segunda-feira, 26 de março de 2007

Barómetro Local - 1

Barómetro Local - Vendas Novas
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O "Barómetro Local" é a minha adaptação livre da muito conhecida "Matriz BCG", utilizada em Economia e Gestão. A sua leitura, neste caso, é muito simples: "à direita é melhor que à esquerda e ao cimo é mais intenso que em baixo". Deste modo, é preferível estar em cima do lado direito e o pior é ficar em cima do lado esquerdo.

Neste caso em concreto, nos dois casos extremos, aplaude-se a construção do Lar Nª Sra da Saúde na Afeiteira e considera-se lamentável a situação e, designadamente, a falta de esclarecimento no que se prende com as Obras na entrada poente de Vendas Novas.

Como é natural, esta matriz é absolutamente subjectiva. Ela reflete, apenas e tão só, algumas das minhas opiniões e sensações no exacto momento em que é elaborada. Nada mais. Tentarei voltar a esta fórmula periodicamente, ou sempre que se justifique. A caixa de comentários está aberta a quem quiser manifestar-se.

6 comentários:

Anónimo disse...

É tão triste haver pessoas destas na minha terra.
Depois de um fim de semana fora, chego a casa, arrumo tudo, deito os miúdos, faço dois telefonemas e sento-me ao computador para me actualizar em relação ao que se passou nestes dias em Vendas Novas.
A página da Radio Granada dá uma ajuda e os blogues, pode ser que também ajudem. Passo então pelo Atribulações, como faço de semana.

E o que leio? Alguém que já não posso. Que me lembra pessoas iguais que as há no meu trabalho. Vêem mal em tudo. São negativas e vingativas. Tomam os outros de ponta. Não criam, mas sabem destruir.
Na minha fábrica conheço-lhes os nomes. No Atribulações chamam-se meretissimos.
Até amanhã se Deus quiser.

João Fialho disse...

Viva, boa tarde.

Vejo que as coisas aqueceram um poucochinho por aqui (mas parece-me mesmo só um pouquinho), desde que ontem à noite coloquei este "barómetro local".

Todos os leitores "registados" estão á vontade de comentar, gostem ou não do que é publicado, critiquem ou não o que aqui se escreve. A liberdade é total, desde que todos nos mantenhamos num plano de respeito pelos restantes. Acho que assim é que deve ser.

O nosso leitor "meretíssimo" continua a privilegiar-nos com as suas visitas, o que agradecemos. Tenho por hábito respeitar todas as opiniões, incluindo aquelas que me querem convencer a gerir o blogue de outra maneira. É isso que este nosso leitor gosta de fazer, e eu agradeço-lhe, pois julgo que o fará com boas intenções. Digo eu.

Agradeço igualmente aos restantes amigos que por aqui têm passado e espero que continuem a encontrar razões para cá voltarem.

E quanto ao "Barómetro Local", vêm muitas diferenças em relação ao que cada um de vocês acha que lá deveria constar?

MouTal disse...

Meu caro amigo
Gostei desta "Matriz BCG", como você sabe eu não sou da área das economias, portanto releve a minha ignorância. (De BCG só conhecia a vacina que quando era puto fui obrigado a fazer por causa da tuberculose, mas isto foi um aparte).
Concordo plenamente com o preenchimento que fez da matriz, foca e escalona o que (mensalmente?) se vai sentindo na nossa cidade.
Pena é o pessoal andar todo a dormir e não aproveitar este seu trabalho para, construtivamente discutir a nossa cidade e não ver fantasmas na critica ou no elogio.
Abraço.

Unknown disse...

Olá a todos.
Conheço o Sr. Pintor, ele tem as suas convicções e eu tenho as minhas.
E não me incomoda nada que ele venha a ser, novamente, presidente do EFC, isso não está na mão do Sr. Pintor mas sim na massa associativa. Na mão do Sr. Pintor estará a sua vontade, ou não, de ser candidato ao cargo.
Eu, decerto não votarei nele,agora que ele tem feito algo por Vendas Novas é uma verdade indesmentível. O seu a seu dono!

O iletrado disse...

