segunda-feira, 8 de janeiro de 2007

O concelho de Vendas Novas e as localidades à sua volta


Venho apresentar uma questão, talvez um bocado polémica mas que se apresenta como natural e benéfica para muita gente, especialmente para as populações à volta de Vendas Novas e mesmo para esta cidade.
Porque não integrar no concelho de Vendas Novas as localidades de Cabrela, Cortiçadas do Lavre, Silveiras e Pegões?
Sabemos que este processo envolve muitas burocracias e muitos requisitos que têm que se conjugar mas, melhor para as pessoas que vivem nessas povoações, muitas das quais aqui trabalham e faqui azem as suas compras necessitando apenas de ir às respectivas sedes de concelho para questões específicas, envolvendo maiores deslocações e outras despesas.
No caso de Cabrela sei que quando Vendas Novas passou a ser concelho foi perguntado, pelo então presidente da câmara de Vendas Novas, às pessoas daquela localidade se queriam pertencer ao concelho de Vendas Novas. Não viam então com bons olhos, vir a pertencer a Vendas Novas que sempre tinha sido menor que Cabrela. Mais recentemente, passou um documento entre a população de Cabrela para recolher assinaturas de quem estivesse de acordo em integrar Vendas Novas. Não sei o que foi feito a esse documento mas, creio que tinha um número considerável de assinaturas.
Quanto às outras localidades, não faço ideia qual poderá ser a aceitação de uma eventual mudança para o concelho de Vendas Novas. Parece-me, no entanto, que seria mais lógico e mais cómodo.

Sarutla

41 comentários:

Anónimo disse...

Hum, não me parece que as populações vão nisso.

Anónimo disse...

E já agora porque não fazer outra pergunta?

----O concelho de Vendas Novas não poderia fazer parte da Área Metropolitana de LISBOA_SETÚBAL ???


Porque não?
Ou há mais vantagem em pertencer ao Distrito de Évora?

Anónimo disse...

Não se esqueçam de CANHA!

Anónimo disse...

Somos Alentejanos e devemos preservar essa caracteristica! Quanto ao resto, eu até acho que a população (ou alguma população) iria agradecer, porque é um facto que muitas dessas pessoas fazem as suas vidas no nosso concelho!

Reparem nesta situação, as crianças de Cabrela vivem a cerca de 8km da cidade de Vendas Novas, mas se não tiverem uma "boleia" terão que frequentar a escola na cidade de Montemor que fica a cerca de 20Km, isto porque, segundo sei, e corrijam-me se estiver enganado, não existem transportes de Cabrela para Vendas Novas!

Quanto a mim Cabrela, por justiça e necessidade seria a primeira povoação a integrar o concelho de Vendas Novas!

Parabens pelo tema em discussão!

Anónimo disse...

Em relação à opinião do anónimo das 09:20 Somos alentejanos!!!!!!!!


Temos o indicativo telefónico 265-SETUBAL.

Temos uma rede de emergencia medica 112-pertencente à zona de Setubal.

Temos a Landeira no Nó da A2-SETUBAL.

Temos as nossas promessas futebolisticas que quando são promovidas vão para SETUBAL.

Fazemos fronteira com:
-ESTREMADURA
-Ribatejo
-Alto Alentejo

Temos o Forum Montijo e o FREEPORT de Alcochete.

Ainda acha que se sente um "puro Alentejano"??
Eu não.

Anónimo disse...

Em relação à opinião do anónimo das 09:20 Somos alentejanos!!!!!!!!


Temos o indicativo telefónico 265-SETUBAL.

Temos uma rede de emergencia medica 112-pertencente à zona de Setubal.

Temos a Landeira no Nó da A2-SETUBAL.

Temos as nossas promessas futebolisticas que quando são promovidas vão para SETUBAL.

Fazemos fronteira com:
-ESTREMADURA
-Ribatejo
-Alto Alentejo

Temos o Forum Montijo e o FREEPORT de Alcochete.

Ainda acha que se sente um "puro Alentejano"??
Eu não.

Anónimo disse...

Em relação à opinião do anónimo das 09:20 Somos alentejanos!!!!!!!!


Temos o indicativo telefónico 265-SETUBAL.

Temos uma rede de emergencia medica 112-pertencente à zona de Setubal.

Temos a Landeira no Nó da A2-SETUBAL.

Temos as nossas promessas futebolisticas que quando são promovidas vão para SETUBAL.

