quinta-feira, 22 de março de 2007

Junta de Freguesia de Vendas Novas

De acordo com uma notícia veiculada pela Rádio Granada, os eleitos da CDU na Assembleia de Freguesia de Vendas Novas apresentaram ontem a sua demissão. A consequência mais imediata desta iniciativa será a convocação de eleições intercalares para a respectiva Assembleia de Freguesia.

A problemática em torno da Junta de Freguesia de Vendas Novas já se arrastava há quase dois anos. A meu ver, esta decisão dos eleitos da CDU tem razão de ser, em face da manifesta impossibilidade demonstrada pelo conjunto dos eleitos, em conseguirem uma solução para o impasse criado. Aliás, a esse respeito, já aqui tinha deixado expressa uma posição no sentido de apelar ao bom senso de todas as partes, para que a questão fosse resolvida de uma forma mais consensual. Infelizmente, tal não foi possível.

A impossibilidade até agora verificada na resolução deste diferendo local, é suficientemente grave para dever preocupar os responsáveis políticos locais. Não se trata de um episódio sem importância. Antes revela a profunda divisão de que sofre a nossa pequena comunidade e de que todos nós, em maior ou menor grau, seremos responsáveis.

Se queremos continuar assim, extremamente divididos e de costas voltadas em muitos dos aspectos relevantes para a nossa vida em comum, enfim, o que poderei eu dizer? Mas fazemos mal. Muito mal mesmo. E é pena que assim seja.

5 comentários:

Ana Telha disse...

Caro João Fialho

Permita-me manifestar a minha opinião, que é já sobejamente conhecida, uma vez que eu mesma integro a lista dos eleitos do Partido Socialista na Assembleia de Freguesia de Vendas Novas.

É de facto lamentável toda esta situação em torno da Junta de Freguesia de Vendas Novas, não tanto por não haver consenso entre as partes (afinal, se pertencemos a projectos políticos diferentes, é porque temos objectivos diferentes para Vendas Novas), mas por não ter havido, por parte da força política mais votada, a capacidade de negociação e de respeito democrático que se esperava.

Digo isto porque, tendo em conta os resultados históricos de 2005, em que a CDU perdeu a maioria absoluta neste órgão autárquico, não poderíamos continuar a ter um executivo de maioria absoluta na Junta, contrariando, na sua natureza, aquilo que foi a vontade dos eleitores.

O que, em meu nome pessoal, sempre defendi, é que não podemos desrespeitar a vontade do povo. Se ele assim votou, faria todo o sentido que, no executivo da Junta a voz do povo se fizesse ouvir.

Infelizmente para toda a população, e com a ajuda de um vazio legal, o cidadão que encabeçou a lista mais votada permaneceu inabalável na sua vontade de levar avante uma proposta que não respeitava a vontade democrática dos vendasnovenses.

Lamento profundamente que este imbróglio se tenha arrastado por tanto tempo e que a inércia do Sr. Joaquim Pedro para isso tenha contribuído (a última reunião para tentar resolver a situação teve lugar há 10 meses!).

Da minha parte, continuarei a defender os interesses dos eleitores que me elegeram, com a legitimidade que me foi dada para o efeito.

Cumprimentos

Ana Telha da Silva

Carla disse...

passei para te ler e deixar votos de um bom fim de semana.
beijinhos

bordadagua disse...

Não se esqueçam da mudança da hora no próximo Domingo dia 25.
No jardim não se esqueçam de semear os Amores-Perfeitos....
O sol nasce às 07:24 e o Ocaso às 19:59.
Bom fim de semana a todos pois o frio vai-se embora.

Unknown disse...

Uma das várias coisas que a cdu não disse no comunicado: todos os membros da assembleia de freguesia (incluindo o sr. joaquim pedro) da bancada da cdu renunciaram ao mandato para o qual tinham sido eleitos. Ou seja: a cdu ao dizer que "decide dar voz à população, solicitando a marcação de eleições intercalares" MENTE!!!

Mente porque não diz que quem convoca as eleições será SEMPRE o Governo Civil, Mente porque não solicitou nada!!! RENUNCIOU!!! Isso sim, desistiu!!! E com que propósito? A seu tempo tudo será claro

Unknown disse...

Caro meretissimo,

Essa questão não se coloca, porque a única pessoa que pode propor listas para o executivo é o cicadão que encabeçou a lista mais votada.

Ou seja; como a bancada da CDU renunciou ao seu mandato, não existe ninguem que possa apresentar propostas de executivo. Além disso o cidadão Joaquim Pedro renunciou assim também ao cargo de Presidente da Junta de Freguesia, não havendo substituto legal.

Logicamente a Governadora Civil só tinha uma opção, eleições intercalares.