As filhas das nossas amantes!
Esta coisa de ser adepto de um clube de futebol envolve por vezes um elevado grau de irracionalidade. Há quem defenda que quando levado ao extremo, este descontrolo emocional sobrepõe-se a todos os outros valores da vida. Ser adepto é qualquer coisa como partilhar uma amante que não raras vezes nos desilude e nos maltrata.
Nos últimos anos foram inauguradas pelo país, e um pouco por todo o mundo, imensas “casas” dos principais clubes portugueses. Vendas Novas não fugiu à regra e conta já com uma casa do Benfica e outra do Sporting. Estes espaços têm vindo a cativar adeptos que ali se reúnem diariamente com especial incidência por altura dos grandes jogos. Em alternativa à ida ao estádio – nem sempre acessível à maioria das bolsas – estes são locais de eleição para se confraternizar, discutir as opções do treinador e claro, “malhar” no árbitro, cujos erros beneficiam sempre as equipas adversárias.
Em dia de jogo, as emoções são vividas colectivamente. É mais fácil exteriorizarmos este tipo de sentimentos quando temos à nossa volta uma “multidão” que grita, que ri, ou que chora, sem que isso pareça ridículo ou despropositado. Ninguém fica indiferente a esta paixão partilhada.
É claro que o papel destas casas não se resume a juntar os adeptos à volta de um televisor. Há que incrementar a mística do clube nos mais novos. Proporcionar-lhes meios para que se sintam bem naqueles locais e para que tragam outros amigos. Devem ainda angariar novos sócios, organizar visitas guiadas ao estádio e excursões colectivas por altura dos jogos decisivos.
Estas pequenas catedrais são as filhas das nossas amantes. Aprendemos a gostar delas, a respeitá-las e a acarinhá-las, mas sempre com o pensamento supremo nas suas progenitoras.
Nos últimos anos foram inauguradas pelo país, e um pouco por todo o mundo, imensas “casas” dos principais clubes portugueses. Vendas Novas não fugiu à regra e conta já com uma casa do Benfica e outra do Sporting. Estes espaços têm vindo a cativar adeptos que ali se reúnem diariamente com especial incidência por altura dos grandes jogos. Em alternativa à ida ao estádio – nem sempre acessível à maioria das bolsas – estes são locais de eleição para se confraternizar, discutir as opções do treinador e claro, “malhar” no árbitro, cujos erros beneficiam sempre as equipas adversárias.
Em dia de jogo, as emoções são vividas colectivamente. É mais fácil exteriorizarmos este tipo de sentimentos quando temos à nossa volta uma “multidão” que grita, que ri, ou que chora, sem que isso pareça ridículo ou despropositado. Ninguém fica indiferente a esta paixão partilhada.
É claro que o papel destas casas não se resume a juntar os adeptos à volta de um televisor. Há que incrementar a mística do clube nos mais novos. Proporcionar-lhes meios para que se sintam bem naqueles locais e para que tragam outros amigos. Devem ainda angariar novos sócios, organizar visitas guiadas ao estádio e excursões colectivas por altura dos jogos decisivos.
Estas pequenas catedrais são as filhas das nossas amantes. Aprendemos a gostar delas, a respeitá-las e a acarinhá-las, mas sempre com o pensamento supremo nas suas progenitoras.
4 comentários:
Interessante tema, este das Casas do Benfica e dos Núcleos Sportinguistas.
De facto, Vendas Novas também aderiu a esse fenómeno, com uma muito razoável adesão, mais num caso que no outro.
É mais uma das formas de associativismo que, tanto quanto vejo a questão, não trará desvantagens aos locais onde se instala, antes pelo contrário.
Na separata do boletim municipal hoje distribuído, chamou-me a atenção a proposta de apoio ao Associativismo Desportivo para 2006.
- Casa do Benfica de Vendas Novas 1.700,00 euros
- Núcleo Sportinguista de Vendas Novas 1.200,00 euros
Será esta uma forma de discriminação positiva?
Não sou fanática por futebol, mas lá em casa não me deram hipótese de escolha.
Decidi juntar-me a eles e passei a vibrar com os jogos (do Benfica, claro!)e a conhecer jogadores, tácticas, eleger preferidos e insultar os outros.
Fiz questão de ir ver o jogo do Befica com o Barça esta semana, mais para ver o espectáculo do Ronaldinho, mas como em quase todas as concentrações em massa, dou por mim a "ser levada" e gritei tanto pelo Benfica e pelos jogadores que fiquei completamente rouca! Até assobiei ao Ronaldinho, que admiro como jogador mas estava contra "nós"!
Quanto às "filhas das nossas amantes" (adorei o termo!), não sou de facto adepta... por enquanto... mas porque não espreitar um dia?
Obrigado MafTal. É uma honra tê-la como comentadora de um post que eu criei. E não o digo por simples cortesia. Já escrevi no outro Atribulações que a MafTal, o Alentejodive e o Marketeer são de facto de outra constelação na blogosfera vendasnovense.
Transpondo esta imagem para a linguagem do encontro ainda presente na sua memória, seria assim: está a ver a qualidade do Ronaldinho, do Eto’o e do Deco? É neste grupo restrito que a MafTal se enquadra. Eu, e mais alguns - dos poucos que ainda restam - procuramos segui-los, mas dificilmente conseguiremos chegar à vossa baliza! É que isto de escrever, ter ideias e saber desenvolvê-las não é para todos. Tal como no futebol, não basta ter boa vontade. O génio nasce intrinsecamente.
Mais uma vez obrigado e volte sempre.
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