Qualidade da água, ou de como "deitar dinheiro à rua"
Folheto do Programa Polis Albufeira
Abril de 2006
Abril de 2006
Através do blogue "Notas do Mandato" , do Sr. Arquitecto Luis Braga, actual Vereador representando o PSD na Câmara Municipal de Vendas Novas (CMVN), ficámos a saber da rejeição de uma proposta por si apresentada na reunião de 29 de Março, daquele orgão autárquico.
Defendia essa proposta algo que, para qualquer munícipe, o que não se compreende é porque ainda ninguém tivera a iniciativa de propor. Ou seja, que a CMVN divulgasse através de meios ao seu alcance (Boletim Municipal e Site na InterNet) os resultados das análises efectuadas à água para consumo humano distribuída em Vendas Novas, acompanhado de um quadro de referência dos parâmetros indicadores de qualidade da mesma.
Refira-se que estas análises são obrigatórias por lei, designadamente em face do disposto nos Decretos-Lei nº 236/98, nº 243/2001 e demais legislação aplicável. Neste particular, os distribuidores de água estão obrigados a controlar diversos parâmetros de qualidade, microbiológicos e físico-químicos, da água que distribuem para abastecimento público, com uma frequência de análise que também se encontra legislada.
Ora, segundo esclarece o Sr. Vereador através do "Notas do Mandato", a maioria política que domina aquele orgão autárquico (CDU) rejeitou por completo a sua proposta, tendo aprovado uma (contra) proposta apresentada pelo Sr. Presidente no sentido de publicar nesses mesmos orgãos de informação que aqueles resultados estão disponíveis para consulta nos serviços municipais, no horário de expediente.
Esclarece ainda o Sr. Vereador no seu blogue, que o Sr. Presidente da Câmara considerou, por um lado, que a sua proposta seria "deitar dinheiro à rua" e, por outro lado, que os resultados das análises à água não poderiam ser colocados no site da CMVN porque a empresa responsável só fornece o respectivo relatório em suporte de papel.
Este assunto é relevante e de primordial importância para a população em causa, ou seja, todos nós, consumidores da água distribuida em Vendas Novas. E temos, também todos nós, munícipes, não só o inquestionável direito à qualidade do bem que nos é fornecido - a água para consumo humano, como também o não menos importante direito à informação.
Ora, nestas questões da informação prestada aos munícipes em Vendas Novas, já se percebeu , pelo menos essa é a minha opinião, que ainda muito está por fazer. Esperemos que estas simples chamadas de atenção ajudem no bom sentido. E o caso em apreciação parece ser disso um bom exemplo. Na verdade, também neste caso, todos temos a ganhar em que se aposte verdadeiramente no incremento da qualidade da informação disponibilizada aos munícipes. O que, desde logo, passa sem dúvida, a meu ver, por uma melhor utilização dos meios ao dispor da autarquia, como são os referidos na proposta (rejeitada) do Sr. vereador.
Tem a ganhar a própria autarquia, se conseguir fazer chegar às populações um melhor nível de informação nesta área. E têm a ganhar os consumidores, em face da natural preocupação quanto à qualidade da água que consomem, porque mais facilmente terão acesso à informação sobre os níveis de qualidade desse bem essencial. Aliás, isto mesmo é feito, por exemplo, no site da Câmara Municipal de Évora (CME), onde são publicados os resultados do controlo analítico de água(*).
Como se percebe, esta é uma questão que deve ser tratada com a importância que lhe é devida. Com respeito, transparência, moderação e bom senso. Não se defenda, por favor, que informar melhor os munícipes é "deitar dinheiro à rua". Não me parece que, por exemplo os responsáveis da CME, tenham a mesma opinião a este respeito. Aliás, não conheço ninguém que a tenha, a começar por si, caro(a) leitor(a).
Já quanto à questão de os resultados das análises à água não poderem ser colocados no site da autarquia, porque a empresa responsável só fornece o respectivo relatório em suporte de papel, bem, sobre isso, em face do absurdo da situação, vou fazer de conta que não li ... ... ...