Fazemos fronteira com:
-ESTREMADURA
-Ribatejo
-Alto Alentejo

Temos o Forum Montijo e o FREEPORT de Alcochete.

Ainda acha que se sente um "puro Alentejano"??
Eu não.

Anónimo disse...

Eu sinto-me alentejano e assim quero continuar, se acha que Vendas Novas tinha alguma coisa a ganhar em se assumir como cidade periferica de Lisboa, eu sinceramente, penso o contrario. Por isto acho que cada vez mais temos que aprofundar as nossas raizes, a nossa cultura e as nossas tradições, que, pelo facto da pouca iniciativa e interesse popular tem vindo a desvanecer nos ultimos anos! Considero que Vendas Novas tem potencial para ser uma grande cidade, mas sem perder a sua identificação cultural, assim como as pessoas que por cá habitam!
Eu gosto de Vendas Novas Alentejana e tenho orgulho em pertencer ao alentejo, ainda mais agora que é "bem" ter uma "costela" Alentejana!

Anónimo disse...

Utilizando um slogan que esteve muito em voga, “eu ainda sou do tempo” ou, se calhar e melhor dito, eu já começo a ser do tempo em que ser alentejano era sinónimo de pacóvio, atrasado, inculto e outras coisas do género; nunca acreditei que os epítetos com que, á época, eram mimados os alentejanos correspondessem, minimamente, á verdade.

Com o advento da revolução e, mais concretamente, durante os anos áureos do PREC – para os mais novos, sigla que quer dizer Processo Revolucionário em Curso e que correspondeu ao período das nacionalizações, ocupações, prisões, perseguições e outras coisas mais -, na segunda metade da década de 70 os alentejanos passaram de bestas a bestiais e um exemplo a ser seguido, felizmente que não, em todo o Portugal e, muito provavelmente, em todo o mundo, já que a Europa de Leste estava ainda no seu máximo fulgor e tinha, neste contexto, um peso preponderante; nunca acreditei que esse novo estatuto de conveniência política dos alentejanos, á época, correspondesse, totalmente, à verdade e, muito menos, que se pudesse alargar a todo o Portugal.

Confrontado com a situação em que vivemos hoje -num mundo global e em que cada um de nós é cada vez mais um cidadão do mundo, sem beliscar e pôr em causa as identidades os usos e costumes de cada um -, tenho alguma dificuldade em compreender este provincianismo exacerbado, e que eu não me escuso a rotular de SALOIO, manifestado por alguma gente da minha terra que, e vejam só o irónico da questão, a exemplo do antigamente, preferem viver e morrer no seu cantinho, orgulhosos do seu provincianismo e de costas voltadas para o mundo e, consequentemente, para o desenvolvimento; não acredito que esta mentalidade corresponda ao pensar e sentir de todos os alentejanos, nobre povo ao qual eu tenho o orgulho de pertencer.

Anónimo disse...

Concordo com o anónimo das 18:22.
Em relação ao anónimo das 17:22 eu discordo um pouco e apesar de ter mais anos de vida em Vendas Novas relativamente ao Centro-Norte de onde sou "indigena" eu gosto de viver com os alentejanos considerando no entanto que para mim o verdadeiro Alentejo é mais para Nascente e para o Sul.
Vendas Novas é diferente pois tem muitos naturais que são descendentes de outras terras que não do Alentejo.
Quanto ao futuro é só ver para onde vão trabalhar os jovens nascidos em V.Novas.Seria interessante fazer uma estatistica relativamente à "migração" interna da nossa população a partir da DECADA 80.
Se vão para o Interior ou se vão para o Litoral.
Como dizia um sociologo há bem pouco tempo durante um debate televisivo:
-O Portugal rico é um pequeno retangulo com os seguintes limites:
.....A norte---Distrito de V.do Castelo;
.....A sul-----Distrito de Setubal;
.....A oeste...Oceano Atlantico;
.....A leste---Auto-estrada LISBOA-PORTO_BRAGA_VIANA;( A13-V.NOVAS-SANTAREM );


Isto pode ter várias interpretações mas que me sinto "alentejano" mais perto deste pequeno retangulo é um facto, por residir em VENDAS NOVAS_ a porta do Alentejo ,com vistas para o "mar"...

Anónimo disse...

