sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

Fecho das Urgências de Vendas Novas - 26

A exemplo do que já fizemos em relação à JCP-VN, publicamos hoje dois comunicados enviados pela JSD-VN e pela JS-VN, ambos relacionados com esta questão do "Encerramento das Urgências".

Clique no seguinte endereço para ler o Comunicado da Juventude Social-Democrata de Vendas Novas: "Urgências: JSD-VN".

O Comunicado da Juventude Socialista de Vendas Novas pode ser lido aqui por baixo.
(para isso, clique em "Continuar a ler ...")


--- início do comunicado da JS-VN ---

Comunicado

Na sequência do desafio lançado pelo amigo João Fialho às Juventudes partidárias da nossa terra, gostaria de adiantar que a Juventude Socialista de Vendas Novas está a trabalhar com as restantes forças das juventudes partidárias (JSD e JCP) para a manutenção das Urgências do Centro de Saúde de Vendas Novas.

Afirmamos mais uma vez que esta é uma causa de todos os vendasnovenses e não só dos Partidos políticos e das Juventudes partidárias. Todos devemos trabalhar o máximo pela manutenção do que consideramos ser um bem essencial para o desenvolvimento de Vendas Novas.

De facto já existiram vários contactos de forma a podermos materializar essa “Plataforma Jovem”. A Juventude Socialista estará na linha da frente nesta luta e trabalharemos em colaboração com todos os que assim o entendam. Neste caso, não podemos esquecer que a capacidade de trabalho dos partidos e das suas juventudes é muito grande, mas que também as associações da terra e todos os grupos organizados de cidadãos devem intervir activamente nesta batalha. Essa é uma das nossas propostas.

Só com o empenho de todos, sem tentativas de ser mais do que.. ou melhor do que.., poderemos vencer. Devemos sim defender Vendas Novas e fazer chegar ao Sr. Ministro uma coisa que nos parece óbvia: TEMOS BOAS RAZÕES PARA CONTINUAR A TER URGÊNCIAS EM VENDAS NOVAS E ATÉ PARA VER MELHORADOS OS NOSSOS SERVIÇOS.

A JS espera que todos se unam a nós nesta luta pois só assim conseguiremos atingir bons resultados. Mais uma vez defenderemos os interesses das populações contra tudo e contra todos.

Cumprimentos,
Luís Dias - JS
--- fim do comunicado da JS-VN ---

10 comentários:

Anónimo disse...

Em relação á publicação do artigo no Diário Economico, tenho a dizer, e apesar de não achar isto relevante porque continuo a dizer que ambas as populações tem o direito á saude, que é interessante fazer o seguinte exercicio:

Consultar as paginas na wikipedia de ambos os concelhos e verificar o crescimento populacional de cada um, http://pt.wikipedia.org/wiki/Vendas_Novas e http://pt.wikipedia.org/wiki/Montemor-o-Novo

e depois fazer um exercicio ainda mais interessante que será no site http://www.viamichelin.com verificar as distancias do concelho de vendas novas para as freguesias de cabrela, cortiçadas e lavre e depois as distancias para o concelho de montemor, para ja não falar da freguesia de pegoes pertencente ao concelho do montijo!

Com a analise feita, convido-os depois a deixar aqui a vossa opinião!

RT

Anónimo disse...

ainda outro desafio:

Nas paginas do Evora distrito digital relativas a ambos os concelhos poderemos tambem fazer uma analise de:

- Area de cada concelho
- Densidade populacional
- População de cada freguesia

E atenção porque são dados de 2001

http://www.evoradistritodigital.pt/distrito/tabela_montemor

http://www.evoradistritodigital.pt/EDD/distrito/tabela_vendasnovas

RT

Anónimo disse...

Segundo o Diario Digital os autarcas do alto Tamega são recebidos dia 2 de Março, de Vendas Novas, nada!

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=12&id_news=264235

Primeiro Ministro chama a si decisões pelas urgencias!Algo está mal no reio de Socrates...

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=12&id_news=264360

http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1286569

ALG disse...

