Imprensa local em Vendas Novas: que realidade?
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Imprensa local na generalidade
No total, publicar-se-ão regularmente cerca de mil jornais em Portugal, embora apenas entre 600 a 700 estejam registados no Instituto da Comunicação Social. Os jornais, especialmente os de carácter local, assumem um importante papel em termos de informação de proximidade e são, além do mais, uma fonte de primordial importância e de transmissão de informação credível, que muito contribuem para um melhor (auto-re)conhecimento das comunidades que servem. A isso acresce o facto de os jornais locais, no seu todo, serem mais lidos que a imprensa nacional.
Muitos são os obstáculos com que actualmente se deparam os jornais locais. Desde logo, o facto de o seu desenvolvimento estar algo limitado atento o seu reduzido âmbito geográfico e, na maior parte dos casos, a consequente dimensão da comunidade que servem e do respectivo público-alvo. Em termos futuros, o panorama também não se adivinha famoso, em face da recentemente anunciada “redução drástica do porte-pago”, o que vai obrigar muitos jornais locais a encontrarem alternativas ao financiamento do custo associado à sua distribuição. Esta realidade, juntando o facto de termos em Portugal baixos índices de leitura de jornais, não fazem adivinhar tempos risonhos para a imprensa local, a qual vai ter que se confrontar com verdadeiros desafios de inovação e criatividade empresarial.
Evolução recente da nossa imprensa local
Quando há cerca de 23 anos cheguei a Vendas Novas, só existia um jornal local: o “Notícias de Vendas Novas”. O qual foi publicado ao longo de vários anos, creio que de forma ininterrupta. Tanto quanto me consegui aperceber, a sua existência devia-se no essencial a alguns, poucos, vendasnovenses que nele encontravam um misto de teimosia e orgulho, para que Vendas Novas continuasse a desfrutar de imprensa local. Era então, e foi-o durante muitos anos, o único órgão de imprensa escrita existente em Vendas Novas. O seu director era na altura o Sr. Cadete Madeira, tendo posteriormente sido substituído pelo Sr. Lino Alves, aos quais aproveito aqui para enviar amigas e cordiais saudações.
Há 14 anos, começou a publicar-se a “Gazeta de Vendas Novas”. Durante bastante tempo, estes jornais coexistiram localmente, o que seria ou deveria ser, por si só, uma factor de regozijo para uma comunidade da dimensão de Vendas Novas. E constituiria, em minha opinião, um factor acrescido para que se conseguisse manter ambas as publicações em actividade. Infelizmente, por motivos que desconheço, tal não aconteceu. Pelo que sei, o mentor e incentivador do nascimento da “Gazeta de Vendas Novas” foi o Sr. Cadete Madeira, que durante algum tempo foi também seu director. O director actual da Gazeta de Vendas Novas, e desde há cerca de 11 anos, é o Sr. Artur Aleixo Pais, a quem aproveito igualmente para enviar as minhas cordiais e amigas saudações e felicitar pelo seu continuado esforço em prol da manutenção deste periódico, juntamente com toda a sua actual equipa.
Desafios à imprensa local em Vendas Novas
Do que me é dado observar, e esta é apenas e tão só uma opinião pessoal, a “Gazeta de Vendas Novas” sofre de certas limitações que acabam por limitar o seu desenvolvimento, sem que isso se deva a falta de empenho dos seus responsáveis. Uma das dificuldades estará assente num relativo distanciamento que ainda persiste entre o jornal e a comunidade local. Desde logo porque, apesar de continuados esforços levados a efeito pela actual equipa, persiste uma evidente dificuldade em conseguir colaboradores para ali publicarem textos de sua autoria. E ainda porque, apesar de em cada uma das edições quinzenais existir um espaço à disposição dos partidos políticos locais para ali publicarem conteúdos de sua autoria, o certo é que essa facilidade parece não estar a ser aproveitada. Uma terceira ordem de razões para este relativo afastamento entre o jornal e a população que serve, e eventualmente a mais visível mas não a mais importante, estará relacionada com o próprio formato e a tipologia dos conteúdos publicados.