Defendia essa proposta algo que, para qualquer munícipe, o que não se compreende é porque ainda ninguém tivera a iniciativa de propor. Ou seja, que a CMVN divulgasse através de meios ao seu alcance (Boletim Municipal e Site na InterNet) os resultados das análises efectuadas à água para consumo humano distribuída em Vendas Novas, acompanhado de um quadro de referência dos parâmetros indicadores de qualidade da mesma.
Refira-se que estas análises são obrigatórias por lei, designadamente em face do disposto nos Decretos-Lei nº 236/98, nº 243/2001 e demais legislação aplicável. Neste particular, os distribuidores de água estão obrigados a controlar diversos parâmetros de qualidade, microbiológicos e físico-químicos, da água que distribuem para abastecimento público, com uma frequência de análise que também se encontra legislada.
Ora, segundo esclarece o Sr. Vereador através do "Notas do Mandato", a maioria política que domina aquele orgão autárquico (CDU) rejeitou por completo a sua proposta, tendo aprovado uma (contra) proposta apresentada pelo Sr. Presidente no sentido de publicar nesses mesmos orgãos de informação que aqueles resultados estão disponíveis para consulta nos serviços municipais, no horário de expediente.
Esclarece ainda o Sr. Vereador no seu blogue, que o Sr. Presidente da Câmara considerou, por um lado, que a sua proposta seria "deitar dinheiro à rua" e, por outro lado, que os resultados das análises à água não poderiam ser colocados no site da CMVN porque a empresa responsável só fornece o respectivo relatório em suporte de papel.
Este assunto é relevante e de primordial importância para a população em causa, ou seja, todos nós, consumidores da água distribuida em Vendas Novas. E temos, também todos nós, munícipes, não só o inquestionável direito à qualidade do bem que nos é fornecido - a água para consumo humano, como também o não menos importante direito à informação.
Ora, nestas questões da informação prestada aos munícipes em Vendas Novas, já se percebeu , pelo menos essa é a minha opinião, que ainda muito está por fazer. Esperemos que estas simples chamadas de atenção ajudem no bom sentido. E o caso em apreciação parece ser disso um bom exemplo. Na verdade, também neste caso, todos temos a ganhar em que se aposte verdadeiramente no incremento da qualidade da informação disponibilizada aos munícipes. O que, desde logo, passa sem dúvida, a meu ver, por uma melhor utilização dos meios ao dispor da autarquia, como são os referidos na proposta (rejeitada) do Sr. vereador.
Tem a ganhar a própria autarquia, se conseguir fazer chegar às populações um melhor nível de informação nesta área. E têm a ganhar os consumidores, em face da natural preocupação quanto à qualidade da água que consomem, porque mais facilmente terão acesso à informação sobre os níveis de qualidade desse bem essencial. Aliás, isto mesmo é feito, por exemplo, no site da Câmara Municipal de Évora (CME), onde são publicados os resultados do controlo analítico de água(*).
Como se percebe, esta é uma questão que deve ser tratada com a importância que lhe é devida. Com respeito, transparência, moderação e bom senso. Não se defenda, por favor, que informar melhor os munícipes é "deitar dinheiro à rua". Não me parece que, por exemplo os responsáveis da CME, tenham a mesma opinião a este respeito. Aliás, não conheço ninguém que a tenha, a começar por si, caro(a) leitor(a).
Já quanto à questão de os resultados das análises à água não poderem ser colocados no site da autarquia, porque a empresa responsável só fornece o respectivo relatório em suporte de papel, bem, sobre isso, em face do absurdo da situação, vou fazer de conta que não li ... ... ...
(*) "http://www.cm-evora.pt/analisesdas/Boletins%20trimestrais/controlo_evora.htm"
9 comentários:
Tenho uma duvida:
A Camara Municipal de Vendas Novas não tem scanners? Ah!! sim claro isso também seria deitar dinheiro á rua.
Um Abraço
O Webmaster do site da Cãmara sabe disso, de "não ser possível pôr a informação no site porque está em papel?" Quando souber, o que ele não se vai rir à custa disso.