"Os municípios de Espinho, Montijo, Fafe, Cantanhede, Santo Tirso e Macedo de Cavaleiros assinaram, este sábado, os primeiros protocolos com o Ministério da Saúde, com vista à reestruturação da rede de urgências.

No encontro, o ministro da Saúde frisou que o mais importante foi o «processo negocial» que esteve na base da assinatura dos protocolos e adiantou que para além destes, outros acordos vão ser em breve assinados com outros municípios.

Outros municípios «não vieram porque não tinham o seu processo de tomada de decisão terminado. Ao longo deste tempo fomos discutindo, negociando, vendo caso a caso» e delineando «as melhores soluções para cada hospital», adiantou Correia de Campos.

O titular da pasta da Saúde realçou que um dos objectivos da reestruturação das urgências é «dar uma nova missão» e uma nova oportunidade a «pequenos hospitais que foram durante décadas abandonados um pouco à sua sorte»."

In TSF on-line hoje 19:35


Então e VN?
Não tinha o processo de tomada de decisão terminado?

Anónimo disse...

Defendi desde a primeira hora, que este assunto das Urgências deveria ser tratado, em sede própria e com quem de direito, através do diálogo e da negociação -lembram-se, certamente, de ter utilizado a metáfora do futebol em que, por contraste, as coisas se resolveriam fora do campo, e mais facilmente nos meandros das secretarias – e não, exclusivamente, ou maioritariamente, em acções de rua onde, não raras vezes, se atenta contra os mais elementares direitos e liberdades dos outros cidadãos, até ao limite de se pôr em causa a Ordem Pública e o Estado de Direito que somos e queremos continuara a ser.

Um ilustre anónimo, perfilhando, manifestamente, de uma opinião contrária á minha -diria, diametralmente, oposta – recuou no tempo e deu-me como exemplo o 25 de Abril de 1974 e todas as lutas de rua, incluindo as célebres barricadas, e as conquistas revolucionárias que se lhe seguiram, insinuando que sem os atentados aos direitos e liberdades dos outros cidadãos e a alteração da Ordem Pública esta luta pelas Urgências em Vendas Novas estaria condenada à partida.

Quero deixar aqui bem vincado que perfilho de uma ideia oposta à deste ilustre anónimo – um saudosista, confesso, dos tempos gloriosos do verão quente de 1975 – e estou em crer que a evolução deste assunto das Urgências, em Vendas Novas e no país, acabará por confirmar a posição que sempre defendi: diálogo, negociação, concertação.

Não me surpreenderá, no entanto, que após o reconhecimento do direito ao Serviço de Urgências -ou qualquer outra solução semelhante desde que melhor do que a actualmente existente - que assiste ao povo de Vendas Novas, os “profetas” do povo, os defensores, únicos e legítimos, das suas causas, venham de imediato para a rua com as suas bandeiras partidárias -agora sim, declaradamente - manifestar o seu contentamento por mais uma conquista revolucionária e, sobretudo, tentando colher alguns dividendos a capitalizar até às próximas eleições autárquicas.

Anónimo disse...

E Vendas Novas, onde fica??
E que acordo é este??
Será mandar areia para os olhos do povo??

Anónimo disse...

Atenção:

Amanha, PROS E CONTRAS na RTP, sobre o Encerramento das Urgências

bomdebola disse...

Discordo do entusiasmo perceptível no último parágrafo do comentário do Sr. Mário Pinelas. Com grande pena minha, tenho uma visão premonitória bem menos optimista.

Embora o acesso aos serviços de saúde pública esteja longe de se considerar ideal, as soluções que se anunciam serão sempre piores do que as que temos. Isto pese embora toda a retórica do Sr. Ministro Correia de Campos vá de encontro ao adormecimento das populações envolvidas pelo encerramento destes serviços. Justificações e promessas de melhores condições não faltam. Na prática, sabemos todos que não será bem assim.

A Comissão Técnica de Apoio ao Processo de Requalificação das Urgências publicou um comunicado datado de 21-02-2007, em que faz referência ao caso concreto de Vendas Novas. Envolto num encorajador processo de intenções lá aparece a justificação para a desqualificação do nosso concelho.