Sobre a questão da dificuldade em aumentar o número de colaboradores, ou melhor, da falta de predisposição para que as pessoas colaborem no jornal, o que persiste apesar da disponibilidade sucessivamente manifestada pelo seu director, várias coisas se poderiam dizer. Mas o mais importante será realçar o facto de tal se dever, no meu entendimento, a receios os mais diversos em aceitar publicar opiniões ou outros conteúdos de forma assumida e responsável. E não tanto à eventual ausência de capacidades, muito pelo contrário. Vejo esta realidade como fruto de uma exagerada acomodação e um acentuado sentimento de “deixa-andar”, que acaba por limitar a intervenção cívica e o exercício da cidadania de uma parte significativa da população de Vendas Novas.
Sobre o formato do jornal e o tipo de conteúdos publicados, reconheço sentir dificuldade em manifestar-me objectivamente, o que se deve à minha impreparação para este tipo de análise mais técnica, no caso específico em apreciação. Penso, no entanto, que a equipa gestora do jornal fará bem em ouvir, analisar e equacionar algumas das críticas que lhe têm sido dirigidas quanto a esse particular, designadamente as que respeitam à paginação, aos tamanhos de letra utilizados, à estrutura do próprio jornal (no que respeita à divisão dos espaços e da informação pelas diversas páginas) e ao espaço dedicado a cada tipo de conteúdos publicados.
Quanto á linha editorial seguida pela “Gazeta de Vendas Novas”, noto uma evidente preocupação em mantê-lo um jornal isento e relativamente neutro. Esta isenção vejo-a na perspectiva de se manter equidistante em relação aos partidos políticos locais, o que de certa forma tem conseguido. Já a neutralidade, tenho-a como uma determinada forma de lidar com assuntos polémicos ou controversos. No caso da Gazeta de Vendas Novas, tal neutralidade tem-se manifestado por uma tendencial ausência de publicação dessas questões de carácter local.
Sem querer de forma alguma por em causa o caminho seguido ou melindrar quem tem essa responsabilidade, era só o que faltava e nem isso está nas minhas preocupações, gostaria de salientar o seguinte: se é perfeitamente justificável, a bem da sua credibilidade e da preocupação pelo futuro do jornal que a isenção seja, em si mesma, um bem a preservar, já o mesmo não se passa com este tipo de abordagem ao carácter de neutralidade. No entanto, compreendo as razões para esta situação e saliento que, apesar de tudo, revejo no jornal, desde o princípio, a preocupação em reger-se por princípios de verdade, de respeito e credibilidade. Em resumo, se ganha em manter a sua isenção, perderá em querer ser neutro, pois corre o risco de ser pouco interventivo em relação ao que são alguns dos assuntos relevantes da comunidade. Mas como disse, compreendo as razões e respeito o mais possível o caminho escolhido.
Reconhecimento do importante papel desempenhado pelo nosso jornal local
Por último, quero deixar aqui bem expressas mais duas coisas. Em primeiro lugar, manifestar um grande sentido de respeito e reconhecimento por quem se dispõe a administrar e/ou gerir um jornal local, como é o caso da Gazeta de Vendas Novas. Por todos os motivos, mas especialmente por desempenharem um relevante papel para a auto-estima dos vendasnovenses, além de se constituírem como possível pólo de união da comunidade. Neste sentimento acho por bem incluir todos aqueles que, de alguma forma, contribuem para a elaboração e manutenção do jornal. A isto acresce a evidência de que o nosso jornal local não navega em terrenos férteis em facilidades, tantas são as críticas manifestamente injustas que lhes são dirigidas, a juntar à já de si relativamente débil estrutura que o suporta, tanto em termos financeiros como de instalações, equipamento e recursos humanos. Vale-lhe a vontade e a perseverança de quem lhe dá vida, ainda por cima de forma totalmente gratuita.
Em segundo lugar, que a existência de um ou mais jornais locais é, em si mesmo, um bem para toda a comunidade. Um jornal pode e deve ser um bom veículo de transmissão de diversos tipos de informação, especialmente informação de proximidade, um meio privilegiado de divulgação aos mais diversos níveis e uma forma de potenciar a abordagem e discussão de questões pertinentes para a comunidade que constitui o seu público-alvo. No qual não se poderão esquecer os vendasnovenses que vivem e trabalham no estrangeiro e para os quais a Gazeta de Vendas Novas constituirá uma óptima forma de manter a ligação à sua terra.
Por tudo isso, tal deveria conduzir a que os jornais existentes (hoje, apenas um) fossem acarinhados por todos os vendasnovenses. Sob pena de corrermos o risco de um dia destes deixarmos de ter imprensa escrita no concelho. O que seria extremamente negativo para Vendas Novas.
