois é Rodrigo, que não chega a ser Dom, se há aqui alguém que não consegue distinguir o essencial do acessório, sem filosofias balofas e desprovidas de qualquer sentido é, exactamente, você!
O que está aqui em causa é apenas e tão só, uma rua que, pelos vistos, não chega a ser, sequer, um caminho e, muitas vezes ou, quase sempre quando chove, assume a forma de uma extensa ribeira.
Constatar os factos, e divulgá-los neste blog no sentido de que cheguem ao conhecimento de quem tem autoridade para os resolver não é, sabe-o bem, atacar ou pôr em causa quem quer que seja, muito menos querela partidária!
È tudo muito simples e muito prático: algo que está mal, que prejudica, indiscriminadamente, sectores da população, alguém que faz um reparo, muitos outros solidarizam-se com quem o fez e manifestam, também eles, a sua opinião ficando todos, legitimamente, na expectativa de que apareça alguém, provavelmente um Rodrigo com Dom, e que, por isso mesmo, resolva o assunto a contento de todos
Eu, por mim, acho o assunto deveras pertinente e aquilo que espero -alguém poderá falar em exijo -, é que os responsáveis municipais o resolvam quanto antes.
É um direito que assiste a todos os lesados e porque é ESSENCIAL, deve ter prioridade sobre o SUPÉRFLUO ainda que o essencial não tenha, muitas vezes, a visibilidade do supérfluo e que, por isso mesmo, o retorno, nas suas múltiplas vertentes, seja muito mais lento!
Entendido?
Eis como a pujança dos anónimos se faz ouvir alto e bom som, discutindo tanto o supérfluo como o acessório. Viva Vendas Novas!
A romaria continua!!!!! Há quem saia de casa a chover copiosamente para ver com os seus próprios olhos a dimensão dos estragos!!!!! Alguns deles saíram de lá e foram directos à Multiópticas.
Não conseguiram ver nada!!!!!
È tão bom escrever nos blogues na hora de serviço e mostrar tal serviço ao chefe , não é Rodrigo ?
Ver para crer, como S. Tomé. Afinal a Ribeira do Moutal vai cheia...mas o barco não anda por excesso de lotação.
Esgotaram-se os bilhetes no Posto de Turismo!
A propósito dos comentários do Rodrigo:
São muito bem escritos, muito rebuscados, com muitas palavras muito bonitas, muito confusos pela preocupação de lhe integrar muitas dessas palavras muito bonitas (não propriamente "malditas", como ele diz), mas no fim, com todos esses propositados "muitos" e com tantas coisas tão lindas, não nos dizem nada, absolutamente nada, chegamos ao fim da leitura sem saber onde é que ele quer chegar...
Fazem-me lembrar aquelas laranjas, com óptimo aspecto exterior, mas interiormente secas, sem sumo nenhum.
Se me é permitida uma opinião "muito" pessoal (não um conselho que esse ninguém mo pediu, nem eu conheço o Rodrigo para tomar a liberdade de vir aqui dar-lho), procure escrever mais terra-a-terra, sem tanto palavreado inútil e oco, tão largamente semeado pelo texto e que, afinal, apenas serve para que o leitor se distraia e afaste da questão principal.
Há palavras e expressões que somente se devem utilizar dentro de determinados contextos em que a sua aplicação se justifique e se adapte, face à natureza dos temas tratados. Não faz sentido nem fica bem que, só para exibirmos os nossos profundos "conhecimentos" e a nossa vasta "cultura" em matéria de vocabulário, estejamos sempre a recitá-las e a espalhá-las tão abundantemente, a propósito ou a despropósito, em qualquer situação.
O Rodrigo até parece ter jeito para escrever umas coisas. Mas assim não, assim não se safa, apenas se torna maçudo e "chato".
Ao Rodrigo, peço desculpa por esta opinião "muito" pessoal e "muito" sincera. Mas que hei-de fazer, se é o que eu penso?
Os meus cumprimentos para o Rodrigo e para os restantes leitores.
Com toda a sinceridade, não vejo diferenças significativas na forma (mais ou menos elaborada) como escrevem o Rodrigo e o Ingénuo. Ambos escrevem muito bem, são educados, valorizam o blog e também por isso, são muito bem vindos a este espaço.
Cumprimentos aos dois, não esquecendo os restantes.