Quem lê este relatório fica desconfiado. A intenção é óptima, mas a alternativa é péssima. E isto porque não há condições, nem se prevê que venham a haver, para dar resposta às muitas “consultas” de carácter urgente que passam diariamente pelo nosso SAP.

Diz o relatório:

- “O Serviço de Urgência não deve ser a porta de entrada no sistema de saúde para as situações não urgentes.”
- “Compete a outras estruturas, promover a resposta às situações não urgentes. Existe uma necessidade clara de reforçar a resposta a nível da Consulta no Centro de Saúde (acessibilidade ao médico de família) e da Consulta Externa Hospitalar (acessibilidade ao médico especializado em valência hospitalar), para que o utente não recorra indevidamente ao Serviço de Urgência como forma de resolver os seus problemas não urgentes.”
- “Conclui-se, ainda, que é legítimo e desejável manter a resposta dos cuidados de saúde em grande proximidade às populações, onde se poderão resolver grande parte das situações clínicas agudas não urgentes,”
- “Uma realidade é a da Consulta (que deve ser mantida onde necessária, prevendo solução de funcionamento aberto para situações não programadas) e, outra realidade é a do Serviço de Urgência.”
- “O processo de ajuste e alteração da Rede de Urgências deve ser gradual e faseado, verificando-se a capacidade de resposta das soluções alternativas e, antes de qualquer hipotético encerramento de um ponto de rede, dar prioridade à abertura de novas unidades e à qualificação da resposta pré-hospitalar e dos Serviços de Urgência que permaneçam em funcionamento. É necessário garantir que qualquer modificação que implique o encerramento dum ou mais Serviços de Urgência, não motive o impedimento do acesso a cuidados qualificados de urgência em tempo útil.
- "Em conclusão, há que ter a coragem de propor a mudança para melhorar a resposta às situações de verdadeira urgência e emergência médica."


Sobre o caso concreto de Vendas Novas diz o relatório:

- “Não existe Serviço de Urgência neste local, mas sim um SAP/SASU no Centro de Saúde.
- Os princípios acima descritos sobre a viabilidade da manutenção de uma Consulta Aberta, são pertinentes.
- A Comissão Técnica não recomendou o encerramento do «Serviço de Urgência» no local, nem de qualquer consulta existente (na realidade, presentemente, nem sequer existe um Serviço de Urgência nessa localidade).
- No que se refere à localização de um Serviço de Urgência Básico em Montemor-o-Novo, é de referir que esta localidade possui mais população do que Vendas Novas e encontra-se em sentido centrípeto em relação a Évora.
- Considerando a localização geográfica de Montemor-o-Novo em relação ao Serviço de Urgência mais próximo (Évora), não fará sentido propor que doentes das zonas limítrofes de Montemor-o-Novo se desloquem para Vendas Novas, para depois os casos mais graves terem de ser reencaminhados em sentido contrário (com a inevitável perda de tempo, fazendo novamente o trajecto no sentido contrário).
- Mesmo sem SUB em Vendas Novas, as Freguesias do Concelho de Vendas Novas mantêm acessibilidade/tempo de trajecto até um Serviço de Urgência no limite do tempo alvo de 30 minutos.” .


Manuel Filipe Quintas

Anónimo disse...

Ter alguém neste blog que discorda de mim e o diz frontalmente, assinando por baixo e com as letras todas, é um privilégio que não toca a todos… é preciso que muito mais gente o faça porque é da discussão, leal e séria, que se pode fazer alguma luz sobre este e outros temas aqui tratados.

Apesar de não associar o nome à pessoa, lamento mas tenho que o dizer, quero felicitá-lo pelo seu empenho em defesa desta causa e pela sua participação, regular e assídua, no AL, não obstante e lamentavelmente, nem sempre ser bem compreendido por parte de alguns leitores.