E SERÀ que ao Partido Comunista (que é quem manda) interessa estas iniciativas/autonomias ??? CUIDADO! MUITO CUIDADO

Anónimo disse...

o anónimo 04 Janeiro, 2007 21:55 deixou-me pensativo, já o anónimo 04 Janeiro, 2007 23:13 pareceu-me inconveniente; concordo com o argumento do anónimo 04 Janeiro, 2007 23:19; não percebi o anónimo 05 Janeiro, 2007 09:20; os anónimos 05 Janeiro, 2007 16:55, 05 Janeiro, 2007 16:55 e 05 Janeiro, 2007 16:58 parecem estar em sintonia; discordo frontalmente do anónimo 05 Janeiro, 2007 17:22; concordo em parte com o anónimo 05 Janeiro, 2007 18:22 e não vou nem um pouco com a cara do anónimo 05 Janeiro, 2007 19:06.

Anónimo disse...

Sem levar a mal uma Regionalização,eu admiro quem goste do Portugal Interior.
Porém o Portugal do Litoral parece mais atrativo para os jovens alentejanos como é cantado em "RIO GRANDE" por Rui Veloso e &.

O amigo Sarutla que me desculpe com mais este exemplo e ligado ao futebol.Na liga de Honra veja só quantas equipas são do LITORAL-NORTE/CENTRO ! E do Interior?
Já viu quantas equipas pertencem ao nosso querido Alentejo?...Nenhuma...


Outro exemplo refere-se por exemplo às Forças Armadas.
Onde ficam situados os/as principais quarteis/basaes?Quse todas no Portugal do Litoral CENTRO/NORTE.
E as nossas Universidades?
E os nossos Hospitais?
Cá para mim Vendas Novas estará no futuro cada vez mais perto da Area Metropolitana LISBOA_SETUBAL_E VALE DO TEJO.
Um abraço amigo Sarutla.

Anónimo disse...

Sr. anónimo de 05 NOV 23.03, foi excelente no poder de sintese ao comentar terceiros, mas esqueceu-se de nos transmitir o seu próprio parecer sobre o assunto em discussão; não quer voltar atrás e dizer-nos o que pensa sobre a matéria em apreciação?
No fundo, será fazer a sintese da sintese, não acha?

Anónimo disse...

só comento comentários anónimos, nunca os temas com o autor identificado. como tal, o anónimo 06 Janeiro, 2007 09:57 merece-me o maior respeito já que teve a coragem de não dar a cara. para além disso revela capacidades inatas para a função de comentar anonimamente.

Anónimo disse...

nem sempre o que parece é .....


“ Os jovens casais que optem por construir a sua habitação em Vendas Novas, a partir de 2007, vão poupar entre dois e três mil euros, com a isenção de pagamento de taxas urbanísticas, anunciou a câmara local.
O Objectivo visa estimular a construção de habitação própria e criar condições para a fixação e atracção de jovens para o concelho.
As medidas vão ser concretizadas através do novo Regulamento Municipal de Edificação, Urbanização e Taxas Urbanísticas, que deverá entrar em vigor no início do próximo ano, após publicação em Diário da República.
O novo regulamento camarário permite isenção de pagamento de taxas e encargos urbanísticos às construções para uso habitacional, não abrangidas por operações de loteamento e cuja área de superfície total de pavimento seja inferior ou igual a 150 metros quadrados. Além de não pagarem taxas urbanísticas, ficam também isentos de pagamento de 50 por cento de taxas administrativas.
Com estas medidas os apoios aos jovens, entre os 18 e 30 anos, poderão atingir entre dois e três mil euros”.


Pois é..... e aqueles jovens que por razões económicas optem por comprar um apartamento em vez de construir uma moradia (normalmente mais cara que um apartamento ) qual a isenção/ajuda que a Câmara prevê para esses jovens que não tenham posses para construir uma moradia ?????

Fixar no Concelho só os Jovens endinheirados ???

Ou será que a Câmara Municipal dá com uma mão e tira com outra , visto que a habitação em moradia paga mais IMI (Imposto Municipal de Imóveis ) do que a habitação em andar (com as mesmas áreas) devido á formula de avaliação da determinação do valor tributário ???

Anónimo disse...

Isto de mudar de Concelho não é como mudar de camisa Senhor SARUTLA.
Já pensou na chamada Globalização?
Hoje ao fim da tarde ao passear pela Rua XANGAI da nossa cidade pensei logo nisso.
E o movimento de carros que até fazem bicha em direcção a Pegões !
Pensei logo porque é que não ficam no Alentejo!.......