No total, publicar-se-ão regularmente cerca de mil jornais em Portugal, embora apenas entre 600 a 700 estejam registados no Instituto da Comunicação Social. Os jornais, especialmente os de carácter local, assumem um importante papel em termos de informação de proximidade e são, além do mais, uma fonte de primordial importância e de transmissão de informação credível, que muito contribuem para um melhor (auto-re)conhecimento das comunidades que servem. A isso acresce o facto de os jornais locais, no seu todo, serem mais lidos que a imprensa nacional.
Muitos são os obstáculos com que actualmente se deparam os jornais locais. Desde logo, o facto de o seu desenvolvimento estar algo limitado atento o seu reduzido âmbito geográfico e, na maior parte dos casos, a consequente dimensão da comunidade que servem e do respectivo público-alvo. Em termos futuros, o panorama também não se adivinha famoso, em face da recentemente anunciada “redução drástica do porte-pago”, o que vai obrigar muitos jornais locais a encontrarem alternativas ao financiamento do custo associado à sua distribuição. Esta realidade, juntando o facto de termos em Portugal baixos índices de leitura de jornais, não fazem adivinhar tempos risonhos para a imprensa local, a qual vai ter que se confrontar com verdadeiros desafios de inovação e criatividade empresarial.
Evolução recente da nossa imprensa local
Quando há cerca de 23 anos cheguei a Vendas Novas, só existia um jornal local: o “Notícias de Vendas Novas”. O qual foi publicado ao longo de vários anos, creio que de forma ininterrupta. Tanto quanto me consegui aperceber, a sua existência devia-se no essencial a alguns, poucos, vendasnovenses que nele encontravam um misto de teimosia e orgulho, para que Vendas Novas continuasse a desfrutar de imprensa local. Era então, e foi-o durante muitos anos, o único órgão de imprensa escrita existente em Vendas Novas. O seu director era na altura o Sr. Cadete Madeira, tendo posteriormente sido substituído pelo Sr. Lino Alves, aos quais aproveito aqui para enviar amigas e cordiais saudações.
Há 14 anos, começou a publicar-se a “Gazeta de Vendas Novas”. Durante bastante tempo, estes jornais coexistiram localmente, o que seria ou deveria ser, por si só, uma factor de regozijo para uma comunidade da dimensão de Vendas Novas. E constituiria, em minha opinião, um factor acrescido para que se conseguisse manter ambas as publicações em actividade. Infelizmente, por motivos que desconheço, tal não aconteceu. Pelo que sei, o mentor e incentivador do nascimento da “Gazeta de Vendas Novas” foi o Sr. Cadete Madeira, que durante algum tempo foi também seu director. O director actual da Gazeta de Vendas Novas, e desde há cerca de 11 anos, é o Sr. Artur Aleixo Pais, a quem aproveito igualmente para enviar as minhas cordiais e amigas saudações e felicitar pelo seu continuado esforço em prol da manutenção deste periódico, juntamente com toda a sua actual equipa.
Desafios à imprensa local em Vendas Novas
Do que me é dado observar, e esta é apenas e tão só uma opinião pessoal, a “Gazeta de Vendas Novas” sofre de certas limitações que acabam por limitar o seu desenvolvimento, sem que isso se deva a falta de empenho dos seus responsáveis. Uma das dificuldades estará assente num relativo distanciamento que ainda persiste entre o jornal e a comunidade local. Desde logo porque, apesar de continuados esforços levados a efeito pela actual equipa, persiste uma evidente dificuldade em conseguir colaboradores para ali publicarem textos de sua autoria. E ainda porque, apesar de em cada uma das edições quinzenais existir um espaço à disposição dos partidos políticos locais para ali publicarem conteúdos de sua autoria, o certo é que essa facilidade parece não estar a ser aproveitada. Uma terceira ordem de razões para este relativo afastamento entre o jornal e a população que serve, e eventualmente a mais visível mas não a mais importante, estará relacionada com o próprio formato e a tipologia dos conteúdos publicados.