Daquilo de "deitar o dinheiro à rua" posso aconselhar de graça os senhores da Camara onde podem poupar muito desse dinheiro que tem sido "deitado à rua". Se quiserem é dizerem que casos não faltarão.
Bem, este é um dos tais casos que de tão absurdo que é nem dá para acreditar.
Agora, como noutras situações, será bom que o poder autárquico não faça de conta que não se passa nada, e venha publicamente explicar a sua versão sobre o assunto. É a saúde de todos nós que está em causa e as acusações feitas são muito graves para caírem na letargia do deixa andar.
Há alguém que nos deve uma explicação. Que seja rápida, e já agora, preferencialmente, que venha esvaziar a acusação. Caso contrário, muitos mais irão arrepender-se de ter votado CDU em 9 de Outubro.
infelizmente, muita da "imaginação politica" herdada dos ensinamentos colhidos do antigo bloco de leste ainda é actual para a velha escola da maioria reinante em Vendas Novas...
o que quer dizer que muitas vezes defende o ridiculo, mesmo à vista de todos.
este é apenas mais um exemplo do que se passa em qualquer assembleia (Freguesia e Municipal), bem como das reúniões camarárias...
enfim, que se vá dando conhecimento do efeito que os votos de todos nós têm na nossa qualidade de vida !
só mais uma achega... já diziz o general Sun Tsu no seu "A Arte da Guerra" - "informação é poder"
Ciente do desafio que se tem pela frente, face a uma conjuntura económica e social adversa, o Município de Vendas Novas procurará, com criatividade e inovação, afirmar a sua actuação, com vista à melhoria da qualidade de vida das populações, "no respeito por um conjunto de princípios orientadores de uma gestão transparente, aberta e participada".
Extracto da mensagem do Sr. Presidente da Câmara aos munícipes, retirado do Sítio da CMVN na Net.
É pena que no mesmo Sítio a página "Actas da reunião da Câmara" continuar em desenvolvimento e futuramente (lá prás calendas gregas) poderá consultar aqui a informação que procura.(sic).
Como não temos as actas para desfazer a dúvida, fica sempre a dúvida, quem fala verdade?
Não acredito que o Arq. Braga seja mentiroso.
Depois de ler todos os anteriores comentários sobre este assunto, até estou admirado que ainda não tenha aparecido aqui "o tal"... "o do costume"... para gritar mais uma vez que só sabem dizer mal e que parece impossível que não haja alguém que diga bem.
Parece-me que afinal "ele" também já está a chegar à conclusão de que, de facto, não há nada de bem para se dizer...
Pelo menos, "ele" também não o diz, a pesar das portas já lhe terem sido bem escancaradas para o fazer, se quizesse ou pudesse...
Eu não tenho dúvidas, a desculpa do Sr. Presidente é sem dúvida uma desculpa esfarrapada, como se diz na minha aldeia.
Tudo me leva a crer, das duas uma, ou k as análises dão valores impróprios,algumas, ou então tem a ver com os parâmetros.
Penso eu de que..
Ora viva.
Os meus agradecimentos a todos os leitores que decidiram passar por aqui. E um pouco mais, desculpem lá a ousadia, aos que decidiram deixar as sua impressões a respeito desta questão.
Terão reparado que decidi tratar esta questão de forma suave, em estilo light. Digo isto porque a abordagem poderia ser bem diferente, em face do absurdo da situaçao relatada no "Notas do Mandato".
De qualquer forma, penso que consegui passar a mensagem de que sinto enorme alergia a um determinado tipo de tratamento que parece estar a ser dado à (qualidade da) informação aos munícipes, ou falta dela, por parte de alguns responsáveis locais.
Infelizmente, digo eu.
" será bom que o poder autárquico não faça de conta que não se passa nada, e venha publicamente explicar a sua versão sobre o assunto".
"Há alguém que nos deve uma explicação. Que seja rápida, e já agora, preferencialmente, que venha esvaziar a acusação"
AI ESTE BOMDEBOLA , AI AI.... pois pois...
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