Anónimo disse...

A discussão sobre este post tomou caminhos muito interessantes, permitam-me dizer que mais interessantes do que o próprio post em si.
A meu ver a questão da Área Metropolitana de Lisboa e de um alegado benefício que Vendas Novas teria em integrá-la é uma questão extremamente interessante.
Mais, esta discussão revela bem a incompreensão que alguns têm daquilo que constitui a mais-valia do concelho de Vendas Novas.
Uma Vendas Novas na AML seria uma Vendas Novas incaracteristica, desprovida de qualquer importância, periférica, sem qualquer poder de afirmação perante os concelhos do centro da referida Área Metropolitana.
Nos últimos tempos Vendas Novas fez um esforço por se afirmar como porta do Alentejo, como principal entrada para a Região e os resultados estão à vista, nomeadamente no plano do dinamismo económico verificado.
Mais, é interessante que numa fase em que, tendo em conta a programação dos fundos comunitários para o período 2007-2013, existiram municípios que saíram da AML, em Vendas Novas exista quem defenda a integração na AML.
De facto, seria absurdo que Vendas Novas saisse da NUT Alentejo e passasse a integrar a AML onde os fundos comunitários são escassos e se limitam às questões da Competitividade e Emprego, já não integrando o objectivo da convergência.

Por todas as razões, incluindo as do provincianismo saloio como alguém escreveu, que eu designo por gosto ou paixão pelas raízes mais profundas das tradições e da cultura popular, das suas características endógenas, das suas vivências próprias, de identificação com a terra e as suas gentes, Vendas Novas foi, é e será Alentejo.

Anónimo disse...

«durante os anos áureos do PREC – para os mais novos, sigla que quer dizer Processo Revolucionário em Curso e que correspondeu ao período das nacionalizações, ocupações, prisões, perseguições e outras coisas mais»
Esta pérola foi escrita por um comentador anónimo e merece-me a seguinte nota:
De facto, é estranho que passados estes anos o PREC ainda suscite certo tipo de análises.
Talvez fruto de uma Revolução atipicamente pacífica (recordando que os únicos mortos foram 4 jovens assassinados pela PIDE junto à António Maria Cardoso - em Lisboa), muitos não entenderam ainda que as profundas transformações sociais verificadas tiveram de vencer barreiras e obstáculos muito difícies.
Aliás, se no campo militar a vitória das forças revolucionárias foi óbvia, no plano económico tudo foi mais complicado.
Os grupos económicos, os monopólios e os latifúndios que sustentaram o fascismo tentaram sabotar economicamente a Revolução, procedendo à destruição do aparelho produtivo, desviando crimnosamente os capitais para o exterior, etc., etc.
A Revolução respondeu como sabia e como podia - com mais direitos, liberdades e garantias para quem trabalhava, retirando das mãos dos parasitas que viviam à sombra do fascismo o controlo do aparelho produtivo.

Bom, claro que para alguns, ainda hoje saudosos dos tempos da outra senhora, o PREC foi tempo de prisões e perseguições.
É claro que para o povo português não é isso que ele significa - o PREC é antes o tempo da libertação, do aumento do poder de compra, da afirmação dos direitos laborais dos trabalhadores portugueses, do direito a férias, do direito à assistência em caso de doença ou desemprego, do direito a horário de trabalho, enfim, da democratização das relações laborais e sociais.

O objectivo não é iniciar uma discussão sobre o PREC, mas impedir a continuação da mentira, da falsidade, do branqueamento da história.
Sabemos que os inimigos do PREC estão hoje de volta ao poder (político e económico), mas a verdade é indesmentível.
O povo português apesar as tentativas de lavagem cerebral não esquece o que conquistou no tal PREC que tantos amaldiçoam.

Prisões, perseguições e mortos deram-se depois do PREC quando à força quiseram destruir o sonho de um povo.
Aqui bem perto, em Montemor, por exemplo, foram assassinados trabalhadores rurais que defendiam uma das maiores conquistas da Revolução - a Reforma Agrária (palavra maldita para os lacaios do patrão). E enquanto estes morriam, as terras foram devolvidas, acompanhadas de churudas indemnizações, e o resultado está à vista: terras improdutivas, ausência total de actividade económica em muitos campos do Alentejo, desertificação, exôdo para as grandes cidades, empobrecimento generalizado dos trabalhadores rurais.

Anónimo disse...

Bem-vindos, Catarina e o Rogério.