Sobre a questão da dificuldade em aumentar o número de colaboradores, ou melhor, da falta de predisposição para que as pessoas colaborem no jornal, o que persiste apesar da disponibilidade sucessivamente manifestada pelo seu director, várias coisas se poderiam dizer. Mas o mais importante será realçar o facto de tal se dever, no meu entendimento, a receios os mais diversos em aceitar publicar opiniões ou outros conteúdos de forma assumida e responsável. E não tanto à eventual ausência de capacidades, muito pelo contrário. Vejo esta realidade como fruto de uma exagerada acomodação e um acentuado sentimento de “deixa-andar”, que acaba por limitar a intervenção cívica e o exercício da cidadania de uma parte significativa da população de Vendas Novas.
Sobre o formato do jornal e o tipo de conteúdos publicados, reconheço sentir dificuldade em manifestar-me objectivamente, o que se deve à minha impreparação para este tipo de análise mais técnica, no caso específico em apreciação. Penso, no entanto, que a equipa gestora do jornal fará bem em ouvir, analisar e equacionar algumas das críticas que lhe têm sido dirigidas quanto a esse particular, designadamente as que respeitam à paginação, aos tamanhos de letra utilizados, à estrutura do próprio jornal (no que respeita à divisão dos espaços e da informação pelas diversas páginas) e ao espaço dedicado a cada tipo de conteúdos publicados.
Quanto á linha editorial seguida pela “Gazeta de Vendas Novas”, noto uma evidente preocupação em mantê-lo um jornal isento e relativamente neutro. Esta isenção vejo-a na perspectiva de se manter equidistante em relação aos partidos políticos locais, o que de certa forma tem conseguido. Já a neutralidade, tenho-a como uma determinada forma de lidar com assuntos polémicos ou controversos. No caso da Gazeta de Vendas Novas, tal neutralidade tem-se manifestado por uma tendencial ausência de publicação dessas questões de carácter local.
Sem querer de forma alguma por em causa o caminho seguido ou melindrar quem tem essa responsabilidade, era só o que faltava e nem isso está nas minhas preocupações, gostaria de salientar o seguinte: se é perfeitamente justificável, a bem da sua credibilidade e da preocupação pelo futuro do jornal que a isenção seja, em si mesma, um bem a preservar, já o mesmo não se passa com este tipo de abordagem ao carácter de neutralidade. No entanto, compreendo as razões para esta situação e saliento que, apesar de tudo, revejo no jornal, desde o princípio, a preocupação em reger-se por princípios de verdade, de respeito e credibilidade. Em resumo, se ganha em manter a sua isenção, perderá em querer ser neutro, pois corre o risco de ser pouco interventivo em relação ao que são alguns dos assuntos relevantes da comunidade. Mas como disse, compreendo as razões e respeito o mais possível o caminho escolhido.
Reconhecimento do importante papel desempenhado pelo nosso jornal local
Por último, quero deixar aqui bem expressas mais duas coisas. Em primeiro lugar, manifestar um grande sentido de respeito e reconhecimento por quem se dispõe a administrar e/ou gerir um jornal local, como é o caso da Gazeta de Vendas Novas. Por todos os motivos, mas especialmente por desempenharem um relevante papel para a auto-estima dos vendasnovenses, além de se constituírem como possível pólo de união da comunidade. Neste sentimento acho por bem incluir todos aqueles que, de alguma forma, contribuem para a elaboração e manutenção do jornal. A isto acresce a evidência de que o nosso jornal local não navega em terrenos férteis em facilidades, tantas são as críticas manifestamente injustas que lhes são dirigidas, a juntar à já de si relativamente débil estrutura que o suporta, tanto em termos financeiros como de instalações, equipamento e recursos humanos. Vale-lhe a vontade e a perseverança de quem lhe dá vida, ainda por cima de forma totalmente gratuita.
Em segundo lugar, que a existência de um ou mais jornais locais é, em si mesmo, um bem para toda a comunidade. Um jornal pode e deve ser um bom veículo de transmissão de diversos tipos de informação, especialmente informação de proximidade, um meio privilegiado de divulgação aos mais diversos níveis e uma forma de potenciar a abordagem e discussão de questões pertinentes para a comunidade que constitui o seu público-alvo. No qual não se poderão esquecer os vendasnovenses que vivem e trabalham no estrangeiro e para os quais a Gazeta de Vendas Novas constituirá uma óptima forma de manter a ligação à sua terra.
Por tudo isso, tal deveria conduzir a que os jornais existentes (hoje, apenas um) fossem acarinhados por todos os vendasnovenses. Sob pena de corrermos o risco de um dia destes deixarmos de ter imprensa escrita no concelho. O que seria extremamente negativo para Vendas Novas.