A notícia que o Jerónimo ou o presidente não deram…
Quero que saibam que o Jerónimo ou, o presidente da CVN o que seria, talvez, mais indicado, só não se referiram a um projecto estruturante e de grande envergadura previsto, de há muito, na primeira página da agenda de planeamento e urbanismo para Vendas Novas, por um lamentável, mas desculpável, lapso.
Quero dar-vos conhecimento, em primeiríssima mão e na minha qualidade de responsável pelo projecto, de que muito em breve se iniciarão as obras de drenagem das águas da ribeira do Moutal, assim conhecida, e, logo de imediato, será feito o seu completo aterro por forma a poder ali nascer aquela que será, sem sombra de dúvida, a mais importante avenida da nossa terra; apresentará duas vias rodoviárias, com três faixas de rodagem cada, e uma faixa pedonal central, dispondo de árvores, jardim, e bancos para que as pessoas recuperem as energias perdidas.
Espero com este post ter dado uma agradável notícia a todos os Vendasnovenses aos quais recomendaria a venda, imediata, de barcos, pranchas de surf, motas de água e tudo o que têm em suas casas relacionado com desportos marítimos, e comecem a pensar, quanto antes, na compra de bicicletas, patins em linha, skates, ténis de marca, etc., de modo a poderem reconverter as vossas práticas desportivas face às profundas alterações introduzidas por este importante projecto.
O Rodrigo escreve alguma coisa mas, de concreto, diz muito pouco ou quase nada!
Revela uma preocupação, exagerada, em utilizar palavras ditas "caras", como se de um colar de missangas multi-côres se tratasse, mas perfeitamente descontextualizadas dos temas.
Estou em crer que, com mais alguns anitos, e sem uma mais do que certa pressão partidária, até poderemos vir a ter um excelente bogger.
Escrevo como posso e sei, compreendo que nem sempre (ou muito raramente) alcanço o dom da síntese e da clareza.
O meu sincero pedido de desculpas pela minha dificuldade de adaptação ao discurso da blogoesfera.
Voltando à questão, gostaria de deixar claro:
- Considero que o autor do post tem todo o direito (aliás, até tem o dever) de se queixar sobre os problemas da sua rua.
- Considero poder gostar mais ou menos do estilo utilizado pelo autor;
- Considero poder afirmar que em Vendas Novas existe um excesso de pessoas a criticar e o défice de pessoas a fazer;
- Considero poder escrever às horas que me derem mais jeito, sem ter de dar justificações seja a quem for, nunca tive patrão, não seria agora;
- Considero que em Vendas Novas existe uma oposição com tiques de poder - recusa ser criticada;
- Considero que em Vendas Novas existe um poder que merecia uma melhor oposição;
- Considero que o estilo utilizado por alguns - vulgar e arrogante - em nada contribuem para o nosso concelho;
- Considero que existe que se ache muito engraçado, mas permitam-me achar precisamente o inverso.
Tentei ser o mais breve e claro possível, não sei se consegui.
Poderão continuar a dizer que no fim não digo nada, eu volto a tentar condensar: arranjem a rua ao Sr. Moutal.
Assim tá bem oh Rodrigo! Claro, sintético, acessível ao comum dos mortais!
Continue que vai longe!
Óptimo, óptimo, Rodrigo. Eu sabia que você era capaz!
Está a ver que, abstendo-se de utilizar todos aqueles termos "caros" que anteriormente empregava, lhe saiu agora um texto coerente, leve, acessível e até muito agradável de ler?
Neste aspecto, permita-me que, muito humildemente, lhe apresente os meus sinceros parabéns pelo novo estilo e que lhe diga ainda que será também um prazer continuar a ler assim os seus comentários neste ou noutros blogues.
Não quero com isto dizer que o anterior discurso não tenha também
o seu valor, noutras ocasiões e noutras circunstâncias. Há no entanto e apenas que saber avaliar quando e como.
Em relação às opiniões agora formuladas nos seus considerandos, quero também dizer-lhe que estou inteiramente de acordo com grande parte delas, embora, como é natural, haja outras em que o nosso ponto de vista diverge. Por
exemplo:
-No 3º considerando e quanto ao "défice de pessoas a fazer", creio que a culpa será só daqueles, centralizadores, que só querem ser eles sempre a fazer tudo e não permitem, muitas vezes, que outros se aproximem para os ajudar.
-No 5º e sobre os "tiques de poder", não poderão nunca ser os da oposição a tê-los, já que eles não têm poder nenhum nem forma de o manifestar ou exercer (veja-se o caso da Junta de Freguesia). Quanto à "recusa às críticas", só o poder é que as recebe, logo só o mesmo poder é que se recusa a aceitá-las (veja-se também o que é que o poder tem feito na sequência de tantas críticas que se queixam de receber).