Nada de precipitações nem de entusiasmos desmedidos… por enquanto!


SAP perverteram cuidados primários.

O Serviço de Atendimento Permanente (SAP) nunca foi, nem poderia ser, um dispositivo de uma rede de urgências, apesar de muitos, erroneamente, assim o designarem.

Este tipo de serviços nasceu ao longo dos anos oitenta, com o objectivo de assegurar acesso a uma consulta de cuidados primários para quem não a podia obter durante o dia, por falta de vaga no médico de família. Acessoriamente, permitia o encaminhamento para um serviço de urgência.

Os 79 SAP a funcionarem ainda em regime de 24 horas diárias estão dotados de apenas um médico e um enfermeiro, sem formação especializada para situações urgentes ou emergentes, e um funcionário administrativo.

Sem meios de diagnóstico químico ou radiológico e desligados da rede de transporte de doentes, limitam-se a realizar, fora de horas, as consultas que deveriam ser prestadas pelo médico de família no horário regular. Durante a noite, conferem uma ilusão de segurança que tem sido causa de muitos contratempos.

Se o doente se apresenta no SAP em estado que inspire cuidado, deve ser imediatamente remetido a um serviço de urgência hospitalar, mas perdeu-se desnecessariamente um tempo útil. Caso seja necessário estabilizar o doente para, em seguida, o enviar a uma verdadeira urgência, o único médico disponível no SAP tem de optar entre ficar no serviço, para atender quem apareça, ou acompanhar o doente, sempre que o estado deste exija assistência durante o percurso.

Devido à carência de médicos de família (cerca de 700 mil Portugueses não os têm), os períodos nocturnos dos SAP passaram a ser assegurados pelos próprios médicos do centro de saúde, retirando-lhes a possibilidade de prestar assistência na manhã seguinte.

Daqui resultou uma perversão organizativa. De dia faltam médicos, por estarem de serviço à noite. Só que de noite quase não há doentes, sobretudo no interior do país.

Na região Norte, os distritos com mais médicos por habitante, como Vila Real e Bragança, são aqueles onde acorrem menos doentes ao atendimento em período nocturno, respectivamente 2,3 e 1,2, e o mesmo acontece na região Centro, onde Castelo Branco tem 2,2 episódios nocturnos e a Guarda apenas 1,5.

Nestes distritos a utilização total de consultas médicas por habitante é, pelo menos, igual ou até superior às médias nacionais; não há aí falta, mas até excesso de médicos, sobretudo se compararmos com as zonas urbanas do litoral.

No litoral e à volta das grandes cidades, a regra é a penúria de médicos de família, atingindo a lista de muitos deles os 2.500 utentes, e milhares de cidadãos sem a garantia de acesso ao seu médico.

A população tem bem a noção de que os SAP devem dar lugar a actividade programada nos centros de saúde, para adquirirem qualidade. Entre 2005 e 2006, baixou em 7% o número de atendimentos em SAP, tendo aumentado as consultas no horário programado dos centros de saúde (mais 2,3%). Estamos no bom caminho, mas temos de acelerar esta reforma. Mantendo um ritmo lento, são muito elevados os custos em equidade de acesso.

Há que criar condições para que, rapidamente, o reduzido número de consultas nocturnas em SAP seja absorvido pelo melhor funcionamento dos centros de saúde, quer através da constituição de Unidades de Saúde Familiar (unidades assentes em equipas multiprofissionais, voluntariamente constituídas por médicos, enfermeiros e pessoal administrativo, que funcionam de forma integrada, intersubstituindo-se nas ausências), quer através do alargamento do período regular de funcionamento do centro de saúde até às 20:00 horas ou 22:00 horas, se necessário.

Há que reforçar os meios móveis de emergência pré-hospitalar e instalar, já em Abril, o Centro de Atendimento telefónico do SNS (Saúde 24) para o apoio e encaminhamento do cidadão. E concluir a requalificação da rede de urgências. É uma operação de sincronia delicada. Mas indispensável.

Correia de Campos
Ministro da Saúde
25-03-2007

Nuno Sequeira disse...
Este comentário foi removido pelo autor.