João Fialho
02.Nov.06
02.Nov.06
29 comentários:
"Os jornais, especialmente os de carácter local, assumem um importante papel em termos de informação de proximidade e são, além do mais, uma fonte de primordial importância e de transmissão de informação credível, que muito contribuem para um melhor (auto-re)conhecimento das comunidades que servem" O QUE NÃO ACONTECE COM A "GAZETA " ( mais do que jornal é uma folha "literária" de um grupo de amigos)
Faço a ronda, não por imperativos menos concebíveis, mas porque este blogue é duma estética irrepreensível, comprometido com a beleza da vida, a merecer mais e constantes visitas, porque aqui respira-se serenidade, e sinto-me, dum modo agradável, satisfeito, porque a excelência não tem preço, simplesmente, apreço. Bom fim-de-semana.
A paisagem da imprensa escrita está a mudar.
O futuro dos jornais está em dar informação mais do que contar histórias.
A imprensa escrita terá de explicar,opinar e enquadrar a informação.
Nem mesmo a internet conseguiu ainda roubar o espaço privilegiado dos jornais.
Se tivermos em conta o crescimento dos jornais gratuitos que existem por este país, percebemos que os jornais não estão a perder pessoas.
Assistimos é a uma mudança de paradigma que obriga a repensar o modelo de imprensa escrita.
Há que ir mais longe para dar informação.
Quanto à Gazeta ela terá obrtigatoriamente de mudar. Mudar o seu aspecto gráfico, mudar a sua dinâmica, criar novos colaboradores e adaptá-lo às necessidades reais do seu público.
Não percebi porque não há mais colaboradores. Têm receio? Mas receio do quê?
Sr. anónimo das 22.38,para começar a perceber assuma-se você como um novo colaborador da Gazeta, não tenha receio, vai ver que não custa nada.
Mas afinal qual o perfil de outros "colaboradores" da GAZETA?
- Que digam mal da Câmara ?
A Gazeta precisa e aceita colaboradores pois são poucos os que hoje ali escrevem; quem se sentir com condições para escrever num jornal, se falar com as pessoas da Gazeta poderá ter essa possibilidade.
Conhecendo eu por exemplo o Sr. Aleixo Pais que é uma das pessoas de bom senso e que gosta mesmo de Vendas Novas, ele até agradece a quem o queira ajudar nisso; não é para dizer bem nem dizer mal de nada, é mesmo para escrever com sentido de responsabilidade.
Reconheço que tenho alguma dificuldade em pronunciar-me sobre este tema. Ao tentar fazê-lo, estaria inevitavelmente a colocar nos dois pratos da balança algum antagonismo que deriva da amizade que mantenho com alguns colaboradores da Gazeta, por um lado, e pela consciência que tenho, e da qual não me destituo, de algum sentido crítico para com a linha editorial seguida.
O bom senso diz-me: se eu não sou assinante do jornal, não devo pronunciar-me sobre aquilo para o qual não contribuo.
Desejo as maiores felicidades ao seu Director e restantes colaboradores, e desta vez, fico mesmo por aqui.
Á pergunta porque não há colaboradores no jornal a Gazeta a resposta é facil.
Não há porque têm medo de dar a cara ,numa cidade de provincianos que só sabem é criticar e maldizer por tudo e por nada.
Observe-se a quantidade de anonimos que existe neste blogue e quantos são os que constoiem algo de positivo. Poucos são e a maioria criticam, criticam, e, coitados, mais nada são capazes.
O “jota” é a excepção a tudo aquilo que afirmou:
- Vive em Paris, concretamente nos Campos Elíseos;
- É doutorado em Letras pela Universidade de Sorbonne;
- Escreve um artigo de opinião, semanalmente, no Paris Match;
- É incapaz de dizer mal de quem quer que seja;
- Para ser mundialmente conhecido, e não um anónimo como tantos outros, apenas lhe falta um B (jota bê, com ou sem gelo);
Bomdebola no seu melhor :
pois é , não sei , talvez , antes pelo contrário....
O Atribulações Locais pretende ser, deste o início, um espaço para o exercício da liberdade de expressão. Esse tem sido um dos pilares sobre os quais se pretende alicerçar a sua credibilidade. E assim irá continuar. E isto não é um pró-forma, nem são apenas palavras bonitas.