Anónimo disse...

e o Zé

João Fialho disse...

Este post foi agora mesmo (08/1/07; 19:38h) promovido cronológicamente, de modo a tornar mais fácil a continuação desta interessante discussão. Tinha sido orignalmente publicado no dia 4/1/07.

Boas discussões.

Anónimo disse...

A questão do PREC para aqui ainda não percebi qual é a ideia!
Ainda vamos acabar por falar do "filho" que "bateu" na mãe e que se chamava Afonso Henriques.

O anonimo do dia 8JAN10:30 fala em concelhos perifericos!
Amigo é o destino:
-Portugal é periferico
-Montijo é periferico
-Palmela é periférico
e o nosso Concelho não foge à regra....

Anónimo disse...

Não sei aonde é que a Catarina quer chegar com a historia da Reforma Agraria e do PREC. Assistiu a isso? Que idade é que tinha?Olhe eu participei no PREC e conheço gente da "esquerda" que andou nas ocupações e hoje estão ricos pois até são Deputados!

Mas esse poderia ser outro tema.
O Amigo não me leve a mal de ter falado em Regiões/ricas e Concelhos /pobres.
Vendas Novas é uma "PORTA" para...
e tanto abre como fecha,como numa casa!Nunca está permanentemente aberta...nem ...fechada!

Não sou sociólogo mas gostaria que se houvesse um neste blog e que pudesse dar uma ajuda com números acerca da "migração" no nosso concelho talvez fosse interessante.
Para terminar eu digo que:
-gosto de viver em V.Novas
-trabalho em LISBOA
e o meu dinheiro tem sido investido em V.Novas .
Sugiro a criação de um Movimento de Cidadãos Anónimos para um eventual envolvimento mais abrangente que possa discutir a questão das -Regiões/Concelhos/J.Freguesia -mas olhe que os partidos politicos não gostam nada ,nada , destes Movimentos porque têm medo de perder os lugares que ocupam no Parlamento/Camaras/Juntas de Freguesia ...etc..
É um assunto muito pertinente.
Um abraço amigo SARUTLA e como cantava o Zeca Afonso:
......Eles querem tudo
......Eles querem tudo
......Eles querem tudo e não deixam nada..
Só que dantes "eles=vampiros" agora para mim "eles=políticos".

Anónimo disse...

Caro amigo,
De facto, de Zeca Afonso o amigo não pesca nada. Não terá andado com ele nos tempos do PREC, senão saberia que a letra da música os Vampiros é: Eles comem tudo,
Eles comem tudo
e não deixam nada!

Vendas Novas não é uma porta para ..., é a Porta do (alentejo).


Como diz o Rogério a todos os níveis seria uma estupidez Vendas Novas integrar a Área Metropolitana de Lisboa.
Não é por acaso que, por exemplo em Setúbal e Palmela, existe quem defenda a saída desses concelho e da região de Setúbal da Área Metropolitana.
é uma questão simples - não têm hipótese de acesso aos Fundos Comunitários, o que significa perder potencialidades de desenvolvimento.

Como disse, não queria iniciar uma discussão sobre o PREC, mas pareceu-me interessante assanhar a contra-revolução.
Sim, porque a Catarina viveu o PREC, sim, porque a Catarina sabe o que é uma UCP, sim, porque a Catarina participou na Reforma Agrária, sim, porque a Catarina orgulha-se de ter combatido e de continuar a combater por um futuro mais justo e não desistiu de continuar a afirmar: Terra a quem a Trabalha!

Anónimo disse...

Fiquei esclarecido .
Julgava que o grito " A terra a quem a trabalha! " já pertencia ao passado.
A Catarina trabalha na terra?
Qual é o instrumento que utiliza?
A foice? A enxada? O computador?
Ou pertence aquelas que vinham de Lisboa e da Lisnave em autocarros para ajudar as UCP,s e no regresso levavam a mala do carro cheio de produtos do campo!!!!!
Dê-me um exemplo duma UCP que tenha triunfado aqui em Vendas Novas? Posso ir visitá-la????
Vá lá seja democrata.

Anónimo disse...

Já agora acerca da canção do Zeca eu sei a letra só que não queria ir tão longe:
...No ceu cinzento sob o astro mudo
....Batendo as asas pela noite calada
....Vêem em bandos com pés de veludo
....Chupar o sangue fresco da manada
....