-No 6º, não é o poder existente que "merecia uma melhor oposição". A oposição é que "devia" ser muito melhor, mais activa e actuante, face ao poder que existe.
-No 7º e quanto ao "estilo utilizado por alguns", "vulgar" poderá ser, mas de "arrogante" não poderá o Rodrigo vir falar...(digo eu).
De resto, tudo bem. Conseguiu perfeitamente "ser o mais breve e claro possível", como pretendia e até, a terminar o seu comentário com a expressão - "arranjem a rua ao Sr Moutal!" - conseguiu que se compreendesse agora, finalmente e com toda a clareza, a sua efectiva posição neste assunto.
Os meus cumprimentos.
adorei essa do ancoradouro...grande sentido de humor!!!E já agora porque não ligar o ancoradouro ao largo da Igreja com uma passadeira rolante bem elevada ...e que permita apreciar as belas flores (??)plantadas na av.25 de Abril!!!mas só de dia porque de noite...my god...é só escuridão...
Afinal...a ideia da passadeira rolante até pode ser viável...mas já que tanto se faz...porque não pedir ao tal Engº...para projectar antes um teleférico entre a torre da Igreja e o depósito da água junto à ribeira!!!Assim permitiria ver a ribeira com todo o seu esplendor bem como as magníficas flores??da avenida...
bela ideia...assim talvez até nem tivesse sido tão descabida a abertura do famoso posto de turismo da mesma avenida...pois com o tempo até se poderia ligar a torre ao moínho...e tudo à borla ...como as scuds...
Animem-se...por falar de posto de turismo...vem aí um autêntico boom...para a cidade...à semelhança das excursões ao nordeste para ver as amendoeiras em flor...agora também vamos ter excursões para ver as famosas folhas dos plátanos da avenida junto à ribeira do moutal...vêm aí o progresso ...
Nesse caso seria melhor não alcatroar a zona da ribeira...sempre era mais rústico e mais parecido com as não menos famosas gravuras rupestres...
pois eu acho mal eliminarem o ancoradouro...onde é que eu posso então ancorar o meu rico iate...??
Isto de ser "comunista" e poder ao mesmo tempo é uma coisa lixada . O gozo de ser "comunista" consiste em reclamar atacar , reclamar, atacar porque há sempre destinatários , nem que seja o sistema porque perdidas todas as ilusões .
O Rodrigo (escriba de serviço) quando confrontado com a pertinência de outros argumentos e de forma desesperada recorre a atribuição de culpas para terceiros , a oposição local .Num rebate de consciência,acaba por deixar cair que tem que se arranjar a rua ao Sr. Moutal .
Acontece porém que não é a oposição que cabe arranjar a rua ao Moutal....
Folhas de plátanos na avenida do Moutal?? no Outono?? é estranho!!
...não...não é estranho...o que é estranho é não serem apanhadas!!!É triste ver as famosas folhas caírem...durante todo o ano...!!!e amontoarem-se desleixadamente...
É verdade sim senhor;só não vê quem não anda a pé ...nem está minimamente interessado no cuidado da coisa pública e muito menos no bem estar dos cidadãos.Aquelas folhas amontoadas nos passeios e frontarias das residências, durante todo o ano, são uma nojeira, entopem as sargetas, chateiam os moradores e dão um ar de desleixo inconcebivel...
Nem oito nem oitenta! Se há locais mais bem varridos é o ancoradouro da Ribeira Moutal.Diàriamente duas funcionárias da câmara vestindo batas verdes juntam as folhas para junto duma máquina varredoura que por sinal faz muito barulho e que não deixa dormir ninguém a partir das 8 horas.Mas que a Avenida fica bem varrida lá isso fica.Que o ancoradouro fica sem as folhas lá isso fica ,o mesmo não direi das areias pois isso deve pertencer a outro Gabinete camarario,talvez do ambiente, e nao ao pessoal da limpeza.Serão os plátanos as árvores adequadas para as ruas da cidade?...........Tenho muitas dúvidas.
A remoção das areias são da responsabilidade das autoridades marítimas que superintendem sobre a foz da ribeira do MouTal, depois de consultado o comandante do porto.
cantem hossanas!!!repiquem os sinos da nossa Igreja...finalmente resolveram cortar as arvores...desculpem ...as ervas da avenida...bem se vê que vêm aí melhores dias com as excursões à ribeira...