Acontece que alguns visitantes deste espaço, felizmente raros, desde há muito se aproveitam de forma sistemática da liberdade que lhes é concedida na caixa de comentários, apenas com o evidente intuito de achincalhar e menosprezar outros, sabe-se lá por que razões ou com que objectivos.
Essa é uma situação que já acontece aqui há demasiado tempo, felizmente poucas vezes. Reconheço, por isso, que as minhas anteriores tentativas para levar a cabo alguma pedagogia de bom-senso nos comentários, não tiveram os resultados pretendidos.
Deste modo, volto a pedir aos nossos visitantes (só a alguns, naturalmente, os restantes qe me desculpem) que façam o favor de evitarem comentários como o anterior (04.Novembro, 20:47), o qual é recorrente neste blogue desde há alguns meses. Não queria, de modo algum, chegar ao ponto de ter que apagar estes comentários. Não é do meu feitio nem concordo com isso, mas fá-lo-ei, se tiver que ser, uma vez que a liberdade deve ter como contrapartida uma certa responsabilidade.
Agradeço a compreensão e espero que os nossos leitores continuem a encontrar razões para colaborarem connosco neste blogue.
Saudações amigas para todos.
Na vida cultural e imprensa como na blogosfera, há parentes e enteados.
Há os que podem porque sim e os que não podem porque não.
Blog: "Atribulações Locais"
http://atribulacoeslocais.blogspot.com
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VENDAS NOVAS ESTÁ A AFUNDAR-SE!!!
Sábado, dia 4 de Novembro de 2006, por volta das 15.00h, toda a cidade apresentava um aspecto de inundação geral, como que a afundar-se nos extensos lençóis de água que cobriam estradas, ruas e caminhos. Nalguns pontos da cidade, desde há muito perfeitamente identificados, e que têm merecido, repetidas, chamadas de atenção neste blog, o aspecto era deveras desolador já que a altura das águas invadia as casas circundantes e tornava aquelas zonas completamente intransitáveis a automóveis e peões.
Não sou técnico na matéria, mas pelo que me foi dado ver, não andarei muito longe da verdade se aqui afirmar que todo o sistema de drenagem das aguas pluviais é manifestamente insuficiente, em muitos casos inexistente, em, praticamente, toda a cidade; o sistema de drenagem a que me refiro não são apenas as sarjetas que, valha a verdade, se encontravam, irrepreensivelmente, limpas, são também as valas e valetas, são a inclinação e estado de conservação de ruas e estradas, tudo em perfeita articulação -ao que constatei em perfeitíssima desarticulação -, por forma a drenar as aguas pluviais, de forma rápida e eficaz.
Para um município que se arvora e até, talvez, tenha razões para isso, num dos mais ricos e desenvolvidos do Alentejo, as imagens a que ontem tive oportunidade de, tristemente, assistir, não só me preocuparam, como também me transmitiram um grande sentimento de revolta; esse sentimento tive-o porque, ao longo das últimas décadas, tenho vindo a assistir a um esbanjar de dinheiros em algumas grandes obras de fachada, perfeitamente eleitoralistas, e, no que ao básico diz respeito, e mais básico do que o saneamento que tem esse nome não pode haver, pouco tem sido feito e alguma coisa que o tem sido, tem-se vindo a revelar como, manifestamente, insuficiente e no dizer de algumas pessoas mais entendidas, de forma completamente desadequada.
Gerir bem uma autarquia é, acima de tudo, saber estabelecer e agir de acordo com as prioridades; fazê-lo ao sabor de correntes mais ou menos eleitoralistas corresponde, invariavelmente, à falência, a prazo, do sistema, penalizando, seriamente, as populações.
Nota- Se a Ribeira do Moutal, sem chuva, já fez correr muita tinta por baixo das suas pontes, agora que ela caiu, imaginem quantas paletes de tinteiros por lá ainda irão correr…
O recorde de “posts” está completamente batido, mas pressinto que ainda estamos muito longe do resultado final o qual não deverá ficar aquém da centena!
Tomei a liberdade de colocar aqui, um tanto ou quanto deslocadamente, ou talvez não, uma cópia de um “post” original; talvez não fique, assim, tão “deslocado” se tivermos presentes os sucessivos ataques aos bloguistas em geral, e aos anónimos particularmente, e o ainda que, modestíssimo, contributo que eu possa dar no sentido de inverter e desmistificar esse injusto fenómeno.