Gostava de terminar com :
Chamava-se Catarina
O Alentejo a viu nascer
Serranas viram-na em vida
........a viu morrer

É lindo este poema mas julgo não se aplicar a si pela maneira como se exprime!
É pena mas continue a lutar no campo...

Anónimo disse...

Parabens ao Rogerio, um dos comentários mais bem escritos que li até hoje neste blog

Anónimo disse...

Parabéns ao Rogério e à Catarina. São duas indiscutíveis mais-valias no incipiente panorama de comentadores anónimos que por cá se instalou.

E se puderem não percam essa beleza inocente de acreditarem sempre que o mundo pode ser mais justo, mais fraterno e mais belo.

Anónimo disse...

A afirmação «Terra a quem a trabalha!», que alguns julgam pertencer ao passado, ouve-se em todo o mundo onde o latifúndio existe e produz as suas consequências e continua a fazer sentido em Portugal onde a destruição da agricultura aliada ao modelo de propriedade vigente nos campos do sul do País conduziram à desertificação e ao êxodo forçado dos trabalhadores rurais para as cidades do litoral.
Hoje, milhares de hectares continuam ao abandono, a dependência do nosso país face exterior em termos alimentares é cada vez mais preocupante, os investimentos no Alentejo (veja-se Alqueva) têm beneficiado a especulação e algum turismo, mas são incapazes de garantir a fixação das populações, o incentivo à produção, o emprego, o progresso social das comunidades.

Para alguns, Terra a quem a Trabalha é coisa do passado, para outros continua a ser justiça adiada, uma conquista de Abril destruida, um projecto de futuro.

Ao anónimo que tantas e tão grandes interrogações tem sobre uma mulher que diz saber o que é uma UCP e que afirma: Terra a quem a Trabalha! com a maior naturalidade do mundo lhe digo que fiz parte de uma UCP, que trabalhei a terra, que estou desempregada, que com o fim da Reforma Agrária deixei os campos.

Sobre as UCP que tenham triunfado aqui em Vendas Novas deixe-me que lhe diga que nenhuma UCP em parte alguma do País triunfou, mas esse fracasso não teve origem nas UCP, foi fruto da sabotagem, do cerco legal e económico que montaram, de todos os passos dados pela contra-revolução portuguesa desde que alcançou o poder.

Porque nos próximos dias não terei acesso ao computador dou por terminada a minha participação nesta interessante conversa.
Voltarei para conhecer o resto da discussão assim que me for possível.

Anónimo disse...

Esta pérola circula nos meandros da Internet. É o relatório da expulsão do jogador Miccoli, do Benfica, no jogo com o Estrela da Amadora. Protagonista, um tal Carlos Xistra, árbitro de futebol. É assustador.

"Miccoli, desmandou-se em velocidade tentando desobstruir-se o intuito de desfeitiar o guarda-redes visitante. Um adversário à ilharga procurou desisolá-lo, desacelerando-o com auxílio dos membros superiores. O jogador Miccoli procurou destravar-se com recurso a movimentos tendentes à prosecução de uma situação de desaperto mas o adversário não o desagarrava. Quando finalmente atingiu o desimpedimento desenlargando-se, destemperou-se e tentou tirar desforço, amandando-lhe o membro superior direito à zona do externo, felizmente desacertando-lhe. Derivado a esta atitude, demonstrei-lhe a cartolina correspectiva".

Anónimo disse...

A terra a quem a trabalha...as batatas a quem as apanha.
Quem estava na altura da Reforma Agrária á frente da UCPS ?
Como estão eles agora na vida?
Deixem-se de balelas e de atirar areia para os olhos dos que conhecem a realidade.

Anónimo disse...

Ninguém enalteceu as virtudes quem estava à frente, atrás ou dos lados da Reforma Agrária. Este género de minudências interpretativas é abusivo e despropositado.

Anónimo disse...

A reforma agrária resultou, como têm resultado tantas pretensas reformas neste país, num fiasco. Acabou por se reverter numa série de oportunismos que beneficiaram uns à custa de outros em nome de uma maior justiça social!
As doutrinas são ideais mas, o homem é uma realidade dinâmica e dialética que preverte a idealidade.

Anónimo disse...