...e que dizer do sofisticado sistema de rega das ervas da avenida???????
...e computorizado...pois as ervinhas necessitam de rega dia e noite...não vá o diabo ...acabar com elas...
Na parte marítima estou eu á vontade. E estou abalizado para tornar publico que a resolução deste problema tem sido atrasada em virtude de soó agora ter sido nomeado o novo Comandante da Marinha. Não fora isso e a Ribeira do Moutal já teria seu ancoradouro, ah! teria de certeza.
Assim que tomou posse, o nosso novo Almirante fez questão de chamar a si o processo e já aprazou para "em breve" uma visita ao local. Chama-se a atençãodo Moutal para que esteja presente "em breve" para receber o nosso Almirante.
Como vêm o problema está a ser resolvido e a seguir os seus trâmites. Está tudo pensado e tudo a ser tratado; não é por trazerem a questão para este be-lo-gue que, Santa Ingenuidade!!! pensam que vai ser resolvido. Não! Já estava a ser tratado. Pronto.
Eu resido nas imediações da Ribeira do Moutal.
Disfruto no dia a dia ver as aguas correrem pelo passeio, perdão, pelo leito da ribeira, assim como disfruto da paisagem outonal plena de folhas no chão.
Disfruto também nesta zona de uma iluminação pública que, qd ligada mais parece que está apagada, disfruto da vantagem de morar numa avenida que brevemente terá uma marina.
Por tudo isto decidi criar o meu negócio: arrendamento de espaço para desfrutarem de toda estas benesses e estou pensando também em alargar o negócio e alugar aquelas pranchas que deslisam na praia de forma a rentabilizar o investimento.
Aproveite, enquanto o ancoradouro não estiver feito, faço promoções, bilhetes a metade do preço. Não esqueça, vá pra fora cá dentro, desfrute da possibilidade de deslisar nas águas enlameadas da ribeira do Moutal (tenho a concessão)!
...agora vão ter outro problema...Como receber condignamente o novo Almirante...será que terá que vir da capital...uma guarda de honra...da marinha?
...com toda esta controvérsia...os prédios da avenida devem ter valorizado imenso...toda a gente quer ter uma marina à mão...mesmoo às escuras e com entulho nos passeios...
coitado!! a ribeira, depois as folhas, agora a iluminação!! que mais lhe irá acontecer??
Atão, parou nos 70? (+ 1)
...defender o indefensável...é na verdade muito ingrato...até dá para provocar...mas responder a provocações não é o meu estilo.Prefiro mostrar as fragilidades do dito sistema...e dizer não à demagogia...venham ver as sargetas entopidas com as folhas na avenida...
Chovia torrencialmente e a SrªMaria e a SrªAlice (nomes fictícios) funcionárias de limpeza,com os seus impermeáveis vestidos,continuavam a limpar e a varrer as folhas dos plátanos.Um grande bem haja a estas trabalhadoras anonimas.Porém a Ribeira Moutal transbordou e com a confluencia da Ribeira Miguel Torga houve cheia junto ao Colégio Laura Vicuña.Porquê? Porque por incrível que pareça não existem sargetas!..................
Pode lá ser verdade...no Plano Estratégico para a Avenida já lá constam há vinte anos. Se ainda não foram abertas foi porque o mercado municipal e a estação das cámionetas era mais urgente.
Porra, vocês querem tudo no mesmo mandato? não pode ser, e os outros presidentes depois não tinham obras para inaugurar na véspera das eleicões? tenham calma que está tudo no plano estratégico.
...eu de planos não percebo nada...entendo é que as populações merecem respeito...que mais não seja , porque são elas que votam e têm na sua mão a arma de mudar...(o sistema) e começam a ficar saturadas de ano após ano verem os seus (eternos) problemas adiados...já alguém reparou na coexistência de cabos eléctricos e enormes ramadas da av.25 abril???
...certamente ninguém reparou...mas também para reparar das duas uma: ou visita a av...entre as 9.00 e as 16.00 ( pela mais que evidente ausência de iluminação pública...digna desse nome...)ou então aguarda por uma desgraça , motivada por alguma descarga eléctrica fortuita...e depois é só ver a culpa morrer solteira...
Hoje, sábado 04 Nov 06, pelas 15.00H a cidade era uma ribeira pegada, da boavista ao cemitério, do polígono à afeiteira era só água por todo o lado; tudo aquilo que aqui já foi dito, umas vezes mais a sério outras mais a brincar, é manifestamente pouco para descrever o estado caótico em que Vendas Novas se encontrava e vai encontrar muitas vezes se nada for feito.