Afinal, ser um bloguista anónimo, também, pode ser Gente!
O post de 4 de Novembro ás 23:34 é para mim ( e porventura para muitos ) o fim do "Atribulações locais".
O post das 23.34h, da responsabilidade do administrador deste blog, é para mim (e será, seguramente, para muitos outros leitores) a garantia de rigor, honestidade e imparcialidade a que sempre nos habituou, constituindo um estímulo aos que aqui participam; ofensas directas dirigidas quase sempre aos mesmos, e, invariavelmente, pelos mesmos, de facto, não faz nenhum sentido, sendo o afastamento dessa gente, ainda que de lamentar, ter de se aceitar e, por que não dizê-lo, com algum alívio.
È caso para dizer: atrás de ti virão, muitos outros que melhor farão!
Vendas Novas não se está a afundar! Nasceu uma nova praia na Rua Miguel Torga,vulgo Rua do Cemitério !Ver de dia ou de noite pois a iluminação existe,mas quanto à drenagem das águas pluviais já não se pode dizer o mesmo.
Reflexões sobre o comentário de 04 Novembro, 2006 23:34, da responsabilidade de “alentejodive”:
Os mais atentos seguidores do AL conhecem o fenómeno “a mim não me enganas tu” e a patética perseguição movida por esta sinistra e redutora personagem a um dos colaboradores.
Provavelmente nunca chegaremos a saber os verdadeiros motivos desta sedução brejeira, nem isso é suficientemente importante para perdermos tempo a desmontar traumas sexuais, políticos, ou de carência afectiva.
A posição agora tomada pelo administrador do AL só peca por algum atraso. Vem credibilizar o tipo de participação séria, que se deseja, e simultaneamente desmotiva outros eventuais seguidores deste exemplo.
O afastamento voluntário ou coercivo deste tipo de gente (?) será um alívio para os que fazem deste espaço um ponto de encontro diário, agradável, e cada vez mais mobilizador do direito à participação cívica dos visitantes.
Para nós, Portugueses, a nossa canção, interpretada pelo Pedro Madeira, será sempre a mais acarinhada, independentemente do resultado que vier a alcançar no dia 2 de Dezembro, na Roménia.
Até essa data, fazem-se previsões, sondagens e outros palpites, sobre o possível vencedor do festival. Um dos “sites” especializados que recolhe mais visitas diárias e intenções de voto é o http://www.webvoter.net/se/vote.cgi?id=69605&language=1.
Embora esta votação não tenha qualquer efeito decisório, ela é um estímulo para os 15 concorrentes e, dizem-nos, talvez possa ter efeitos influenciadores nos votantes do dia 2 de Dezembro.
Neste momento, Espanha ocupa o primeiro lugar, seguida de Portugal. Está a travar-se um duelo ibérico que nós não queremos perder. Mais do que uma mera questão de patriotismo, está em causa o brio e o orgulho Português face aos nossos vizinhos do lado, que não perdem uma oportunidade para nos deixar mal colocados.
Atrevo-me assim a lançar um desafio: vamos lá a clicar no nosso representante até conseguirmos ultrapassar o intérprete espanhol.
O sistema só permite um voto por dia e por cada computador. A forma de votar é simples: basta abrir o pequeno rectângulo que se situa do lado esquerdo por cima do quadro azul com o nome dos participantes, e clicarem em Portugal – Pedro Madeira.
Vamos mostrar-lhes que o tamanho nem sempre conta.
O ESSENCIAL DO REGULAMENTO DO FESTIVAL DE 2 DE DEZEMBRO
1. O vencedor é escolhido por televoto dos telespectadores.
2. Os países que não participam no festival não podem votar em nenhuma canção. Os 15 países participantes são os únicos com direito a voto.
3. Os habitantes desses países não podem votar no seu representante.
4. De cada telefone/telemóvel não são permitidos mais de 20 votos.
Participantes :
SPANIEN Te doy mi voz (ES)
PORTUGAL Deixa-me sentir (PT)
SVERIGE Det finaste någon kan få (SE)
MAKEDONIEN Vljubena (MK)
MALTA Extra cute (MT)
CYPERN Agoria koritsia (CY)
GREKLAND Den pirazei (GR)
BELGIEN Een tocht door het donker (BE)
VITRYSSLAND Novy den (BY)
HOLLAND Goed (NL)
SERBIEN Učimo strane jezik (YU)
RYSSLAND Vesna (RU)
RUMÄNIEN Povestea me (RO)
KROATIEN Lea (HR)
UKRAINA Khlopchyk rock´n´roll (UA)
- Onde o nosso representante poderia certamente arrecadar mais votos seria nos países com maior concentração de emigrantes (França, Alemanha, Suíça, Luxemburgo…), só que, como já se disse, o regulamento impede o voto aos residentes dos países que não participam no festival.