A propósito de uma citação minha aos tempos do PREC, este blog descambou, vertiginosamente, para uma defesa acérrima, legítima mas despropositada porque jamais estiveram em causa, dos direitos e liberdades adquiridos com o 25 de Abril com particular enfoque na Reforma Agrária, fazendo ofuscar, quase por completo, o tema central que estava em debate o qual, se me lembro, tinha a ver com regionalização ou qualquer coisa parecido.
Bom, devo felicitar a “Catarina” -julgo ser o seu nome de guerra - pelos dotes literários que demonstrou, lamentar a situação de desemprego em que se encontra - não lhe quero dar perspectivas de emprego senão ainda me chamava patrão fascista e reaccionário - e manifestar-lhe a minha enorme surpresa por constatar que em pleno século XXI, numa Europa a 25 e com tendência a alargar-se, ainda existem pessoas a pensarem, política e economicamente, como a “Catarina” pensa.
Sem querer alongar-me em comentários, não me escuso a dizer-lhe que a mensagem que nos transmitiu enferma, no mínimo, de dois grandes erros: ou está desfasada no tempo, ou está geograficamente fora do sítio.
Teríamos que recuar muitos anos para aceitar esta forma de pensar numa Europa livre, ou teremos de rodar muitos graus a nossa bússola em busca de paragens onde estes pensamentos, traduzidos á prática, ainda existem e fazem parte, infelizmente, do quotidiano das populações que apresentam os maiores índices de pobreza do globo terrestre.

Anónimo disse...

Gostei do ultimo comentario da Catarina e eu tambem me vou despedir deste assunto porque vivi por dentro o PREC e a pseudo-Reforma Agraria mas vou apontar só mais estas lembranças.
Eles estão por cá e bem na vida mas ainda bem:
.....Cooperativa TIJOLO VERMELHO...
estão por ca!
.....Cooperativa ESTRELA DA MANHA... um espanto eles andam por aì e bem na vida!
....Cooperativa ESTRELA VERMELHA... cujo líder e seus companheiros também se desenrascaram muito bem...e estão por cá!
Um abraço Catarina e não se esqueça que o Povo Unido.....

Anónimo disse...

A Catarina foi para a apanha da azeitona!

Anónimo disse...

Como se chama a Rua das Finanças?
Veja se adivinha?

Anónimo disse...

Caiu uma Ponte em Entre-os -Rios,
culpados:
-Governo PS;

Morreram seis, seis,..pescadores a 20 metros da praia,culpados:

-Governo PS;

Onde é que vamos parar?

Mónica Almeida disse...

Vim aqui parar sem querer...

O meu avô foi dirigente sindical em Vendas Novas e ocupou a Estrela da Manhã. Não é rico, vive com 150 euros de reforma. É a retribuição por uma vida de trabalho, de miséria, de luta.
Alguém diz que conhece pessoas que estiveram envolvidas na Ref Agrária e enriqueceram. Lamento que tenha tão más companhias...

Não sou alentejana nem vivo no Alentejo, mas sinto um enorme gosto por essas terras, olho cada recanto como se também a mim tivesse sido retirado.

Não só por admiração ao meu avô, saudosista (quase com 90 anos :) ) e nostálgico mas porque as terras estão ao abandono e podiam produzir como produziram nos tempos da reforma agrária: os agrários viam as propriedades a lucrar, fomentava-se o emprego, havia maior competitividade, produto nacional, menos fogos, maior qualidade... agora recebemos subsídio de desemprego para não trabalhar, para não cultivar, para produzir umas árvores fantocheiras...

Enfim: somos pagos para estagnar. Concordo com o que aqui foi dito: A TERRA A QUEM A TRABALHA!

Politiquices à parte - que sou abstente nessa matéria - as pessoas que fizeram a reforma agrária aliaram-se à iniciativa de um partido, mas com a convicção de estarem a lutar por um bem comum. Pela sobrevivência: das famílias, das terras, do próprio Alentejo! E se o Alentejo é cada vez mais vítima da desertificação é devido à pouca importãncia que damos aos idosos e acima de tudo: porque se deu ao mato uma pérola que se podia distribuir pela população. População essa que estava disposta a trabalhá-la...

Cabrela não tem de se integrar num novo Concelho, o Concelho é que tem de servir Cabrela ;)

Este Concelho, todos os concelhos! O País não é a Área Metropolitana de Lisboa! Parece que é mas não é...

Abraços

:)

Mónica Almeida disse...

Rectificação: o meu avô não ocupou a Estrela da Manhã, fundou sim essa Cooperativa...

Não é rico e não lhe desejo tal desígnio, prefiro que tenha alegria, saúde e dignidade ;)