Abram os olhos!!!
Concordo plenamente com o anonimo de 04Novembro,2006 20:59 .Nunca pensei ter uma inundação na cave com 10 centímetros de altura no dia 04 Novembro tendo em conta o local onde moro na Avenida 25 de Abril, nº 5-B ,no ponto mais elevado,junto ao Deposito das Águas,cruzamento com a Rua Miguel Torga !...Tal situação se deve ao facto de não existir uma adequada rede de saneamento das águas pluviais nesta zona da cidade.Quem é que nos acode?..................
VENDAS NOVAS ESTÁ A AFUNDAR-SE!!!
Sábado, dia 4 de Novembro de 2006, por volta das 15.00h, toda a cidade apresentava um aspecto de inundação geral, como que a afundar-se nos extensos lençóis de água que cobriam estradas, ruas e caminhos. Nalguns pontos da cidade, desde há muito perfeitamente identificados, e que têm merecido, repetidas, chamadas de atenção neste blog, o aspecto era deveras desolador já que a altura das águas invadia as casas circundantes e tornava aquelas zonas completamente intransitáveis a automóveis e peões.
Não sou técnico na matéria, mas pelo que me foi dado ver, não andarei muito longe da verdade se aqui afirmar que todo o sistema de drenagem das aguas pluviais é manifestamente insuficiente, em muitos casos inexistente, em, praticamente, toda a cidade; o sistema de drenagem a que me refiro não são apenas as sarjetas que, valha a verdade, se encontravam, irrepreensivelmente, limpas, são também as valas e valetas, são a inclinação e estado de conservação de ruas e estradas, tudo em perfeita articulação -ao que constatei em perfeitíssima desarticulação -, por forma a drenar as aguas pluviais, de forma rápida e eficaz.
Para um município que se arvora e até, talvez, tenha razões para isso, num dos mais ricos e desenvolvidos do Alentejo, as imagens a que ontem tive oportunidade de, tristemente, assistir, não só me preocuparam, como também me transmitiram um grande sentimento de revolta; esse sentimento tive-o porque, ao longo das últimas décadas, tenho vindo a assistir a um esbanjar de dinheiros em algumas grandes obras de fachada, perfeitamente eleitoralistas, e, no que ao básico diz respeito, e mais básico do que o saneamento que tem esse nome não pode haver, pouco tem sido feito e alguma coisa que o tem sido, tem-se vindo a revelar como, manifestamente, insuficiente e no dizer de algumas pessoas mais entendidas, de forma completamente desadequada.
Gerir bem uma autarquia é, acima de tudo, saber estabelecer e agir de acordo com as prioridades; fazê-lo ao sabor de correntes mais ou menos eleitoralistas corresponde, invariavelmente, à falência, a prazo, do sistema, penalizando, seriamente, as populações.
Nota- Se a Ribeira do Moutal, sem chuva, já fez correr muita tinta por baixo das suas pontes, agora que ela caiu, imaginem quantas paletes de tinteiros por lá ainda irão correr…
O recorde de “posts” está completamente batido, mas pressinto que ainda estamos muito longe do resultado final o qual não deverá ficar aquém da centena!
Os meus parabéns ao anónimo das 12:04. Além de escrever muito bem, tocou nos pontos principais. Realmente os responsáveis têm de abrir os olhos e pensar no bem dos Vendasnovenses.
Obrigado, caríssimo anónimo das 18.34H, pelas suas simpáticas palavras, algo imerecidas, já que me limito a escrever, apenas, aquilo que penso fazendo-o, talvez, de forma mais bem conseguida quando, preocupado com o que me rodeia, transmito a minha solidariedade para com os problemas que aos outros, e não só a mim, mais afectam.
para ser cantádu com a música das meninas da ribeira do sado.
Então lá vai o poema:
Ó câmara, ó linda câmara,
olha bem pró meu quintale
s'olhares bem, rica câmara,
mandas prender o Moutal.
Pois o gajo tem uma ribeira
que escoa pra avenida
e provoca inundações
originando reclamações
Falta o esgoto pluvial!
a culpa é do Moutal
A culpa é do Moutal
a culpa é do Moutal...
Abaixo o Moutal, o gajo tem uma ribeira e não trata dela.
Meus amigos, creio q a solução para a ribeira está encontrada, com a contrução de um cais junto ao antigo hospital dá para percorrer de barco toda a avª 25 abril.
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