Do seu longo post – grande parte dele é a transcrição do comunicado do passado dia 21 da CTAPRU – concentro-me no seu primeiro parágrafo por duas ordens de razões:

-a primeira, e eu cito, “…Discordo do entusiasmo perceptível no último comentário do Sr. M…”

-a segunda, pela linda palavra que utilizou e que eu, confesso, desconhecia em absoluto e que é: PREMONITÓRIA (não veja nisto um grito)

Quanto ao segundo ponto, quero agradecer-lhe o seu contributo para o enriquecimento do meu vocabulário e, se me permite, gostaria de partilhar com os leitores do AL - peço desculpa aos mais cultos - o significado desta palavra: que adverte antecipadamente; que se deve tomar como aviso ou prevenção.

Quanto ao primeiro ponto, o tal da discordância pelo entusiasmo perceptível no último parágrafo, e porque nele estão configuradas duas situações, uma decorrente da outra, gostaria, para melhor esclarecimento meu e de todos aqueles que nos lêem, de o subdividir em cada uma das situações:

-a primeira prende-se com o reconhecimento do direito ao Serviço de Urgências, ou de qualquer outra solução semelhante desde que melhor do que a actualmente existente;

-a segunda tem a ver com o comportamento, não premonitório mas enraizado em experiências acumuladas ao longo de décadas, dos “profetas” do povo, os defensores, únicos e legítimos, das suas causas, venham de imediato para a rua com as suas bandeiras… tentando colher dividendos a capitalizar até às próximas eleições autárquicas;

Com qual dos pontos é que o Sr. Manuel Filipe Quintas não concorda? Com os dois? Com o primeiro ou com o segundo?

Termino com excerto de um comunicado, emitido no mesmo dia, e que considero, sem por em causa a luta dos Vendasnovenses, de bastante interesse informativo:

8) Em nenhuma circunstância constitui o processo de requalificação das urgências um atentado ao Serviço Nacional de Saúde. Este processo representa uma tentativa de estruturação do S.N.S. neste sector de actividade, a favor do bom funcionamento dos serviços. Assim, a racionalização da localização dos pontos de rede na Rede de Urgências, não infringe o direito à saúde, mas aumenta a acessibilidade aos cuidados de urgência mais adequados. Para isso há que compreender que acessibilidade a cuidados urgentes nem sempre passa pela existência de um Serviço de Urgências em proximidade mas que, em muitas circunstâncias, esta pode ser garantida, com eficácia e eficiência, através da manutenção da acessibilidade aos cuidados médicos (Consulta), triagem inicial das situações mais graves, estratificação do risco e encaminhamento qualificado, em tempo útil, para um centro dotado das valências e logísticas mais adequadas.

E mesmo para terminar, algumas conclusões deste comunicado:

-há que ter coragem para propor a mudança para melhorar a resposta às situações de verdadeira urgência e emergência médica;

-há que ser sério na defesa das populações, preconizando as melhores soluções técnicas, independentemente das conveniências políticas e da popularidade imediata das soluções;

De que este Ministro da Saúde peca no estilo, sobretudo de comunicação, ninguém parece ter dúvidas; agora que o modelo da Rede de Urgências preconizado para o país, no seu compito geral, não estará tão mal como por aí se apregoa, temos de o reconhecer!

bomdebola disse...

Caríssimo Sr. Mário Pinelas

Agradeço-lhe as palavras simpáticas que me dirigiu. A minha avaliação sobre a sua prestação neste espaço é também ela bem positiva.

Sobre o seu pedido de esclarecimento, devo dizer-lhe que não comungo com aquilo que me pareceu ser uma manifestação de optimismo exagerado, sobre a decisão final para o caso que directamente nos interessa: Vendas Novas.

Prevejo que já perdemos esta batalha e as consequências serão inevitavelmente bem gravosas para a população, nomeadamente para os mais carenciados: doentes, idosos, desempregados, etc.

Reconheço que no cômputo geral a filosofia das medidas anunciadas pelo Ministro até é a mais correcta. Na prática, porém, no nosso caso, nem o Centro de Saúde; nem os clínicos; nem o corpo de bombeiros; nem a frota de viaturas da associação; nem as instituições, estão preparados para esta mudança. E nem o eventual prolongamento do horário de funcionamento do C. Saúde em duas ou quatro horas, resolverá este défice de atendimentos que já existe.

Manuel Filipe Quintas