- Resta, pois, aguardar que a RTP (pelo menos através da RTP Internacional), faça o apelo aos restantes emigrantes (Bélgica, Holanda, Espanha, Suécia…).
- Se algum Português (vendasnovense ou não) quiser apelar ao voto no nosso representante, faça chegar essa intenção aos nossos compatriotas, para no dia 2 de Dezembro estarem atentos à canção “Deixa-me sentir”, que actuará em primeiro lugar.
A Espanha não é nenhum papão e ao que se consta não comem Portugueses ao almoço!Tenham calma.......................O Pedro vai actuar com dignidade e representar a sua terra e o seu pequeno Portugal com altivez.
Aos administradores deste blogue :
Não se tenham na conta que efectivamente não têm .
Podendo aqui e ali terem um ou outro artigo interessante , não pensem que em Vendas Novas mudam o que quer que seja , basta para isso fazerem uma análise aos temas que têm publicado e comentários que foram feitos ; a malta quer é brincadeira , como por exemplo os oitenta e tal comentários sobre a “ribeira do moutal “.
Já agora mudem o nome do blogue , porque “atribulações” não faz o vosso género.
um leitor
Mas naturalmente! Os administradores são gente convencida; queriam mudar Vendas Novas? tá bem, tá! e têm-se em muita conta, ora vejam só!
Artigos interessantes? onde? vá mas é pra cá com ribeiras e coisas prá malta descarregar as fustrações. Esse nome, quem teve a triste ideia? já devia mas era ter mudado! voces têm lá categoria pra esse nome.
O melhor é acabarem com isto, já vai sendo tempo.
Dá que pensar...
- Onde pára o dinheiro da receita do motocross dos bombeiros?
- Porque estiveram os Bombeiros 3 semanas sem combustíveis?
- Porque está o "comandante" ausente?
-Será que já apareceu o relógio que foi oferecido aos Bombeiros por uma companhia de seguros?
Quem souber responder que se chegue á frente.
Continuem .... vão no bom caminho; já faltou mais
já faltou mais para quê?
O anónimo das 22.32h de 07 Nov, só ameaça que vai fazer mas depois não diz o quê nem como; mal comparado, faz lembrar aqueles meninos birrentos, quase sempre os donos da bolo, que quando se zangavam agarravam na bola, metiam-na debaixo do braço, e caminhavam para casa dizendo, cabisbaixos, que iam fazer queixas ao pai e que este acabaria por nos vir bater a todos…
Se tem alguma coisa a dizer, e talvez tenha não sei, deve fazê-lo; tenho mais de 40 anos de associado da instituição e muito gostaria, por uma vez, de ouvir alguém responsável ou, apenas, conhecedor dos factos, que nos dissesse qual é o episódio seguinte, já que dos episódios passados e já lá vão, repito, mais de 40 anos, o que se sabe e não sabe são “bocas da reacção”, ou talvez não…
Nada melhor do que esclarecer tudo, sem evasivas ou meias palavras, para que ninguém tenha dúvidas ou levante suspeições, associados antigos, recentes ou população em geral, afastando assim o pior de todos os inimigos nestas situações que é, como sabe, o BOATO.
Levantar as “lebres” e deixa-las, intencionalmente, fugir não é próprio de um caçador que se preze, seja ele bombeiro ou incendiário ou escafandrista na ribeira do Moutal ou no afundanço, recorrente, cada vez que a pluviosidade em Vendas Novas ultrapassa os limites mínimos.
"Bocas da reacção", ou talvez não...
Em resposta ao anónimo de 08.11.2006 das 19.03... meu caro amigo se levantei a lebre foi porque ela estava acamada (camuflada), ou seja ela existe.
O que eu pretendo é que os responsáveis tenham a coragem e justifiquem estes acontecimentos, perante a opinião pública.
Há viaturas que precisam urgentemente ser arranjadas e não há verbas!!!
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